Vulneráveis e acesso à justiça em tempos de crise
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Sobre este e-book
A seleção de textos que compõem este trabalho foi atingida a partir da união destes professores para que o resultado de suas pesquisas ultrapassasse os muros da instituição, especialmente, em um momento de isolamento social como o que é sugerido para os dias de hoje. É oportuno, pois, destacar o presente cenário nacional e global, imerso em desigualdades, intolerâncias e desconstruções. Silhuetas de uma realidade que distancia passo a passo uma equalização de ruídos interpessoais e, na esteira, acentua cada vez mais o espectro de vulnerabilidade a que determinados grupos em geral, indivíduos em particular, são submetidos. Tudo isso catalisado pelo presente e ímpar momento na
história recente.
Estas reflexões expressas em cada uma das palavras, objetivas e plurais, demonstram a provocação de um grupo de autores que se alegra pela iniciativa e pelo resultado de unirem-se para jogar luz sobre a garantia constitucional do acesso à justiça, na sua mais ampla forma. Debruça-se, na presente obra, sobre a pessoa humana em situações diversas de vulnerabilidade. Se o sentimento é positivo pelo trabalho que o leitor tem em mãos, em contrapartida permanece a inquietude, traduzida na oportunidade e no dever de buscar o aperfeiçoamento a todo instante. A discussão, portanto, permeia as entranhas da sociedade e mostra portas, caminhos e atalhos para que estas pessoas tenham, de fato
e de direito, suas condições consideradas e, acima de tudo, respeitadas. Sintam-se convidados a pensar, tirarem suas próprias conclusões e seguirem pela vereda de debater e solidificar os Direitos Humanos que vislumbram a vida, a dignidade e a liberdade o mais próximo possível de igual para todos.
Carmela Dell´Isola - Organizadora"
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Vulneráveis e acesso à justiça em tempos de crise - Alenilton da Silva Cardoso
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
N991
Vulneráveis e acesso à justiça em tempos de crise [recurso eletrônico]/ Alenilton da Silva Cardoso ... [et al.] ; coordenado por Carmela Dell´Isola. - Indaiatuba, SP : Editora Foco, 2020.
90 p. ; ePUB.
Inclui índice e bibliografia.
ISBN: 978-65-5515-111-4 (Ebook)
1. Direito. 2. Acesso a justiça. 3. Tecnologias. I. Cardoso, Alenilton da Silva. II. Rollo, Arthur. III. Dell´Isola, Carmela. IV. Sousa, Célia Regina Nilander de. V. Bramante, Ivani Contini. VI. Caldeira, Patrícia. VII. Migueli, Priscilla Milena Simonato de. VIII. Coppola Jr., Ruy. IX. Cavalcanti, Thais Novaes. X. Título.
2020-1284
CDD 341.481
CDU 342.7
Elaborado por Odilio Hilario Moreira Junior - CRB-8/9949
Índices para Catálogo Sistemático:
1. Direito: Direitos civis 341.481 2. Direito: Direitos fundamentais 342.7
2020 © Editora Foco
Organizadora: Carmela Dell´Isola
Autores: Alenilton da Silva Cardoso, Arthur Rollo, Carmela Dell´Isola, Célia Regina Nilander de Sousa, Ivani Contini Bramante, Patrícia Caldeira, Priscilla Milena Simonato de Migueli, Ruy Coppola Jr. e Thais Novaes Cavalcanti
Diretor Acadêmico: Leonardo Pereira
Editor: Roberta Densa
Assistente Editorial: Paula Morishita
Revisora Sênior: Georgia Renata Dias
Capa Criação: Leonardo Hermano
Diagramação: Ladislau Lima e Aparecida Lima
Produção ePub: Booknando
DIREITOS AUTORAIS: É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação, por qualquer forma ou meio, sem a prévia autorização da Editora FOCO, com exceção do teor das questões de concursos públicos que, por serem atos oficiais, não são protegidas como Direitos Autorais, na forma do Artigo 8º, IV, da Lei 9.610/1998. Referida vedação se estende às características gráficas da obra e sua editoração. A punição para a violação dos Direitos Autorais é crime previsto no Artigo 184 do Código Penal e as sanções civis às violações dos Direitos Autorais estão previstas nos Artigos 101 a 110 da Lei 9.610/1998. Os comentários das questões são de responsabilidade dos autores.
NOTAS DA EDITORA:
Atualizações e erratas: A presente obra é vendida como está, atualizada até a data do seu fechamento, informação que consta na página II do livro. Havendo a publicação de legislação de suma relevância, a editora, de forma discricionária, se empenhará em disponibilizar atualização futura.
Erratas: A Editora se compromete a disponibilizar no site www.editorafoco.com.br, na seção Atualizações, eventuais erratas por razões de erros técnicos ou de conteúdo. Solicitamos, outrossim, que o leitor faça a gentileza de colaborar com a perfeição da obra, comunicando eventual erro encontrado por meio de mensagem para contato@editorafoco.com.br. O acesso será disponibilizado durante a vigência da edição da obra.
Data de Fechamento (06.2020)
2020
Todos os direitos reservados à
Editora Foco Jurídico Ltda.
Rua Nove de Julho, 1779 – Vila Areal
CEP 13333-070 – Indaiatuba – SP
E-mail: contato@editorafoco.com.br
www.editorafoco.com.br
Sumário
Capa
Ficha catalográfica
Folha de rosto
Créditos
PREFÁCIO
Rodrigo Gago Freitas Barbosa
APRESENTAÇÃO
Carmela Dell´Isola
O TRATAMENTO JURÍDICO DAS VULNERABILIDADES NA PERSPECTIVA FUNCIONAL DA SOLIDARIEDADE
Alenilton da Silva Cardoso
ACESSO INDIVIDUAL À JUSTIÇA DOS CONSUMIDORES EM TEMPOS DE CRISE
Arthur Rollo
UM OLHAR SOBRE A PESSOA IDOSA E O ACESSO À JUSTIÇA EM TEMPOS DE COVID-19
Carmela Dell´Isola
ISOLAMENTO SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: MAIS UM ALIADO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Célia Regina Nilander de Sousa
ACESSO À JUSTIÇA EM TEMPOS DE CRISE NO PROCESSO DO TRABALHO
Ivani Contini Bramante
VULNERÁVEIS E O ACESSO À JUSTIÇA EM TEMPO DE CRISE A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO COLETIVO
Patrícia Caldeira
CRISE DA COVID-19, INFORMATIZAÇÃO E O ACESSO À JUSTIÇA: UMA ANÁLISE DOS PROCESSOS JUDICIAIS PREVIDENCIÁRIOS
Priscilla Milena Simonato de Migueli
UM (BREVE) PANORAMA DA APLICAÇÃO (RECENTE) DA TECNOLOGIA AO DIREITO E OS REFLEXOS DA PANDEMIA
Ruy Coppola Jr.
ACESSO À JUSTIÇA, POBREZA E VULNERABILIDADE
Thais Novaes Cavalcanti
Landmarks
Cover
Table of Contents
... onde não houver respeito pela vida e pela integridade física e moral do ser humano, onde as condições mínimas para uma existência digna não forem asseguradas, onde não houver limitação do poder, enfim, onde a liberdade e a autonomia, a igualdade (em direitos e dignidade) e os direitos fundamentais não forem reconhecidos e minimamente assegurados, não haverá espaço para a dignidade da pessoa humana e esta (a pessoa), por sua vez, poderá não passar de mero objeto de arbítrio e injustiças.¹
1. SARLET, Ingo Wolfgang. As dimensões da dignidade da pessoa humana: construindo uma compreensão jurídico-constitucional necessária e possível. In: Dimensões da Dignidade – Ensaios de Filosofia do Direito e Direito Constitucional. 2. ed. rev. e ampl. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2009, p. 34-35.↩
PREFÁCIO
Felicita-me a Professora Doutora Carmella Dell’Isola, coordenadora do curso de especialização em direito processual civil da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, com a distinção de prefaciar obra atualíssima e de relevante importância, formada por textos de Professores da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo.
Recebi a honraria como um gesto de grande carinho e consideração e me vi naturalmente envolvido, primeiro por ter a honra de estar nesse momento Diretor de tão renomada Faculdade de Direito e ver colegas de docência de renome e prestígio prestar sua contribuição em diversos âmbitos do direito, tendo a vulnerabilidade e a pandemia do Covid-19 como eixo central.
Segundo porque escrever num momento de isolamento social é tarefa árdua. Mas a responsabilidade e dedicação dos autores supera o temor, a aflição e as angústias trazidas pela pandemia. E dessa tarefa se desincumbiram todos com a esperada maestria tratando de temas multidisciplinares que transcendem o direito e guardam íntima relação com a tecnologia, a sociologia, a medicina e a filosofia.
Reconheço na obra um importante passo para a transformação social através do direito e da tecnologia, na busca incessante de uma sociedade mais solidária, justa, transparente e com acesso a justiça. A obra cuida, como disse alhures, de várias disciplinas, de vários vulneráveis, do trabalhador ao pensionista, do consumidor, do idoso, das vítimas de violência de gênero, dos pobres, do acesso a justiça e do uso da tecnologia.
Parabenizo a cada um dos autores: Alenilton da Silva Cardoso, Arthur Rollo, Carmela Dell’Isola, Célia Regina Nilander de Sousa, Ivani Contini Bramante, Patrícia Caldeira, Priscila Milena Simmonato de Migueli, Ruy Coppola Junior e Thais Novaes Cavalcanti pelo brilhantismo de seus textos que certamente contribuirão na solução de controvérsias.
Rodrigo Gago Freitas Barbosa
Diretor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo
APRESENTAÇÃO
Com enorme satisfação apresentamos este e-book intitulado Vulneráveis e acesso à justiça em tempos de crise
. A publicação consolida um conjunto de estudos elaborados por professores da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, e traz em seus artigos o conhecimento destes pesquisadores acumulado ao longo de suas jornadas acadêmicas.
A seleção de textos que compõem este trabalho foi atingida a partir da união destes professores para que o resultado de suas pesquisas ultrapassasse os muros da instituição, especialmente, em um momento de isolamento social como o que é sugerido para os dias de hoje. É oportuno, pois, destacar o presente cenário nacional e global, imerso em desigualdades, intolerâncias e desconstruções. Silhuetas de uma realidade que distancia passo a passo uma equalização de ruídos interpessoais e, na esteira, acentua cada vez mais o espectro de vulnerabilidade a que determinados grupos em geral, indivíduos em particular, são submetidos. Tudo isso catalisado pelo presente e ímpar momento na história recente.
Estas reflexões expressas em cada uma das palavras, objetivas e plurais, demonstram a provocação de um grupo de autores que se alegra pela iniciativa e pelo resultado de unirem-se para jogar luz sobre a garantia constitucional do acesso à justiça, na sua mais ampla forma. Debruça-se, na presente obra, sobre a pessoa humana em situações diversas de vulnerabilidade. Se o sentimento é positivo pelo trabalho que o leitor tem em mãos, em contrapartida permanece a inquietude, traduzida na oportunidade e no dever de buscar o aperfeiçoamento a todo instante. A discussão, portanto, permeia as entranhas da sociedade e mostra portas, caminhos e atalhos para que estas pessoas tenham, de fato e de direito, suas condições consideradas e, acima de tudo, respeitadas. Sintam-se convidados a pensar, tirarem suas próprias conclusões e seguirem pela vereda de debater e solidificar os Direitos Humanos que vislumbram a vida, a dignidade e a liberdade o mais próximo possível de igual para todos.
Carmela Dell´Isola
Organizadora
O TRATAMENTO JURÍDICO DAS VULNERABILIDADES NA PERSPECTIVA FUNCIONAL DA SOLIDARIEDADE
Alenilton da Silva Cardoso
Pós-Doutorado em Direito Processual Comparado pela Universidade de Messina, Itália. Pós-Doutorado em Democracia e Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra, Portugal. Pós-Doutorado em Mediação no Direito de Família pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal. Pós-Doutorando em Direito Iberoamericano pela Universidade de Bolonha, Itália. Doutorado em Efetividade do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Função Social do Direito pela Faculdade Autônoma de Direito em São Paulo. Pós-graduado em Direito Processual Civil, Direito Tributário e Direito Administrativo. Procurador do Município de São Bernardo do Campo. Professor Titular do Departamento de Processo Civil da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Autor de obras jurídicas.
Sumário: 1. Despertando para a mudança. 2. Uma questão de sensibilidade. 3. A função social solidária. 4. Conclusão. 5. Referências.
Em meio a discussões sobre políticas públicas que atendam da maneira mais ampla possível os direitos fundamentais, a consolidação de uma racionalidade ética e não hegemônica, capaz de respeitar o direito das minorias, é o caminho mais adequado para se chegar a uma normatividade justa e sustentável.
Na sociedade atual, em que faltam elementos de sensibilização voltados para os graves problemas da realidade, exige-se uma parametrização orientada para a construção de homens e mulheres solidários, implicando isso em dizer que tanto individual quanto coletivamente, uma nova cultura, a partir da concepção de sujeito situado, se faz necessária, para a positivação do direito como técnica influente ao comportamento humano.
Percebe-se atualmente um impressionante panorama de avanços humanos em várias frentes, juntamente com um aumento deprimente da pobreza em escala mundial. Num mundo com enormes possibilidades, mas com uma cultura dominante não solidária, o atual modelo cultural nos aproxima em distância, mas nos distancia em essência.
O século XX produziu avanços gigantescos em todas as áreas do conhecimento científico, assim como em todos os campos da técnica. Ao mesmo tempo, entretanto, produziu novas cegueiras para os problemas globais, fundamentais e complexos, gerando inúmeros erros e ilusões sobre a compreensão do que é desenvolvimento humano, principalmente, para os vulneráveis.
Pelo presente ensaio, procuraremos demonstrar que o direito moderno não deixa a construção da sociedade ao talante do egoísmo dos indivíduos. Ao contrário, fixa normas de finalidade, visando desenhar resultados úteis ao bem comum. ¹
1. DESPERTANDO PARA A MUDANÇA
O direito que se descortina após a profunda