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Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: O manifesto inaugural do materialismo histórico
Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: O manifesto inaugural do materialismo histórico
Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: O manifesto inaugural do materialismo histórico
E-book91 páginas1 hora

Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: O manifesto inaugural do materialismo histórico

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Sobre este e-book

A obra "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" é um texto rico estilisticamente, recheado de ironias, inversões, entre outras características formais, aliada a um conteúdo polêmico, profundo e indignado com a desumanização. Mas, além disso, é um primeiro esboço do materialismo histórico, a primeira obra de Marx em que a luta de classes emerge de forma cristalina e o proletariado aparece como classe revolucionária, como agente responsável pela libertação humana. Assim, une beleza formal, conteúdo radical e importância teórica e histórica num pequeno texto de poucas páginas. Nildo Viana, por sua vez, não só traz uma tradução e notas informativas sobre essa obra excepcional, junto com as notas explicativas de Rodolfo Mondolfo, como apresenta um texto analítico que explícita o caráter fundador do materialismo histórico dessa obra, mostrando elementos que muitas vezes as leituras não percebem.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de abr. de 2020
ISBN9786586705027
Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: O manifesto inaugural do materialismo histórico
Autor

Karl Marx

Karl Marx (1818-1883) was a German philosopher, historian, political theorist, journalist and revolutionary socialist. Born in Prussia, he received his doctorate in philosophy at the University of Jena in Germany and became an ardent follower of German philosopher Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Marx was already producing political and social philosophic works when he met Friedrich Engels in Paris in 1844. The two became lifelong colleagues and soon collaborated on "The Communist Manifesto," which they published in London in 1848. Expelled from Belgium and Germany, Marx moved to London in 1849 where he continued organizing workers and produced (among other works) the foundational political document Das Kapital. A hugely influential and important political philosopher and social theorist, Marx died stateless in 1883 and was buried in Highgate Cemetery in London.

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    Pré-visualização do livro

    Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Karl Marx

    editorial@edicoesredelp.net

    INTRODUÇÃO

    A obra de Karl Marx que apresentamos agora pode ser considerada o Manifesto Inaugural do Materialismo Histórico . Embora nas obras anteriores Marx já havia desenvolvido alguns elementos que retomaria e aprofundaria na Introdução aqui apresentada, a forma mais acabada do primeiro esboço do materialismo histórico está nesta pequena obra.

    A Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel foi publicada pela primeira vez nos Anais Franco-Alemães, revista editada por Karl Marx e Arnold Ruge (MARX; RUGE, 1970), e o artigo saiu no número 01, de 1844. O título é explicado por ser uma Introdução a uma outra obra, mais extensa, que é a Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (MARX, 1979), publicada postumamente. A Introdução, no entanto, já mostra um aprofundamento e apresenta as classes sociais e luta de classes como elemento fundamental, enquanto que na obra sobre a filosofia do direito de Hegel ainda não tinha esse caráter essencial.

    Nesta obra, Marx toma pela primeira vez o proletariado como classe revolucionária (o agente responsável pela revolução, ou seja, de superação do capitalismo e instauração de uma nova sociedade) e, desta forma, abre caminho para o desenvolvimento de seu método e teoria da história e crítica do capitalismo, bem como pensar a revolução proletária e o comunismo. Assim, a divulgação desta obra se torna uma tarefa fundamental, bem como esboçar uma interpretação que se fundamente não nas diversas deformações do pensamento de Marx e sim na sua própria obra. Por isso apresentamos, juntamente com a Introdução, um breve comentário que ressalta o caráter desta pequena e fundamental obra, intitulado O Manifesto Inaugural do Materialismo Histórico.

    Os dois textos servem para resgatar a teoria revolucionária de Marx e recuperar um de seus melhores momentos. A tradução consegue não somente reconstituir o significado teórico deste pequeno texto como também sua riqueza estilística, obliterada por traduções obscurantistas, em parte derivada da dificuldade de entender o conteúdo por detrás do estilo, não só por ele, mas também por sua forma estilística.

    A presente tradução buscou superar os problemas bastante comuns nas versões que existem em idioma português. Em diversas traduções portuguesas, existem passagens simplesmente incompreensíveis e que somente os decifradores de enigmas poderiam compreender. O texto é denso, teórico e ao mesmo tempo com um estilo irônico e polêmico que um tradutor desacostumado com o pensamento de Marx tem dificuldade de apreender. O texto é repleto de jogo de palavras e inversões, que são difíceis de reproduzir em outro idioma devido, obviamente, às diferenças idiomáticas. Além disso, Marx remete a ditos populares, questões da época, autores, e, além disso, usa expressões em vários idiomas (latim, francês, inglês) além do que usou para escrever o texto, o alemão. A presente tradução buscou superar os problemas mais comuns nas versões deste texto que existem em idioma português. Assim, desde os problemas técnicos, tal como ocorre com tradutores que não conhecem a obra e linguagem do autor e por isso utiliza termos equivocados, até problemas da mentalidade do tradutor, com sua predisposição mental, interesses, valores, etc. são obstáculos para uma tradução fidedigna e isso é, pelo menos em grande parte, superado aqui.

    A opção aqui é por uma tradução substancial e não formal. A tradução formal é aquela que foca na exatidão formal e nos signos, enquanto que a tradução substancial foca na expressão do conteúdo e no significado, que determina uma forma que, quanto mais exata, melhor, mas que os obstáculos idiomáticos e semânticos podem gerar deformação, bem como sua complexidade e estilo. Nessa pequena obra Marx trabalha com suas famosas inversões (tais como não é a consciência que determina a vida, mas, ao contrário, a vida que determina a consciência, para citar uma das suas mais célebres contraversões), bem como ironias e outros elementos estilísticos próprios. Na tradução substancial, o conteúdo determina a forma e não o contrário. A exatidão que se procura é a do sentido e não a da forma. Sem dúvida, buscamos manter fidelidade ao conjunto da obra, forma e conteúdo, e consideramos que é melhor uma forma mais fiel formalmente, mas também reconhecemos que os obstáculos idiomáticos e semânticos podem gerar deformação da mensagem. A excessiva fidelidade formal, devido a estes obstáculos, pode ser prejudicial à uma tradução do pensamento do autor. É devido a isso que a tradução visa a maior fidelidade possível ao aspecto formal e ao aspecto substancial, mas enfatiza o último por ser o mais importante para expressar o conteúdo que o autor quis repassar do que a forma. A fidelidade formal é mais importante ainda, no caso do presente texto, por sua riqueza estilística.

    Essa pequena obra é fundamental por ser a primeira manifestação do materialismo histórico, sob forma sintética e num estilo radical que corresponde ao processo de indignação proletária e revolucionária, sendo uma peça chave para entender o pensamento de Marx. Essa pequena e grande obra merecia uma tradução que conseguisse torná-la compreensível e que reproduzisse sua riqueza estilística e teórica. É isso que buscamos oferecer aos leitores. E ela é enriquecida com uma interpretação que resgata o seu significado original, bem como notas informativas e explicativas que completam um esforço amplo de resgate de uma obra fundamental.

    O texto O Manifesto Inaugural do Materialismo Histórico, de nossa autoria¹, é importante por resgatar o significado político, histórico e teórico dessa pequena grande obra. O texto não só mostra os significados do texto de Marx, mas explica e rompe com interpretações deformadoras² da obra do grande pensador alemão. As notas explicativas de Rodolfo Mondolfo, filósofo italiano e grande estudioso da obra de Marx³, também contribuem para a compreensão mais profunda do texto. As notas informativas do tradutor contribuem com o leitor no sentido de facilitar a compreensão do texto, e, ao lado das notas explicativas de Mondolfo, permitem uma contextualização e facilita a interpretação. Levando em conta os leitores que não dominam elementos básicos dos demais idiomas, as notas informativas as traduzem para o idioma português, mesmo as mais comuns e amplamente conhecidas. Algumas notas de Rodolfo Mondolfo são comentadas pelo tradutor, pois poderiam gerar interpretações problemáticas. Além disso, acrescentamos títulos aos trechos da obra para facilitar o acompanhamento das temáticas tratadas em cada um

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