A Batalha dos Macabeus: uma breve análise do processo identitário e do hibridismo cultural entre helenos e judeus nos séculos I e II a.C
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A Batalha dos Macabeus - Fabiano A. Teixeira
guerra.
I. O HELENISMO NA DINÂMICA DO PROCESSO DE TRANSIÇÃO CULTURAL PARA OS JUDEUS
Neste capítulo, abordaremos os conceitos sobre cultura e identidade para a construção da memória macabeia, bem como das disposições gerais sobre os conceitos de helenização e do processo de transformação e ruptura desde Alexandre O Grande
, para impor as práticas culturais da religião, do idioma e do comércio para as demais culturas subjugadas. Os eventos que marcaram a história social do antigo Israel são representados por fatores e elementos que constituíram essa identidade, tanto quanto as narrativas sobre memórias individuais e memórias coletivas sociais. São elas, compostas por lembranças valorizadas, mas com esquecimentos de coisas e fatos que deixaram seus rastros, seja por não serem mais lembradas, seja por personagens que impedem a sua rememoração. É um esforço trabalhado na condição do tempo e espaço para o alcance daquela memória em construção ¹⁹.
DA MEMÓRIA JUDAICA
As batalhas que os judeus enfrentavam não eram somente as militares, questões culturais e espirituais eram amplamente debatidas quando o assunto era a interação com outras culturas. Preocupavam-se suficientemente com sua fé para transmiti-la aos seus filhos. Acreditavam que apesar das grandes realizações dos gregos na arte, arquitetura, literatura e filosofia, os judeus ainda possuíam uma grande contribuição para o mundo. Uma nova identidade judaica começou a emergir, baseada não em exércitos, mas em textos, professores e casas que eram até emprestadas para o estudo.
A memória parte das vivências do sujeito e não é algo homogêneo, compacto, ao contrário, mostra-se algo fluído, plural, movediço, em se tratando da coletividade algo correspondente à grupos sociais, que ao vivenciarem situações tem uma memória parecida por terem aspectos em comum, por pertencerem à um grupo. O público-alvo de determinados programas constitui também um grupo, e consequentemente as histórias vivenciadas e assistidas via televisão, desencadeiam simbolismos, identificações. (GONÇALVES, p. 1).
A memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia. Mas a memória coletiva é não somente uma conquista é também um instrumento e um objeto de poder. São as sociedades cuja memória social é sobretudo oral ou que estão em vias de constituir uma memória coletiva escrita que melhor permitem compreender esta luta pela dominação da recordação e da tradição, esta manifestação da memória (LE GOFF, 1990, p.476).
Nem toda identidade deriva da memória, mas as identidades mais profundas, aquelas que parecem mais naturais e indissolúveis, são as fundadas no passado e garantidas por ele. A memória em parte é a fundadora e legitimadora das identidades, pois é ela que define quais são as mais importantes, quais são as fluídas e passageiras, e quais são aquelas que adquirimos no nascimento, como herança de nosso passado²⁰. Contudo, a memória é, com ebulição, um campo de conflitos, no qual personagens e fatos são valorizados ou rejeitados, interpretações com ou sem juízo de valor de acordo com cultura que narra os fatos e eventos com suas posições e interesses