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A Religião de Nietzsche: desmistificando o Pirronismo de Nietzsche
A Religião de Nietzsche: desmistificando o Pirronismo de Nietzsche
A Religião de Nietzsche: desmistificando o Pirronismo de Nietzsche
E-book231 páginas6 horas

A Religião de Nietzsche: desmistificando o Pirronismo de Nietzsche

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Sobre este e-book

Nesta obra, simplesmente, estou evidenciando a possibilidade de que o Homem não consegue viver sem expressar o seu sentimento religioso. Não é paradoxo afirmar religião de Nietzsche? Desmistificar o quê em Nietzsche? Aparentemente parece ser um paradoxo, mas ao longo da leitura veremos que não. Nietzsche negou Deus o tempo todo em suas obras, em contrapartida viveu o tempo todo entranhado na metafísica, ele era inegavelmente um religioso. Há um chocante paradoxo nessa afirmativa, já que a maioria dos nietzschianos considera a religião simples sobrevivência histórica e cultural. Na verdade, existem diferentes teologias, diferentes ateus e diferentes nietzschianos... E afinal, podemos afirmar que Nietzsche possuía uma religião? É o que veremos neste livro. Encontramos vários indícios remanescentes religiosos em suas obras, e tudo nos leva a crer que a religião dele era impregnada de misticismo enigmático, camuflada de forma antropológica, existencialista e psicológica. O eterno retorno, Zaratustra e super-homem são provas dessa afirmação, assim como cada um possui a sua concepção em Deus. Nietzsche não fugia à regra...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de abr. de 2021
ISBN9786559562626
A Religião de Nietzsche: desmistificando o Pirronismo de Nietzsche

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  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    Ótimo livro, para quem tem interesse no assunto super recomendado.

    1 pessoa achou esta opinião útil

  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    O autor descreveu os preconceitos de Nietzsche e simultaneamente buscou os elementos do senso comum em suas obras, sobretudo, Zaratustra, Super Homem e o Eterno Retorno. O autor destacou muito bem.

    1 pessoa achou esta opinião útil

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A Religião de Nietzsche - Linardi Gomes

regra...

I  P A R T E

A PERSONALIDADE DE NIETZSCHE

Aparentemente Nietzsche se apresentava calmo para as pessoas de fora, mas ele escondia o seu temperamento introvertido e fleumático, embora, retratando toda a sua personalidade militar sendo uma pessoa séria, neurastênica, quase temperamental, caracterizada por uma fraqueza, enxaqueca e irritabilidade proveniente dos esgotamentos do seu sistema nervoso.

O espírito militar de Nietzsche foi efeito do seu temperamento, pois, era realmente frio, seco, distímico e sistemático, apesar do seu refúgio nas melodias e óperas wagnerianas. É em Ecce-Homo que ele dá o ultimato de sua frieza, do seu ateísmo pirrônico e do seu espírito burguês. Não precisa ser psicólogo para analisar os termos bélicos e militares que Nietzsche usou em suas obras, isso era um reflexo da sua personalidade totalitária e fria. Vejamos alguns: guerra, espada, dinamite, autodefesa, rajada, explosivo, guerreiro, bélico, pólvora, artilharia, tiro de canhão, sangrenta etc., sobretudo no livro Ecce-Homo.

Na concepção ateia de Nietzsche, o homem em momento algum teria que buscar ou descobrir o seu lado espiritual, mesmo porque ele não tem necessidade alguma de explorar o transcendente, ou melhor, as coisas do além, nem as coisas futuras e muito menos os fenômenos sobrenaturais. Essas coisas não existem, e sim são frutos da imaginação, coisas dos religiosos e dos altruístas; o que existe é você, o presente, o agora, a realidade, o mundo.

Eis aí alguma de suas máximas egolátricas: ‘ame sempre a si mesmo e será feliz’, porque ele considerava mito o ‘amor ao próximo’, e ‘altruísmo’ é pura falácia: As minhas experiências me proporcionaram amplo direito de desconfiar dos chamados instintos desinteressados, desse altruísmo fácil, e em geral de tudo o que seja o amor do próximo coadunante com o conselho e com a ação. Para mim, isso é sinal de fraqueza, uma prova da incapacidade de resistir aos estímulos: a compaixão tem o nome de virtude somente entre os decadentes... a compaixão lembra demasiado o cheiro da plebe... Entre as virtudes insignes eu coloco a força de superar a compaixão ¹, e acreditava que a humanidade possuía uma missão, que não deveria ser religiosa e nem política, mas sim uma missão comprometida com a educação, com a ética, com a cultura, com a arte e com o progresso, acompanhada de plena realização das paixões e dos prazeres humanos, apesar de que ele fosse contra o vício da bebida alcoólica, fumo etc. Ele afirmava: O prazer e o desprazer referem ao sentimento de poder... O homem feliz: ideal do rebanho... O único princípio motor do homem é a dor. A dor precede a todo prazer... Prazer e dor não são coisas opostas ². E Nietzsche para completar esse raciocínio repetia com o mestre Eckhart: "O animal que mais rápido os possa levar a perfeição é a

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