Razão Prática e Vontade na Fundamentação da Metafísica dos Costumes de Immanuel Kant: a possibilidade da determinação da vontade pela razão prática
De Ademir Luiz
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Razão Prática e Vontade na Fundamentação da Metafísica dos Costumes de Immanuel Kant - Ademir Luiz
CAPÍTULO 1 - RAZÃO PRÁTICA E VONTADE
Neste capítulo evidenciamos a distinção dos usos especulativo e prático da razão feita por Kant na Fundamentação e destacaremos a razão prática a fim de investigarmos o conceito de vontade contida nela.
1.1 DAS DIVISÕES DA FILOSOFIA E O LUGAR DA RAZÃO PRÁTICA
No Prefácio da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant delimita o conhecimento, começa por aceitar a divisão em três ciências estabelecida pela antiga filosofia grega: a Física, a Ética e a Lógica. No entanto, verifica a necessidade de investigar em quais princípios estas subdivisões se baseiam já que, estes, não foram explicitados. Seu intuito é assegurar a perfeição e determinar a necessidade destas subdivisões. Assim, Kant distingue dois tipos de conhecimento racional: o material, que considera qualquer objeto e o formal que se ocupa apenas da forma do entendimento da razão em si mesma e das regras universais do pensar em geral sem distinção do objeto. A filosofia formal chama-se Lógica e não se constitui de nenhuma parte empírica, pois trata de leis universais e necessárias do pensar. Assim sendo, não pode se assentar em princípios tirados da experiência. A material, porém, que se ocupa de determinados objetos e das leis a que eles estão submetidos, é dupla. Esta duplicidade se justifica no fato da matéria estar submetida a dois tipos de leis: as leis da natureza e as leis da liberdade. A primeira é objeto de estudo da Física que conta com a possibilidade de parte empírica, visto que, determina as leis da natureza como objetos da experiência ou leis segundo as quais tudo acontece e da possibilidade de parte pura, cujos princípios a priori lhe servem de base. Portanto, a física pode ser representada por uma filosofia empírica, que se baseia na experiência ou uma filosofia pura com bases totalmente a priori que se limita a determinados objetos do entendimento, a esta filosofia Kant chama de Metafísica. A segunda é objeto da Ética, domínio da Filosofia Moral, também chamada de teoria dos costumes e possui, como a primeira, dupla possibilidade, uma empírica que determina as leis da vontade do homem enquanto ele é afetado pela natureza, ou leis onde tudo pode acontecer, mas podendo também ocorrer condições sob as quais muitas vezes não acontece o que deveria acontecer. Nestes casos, os princípios da experiência estão sempre presentes. Outra é a possibilidade de as leis da liberdade basearem-se totalmente em princípios a priori, tornando-se objeto da filosofia pura e por se limitar a determinado objeto do entendimento, neste caso, a moral, denominar-se-á metafísica dos costumes. Daí se justifica a ideia de uma dupla Metafísica, uma da natureza e outra dos costumes. Decorre disto que, tanto a Física quanto a Ética terão sua parte empírica e sua parte racional, pura, determinada por princípios a priori, depurada de todo elemento empírico. No que diz respeito à Ética, Kant chama a parte empírica de Antropologia prática e a parte racional de Moral. A ética, domínio da filosofia moral na qual são tratadas as leis da liberdade e da vontade. Assim como, a física, domínio da filosofia natural onde as leis da natureza são tratadas, tem seu próprio âmbito. A primeira reside na razão prática e a segunda na razão teórica. Portanto, o lugar da razão prática é exatamente onde o interesse da razão a leva a tratar da legislação dos costumes e dos objetos inacessíveis às regras da