Certezas provisórias
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Sobre este e-book
A única certeza que temos na vida é que ela passará, por isso propondo-se a discutir as incertezas da vida e a importância de aceitá-las, ao invés de buscar respostas absolutas e definitivas, a autora nos convida a questionar nossas certezas e a repensar nossas escolhas diante de um mundo em constante transformação.
Este trabalho surgiu a partir de conversas de Maria Eugênia, em seu santuário astrológico, com alguns amigos que queriam que os saberes dela pudessem ser traduzidos de modo profundo e simples, para a apreensão de todos.
Dona de tão vasto conhecimento da alma humana, que percebe as infinitudes nas finitudes, Maria Eugênia generosamente nos permite saborear sua sabedoria.
Lendo certezas provisórias você encontra:
•O imbatível poder do amor;
•Prazer x felicidade;
•A arte da comunicação;
•Lazer é prazer?
E muito mais em certezas provisórias...
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Pré-visualização do livro
Certezas provisórias - Maria Eugênia de Castro
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Lenir Santos
Luiz Odorico Monteiro de Andrade
Castro, Maria Eugênia de
Certezas provisórias / Maria Eugênia de Castro - Rio de Janeiro: DOC Content, 2016. 1ª edição - 276 p.
ISBN 978-85-8400-074-6
1. Filosofia 2. Conhecimento 3. Verdade 4. Incertezas da vida I. Castro, Maria Eugênia de. II. Título
CDD-110
Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução ou duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa do autor. Direitos reservados ao autor.
Agradecimentos
Ao Augusto Figueira, companheiro de mais de 20 anos, o meu agradecimento por sua força-estímulo
, do Sol em Áries e pela assiduidade infalível do ascendente em Capricórnio. Além de sua disponibilidade e dedicação em todos os domingos, quando convivemos para a idealização de nossos livros, cumprimos também essa missão
comemorando cada um desses encontros, com mimos, lanchinhos e muita pesquisa. Sua companhia sempre foi amável, respeitosa e imprescindível!
À Fernanda Miguez, minha gratidão por você ter vindo como um novo elo de harmonia, bem ao estilo pisciano, trazendo-nos a liga no trabalho em equipe. Sua presença sintonizou de forma equilibrada a nossa criação com a leveza e o entusiasmo de Áries.
À Adriana Falcão, grande escritora, a quem admiro pela inteligência dos textos e síntese de conceitos, meu imenso muito obrigada pelas belas palavras com que nos brindou em Certezas Provisórias. Sua participação foi sensacional!
Ao Gustavo C. Pinto, amigo, monge, guru, mestre budista e irmão de alma – agradeço de coração suas generosas palavras do prefácio e os longos anos de estudo do budismo que abriram nossos caminhos para compreender melhor as palavras dos Mestres.
À Lenir Santos, editora e amiga de toda a minha vida e talvez de outras, agradeço o carinho, a motivação e a possibilidade de realizarmos o sonho de produzir Certezas Provisórias. Sua participação, interesse e impulso foram diferenciais marcantes para o resultado.
Ao Odorico Monteiro, nosso editor, agradeço o apoio fraternal, otimista e criativo, sempre acreditando no sucesso. Sua companhia e troca de ideias sempre foram superagradáveis.
Ao Renato Gregório, também nosso editor, agradeço a acolhida ao nosso projeto. Você abraçou a nossa causa como se fosse a sua e se empenhou solidariamente à criação conjunta.
Ao Carlos Barbosa, grande expert editorial, meu muito obrigada, pelo primeiro incentivo para escrever nosso livro. Você nos convidou a traduzir os ensinamentos dos planetas para o grande público leitor.
Dedicatória
Este livro é dedicado a todos os meus grandes amigos e àqueles leitores que gostam e cultivam o quase vício
inteligente de ler, trocar ideias, fazer reflexões, pensar e repensar sobre os conceitos e paradigmas da mente humana.
Maria Eugênia de Castro
Prefácio
Eu não turvei a minha água para que ela parecesse profunda.
Goethe
O saber ama a simplicidade. A pretensão ama o complicado. Educadora generosa, Maria Eugênia sempre nos ofereceu seus conhecimentos com límpida clareza na fala e na escrita. Na presente obra, sem falar de Astrologia ela traduz, sintetiza e exemplifica com rara felicidade os magnos conceitos dessa arte e ciência que tão bem domina. Ao longo das décadas de amizade e convívio, acompanhei a trajetória da inspirada astróloga e dedicada professora de Astrologia. Agora, vejo-a galgar o patamar da maestria no dom que sempre foi seu ao nos oferecer, em linguajar simples e acessível, verdades que brilham livres do jargão em que alguns se excedem por pretensão e insegurança.
Shogyo Gustavo Pinto
Professor Gustavo Alberto Corrêa Pinto
Sumário
Agradecimentos
Dedicatória
Prefácio
Sumário
PARTE 1
Um recado para o leitor (nº 1)
No universo, tudo é transitório
Autoestima
O mito de Narciso
Os dois caminhos dos homens na Terra
Prazer x felicidade
O bom e o mau orgulho
Memórias
Você sabe que é um ser único no Universo?
A arte da comunicação
Quando a comunicação falha
Inteligência da alma
A arte de dialogar
O imbatível poder do amor
Ciúmes
Mudar é inevitável
Infância roubada
Fazendo as pazes com o passado...
O mito de Deméter e Perséfone
Hábitos
Trabalho
Ócio não é lazer
Dinheiro, uma alegria contraditória
Lazer é prazer?
Equipamento mental
A arte do equilíbrio
Vocação
Virando o jogo
Nobreza de caráter
Persona
Iniciando relacionamentos
Relacionamentos e as escolhas
Toda forma de amor vale a pena
Os três momentos da afetividade
Emoção
Casamento
Beleza
Aprendizado = atenção + vontade
Gratidão
Vontade de evoluir
Idealismo
Vencedores x perdedores
Nem tudo é para dar certo
Inteligência
Egocentrismo
Vaidade das vaidades
Sabedoria
Vivendo perigosamente
Você sabe perder ou só ganhar?
A fábula das quatro panteras
Felicidade é uma questão de sabedoria
Força vital
A leveza do ser
Coragem x covardia
O poder do conhecimento
Professores de Deus
Iniciativas x estagnação
Otimismo
Vitórias
Pessimistas
Bom humor
Crítica e autocrítica
O eterno viajante
Melancolia
Decifrando símbolos
Torre de Babel
A sabedoria do tempo
Prioridades
O que você vai escolher?
Como reconhecer um espertalhão
?
As leis dos homens
Chance ou sorte?
Nível de excelência
Religiosidade
Síntese: resumo, soma e símbolo
Honestidade x Desonestidade
Longevidade útil
Generosidade
Possessividade e avareza
Não desistência
Todo problema tem solução
Força Interior
O impossível também acontece
Na sombra do poder
Direitos e deveres
Pontos finais
Transformações
Hoje, alguém; amanhã, ninguém
Ninharias
O real valor de cada um
Pluralidade de amigos
Despertar interior
Acasos e coincidências
Ódio e paixão
Amores platônicos
Quem nunca passou por uma crise?
Liderança
Liberdade
Fanatismo religioso
Contestação
Inveja
Simpatia
A solidariedade
Os Cinco mensageiros
Esperança
Receber ajudas
Humanismo
O mundo e o homem
Inspiração
Estar só ou solidão
Compaixão
Destino x livre-arbítrio
Amor devocional
Os engolidores de sapos
Quando o silêncio é eloquente
Decepção, desencanto e desilusão
Apego e desapego
Impermanência
Intuição
Sensibilidade superior
Náufragos e fugitivos
Compreensão
Amores secretos
Empatia
A Força do frágil
Como ser feliz sem dar certo
PARTE 2
Um recado para o leitor (nº2)
Correlação entre os textos e os planetas na via positiva
Síntese extraída do livro Astrologia – uma novidade de 6.000 anos
O que é idade astral?
Índice reverso
Para entender melhor seu signo
Sobre os colaboradores
UM RECADO PARA O LEITOR (Nº 1)
Nossas palavras só terão valor se fizerem você pensar, repensar, concordar, refletir, questionar e até mesmo chegar a novas conclusões... Se provocarem uma dessas discussões interiores entre o
VOCÊ ANTIGO X VOCÊ ATUAL – já valeu!
Isso pode ocorrer numa pequena pausa de silêncio, quando nossa mente desperta e percebe os paralelos existentes no centro de todas as verdades ou opiniões diversas.
Você pode descobrir que vale a pena, de tempos em tempos, rever suas certezas do passado
e querer trocá-las pelos novos conceitos do presente.
Se isso acontecer, teremos cumprido nosso objetivo – contribuir para uma boa curtição, hoje, do melhor de você.
NO UNIVERSO, TUDO É TRANSITÓRIO
Nada é – tudo está sendo...
Se pensarmos que, na nossa vida, no planeta Terra e no Universo, nada se repete, nada volta a ser como antes, esse momento de agora é único e que existe o nunca mais
, daremos mais atenção ao famoso Aqui e Agora
.
Um belo exemplo disso são as flores. Somos frágeis e fugazes como elas, vivemos tão pouco tempo a beleza da vida e da juventude... Aproveitamos mal o nosso escasso tempo, lamentando as perdas e partidas como um erro antecipado ou uma falha do destino.
A transitoriedade de tudo que existe é uma realidade que não nos agrada e, muitas vezes, nos apavora. A saudade, os sonhos não realizados e o receio de um futuro inescapável tornam mais evidentes nossas incertezas e inseguranças emocionais.
Mas, como ainda não foram reveladas outras alternativas possíveis, é inteligente curtir cada momento e ficar inteiro em cada ocasião – o depois pode não acontecer...
"...Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará...
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo..."
Lulu Santos e Nelson Motta
AUTOESTIMA
Ame aos outros como a ti mesmo, mas não mais do que a ti mesmo.
Mestre Jesus Cristo
Ninguém pode viver bem sem autoestima. A autoestima é um desses estados de alma imprescindíveis e, à medida que é desenvolvida, acrescenta qualidade à existência.
Estimar a si próprio inclui um conjunto de conteúdos: ter-se em boa conta, estar consciente da própria dignidade e regozijar-se por estar vivo. Enfim, é um estado de autovalorização, chave para uma série de outras possibilidades na vida, principalmente aquelas associadas aos relacionamentos interpessoais.
Embora possa parecer óbvio, nem todos conseguem gostar de si próprios ou amar-se como deveriam – sem culpas nem restrições. Muitos passam longas temporadas tentando ajustar-se a padrões ditados pela sociedade e desperdiçam a oportunidade de usufruir sua unicidade.
Para isso, é fundamental que cada indivíduo lembre-se de que é único na face da Terra e só pode ser feliz dentro de padrões ultrapessoais, desistindo da ideia de aprovação coletiva. Nem todos vão nos admirar como merecemos... É importante definir claramente do que se gosta, assumindo uma linha de conduta e um estilo próprio. Por exemplo, pessoas desprovidas de atributos apolíneos e parcos recursos financeiros, mas com uma boa dose de autoestima, contornam essas e outras limitações, levando uma vida satisfatória e criando outras compensações.
Todos têm o direito e o dever de serem felizes e a virtude chave
é a autoestima, que proporciona ao indivíduo convicção e confiança no próprio valor. Quando bem desenvolvida, é a mais eficaz alavanca para o crescimento pessoal, atua como uma vitamina
para a vida e como um excelente antídoto contra os revezes que, vez por outra, o destino nos apresenta.
Autoestima não é egolatria. Constitui-se numa capacidade de se colocar como centro saudável de seu próprio universo, não correndo riscos de extrapolar em vaidades ocas ou na pretensão de ser a figura mais importante na vida de todos os outros mortais. Autoestima não implica transformar-se num Narciso apaixonado por si mesmo, autorreferente e desconectado do resto do mundo que o circunda. Muito pelo contrário, é respeitar-se a priori, reconhecer seus limites com naturalidade e cuidar bem de si mesmo
A autoestima elevada marca os indivíduos autoconfiantes, que sabem do seu valor e fazem valer sua dignidade. Admitem algumas críticas, mas não se deixam intimidar por isso. Gostam de si mesmos o suficiente para se fazerem respeitar em todas as circunstâncias. Desenvolvem o hábito de se presentear e o fazem sem culpa. Costumam repetir a frase: "Eu mereço, e por que não?"
A baixa autoestima marca indivíduos sem brilho próprio, hesitantes, desmotivados e sem garra. Não sabem o que querem nem o que não querem. Deixam-se explorar, não tomam nenhuma atitude defensiva, ficando sufocados por uma surda revolta e uma incômoda menos valia. Confundem humildade com desrespeito; boa índole com subserviência.
O MITO DE NARCISO
Consoante os ensinamentos do grande mestre Junito Brandão, vamos resumir a história e os simbolismos do mito de Narciso.
Quando Narciso nasceu, sua mãe, a ninfa Liríope, sentiu um grande júbilo e uma grande apreensão. O menino era demasiadamente belo e isso, na cultura grega, causava assombro e temor. Não era concebível que outros seres fossem tão belos quantos os deuses; só a estes eram permitidos tais predicados, mesmo porque a beleza fora do comum, além de assustar, facilmente arrastava o mortal à hibris – o descomedimento – e o incitava a ultrapassar o métron – a medida correta de cada um.
A mãe, preocupada em proteger o filho e temendo, com justa razão, Nêmesis, a representante da justiça distributiva ou a vingadora de qualquer descomedimento, tratou de consultar Tirésias, o velho cego que era dotado de uma luminosa visão interior, possuindo o dom da manteia, ou adivinhação e o poder de vaticínio. O adivinho não se fez de rogado e, quando a mãe perguntou se o seu filho poderia ter vida longa, o profeta respondeu lacônico e categórico: Se ele não se vir
..., isto é, se ele jamais se contemplar, se não admirar sua própria imagem, poderá viver um longo tempo...
Mas, como isso é impossível, um dia, Narciso, voltando sedento de uma caçada, debruçou-se sobre o espelho das águas de uma límpida fonte e, pela primeira vez, viu-se refletido... Extasiado com a própria imagem, não mais pôde afastar-se dali e tentando mergulhar na ilusória busca de si mesmo e agarrar-se a sua deslumbrante figura, mergulha demais nas águas da fonte e morre precocemente... o que é relatado, magistralmente, nos versos de Ovídio, em Metamorfoses, III, 414-428.
Esse mito, simbolicamente, descreve o drama de certos indivíduos que se apaixonam pelos seus próprios encantos, afastando-se de qualquer realidade. Passam a viver numa desenfreada idolatria, ao invés de uma saudável autoestima.
OS DOIS CAMINHOS DOS HOMENS NA TERRA
Lutadores ou pró-ativos x Desistentes ou queixosos
Como a lei básica do Universo é a Lei das Polaridades, os eventos e seres coexistem em dois polos. O ideal seria estabelecer um equilíbrio entre esses opostos. Essa lei, tão fundamental para compreendermos o sentido da vida, passa quase despercebida, porque, na maioria dos casos, as nossas escolhas são ditadas por um impulso aparentemente inexplicável e, na maior parte das vezes, inconsciente. Portanto, o homem, ao escolher o seu caminho, faz uma opção importantíssima entre duas alternativas.
Jornada dos desistentes ou queixosos
É a opção da grande maioria. Nessa categoria, incluem-se desde os seres que vivem num estágio dos sem opção
até