NAS TRAMAS DAS FAMÍLIAS
()
Sobre este e-book
Joana Garcia
Prof Titular da Escola de Serviço Social da UFRJ.
Pesquisadora sobre famílias (reais)
Leia mais títulos de Rosa Scarlett
(Re)existência Nota: 5 de 5 estrelas5/5Belo Despertar Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a NAS TRAMAS DAS FAMÍLIAS
Ebooks relacionados
Sobrevivendo a um relacionamento abusivo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs caminhos da formulação de políticas públicas da Scotland's LGBT Inclusive Education Nota: 0 de 5 estrelas0 notasI My Me! Strawberry Eggs: uma discussão de gênero a partir de uma série de animação japonesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMA: Eu. Mulher. Trans. Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas para o futuro: o amor nunca morre Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu não sou a sua empregada! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Cores Do Sexo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPaixões Aprisionadas: Histórias de Amor Vivenciadas por Mulheres no Cárcere Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVelhas Sábias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrauma, Domínio e Passividade nos Atos de Violência Sexual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFamílias homoafetivas: A insistência em ser feliz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm dia você vai sentir na própria carne: Afeto, memória, gênero e sexualidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuerido estudante negro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Som Dos Sinais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor trás das cortinas: Gritos de silêncio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEra uma vez um casal diferente: A temática homossexual na educação literária infantojuvenil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA aula mais importante começa em casa: A força da educação e dos valores na construção de um futuro melhor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor que casamos: Sexo e Amor na Vida a Dois Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNo Meio Da Escada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Última Dança Nota: 5 de 5 estrelas5/5Saindo Dessa: Caderno de Recuperação de Maus-Trato e Violência Familiar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMulher de valor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias Escolares de Travestis: Narrativas de um "Não Lugar" Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSobre(viventes): Sete histórias de amor e superação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDo Lixo a Bixo: a cultura dos estudos e o tripé de sustentação da vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notas"O CTG Tiarayu é a nossa casa": caminhos possíveis para práticas antirracistas, através do Saber Tradicionalista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasE Assim Foi a Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionamentos para você
Contos Eróticos Para Mulheres Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fogo no parquinho: Namoro à luz da Palavra de Deus Nota: 5 de 5 estrelas5/5S.O.S. Autismo: Guia completo para entender o transtorno do espectro autista Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não dói: Não podemos nos acostumar com nada que machuca Nota: 4 de 5 estrelas4/5Casamento blindado 2.0 Nota: 5 de 5 estrelas5/5Massagens Sensuais Orientais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComunicação & intimidade: O segredo para fortalecer seu casamento Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo sobre o amor: novas perspectivas Nota: 5 de 5 estrelas5/54 Temperamentos e a Espiritualidade Nota: 5 de 5 estrelas5/5Autismo: um olhar por inteiro Nota: 3 de 5 estrelas3/5O Segredo das Mulheres Apaixonantes Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte de Saber Se Relacionar: Aprenda a se relacionar de modo saudável Nota: 4 de 5 estrelas4/5Seduzir - Onde tudo começa! Nota: 2 de 5 estrelas2/5Pra você que teve um dia ruim: Victor Fernandes Nota: 5 de 5 estrelas5/5A experiência da mesa: O segredo para criar relacionamentos profundos Nota: 4 de 5 estrelas4/552 maneiras de esquentar o relacionamento Nota: 5 de 5 estrelas5/5Autismo: um olhar a 360º Nota: 5 de 5 estrelas5/5O reizinho autista: Guia para lidar com comportamentos difíceis Nota: 5 de 5 estrelas5/552 coisas que você precisa entender nos homens Nota: 3 de 5 estrelas3/5As cinco linguagens do amor - 3ª edição: Como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge Nota: 5 de 5 estrelas5/5A arte da sedução: Edição concisa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O cérebro que diz sim: Como criar filhos corajosos, curiosos e resilientes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCasados & felizes: Não permita que seu casamento vire uma mala sem alça Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de NAS TRAMAS DAS FAMÍLIAS
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
NAS TRAMAS DAS FAMÍLIAS - Rosa Scarlett
Quando o laço vira nó
Inicialmente, agradeço à autora o convite para ler e contribuir com a produção de seu livro. Ela apresenta tramas que se aproximam e se assemelham a fatos e acontecimentos que ocorrem em várias casas, possibilitando a reflexão sobre a dinâmica relacional estabelecida, os afetos e desafetos construídos e presentes nos cotidianos do convívio nas famílias³. Então, se, ao ler, você for tocado
ou identificar semelhança com algum episódio de sua história de vida, não se assuste. Viver é assim, às vezes, fatos se repetem em vários ambientes e com pessoas diferentes; o inédito nisso tudo está no direcionamento, na reação diante deles, as quais quase sempre são resultados da forma como isso afeta você ou não, levando a uma paralisação, ação ou reação.
Então, pretendo aqui contribuir com uma apresentação acerca do que acontece quando as tramas se tornam dramas de difícil solução no âmbito privado ou doméstico, em que as pessoas, sentindo-se incapazes
de resolverem por si sós os conflitos criados (já se foi o tempo em que as famílias resolviam seus conflitos no ambiente da casa ou do lar), buscam a intervenção de um terceiro imparcial
que possa desvendar as questões que envolvem a confusão criada e colaborar para o rompimento das amarras e a superação das mágoas/ressentimentos para que se possa continuar vivendo… Atualmente, o caminho buscado é o da justiça
e, nesse trajeto, vamos conversar sobre o trabalho do/a assistente social quando o laço se torna nó e carece de uma decisão judicial para ser desfeito. É importante dizer que o Poder Judiciário tem a finalidade de aplicar a lei, absolver ou punir, buscando dirimir os conflitos existentes na sociedade, o que não significa, necessariamente, afirmar que faz a justiça
esperada.
Não é imprudente avaliar que as pessoas, em geral, quando se veem diante de desentendimentos, partem para buscar a ajuda de um especialista ou de alguém imparcial, que possa apontar o melhor caminho a seguir ou, então, indicar quem está com a razão. Nesse sentido, vamos tratar das famílias nas quais as pessoas, diante dos impasses/conflitos, sentem-se incapazes de agir (talvez por estarem perdidas diante de tantas orientações oferecidas pelos especialistas
, as quais, por vezes, são desencontradas, ou por de fato não saberem o que fazer, já que inexistem receitas para o relacionamento ideal). Necessário ter a clareza de que os grupos familiares são reconhecidos como os espaços do cuidado, no qual o gênero humano inicia a sua sociabilidade. É preciso, todavia, também reconhecer que são espaços que carecem ser cuidados para poder cuidar, ou seja, necessitam de redes de apoio e de serviços que acolham suas demandas e colaborem na efetivação das funções que lhes são atribuídas⁴.
Diante da ineficácia das políticas públicas e do acesso ao que seria entendido como o meu direito
, as pessoas passaram a desenvolver a crença de que os direitos, para serem acessados, dependem do Poder Judiciário, da sentença do juiz, o que nem sempre acontece, pois, para o direito garantido em lei se materializar, ele precisa de condições materiais – quando se trata de bens e serviços essenciais – e emocionais, quando se trata da dinâmica relacional entre as pessoas (situações que chegam aos juízes das Varas de Família). Fala-se, assim, que não adianta a sentença ou decisão liminar quando inexiste o espaço para atender à demanda apresentada ou quando inexiste, por parte das pessoas, a disposição para o cumprimento do que está sendo determinado pelo Judiciário. A questão é que, muitas das vezes, na ânsia de receber os seus direitos
, as famílias recorrem ao espaço do Judiciário e saem frustradas, pois idealizaram o resultado esperado.
Geralmente, quando se trata de questões relacionadas com o âmbito dos grupos familiares, a perspectiva de alcançar aquilo que denominam de justiça
, por meio de uma batalha
judicial, em que os membros das famílias são vistos ou colocados na condição de adversários, o resultado nunca será satisfatório. Quando se trata de família, ou todos ganham ou ninguém ganha, pois o que está em jogo é o bem-estar de alguém que necessita de cuidados e investimentos para alcançar o chamado desenvolvimento integral saudável (a cultura do direito adversarial nesse espaço só produz prejuízos, especialmente no campo socioafetivo). Numa batalha, a disputa tende a ser voraz e sempre se aguarda pela vitória
ou pelo direito
que será concedido pelo imparcial julgador. Na batalha não há prerrogativa de empate, resultado que, nas situações de família, pode recuperar o espírito de cooperação e o equilíbrio na