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Otimismo em tempos de incerteza
Otimismo em tempos de incerteza
Otimismo em tempos de incerteza
E-book49 páginas31 minutos

Otimismo em tempos de incerteza

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Sobre este e-book

"Num mundo em que semear a desconfiança e o medo tem sido uma prática de muitos, quase um esporte nacional, o otimismo parece coisa de tolo ou alienado político. Na contramão dessa onda, meu amigo Leonardo Machado, com todo seu currículo e vivência acadêmica e sua experiência clínica, nos apresenta pesquisas que nos mostram o contrário, que o otimismo tem um potencial silencioso e até mesmo revolucionário, não só na vida de uma pessoa, mas no tecido da sociedade. [...] Em seu e-book, Leonardo nos mostra as muitas razões que nos permite crer que o otimismo não só é possível como necessário. Esse sentimento nos permite vislumbrar melhor as opções disponíveis, mostrando que um futuro melhor pode e deve ser construído."- Do prefácio de Rossandro Klinjey
IdiomaPortuguês
EditoraArtigo A
Data de lançamento13 de out. de 2020
ISBN9786586421521
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    Otimismo em tempos de incerteza - Leonardo Machado

    2020.

    1

    Otimismo não é negação

    Vou precisar fazer um cateterismo. Isso é algo sério?

    A mensagem do WhatsApp sacolejou minhas emoções. Como assim, pai?, pensei. Porém, não deu muito tempo para refletir. O próximo paciente já havia chegado e estava na recepção aguardando pela consulta. Quando eu sair daqui do consultório, passo na casa do senhor e conversamos com calma, foi o que consegui responder. Acabamos nos habituando a manejar as próprias emoções para poder estar por inteiro, ao menos durante os atendimentos. Foi o que aconteceu naquele dia.

    Em torno de oito horas da noite, cheguei à casa dos meus pais. Logo perguntei como ele estava, e rapidamente ele foi me tranquilizando, disse que não estava sentindo nenhum sintoma. Aparentemente. Tinha ido, tão somente, fazer exames de rotina. Portador de uma hipertensão arterial sistêmica e de níveis um pouco elevados de colesterol total, por causa do colesterol ruim (LDL), negou já haver sentido qualquer dor na região do coração. Comecei a sentir uma dor no coração durante o exame da esteira, ele me contou.

    A partir daquele momento, achei estranho ele não ter sentido nada antes do exame ergométrico. Então, comecei a fazer uma série de perguntas. Era o médico, e não o filho, que começava a ser acionado. Aprofundando a história clínica, percebi que ele já vinha com uma dor no peito parecida com aquelas sentidas por cardíacos (uma dor tipo angina). Por que o senhor não me contou antes?, indaguei preocupado. Eu pensei que eram gases, painho me respondeu. O pior. De fato, gases podem gerar dores no peito como se fossem pontadas. A partir de agora, toda vez que sentir alguma dor, mesmo achando que sejam gases, o senhor vai me contar, arrematei.

    A partir dali, comecei um árduo trabalho de convencê-lo a não sair muito de casa para evitar estresse, um dos problemas que poderiam ser o gatilho para um infarto do coração (infarto agudo do miocárdio). Difícil, pois ele não estava sentindo nada. A estratégia foi pedir ajuda a um amigo-irmão, Evandro, também médico psiquiatra, para conversar com ele. Leo, Evandro me disse que eu não posso ficar saindo, preciso ficar em ‘prisão domiciliar’, me falou painho. Eu não sabia disso, vou seguir tudinho agora, completou ele, aparentando realmente ter se esquecido de minhas orientações. Fazer o quê?, pensei. Santo de casa não faz milagre. Sem

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