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Como você decide a sua VIDA?: A viagem do condicionamento à essência
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Como você decide a sua VIDA?: A viagem do condicionamento à essência
E-book335 páginas3 horas

Como você decide a sua VIDA?: A viagem do condicionamento à essência

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Sobre este e-book

Este livro de Manika Apsara, "Como você decide a sua VIDA? A viagem do condicionamento à essência", oferece ao grande público, de forma muito original, a sua rica e abrangente experiência como Terapeuta Renascedora e Terapeuta Primal por cerca de três décadas. A obra é resultante da sua pioneira iniciativa – no começo da pandemia, em março de 2020 – de transformar em lives a estrutura trabalhada e sistematizada de uma série de conhecimentos e experiências que já oferecia aos clientes sob a forma de workshops temáticos. Segundo Manika, esta obra é "um convite para uma exploração pessoal e sincera sobre os diversos níveis de consciência nos quais transitamos ao longo da vida". Extraído do prefácio, de Anand Neerava. Disponível também no formato impresso. Livro do selo Gôndola.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mai. de 2021
ISBN9786589884002
Como você decide a sua VIDA?: A viagem do condicionamento à essência

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    Como você decide a sua VIDA? - Manika Apsara

    Introdução

    Falar sobre condicionamentos é tratar dos conflitos que acompanham nossa existência como seres humanos. Falar sobre a essência é refletir sobre a fragrância individual de cada Ser. É falar sobre a maneira única e peculiar que cada Ser tem de expressar-se e de colaborar com sua participação neste universo. A viagem do condicionamento à essência é a jornada da própria vida como um todo.

    Na forma como percebo, cada um de nós encarna com um perfume, um propósito, uma expressão única, que será descoberta, desabrochada e expressa ao longo da vida. Como aprendi com meu eterno Mestre Osho (veja detalhes nos Anexos), que reverencio e que tocou meu coração e tirou a venda de sonambulismo dos meus olhos, a vida sem propósito é uma vida vazia, desperdiçada, pois cada ser humano vem ao mundo com características, dons e habilidades únicas.

    Cada Ser é, com certeza, uma flor única no jardim do universo e, como estamos aqui para vivenciar a experiência humana – a individual, a dos relacionamentos interpessoais, a coletiva – encarnamos para descobrir e expressar esses dons e fragrância para nós mesmos e para os outros.

    As escolas filosóficas que me tocaram mais profundamente e que formam a base do que acredito – e, por consequência, a fundamentação do trabalho que desenvolvi – são as escolas orientais, especialmente a tradição indiana.

    Segundo essa linha, a existência é uma grande brincadeira chamada de Maha Leela – nome em sânscrito –, na qual Deus, Atman, ou Ser Infinito (como cada um prefira chamar) existe em seu esplendor e paz eternos. Como em uma diversão cósmica, esse Ser Infinito se fragmenta em bilhões de partículas e cria o universo como o conhecemos.

    Acontece, porém, um aspecto bem peculiar nesse processo: todos vivem em total ignorância quanto à sua origem divina. Todos encarnam sem a noção de si mesmos. E assim, a experiência egoica individual surge para que, em algum momento, ao longo de seu processo exploratório, cada partícula se dê conta de quem é, deixando para trás a ilusão de separação e individualidade – e retorne com consciência à percepção mais profunda de si mesma, que é a unidade total.

    Essa forma de perceber a realidade me tocou, inspirou e encorajou para que eu pudesse mergulhar sem objeções na exploração dos meus condicionamentos e das definições e sistemas de crenças que me limitavam – sem me deter no medo, na vergonha e nos mecanismos de defesa que são acionados naturalmente em qualquer um de nós quando iniciamos o processo de autoconhecimento e de autoinvestigação dos nossos padrões repetitivos.

    É muito usual colocarmos nossa atenção e energia apenas para o reconhecimento de nossas qualidades, habilidades e utilidades, pois é assim que geralmente somos admirados e valorizados. Esta, porém, é a jornada de fortalecimento do ego e seus personagens. E, na maioria dos casos, ficamos tão ocupados nessas construções egoicas que nos perdemos nelas e nos personagens que criamos e nos forçamos a sustentar todos os dias.

    Sem nos darmos conta, acabamos nos afastando cada vez mais das motivações sinceras dos nossos corações, de quem somos em essência. E esse afastamento, em muitos casos, só é sentido ou notado quando estamos em um momento de crise existencial, quando perdemos um relacionamento, falhamos em um projeto; ou mesmo quando percebemos que nossas escolhas nos levaram para um lugar ou a um resultado que não faz sentido algum para nossa felicidade e realização mais profundas.

    Dessa forma, como ocorre com a maioria de nós, em um momento de crise pessoal descobri alguns caminhos que me mobilizaram no mais íntimo do meu Ser. Enquanto mergulhei em mim e no trabalho de desvendar-me, surgiu esta maneira de minha essência participar no jardim do grande jogo da vida: compartilhar com os outros o que vem funcionando para mim.

    Via de regra, grande parte dos conflitos que experimentamos, tanto internos quanto externos, estão sedimentados e enraizados em nossos condicionamentos. Isso se dá porque só reconhecemos e validamos o que é familiar para nós. Uma das primeiras buscas que empreendemos na vida é por referências que nos deem segurança. Isto é instintivo, razão pela qual desde muito cedo corremos atrás de parâmetros que irão pautar a nossa sobrevivência. Na minha percepção, este é o início do jogo – ou Leela – neste planeta.

    Ao buscarmos sustentação e segurança, começamos a criar nossas primeiras conclusões e verdades a respeito da vida e do mundo, o que envolve temas como os relacionamentos, a confiança, a nutrição emocional, a fé e a forma de nos relacionarmos conosco mesmo e com os outros. E assim seguimos no jogo que interpretamos ser necessário à nossa sobrevivência.

    Mesmo que as verdades e certezas que sustentamos não nos sejam mais úteis, ou nos limitem de alguma forma, brigamos por elas, resistimos à mudança, ao que é desconhecido; reagimos ao que é diferente e, em outros casos, entramos em um processo de negação, não percebendo que estamos agindo através dessas verdades e certezas.

    O fato é que, nessas circunstâncias, vivenciar algo totalmente desconhecido se torna praticamente impossível, pois simplesmente não conseguimos decifrar aquilo que não soa minimamente familiar para nós mesmos. Assim sendo, a maneira como percebemos o mundo, as pessoas, os relacionamentos e tudo o mais à nossa volta vem desde o início tonalizada pela cor que pinta as paredes das vidas que observamos em nossos familiares – uma herança que, em suma, recebemos dos nossos antepassados, geração após geração.

    Esse filtro de percepções coletivas nos mantém presos a algumas realidades pré-estabelecidas – e, muitas vezes, nos impede de explorar possibilidades completamente distintas: simplesmente porque ignoramos outras formas de existência ou porque ignoramos nossas habilidades em experimentar tais realidades alternativas.

    Grande parte de nós passará por uma vida inteira sem se importar com essa forma automática e previsível de viver. Muitos inclusive lutarão com todas as suas forças para que nada mude, pois a percepção de que a mudança significa risco à sua sobrevivência parece real e inquestionável. E isso independe de classe social, econômica ou outros tipos de status.

    As pessoas menos favorecidas social, cultural e financeiramente, muitas vezes resistem a questionar qualquer mudança de paradigma por medo de que algo mude para pior. Mas também quem faz parte de uma classe social mais privilegiada teme questionar o que já está estabelecido, e pela mesma motivação: o medo de que algo mude para pior, o medo de perder o controle.

    É claro que esse olhar faz sentido a partir do momento em que a vida humana efetivamente não se encontra em risco ou sob ameaça. Para uma fatia da sociedade – que infelizmente ainda é grande, tanto em nosso país como em outras regiões do mundo – totalmente envolvida na luta pela sobrevivência, dia após dia, essa reflexão não faz sentido, pois toda a atenção da pessoa ou do grupo está voltada para a manutenção mínima da vida. A luta diária para sobreviver anula – ou dificulta fortemente – a possibilidade ou opção de concentrar tempo e energia no desenvolvimento da espiritualidade e/ou expansão da consciência.

    Na realidade, na forma como observo, um dos maiores condicionamentos – e que afeta praticamente a todos nós – é o da conformidade e acomodação. Portanto, é comum que as pessoas, em sua maior parte, só venham a questionar – ou ir contra o sistema que lhes foi imposto – no momento em que se sintam completamente sufocadas, sem saída ou totalmente frustradas.

    Há também um grupo de pessoas que nasce com uma curiosidade e uma inconformidade natural. Por necessidade de sobrevivência, elas também moldam suas vidas em padrões de condicionamentos totalmente repetitivos; mas alguns momentos de desconforto ou descontentamento são o suficiente para que comecem a questionar as verdades que absorveram inicialmente em suas vidas.

    Em muitos casos, também, o que fará com que as pessoas comecem suas jornadas do condicionamento à essência é simplesmente uma sensação de falta, de incompletude: uma insatisfação natural com o que já está estabelecido como verdade e realidade. A consciência de que falta algo de mais essencial e autêntico em suas vidas surge como um impulso mais forte do que qualquer condicionamento já vivenciado por elas até então.

    Existem sinais claros que ajudam qualquer pessoa a perceber se ela está experimentando sua vida através dos próprios condicionamentos ou de sua energia mais essencial. Quando estamos seguindo nossas vidas através dos condicionamentos, muitas vezes não sabemos explicar por que escolhemos alguns caminhos ou tomamos certas atitudes – simplesmente seguimos, pois é assim que a vida deve ser.

    Às vezes, nos sentimos tão sobrecarregados mantendo e sustentando essas escolhas que precisamos nos compensar pelos papéis que estamos cumprindo há tempos e, dessa forma, sabotamos a nós mesmos com atitudes completamente opostas ou antagônicas aos personagens que insistimos em manter.

    Por outro lado, quando fazemos escolhas em nossas vidas a partir de um espaço de consciência mais conectado com o nosso verdadeiro Ser, nossa energia vital, nossa vontade e nossas motivações são tão reais, vivas e vibrantes que não há dúvida de que estamos no caminho certo. O estado de ânimo interno é a maior prova de conexão com a nossa força interior, sendo essa a nossa real motivação.

    Este livro é um convite para uma exploração pessoal e sincera sobre os diversos níveis de consciência nos quais transitamos ao longo da vida. Da forma como percebo, começamos a jornada em um nível mais denso de existência, fundamentado em nossas necessidades básicas de sobrevivência, procriação, poder e prazer.

    A partir deste nível, sustentamos internamente e colocamos em prática o conjunto de todas as crenças do inconsciente coletivo que reconhecemos como real e, assim, seguimos agindo e reagindo pautados nessas verdades condicionadas, sem nenhum questionamento ou inconformidade: lutando para ter um espaço dominante ou dominado – guiado, conduzido por algo ou alguém – no jogo da vida.

    Posteriormente conseguimos acessar níveis de consciência mais sutis e flexíveis, a partir dos quais podemos começar a questionar essas leis autoimpostas, vendo-nos com a possibilidade de embaralhar as cartas novamente e reescrever nossas escolhas. Tornamos-nos, então, cada vez mais responsáveis por nossas ações e tudo à nossa volta. Ficamos menos instintivos, individualistas e competitivos, e passamos a ter uma percepção mais coletiva e cooperativa da vida e do mundo.

    Nesse caminho do denso para o sutil, seguimos até o momento em que tocamos um espaço mais essencial em nós mesmos; e nos percebemos como Seres mais distanciados das nossas necessidades estruturais e egoicas, com sentimentos e motivações mais sublimes e nobres. Por fim, alcançamos o patamar em que nos sentimos Seres divinos vivenciando uma experiência humana na qual o bem-estar é uma realidade interna e externa, sem conflitos de interesses ou de personagens.

    Essa viagem não é linear, estática e não segue uma sequência imutável. Pelo contrário, na forma como vivencio a jornada de autoconhecimento e evolução, tudo se parece muito mais com uma dança na qual nos movemos em direção a um estado de maior clareza e consciência: em que nos encantamos com o novo universo desconhecido, recém-desvendado para nós mesmos, e nos deleitamos com o relaxamento do novo estado mais expandido do nosso Ser.

    Mesmo após vivenciar esse deleite, voltamos eventualmente a nos tornar inconscientes, às vezes totalmente entorpecidos novamente pelas teias das crenças e percepções do passado.

    Tal retorno ao estado de consciência anterior é, até certo ponto, natural. Não devemos resistir ou temê-lo, pois simplesmente não temos controle total, o tempo todo, sobre esse movimento de nossa atenção, intenção ou percepção.

    As práticas de meditação, respiração, Yoga, assim como outras técnicas, são ferramentas importantes para que possamos nos desvencilhar cada vez mais dessa forma automática de funcionamento. Entretanto, nada deve ser encarado como uma meta a ser alcançada, mas sim como uma viagem natural a ser usufruída, explorada, que é nossa por direito, e na qual embarcamos ao encarnarmos neste planeta.

    Muitos de nós irão passar a vida toda sem se dar conta do presente que receberam, que é se lembrar de quem realmente são; e alguns irão se sentir impelidos a ir em busca de algo que nem sabem o que é, sentindo uma inquietação genuína, que os fará seguir sem esforço rumo ao encontro de si mesmos.

    A Autora

    1.

    Padrões de

    comportamento

    Como reconhecer e curar

    nossos vícios pessoais

    Chamo de padrões de comportamento todas as formas repetitivas e automáticas que temos no agir ou reagir a algo ou alguém: maneiras de ser que vivenciamos sem o menor controle ou consciência. E, muitas vezes, nos sentimos presos a esses comportamentos, como se não houvesse outra alternativa de ação ou reação. Essas são as maneiras como formatamos a nós mesmos, deixando de utilizar nosso livre arbítrio e nossa habilidade reflexiva.

    Do meu ponto de vista, por necessidade de sobrevivência e aceitação, criamos impressões a respeito das pessoas e do universo em que vivemos, moldando assim as formas como devemos agir ou existir – isto ocorre desde o nosso primeiro contato com o mundo exterior. Na verdade, muitas dessas impressões são criadas já em nossa vida intrauterina, onde interagimos perceptivamente com nossa mãe, absorvendo muitas das emoções, sensações e crenças que ela sustenta, bem como informações vindas do cenário familiar que está se desenrolando ao longo de nossa gestação e nascimento.

    Minhas conclusões se pautam pelas escolas terapêuticas que mais me influenciaram – o Renascimento e a Terapia Primal –, mas também resultam das investigações que pude fazer sobre mim mesma e de meu trabalho de consultório, ao longo de quase 30 anos de prática.

    Padrões de comportamento e formas de elaboração e mudança dos mesmos vêm sendo objetos de exploração e pesquisa, no que se conhece hoje como a área da Psicologia, desde o século VI a.C. A princípio, esses estudos foram inicialmente desenvolvidos, na cultura ocidental, no campo da Filosofia. Hipócrates, Sócrates, Platão e Aristóteles foram alguns dos grandes precursores nesta área.

    A partir do século XIX, a Psicologia surge como disciplina científica, e passa a ser explorada em caráter experimental, aprofundando o estudo da mente humana. Desde então, várias abordagens psicológicas despontaram com grande força, a exemplo da Psicanálise, da Psicologia Junguiana, da Gestalt e de tantas outras correntes que colaboram profundamente com a jornada da autodescoberta.

    Boa parte da minha formação terapêutica teve como base as técnicas desenvolvidas a partir de 1974 na Osho Multiversity de Puna, Índia. Teve grande influência sobre mim, também, o trabalho de Renascimento criado por Leonard Orr. Participei de treinamentos nesta técnica conduzidos tanto pelos terapeutas de Puna quanto por Leonard.

    Em ambas as situações, constatei que, para além de focar apenas na percepção intelectual, também o condicionamento energético corporal e os sistemas de crenças ancestrais de cada indivíduo eram particularmente levados em consideração durante o processo de elaboração e cura dos padrões. E essa visão fez toda a diferença para o meu processo pessoal, constituindo hoje a base do que acredito como mais efetivo no processo terapêutico.

    Na visão do Leonard Orr, durante nossa gestação e em nossos primeiros contatos com o mundo externo – no momento do nascimento e desde as horas iniciais de vida –, criamos as primeiras grandes conclusões sobre nós mesmos e a existência, a sobrevivência, a nutrição, a confiança, as impressões sobre amor, dor e acolhimento.

    Essas impressões são responsáveis por criar nosso pioneiro pacote de sistema de crenças, o qual Leonard denominou como Leis Pessoais. Segundo Leonard, as conclusões que tiramos dessas preliminares experiências com o mundo irão criar nossas primeiras verdades sobre como sobreviver e interagir na vida.

    Explorar o processo terapêutico sob essa perspectiva fez todo o sentido para mim, além de trazer resultados efetivos na liberação de meus próprios padrões e nos de meus clientes. Observados sob uma perspectiva puramente intelectual, aqueles padrões eram quase imutáveis.

    Na minha experiência, a exploração do universo pessoal apenas através de reflexões intelectuais pode ser bastante morosa e até mesmo limitante, caso não acrescentemos os trabalhos energéticos, de expressão emocional e/ou corporal e aqueles que envolvam a respiração consciente. Isto ocorre porque a tendência é que os pensamentos estejam convencionalmente viciados em determinadas conclusões. A consequência é que isso pode implicar em um longo caminho até que encontremos algumas saídas para esse extenso labirinto que é a mente humana.

    O que aprendi e elaborei nas escolas terapêuticas da Osho Multiversity – e em toda a evolução e o crescimento pessoal e profissional conquistados com as práticas das meditações ativas de Osho – sedimentou e enriqueceu minha percepção sobre como os padrões de comportamento são cristalizados em nós mesmos em forma de energia suprimida.

    A necessidade de aceitação e inclusão, e

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