Conhecer, Viver e Formar na EJA: Narrativas e Vivências Docentes
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Conhecer, Viver e Formar na EJA - Maria das Graças Moreira
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Para todos os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro- IFRJ, campus Maracanã.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos professores Cristina Novikoff e José Sebe Bom Meihy, pelo incentivo ao meu desenvolvimento profissional e pessoal.
À amiga Cristina Novikoff, pela escuta sensível da cada jornada de trabalho e incentivo para permanência na caminhada acadêmica.
Ao amigo Felipe Triani, pelas importantes contribuições no processo de discussão sobre o pensar-fazer na EJA.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), especialmente, à Direção Geral do campus, à direção de ensino e aos professores do Proeja, os quais colaboraram com o compartilhamento de esperança, especialmente, de apoio, na perseverança da escrita para divulgar meus achados no longo caminho da formatação desta obra.
À amiga Mírian Paura, que acreditou e mostrou o valor da nossa vida de orientadora no campo da formação dos jovens e adultos trabalhadores, também em tempos tão árduos e de abandono.
APRESENTAÇÃO
Este livro foi concebido a partir de longa e profunda reflexão sobre o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), no contexto do ensino médio técnico desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ).
A nossa vivência experienciada nos permitiu buscar estudos geradores de novas reflexões sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em extinção no programa atual do governo.
Iniciamos com a exposição histórica da proposta do IFRJ (2008), que sofreu alterações e, atualmente, difere das antecessoras, que atuavam exclusivamente com o ensino médio técnico criado em 1994. Assim era a Unidade de Ensino Descentralizada da antiga Escola Técnica Federal de Química do Rio de Janeiro (ETFQ-RJ), onde se ofereciam os cursos Técnicos de Química. Em 1999 passou a ser a sede do Cefet Química, sendo que, em 2002, tornou-se o Centro de Ciência e Cultura do Cefet Química de Nilópolis, no estado do Rio de Janeiro. Já, em 2009, por força da Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, cria-se o Centro Federal de Educação Tecnológica que passa a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ).
Nesse cenário, entre a educação estritamente técnica, com alunos formados na educação básica, e, atualmente, nem todos com essa formação têm desenhado um grupo social diferenciado, com lacunas na escolarização. Portanto além da formação técnica, a nova proposta oferece formação básica, com foco na qualificação para o trabalho inserida no currículo e todo tratamento teórico utilizado pelas pesquisas em Educação de Jovens e Adultos (EJA) acrescida da educação profissional, destinada à formação para o mundo do trabalho, caracterizando-se como sendo uma nova proposta educacional: o ensino profissionalizante de jovens e adultos. Apesar de ser um programa recém-criado pelo governo, percebemos alguns traços tecnicistas em sua fundamentação.
Em relação ao IFRJ, a legislação profissional e tecnológica atual frente ao Proeja passou a ser implementada na rede federal da educação profissional e tecnológica de modo heterogêneo. E, no IFRJ, observamos que ocorre uma formação homogeneizada mesmo em relação às condições sociais (classe média e média alta), no qual desde sua criação vem apresentando elementos conceituais e normativos diferentes, irregulares e desiguais que ainda estão sendo forjados na (inter) subjetividade docente e, em suas formas de organizar e aplicar as práticas pedagógicas desse novo programa.
Desse modo, o Proeja trouxe para o trabalho docente do IFRJ uma mudança de paradigma, um novo pensar da escola e do currículo que infere na organização e na prática docente que não foram aprendidos nos cursos de formação de professores, seja na Pedagogia, seja nas licenciaturas. Os professores viram-se diante de um novo processo que articula currículo, políticas e o pedagógico norteado pelo ensino e a aprendizagem. Para fins de estudo, focaremos no processo de organização do trabalho pedagógico entendidos como modos de se conhecer, viver e formar a prática na EJA.
A partir desse movimento histórico-social e curricular, consideramos que os cursos de formação profissional para jovens e adultos em que se encontram estudantes que não puderam concluir o ensino básico, passaram por transformações pela legislação profissional e tecnológica que ainda não foram bem assimiladas nem por professores, nem alunos. Para melhor compreender o modo de desenvolvimento desse novo processo educacional buscamos nas narrativas, documentos e literatura um conjunto de dados para elucidar a tendência pedagógica no Proeja do IFRJ, como contribuição nas discussões sobre a validade de sua implementação. Para tal delimitamos o estudo investigativo no docente que é mediador para o sucesso ou fracasso desse programa. Eis que surge nossa pergunta de partida: de que modo o docente, com experiências e vivências anteriormente adquiridas na educação profissional técnica de nível médio conhece, vive e atende às demandas da Educação de Jovens e Adultos? Dessa pergunta emergem outras no decorrer do processo, como é necessário em estudos qualitativos (CASSEL; SYMON, 1994).
Foram considerados dois pressupostos norteadores das minhas reflexões para o presente trabalho. Primeiro, que as formas de conhecer, viver e formar do ser humano realizam-se na sociedade, de forma entrelaçada, uma vez que eles conhecem, vivem e formam-se em sociedade, a partir das relações estabelecidas com o mundo, consigo mesmo e com o outro. Aqui afirmamos que os professores carregam consigo a matriz de sua formação acadêmica (NOVIKOFF, 2003) que muito irá influenciar na organização do trabalho pedagógico desde seu planejamento até as práticas pedagógicas. Segundo, que a dinâmica de conhecer, viver e formar não é dada a priori e nem é eterna, ao contrário, altera-se constantemente e, às vezes, até radicalmente, apenas sinalizando uma tendência pedagógica. Daí o valor de se observar as narrativas docentes para encontrar o aprendido e o reaprendido no caminhar docente. Narrativas que trazem o conhecimento, valores, ideias em relação a si e ao outro.
Ao nos referirmos ao espaço do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), local de trabalho e de encontro entre seres humanos que caracteriza, também, a interdependência das funções, seja a de professor, a de aluno ou outra qualquer função dos demais profissionais, lançamos mão do conceito de redes de Norbert Elias (1994). No dizer desse sociólogo humanista, todas essas funções interdependentes são funções que um indivíduo exerce para outros indivíduos. Cada pessoa singular está presa a outras pessoas, ela é o elo nas cadeias que ligam outras pessoas que as prendem, assim como todas as demais são elos nas cadeias que as prendem. Vale ressaltar que as formas de conhecer, viver e formar dos professores e alunos, não se restringem ao espaço do referido instituto. Pensar as relações e as funções