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O Cético
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E-book101 páginas1 hora

O Cético

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Sobre este e-book

O Cético que adorava derrotar fantasmas....

Seus amigos o chamavam de Eterno Cético – com C maiúsculo.

Aos 31 anos, Rajveer encontrou-se na mais esquisita das profissões.

Trabalhando em um programa da Discovery Channel chamado “O Investigador Cético”, sua função principal era desmascarar histórias sobre fantasmas.

Até que, um dia, recebeu um e-mail bastante misterioso de uma certa Sara Williams, dona de um hotel da era britânica chamado Osborne House, em Landour, Mussoorie, Índia.

Sara contava que nenhum turista queria visitar seu hotel porque alguns hóspedes haviam reclamado de experiências paranormais lá. Ela pedia que Rajveer fosse até Landour para dar fim àquelas histórias maliciosas sobre fantasmas.

Por algum motivo estranho, Rajveer fica feliz em aceitar o convite, dando início a uma estranha série de eventos. E imagine o que ele descobre desta vez?

Acompanhe a jornada do Cético enquanto Rajveer tenta descobrir o que é a vida, o que é a vida após a morte, o que é real, o que é misterioso, o que é lógico e o que não tem explicação e, acima de tudo, o que é o amor.

Se você adora Ruskin Bond e Nicholas Sparks, vai se apaixonar por “O Cético” também.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de dez. de 2020
ISBN9781071582183
O Cético

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    O Cético - Prasenjeet Kumar

    1

    SEUS AMIGOS O CHAMAVAM de Eterno Cético – com C maiúsculo.

    Rajveer Singh não tinha problemas com essa alcunha, pois não havia dúvida de que ele era cético de nascença. Mas eterno? Ah, ele preferia o adjetivo ambulante, que descrevia suas inclinações de forma mais adequada – aquele que perambula pelo mundo provando sua natureza cética.

    Provando para quem? Bem... na maior parte do tempo, para si mesmo!

    Aos 31 anos, Rajveer encontrou-se na mais esquisita das profissões. Mas não reclamava, contanto que sua sede por viagens fosse satisfeita. Ele achava que não era adequado a nenhum emprego que lhe obrigasse a ficar sentado atrás de uma escrivaninha enorme, mesmo que fosse o emprego mais bem pago do mundo no escritório mais luxuoso.

    Mas isso não queria dizer que ele tivesse que andar por aí desgrenhado, usando jeans rasgados em pontos estratégicos. Seu cavanhaque precisava estar perfeitamente aparado. Ele tinha que se exercitar regularmente para se manter magro e em forma. E precisava vestir o melhor dos ternos sob medida... que ele achava que combinava com sua profissão estranha.

    — O quê faz para ganhar a vida, filho?

    Sempre que a pergunta lhe era feita, seu maxilar congelava por um momento, o que atraía ainda mais olhares. E algumas sobrancelhas erguidas.

    Rajveer tinha que escolher suas palavras cuidadosamente, tornando seu silêncio mais misterioso do que ele pretendia que fosse. Começava dizendo sou investigador clínico de fenômenos paranormais. Mas quando isso resultava em um confuso ...hein?, ele desistia e despejava:

    — Na verdade... ganho a vida caçando fantasmas.

    E então, a reação era sempre a mesma: primeiro um olhar assustado, como se alguém fosse derrubar a cadeira em que seu interlocutor estava sentado. Depois, via pessoas se entreolhando e olhando para ele em seguida, para determinar se aquilo era sério. Alguns fingiam não ter ouvido palavra alguma quando ele sabia que elas tinham ouvido sim. Outros cochichavam, como se o local já tivesse se tornado assombrado por fantasmas.

    Em resumo, todos ficavam assombrados com sua resposta. E quem não ficaria? Mas antes que lhe fizessem alguma outra pergunta, ele costumava encerrar o debate:

    —E, senhores, não se preocupem, é uma profissão bem paga. E, além disso, eu também consigo ver o mundo.

    Rajveer Singh trabalhava para a Discovery Channel, em Londres, apresentando um programa chamado, isso mesmo, O Investigador Cético. Sua jurisdição se estendia por toda a Europa, até onde quer que seus serviços fossem necessários para desmascarar histórias de fantasmas: castelos na Irlanda, mansões na França, igrejas na Itália e cemitérios em Praga. Alguns de seus programas apresentaram até destinos turísticos famosos como a Torre de Londres, a Abadia de Westminster e o Palácio de Buckingham.

    Ele já havia gravado um século de programas e coberto centenas de destinos exóticos, o que era um bônus. Em todo lugar e em cada programa, um tema voltava à tona: histórias de fantasmas são idiotice. Fantasmas não existem, ponto final.

    Desde os cinco anos de idade, Rajveer foi fisgado pelas histórias de fantasmas de sua avó:

    —Morávamos em uma casa onde um cômodo do andar térreo era tão terrivelmente assombrado que ninguém jamais conseguiu passar uma noite nele. Vivo... — ela narrava em tom cheio de suspense.

    E Rajveer costumava se animar:

    —Por quê, Dadi?  Porque um fantasma vivia lá?

    E a avó de Rajveer fazia uma pausa proposital e afirmava:

    —Isso pode ser assustador.

    E o jovem Rajveer implorava:

    —Tudo bem, Dadi. Mas, por favor, continue — quase desafiando sua avó a apavorá-lo.

    —Ouvíamos gritos terríveis à noite. Gritos de raiva. Ouvíamos alguém batendo nas portas. E as janelas abriam e fechavam sozinhas. A mobília rangia como se estivesse sendo arrastada de um canto para outro do quarto.

    —Você enfrentou o fantasma, Dadi?

    —Não, beta... eu não tinha tanta coragem quanto você tem —a avó de Rajveer acatava imediatamente — mas um certo dia encontrei minha vizinha, a senhora Anand, que vivia naquela região havia algum tempo. Ela me disse que alguém havia sido assassinado naquele quarto assombrado, e que seu fantasma era muito possessivo, não querendo que ninguém ficasse lá.

    Rajveer ficou decepcionado. Por que Dadi não investigou as coisas por conta própria? Ele acabava bocejando e adormecendo. Sua avó era uma excelente contadora de histórias, sem dúvidas, mas aquilo queria dizer que fantasmas existiam? Nah.

    Seus colegas de escola ficavam apavorados assistindo a filmes de terror, mas as reações de Rajveer eram diferentes:

    — É só um filme — dizia ele, dando de ombros — Usam iluminação, efeitos especiais, maquiagens horrorosas e pavorosas atuações exageradas. Ah, e sim, aquelas estúpidas lentes de contato brancas.

    Além de fantasmas, Rajveer estava convencido de que as almas também não existiam. E nem Deus. Naquele tempo, ele não sabia se havia um termo técnico para tal crença. Mas conforme o tempo passou, ele ficou mais determinado a pesquisar e desacreditar tais mitos.

    COMO QUALQUER FAMÍLIA típica de classe média indiana, os pais de Rajveer queriam que ele estudasse engenharia ou medicina, ou que se preparasse para serviços públicos de nível superior, como o Serviço Administrativo Indiano. Mas durante a adolescência, Rajveer ficou cada vez mais interessado em compreender os mistérios do universo.

    Após a formatura, estagiou animadamente na Discovery Channel e aprendeu os papéis de planejamento, produção, fotografia, efeitos especiais, legendagem, dublagem entre outros, e agora tinha seu próprio programa de TV, que

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