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O menino que não acredita em Deus
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O menino que não acredita em Deus
E-book70 páginas1 hora

O menino que não acredita em Deus

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Sobre este e-book

O que se passa na cabeça de um menino de 14 anos, negro, Afro-Angolano, nascido em uma família religiosa, em que o amor era sinônimo de ser espancado? Quem, vivendo em uma situação dessa, não questionaria sobre os princípios religiosos?
Com fúria em seus olhos e pensamento filosófico; desde cedo, usou a mente para que o tempo ficasse a seu favor.
Quando se depara com dificuldades que o levam a tomar decisões difíceis, nas quais tem que escolher, ele passou a ser sua prioridade, e suas crenças seguiram outro rumo, enquanto sua família movimenta-se para um plano maior.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento14 de abr. de 2020
ISBN9786556740133
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    Nos deiam condições de publicação que vos mostraremos o poder de um escritor sedento de conhecimento.

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O menino que não acredita em Deus - Pau de Cabinda

sempre...

Apresentação

Escrever nunca foi tarefa fácil se facilidade for a palavra usada para descrever o que nunca tentaste. Este livro não foi escrito para menosprezar nem desacreditar aqueles que acreditam, mas para dar meu ponto de vista sobre o mundo e teorias complexas que foram formadas em minha mente ao longo de toda a minha infância, puberdade e adolescência, e que me tornaram quem sou hoje.

Às vezes, não falo sobre coisas do gênero com as pessoas, porque é difícil falar com alguém que não quer ouvir você, por isso optei por organizar as ideias e esperar o momento certo para mostrá-las ao mundo. Esta obra pode servir de ajuda ou aumentar o número de quem não quer aprender, pode abrir a mente de pessoas abertas, como também pode atrair críticos de sofá. Em virtude disso, eu a dividi em duas partes: a primeira traz meu ponto de vista sobre as religiões, os seguidores da palavra e sobre Deus; e a segunda traz meu ponto de vista da infância, puberdade e adolescência, justificando a primeira parte do livro, tentando entender se as minhas ideias de garoto fugiram das atuais. Lembro-te que eu comecei a escever este manuscrito com 11, quase 12 anos, e que as narrativas nem sempre seguem o tempo cronológico dos fatos.

Para se ter noção do que quero levar ao leitor, deve-se ler os dois capítulos do livro (não somente um), assim notará que a primeira parte só será completada pela segunda, e vice-versa.

Houve um tempo em que me fechei para ideias abertas, mas então o mundo me ensinou a abrir-me para novos conhecimentos. Por que não os compartilhar?

Capítulo I

O menino que não acredita em deus

Em cada sim que a gente fala para uma coisa, automaticamente estamos dizendo não para outra, o que faz nossas vidas seguirem caminhos diferentes. Em dados momentos, somos influenciados por amigos ou até mesmo por nossa família de forma direta ou indireta, fazendo com que uma parte de nós não pertença mais a nós mesmos.

Sei que vais te perguntar o porquê deste livro e o porquê da dúvida, mas a resposta é simples: nestas páginas não existem porquês, existe meu olhar sobre o mundo, porque é das nossas vivências que nossas mentes começam a criar lógica da vida e procuram teorias que fazem sentido para nossa existência.

Eu não sou ateu, nem tampouco alguém que vai desvendar algo que o mundo não sabe, mas sou um simples menino que acredita no que viveu e no que está vivendo.

Três dias atrás, falei com uma amiga que o conceito de passado e futuro é relativo para mim, que as palavras que você acabou de ler em cinco segundos atrás já são consideradas passado, e as palavras de agora são consideradas o futuro das palavras que acabei considerando passado. Existe uma lógica para você?

Se não, eu entendo. Se sim, do mesmo jeito. Se nenhum dos dois faz sentido para você, sua mente conseguiu viajar nas diver- sas dimensões que muitos seres humanos leitores nunca lá che- garam. Não existe fórmula que faça com que essa perspectiva se crie em sua mente, mas existe uma entrega da nossa parte que nos ajuda a olhar as coisas como você nunca imaginou.

Quando pensei em escrever este livro, não foi para fazer as pessoas perderem a fé, nem mesmo deixarem suas religiões, e sim para fazê-las ver o mundo sob uma perspectiva diferente da que acreditam, isto é, para se colocarem no lugar de quem não acredita em Deus. Coloque-se no lugar de quem não tem nada na vida para além de uma sacola de lixo e não sabe se hoje vai se alimentar; coloque-se no lugar da mãe solteira com cinco filhos de pais diferentes que acredita em ser amaldiçoada e por isso os homens não conseguem ficar com ela e fazer daquela família uma família dos sonhos; coloque-se no lugar do homem que está preso injustamente e nem sabe quando será solto pois sua posição social não lhe é favorável; coloque-se no lugar dos seus pais que lutam dia e noite para poder ter um emprego digno. Agora pense sobre tudo que um dia sua família queria que você fosse e o que você é hoje; pense naqueles dias que você teve de roubar para sobreviver mesmo não sendo má pessoa, simplesmente a fome falava mais alto que a moral; pense nas dificuldades que sua família passa quando alguém está doente e não pode pagar o tratamento; pense em quem viu seus pais serem mortos bem diante dos seus olhos; pense no poder que têm as grandes nações que não se importam se alguém vai morrer para dar espaço às suas novas experiências tecnológicas e biológicas; e, por fim, pense na incrível capacidade que um homem de uma pequena nação tem, mesmo em péssimas condições de vida e sem muitos recursos, de criar coisas simplesmente brilhantes. Agora, reflita comigo: tudo que falei tem uma longa estrada, já vem desde a época dos grandes impérios nos primeiros séculos, certo? Então me diga o seguinte: vivemos um apocalipse desde o século VI ou ainda mais cedo?

Se não conseguiu entender o que disse, acho melhor ter certeza de quem você é e com qual intuito quer entender o que acabei de escrever.

Por que tenho de acreditar que

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