Ele vai Para leste

De Alex Montrasio

Um episódio trágico da imigração chinesa na América serve de premissa para narrar a epopeia de uma família recorrendo a um século de história chinesa e americana.
Neste breve conto, vão conhecer um rapaz torna-se órfão desde criança, um velho que convive com um segredo de uma vida, uma princesa lindíssima e um mistério que devagarinho vai se desvendar através da explicação imediata dos protagonistas.

• Idioma: Português
• Editora: Alex Montrasio
• Data de lançamento: 4 de jan. de 2021
• ISBN: 9781071582299

Pré-visualização do livro

Ele vai Para leste

Copyright © 2017 by Alex Montrasio

Concept gráfico: Balonga Cassar

Realização da capa: Alex Montrasio

Tradução de italiano para português: Adérito Francisco Huó

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ISBN (epub): 9781370958474

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Estão reservados todos os direitos

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Um agradecimento a todos aqueles que colocaram a disposição no Pinterest as fotos da época de Los Angeles que encontrarão publicadas em anexo; um agradecimento especial a Patrizia Barrera pelas informações contidas no seu blog.

O autor

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Colecção

O Centauro Enciclopédico

Prólogo

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No dia 24 de Outubro de 1871 Robert Thompson foi morto durante um ajuste de contas entre quadrilhas rivais na ruela de los Negros, uma das ruas mais perigosas da China Town de Los Angeles. Em circunstâncias normais o delito não teria suscitado escândalo porque Thompson era um intriguista, cliente assíduo dos bordéis chineses e conhecido pelas forças de ordem por pequenos furtos, burlas, jogos de azar, em suma, era tudo menos uma pessoa respeitável, mas Thompson era branco, e tinha sido assassinado por um amarelo.

Malditos amarelos

No período de poucas horas A notícia do homicídio de Thompson correu a cidade. Escândalo, indignação, raiva. Pouco depois uma multidão enfurecida juntou-se na ruela de los Negros à procura de vingança. Para agitar as almas dos respeitáveis cidadãos de Los Angeles, quase todos de origem espanhola ou britânica, não eram somente ânsia de justiça expedita ou insensato racismo. A verdadeira motivação era muito mais material e tinha a espessura do papel filigranado, aquele de cor verde com o rosto de George Washington impresso em plena vista.

Dólares, dinheiro, em suma, era uma questão de dinheiro, como sempre.

O comércio local – já em crise pelos efeitos da guerra de secessão – não podia competir com os preços das mercadorias vendidas pela cada vez mais numerosa comunidade chinesa. Se tratasse de seda, carne, arroz, verduras, especiarias ou mulheres era o mesmo: