Só sei que foi assim: Volume 1
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Sobre este e-book
Em tom de conversa fiada, fofoca ou causo, explica-se aqui a origem tão misteriosa de algumas cantigas de roda. Mas será que cada tim-tim é verdade mesmo? Aí já não sei, só sei, meio de pé junto, que foi assim...
Uma forma divertida e lúdica de conhecer o cancioneiro popular brasileiro!
O livro apresenta 11 músicas folclóricas que permearam a infância de muitas gerações e ainda estão vivas na infância das nossas crianças: Fui no tororó, Sapo Cururu, dentre outras. Cada canção é acompanhada de um conto fantástico sobre sua origem. As histórias são ilustradas com coloridas xilogravuras de um dos maiores nomes do cordel brasileiro, J. Borges e seu filho Pablo Borges e acompanhadas de vídeos e músicas interpretadas pela autora Fernanda de Oliveira.
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Só sei que foi assim - Fernanda de Oliveira
1. PEIXE VIVO
cabecTit01Como pode um peixe vivo
viver fora d'água fria?
Como pode um peixe vivo
viver fora d'água fria?
Como poderei viver?
Como poderei viver?
Sem a tua, sem a tua,
sem a tua companhia?
Xilogravuras
Pablo Borges
pag9pag10-11PEIXE VIVO
Sabe-se que a pequena lagoa era muito povoada, e também que havia um peixe chamado Vívaro. Diz a lenda que, apesar de Vívaro viver em torno do que se pode chamar de melhor vizinhança ribeirinha (entre bons sapos, carpas, tartarugas, cobras e plantas aquáticas), ela não era suficiente para o inquieto Vívaro.
O jovem peixe se sentia enclausurado naquele lugar, afinal de contas, morava numa lagoa, e tudo por ali eram águas passadas. O que poderia ser um pouco mais novo eram as boas-novas da chuva, mais nada. Em suas nadadas, Vívaro se deparava repetidamente com a mesma parede de terra. E quando decidia rodeá-la, era em vão. Nadava em círculos e se encontrava sem saída. É, realmente uma lagoa não era o lugar mais propício para um peixe claustrofóbico. Ele desejava mais, atormentava-o a ideia de ser apenas uma parte daquela cadeia alimentar viciante e infinita por ali.
Comentando sobre essa ansiedade com sua amiga libélula, que por sinal era certeira em seus argumentos e em seus toques delicados na água em voos rasantes, Vívaro decidiu treinar saltos. Pelo visto, seria o único jeito de estar mais fora do que dentro. A libélula o havia aconselhado a mudar de ares, o que era arriscado e até irônico para um animal dependente de água, e ele levara o conselho ao pé da letra. Assim, passou a gastar seus dias pulando. Cada vez mais alto, mais forte, adestrando-se com técnicas de impulsos, quedas e planagens. E nesses pulos passou a vislumbrar outros horizontes (ou o próprio, que era total novidade para o antes limitado peixe). A cada salto memorizava seu quadro visual, circundando o que poderia ter como
