Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Um Burn Out pra chamar de seu
Um Burn Out pra chamar de seu
Um Burn Out pra chamar de seu
E-book163 páginas1 hora

Um Burn Out pra chamar de seu

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

As mudanças culturais, comportamentais e tecnológicas do século XXI trazem muitos benefícios, mas também geram questionamentos e muita pressão emocional. No dia a dia, temos que lidar com situações desagradáveis e estressantes no trabalho, na escola, na família, nos relacionamentos e, até, nas conversas com amigos. Uma das doenças decorrentes dessa situação é a Síndrome de Burnout. Trata-se de um problema sério, que cada vez atinge mais pessoas. A autora Paula Sian Lopes que é uma médica, foi uma das vítimas de Burnout. Nesta obra, de maneira simples e objetiva, ela explica o que é essa síndrome, de onde surgiu, e ajuda a identificar seus sintomas. Além de explicações médicas e científicas, ela acrescenta sua experiência pessoal e nos ensina como superar a síndrome e ter uma vida mais saudável, feliz e plena.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento19 de dez. de 2022
ISBN9786525434407
Um Burn Out pra chamar de seu

Relacionado a Um Burn Out pra chamar de seu

Ebooks relacionados

Autoajuda para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Um Burn Out pra chamar de seu

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Um Burn Out pra chamar de seu - Paula Sian Lopes

    Dedicatória

    A todos que me ajudaram e me estressaram no caminho para chegar aqui. Que o seu Burnout lhe sirva de aprendizado, assim como foi o meu.

    E a todos os leitores: leiam, reconheçam a si próprios e os parceiros na vida, nos negócios, e os amigos.

    A proposta é ver que, infelizmente, todos temos participação e responsabilidade nessa síndrome que nos assola.

    Agradecimentos

    Eu sinto muito

    Por favor, me perdoe

    Eu te amo

    Sou muito grata.

    Escolhi começar pelo Ho’oponopono porque sintetiza todo o objetivo do livro.

    Peço desculpas a todos que eu fiz sofrer. Fiz o que sabia. E, naquele momento, achei que estava fazendo o meu melhor. Sinto muito por ter me intrometido onde não devia, por ter focado na vida dos outros, por ter cobrado tanto de vocês.

    Sinto muito por mim mesma, por ter me cobrado tanto, me rejeitado todos esses anos e ter me desviado do meu caminho para agradar às expectativas dos outros.

    Eu me perdoo, perdoo a todos que cruzaram o meu caminho (porque também sei que vocês fizeram o que sabiam e o seu melhor, naquele momento de vida).

    Sou muito grata por ter ficado doente. Foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Foi doloroso e muito, mas muito desafiador. Porém encaro como um renascimento. Não ressurgi das cinzas; eu renasci para uma nova vida, para ser, finalmente, a Paula.

    Agradeço aos meus pais pela vida, o maior presente de todos. Tenho muito orgulho de vocês e dos meus antepassados. Sei que a trajetória de vocês não foi fácil, nem abundante. E sei que, graças às suas dificuldades e à sua perseverança, estou aqui hoje, podendo escrever este livro.

    Obrigada ao meu irmão, que dividiu essa jornada comigo. Foi o desbravador. O primeiro filho dessa família, nessa vida. Agradeço por estar aqui, por me mostrar o caminho em muitas situações. Mesmo que, por vezes, tortuoso e conflitante, agradeço por você tê-lo desbravado antes de mim. Agradeço por ter se casado com uma pessoa maravilhosa, generosa e amável, e por terem me dado um sobrinho. A coisa mais linda da tia Paula.

    Eu aprendi a me amar através de todo esse processo de autoconhecimento e ver o quanto sou amada e abençoada pelo Universo, por Deus, pelo Todo, pelo Uno.

    E aprendi a amar cada um de vocês, bravos e corajosos convivas e familiares, que trilharam um caminho de aprendizado comigo.

    Hoje sei que os antigos parceiros, minha chefe, meus pais, todos vocês, fizeram parte de um acordo, do qual não nos lembramos, para virmos para esta vida e ensinarmos lições preciosas uns aos outros. Quem sabe até nos libertarmos dos nossos carmas.

    Muito obrigada.

    Do fundo da minha alma.

    Por favor, sejam felizes.

    Todos nós merecemos isso.

    Eu vejo vocês.

    Carta de apresentação

    Meu nome é Paula e brinco que estou no papel de médica nesta vida. A minha área de atuação é a Dermatologia, e nela pude perceber o quanto o emocional influencia na nossa saúde.

    Apesar das negações e racionalizações, as doenças aparecem, e é aí que temos que tomar uma decisão: olhar para o problema ou fingir que nada aconteceu.

    Quem decide trilhar o caminho da negação vai continuar a tropeçar nas mesmas pedras, até finalmente cair e se machucar muito.

    O corpo diz quando devemos parar. Ele tem essa sabedoria, e seria muito bom se aprendêssemos a escutá-lo. Economizaria sofrimento, tempo, dinheiro.

    Eu neguei meus problemas e minha infelicidade por muito tempo, até que o Burnout veio e, literalmente, me interditou. Fiquei de cama. E ainda bem que isso aconteceu.

    Olhar para dentro foi fundamental. Desafiador, cansativo, mas libertador.

    E sugiro que você faça o mesmo.

    Este livro foi escrito para mostrar os meus passos. Apesar de saber que cada um trilhará o seu próprio caminho, espero poder facilitar essa caminhada para você, com alguns conhecimentos básicos que nos são negados durante a vida. Ou pela pressão social em estarmos sempre bem e alegres. Admitir dificuldades ou dores não gera likes nas mídias sociais.

    Vamos rever a necessidade de agradar aos outros?

    Frases

    A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. (Carlos Drummond de Andrade)

    O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o mais difícil da vida de alguém. (Dalai Lama)

    Dificuldades preparam pessoas comuns para destinos extraordinários. (C. S. Lewis)

    Introdução

    Aos 42 anos, atingi um nível de estresse incontrolável. Trabalhava chorando na frente do computador, suava frio ao pensar em ouvir a voz da minha chefe e tremia descontroladamente (feito vara verde) em reuniões.

    Sempre foi assim? Não.

    Então, em que curva eu derrapei? Será que eu derrapei sozinha?

    A doença é a causa dos problemas, ou um sintoma de que algo está muito errado no ambiente de trabalho?

    Vamos responder juntos a essas questões.

    Mas, antes disso, já vou avisando que o livro se divide em quatro partes:

    1. Vitimização,

    2. Entendimento,

    3. Aceitação,

    4. Bola para a frente que atrás vem gente.

    Por que isso? Para mostrar a evolução da minha percepção desde o começo do processo e para dizer que é normal todo mundo passar por essas etapas.

    E também para não ficarem com raiva de mim na primeira parte do livro, em que eu aparento ser a maior chorona da galáxia.

    Outra coisa importante: eu escrevo em primeira pessoa. Conto da minha vida e da vida de pessoas que foram ou ainda são muito importantes para mim. Este livro não é uma tentativa de vingança, ou de expor os outros. Sei que a maior exposta serei eu mesma.

    Então, quem estiver descrito neste livro, por favor, entendam que todos foram muito importantes na minha vida, e que eu não teria chegado a este nível de consciência sem vocês. E, caso sintam-se magoados, perdoem-me, pois não foi a intenção.

    Espero poder acrescentar algo na vida de vocês. Obrigada por lerem o meu livro, que foi escrito com tanto carinho.

    Aproveitem!

    Parte 1

    Vitimização

    Capítulo 1

    O que é Síndrome do Burnout?

    Ouvi de várias pessoas que isso era doença da moda. Todo mundo tem Burnout hoje em dia, ou que era ridículo ter algo que ninguém nunca tinha ouvido falar até então, como se tivesse sido inventado ontem.

    Mas a desconfiança, o preconceito, ou, no mínimo, a estranheza, acontecem com tudo o que não conhecemos ou quando é novo para nós. A ciência vai evoluindo e nos dando base, substrato, para definirmos novas síndromes e nomenclaturas.

    Ou seja, porque você não conhece a doença quer dizer que ela não existe? Se fosse assim, a Faculdade de Medicina levaria apenas um minuto para ser cursada. Seria o Diploma da Negação. Você entraria sabendo nada, e sairia negando tudo. Tudo seria frescura. Simples assim.

    Até aí, ok. A ignorância faz parte do nosso ser. Rejeitar algo novo também. Mas o que me impressionou mesmo foi ver como ainda existe tanto preconceito contra as doenças psiquiátricas. Eu mesma não queria aceitar o meu diagnóstico. Chorava mais ainda, já me rotulando de louca. Tomar um antidepressivo? Senhor! Olha a que ponto cheguei!

    Achamos que vivemos num mundo racional, científico, exato, de números. Que perigo pensar assim! Está irritado? É porque está cansado ou, se for mulher, com TPM. Está triste? Bobeira! Pare de reclamar, tem gente em situação pior que você. Não é permitido sentir emoções negativas. As mídias sociais provam que só existe a felicidade. O mundo ideal, de fotos lindas, cheias de filtros. Ninguém tem problemas, dívidas, dificuldades ou rugas.

    E, por favor, não assuma em público que tem dificuldades ou problemas. Nem peça ajuda. Sempre vai ter um chato de plantão que sabe tudo e vai dizer que você é quem tem dificuldades em se relacionar, ou aceitar desafios, aguentar pressão, ou vai decidir por você o que você quer da vida.

    Negar nossas emoções e racionalizar tudo acaba nos deixando mais suscetíveis a problemas físicos e mentais. Os sentimentos fazem parte do nosso ser. Não somos robôs. E quando os negamos, eles acabam tomando conta da gente, deixando nosso corpo doente.

    Por que tanta imposição? Qual o problema em termos sentimentos?

    Interessantemente, a origem do termo Burnout vem do inglês, e significa queimar até se extinguir. Ou seja, algo que é consumido até o fim.

    Foi definido pelo psicanalista alemão Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. E Resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação." (FREUDENBERGER, 1980)

    O próprio autor da síndrome sofria do mal, trabalhava demais, estava esgotado.

    Ou seja, viver a vida que achamos linda (nos outros, ou em filmes): trabalhar demais, descansar menos do que o necessário, cabeça cheia de pensamentos e projetos o tempo todo, preocupação constante.

    Sabe aquela imagem do executivo de sucesso, ou do médico super dedicado, que atende e opera um paciente necessitado atrás do outro, ou daquela mãe que abdica de si, dos cuidados pessoais, para cuidar de tudo e de todos? Pois é. Todos estamos sujeitos a isso. A visão do esforço sem limite, da doação ininterrupta é uma imagem admirada no nosso dia a

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1