À Mercê do meu Mestre - Um conto erótico

De Reiner Larsen Wiese

"Agora gozo sempre que tenho tempo, sempre que a vontade bate, e tenho o dinheiro necessário. Nem tenho que pensar. Meu mestre sabe o que quero, do que eu gosto. Ele faz tudo que estive desejando por tanto tempo. Ele me pune, me amarra e me bate, ele me força. Ele gosta do seu trabalho. Sei que sim. Ele também gozou nas últimas vezes em que estive lá. O panfleto da Clínica não menciona isso. Ele não gozou da primeira vez. Não tinha energia, com todas aquelas clientes. Tento não me orgulhar, mas não consigo evitar."





Conto publicado em colaboração com a produtora de filmes sueca Erika Lust. Sua intenção é retratar a natureza e a diversidade humanas por meio de histórias de paixão, intimidade, desejo e amor, em uma fusão de grandes histórias e erotismo.

• Idioma: Português
• Editora: LUST
• Data de lançamento: 12 de ago. de 2019
• ISBN: 9788726242676

Pré-visualização do livro

purchaser.

À Mercê do meu Mestre

Um conto erótico

Estou indo ver meu mestre. Estou há dias esperando por isso. Meu celular me avisa três dias antes da data marcada. Sinto ondas de choque pelo meu corpo. Finalmente tenho o que sempre quis. Não pode ser uma coincidência estar acontecendo agora. Sei que não é. Nos últimos três anos, me dediquei a mim. À minha pessoa e ao que preciso criar. Fiz uma grande mudança, saí de casa. Fugi de outro ex. Desisti de tentar pertencer a alguém. Já perdi tempo demais com isso. Agora eu sou mais eu e minhas habilidades. Nada mais. Nada menos!

Cheguei na cidade com meu diploma e quase mais nada. Tenho uma foto minha do lado de fora do albergue em que ficava quando mais jovem. Mochila por cima de um dos ombros. Garota nova em uma nova cidade. Foi ali mesmo que decidi arriscar a sorte. Fiquei em um albergue por quatro meses. Os quartos ao meu redor acomodavam operários romenos, turistas animados e vários refugiados. Os únicos regulares mesmo eram os funcionários e a dona. Tirei uns dias para explorar a cidade.

Depois disso, as coisas aceleraram. Falei com a dona do albergue. Perguntei se podia usar os fornos para cozinhar. A cozinha tinha dois fornos. Recebi a permissão na condição de terminar antes das sete horas, que era a hora do café da manhã. O café da manhã costumava ser torrada e cereal. No começo, eu colocava o meu pão na mesa. Antes das sete e meia, já tinha sumido tudo. A dona, Rosanna, uma mulher dos seus trinta e poucos, foi informada pelos funcionários. Ela não costumava chegar antes do meio dia. Alguns dias depois, estava de pé na cozinha pelas seis e meia. Queria fazer uma provar. Após algumas mordidas, ofereceu-me estadia grátis em troca do pão que eu fazia. Começamos a conversar. Ela chegou cedo todos os dias daquela semana. Para checar seu investimento e conversar comigo. Ficamos amigas bem rápido. Foi