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Antijogo
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E-book199 páginas1 hora

Antijogo

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Sobre este e-book

O livro de estreia do ex-BBB Adrilles
Adrilles Jorge ficou conhecido em todo o Brasil como um dos participantes do Big Brother Brasil 2015. Seria hoje, portanto, mais um ex-BBB, não fosse por um detalhe tão surpreendente quanto impositivo: a poesia que escreve. Algo improvável ocorreu, mas fato é que sua participação no reality show revelaria ao público leitor um poeta interessantíssimo, orgânico, cultor da melhor tradição poética brasileira, autor de obra a ser urgentemente lida e estudada.
Reunindo 137 poemas, Antijogo é o primeiro passo da promissora carreira literária de Adrilles. Sua poética versa, principalmente, sobre temas como amor, medo, desejo e morte, e tem construção sintática peculiar, comparada por Olavo de Carvalho, autor do texto de orelha, aos desenhos de M.C. Escher.
IdiomaPortuguês
EditoraRecord
Data de lançamento10 de ago. de 2015
ISBN9788501106025
Antijogo

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    Antijogo - Adrilles Jorge

    1ª edição

    2015

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    J71a

    Jorge, Adrilles

    Antijogo [recurso eletrônico] / Adrilles Jorge. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2015.

    recurso digital

    Formato: epub

    Requisitos do sistema: adobe digital editions

    Modo de acesso: world wide web

    ISBN 978-85-01-10602-5 (recurso eletrônico)

    1. Poesia brasileira. 2. Livros eletrônicos. I. Título.

    15-25123

    CDD: 869.91

    CDU: 821.134.3(81)-1

    Copyright © Adrilles Jorge, 2015

    Projeto gráfico e composição de miolo da versão impressa: Renata Vidal

    Foto de capa: Daniel Magalhães

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito.

    Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Direitos exclusivos desta edição reservados pela

    EDITORA RECORD LTDA.

    Rua Argentina, 171 - 20921-380 - Rio de Janeiro, RJ - Tel.: 2585-2000.

    Produzido no Brasil

    ISBN 978-85-01-10602-5

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    Atendimento e venda direta ao leitor:

    mdireto@record.com.br ou (21) 2585-2002.

    SUMÁRIO

    Apresentação

    DO DESEJO E OUTROS AFETOS

    Amor

    Declaração

    O que se busca

    Declaração de amor

    O ódio me sustenta

    Aqui

    Proximidade

    Dado

    Koussa

    Vingança

    Chantagem

    Oferta

    Criança

    Do que venha a ser

    Vir a ser

    Objeto indirecionado

    Perpétua

    Herói moderno

    Milagre

    Padeço do que desejo

    Os apetites de Janaína

    Receita de preguiça virtuosa

    Enterro de uma possível ressurreição

    Saldo possível

    Feliz

    Visível cegueira

    Contradições coerentes e inconclusivas

    A verdade me persegue

    Meu Credo

    Louvor

    Prece

    Entregue

    Traição

    Um amador

    Necrológio de um permanecente

    Projeto

    Colheita

    Utopia do futuro do pretérito

    Quitanda

    Lembranças da nova era

    Pragmatismo quase utópico

    Castelo

    Ligeiro questionamento metafísico

    Sono

    Ascese

    Revolta

    Nunca, ainda, sempre

    Da arte

    Da beleza: baixas acepções

    Sem musa

    Fábrica

    A um amigo

    Partida

    Meu desejo

    DO QUE FALTA

    Quod erat demonstrandum

    Falta algo

    Nada menos

    Meu avô morto

    Valores

    Conto

    Jovem ancião

    Manifesto da inabilidade

    Distração

    Que, onde, quando

    Conselho ressurrecto

    Da inviabilidade da impossibilidade

    Ventre

    Uma outra face

    Desabitação

    O que não vejo

    Roubo

    Um vencido quando vence

    Conselho

    Perdão

    Pedido

    Ignorância

    Antologia do engano

    Aquela que se foi

    Edição

    Retrato

    Álbum

    Desaforo afetivo

    À espera

    Não destemperado

    Poema do desamor

    Soneto indolente

    Perda de tempo

    Porque

    Posses

    Sentido

    Festa

    Disfarces do óbvio

    O enxadrista

    Cantiga de acordar nº 2

    Falta

    Minto

    Fugir de si

    Semiperdas

    DO CORPO E SEUS SENTIDOS

    O sangue corre

    Estilhaço de um reflexo partido

    Fundo sem superfície

    Gênese

    Árvore

    Um certo andar

    Autofagia

    Invisível

    Ar

    Sentidos

    Pele deserta

    Nós

    Mesmos contrários

    Território

    Conto de fadas revisitado

    Autópsia de um sobrevivo

    Vidicídio

    Cronologia da dor perene

    Um corpo à espera de uma eutanásia ou possível ressurreição que seja

    Apologia ao urubu

    Um cão, apenas

    Forma

    Oratória

    Das impossibilidades da indiferença

    Claustro móvel

    Multiverso

    Horizonte

    Na treva

    Gravidade

    Teoria da interdependência

    Um gesto

    Não basta

    Em nome de quem

    Anatomia da espera

    Em mim renasce o meu fim

    Autismo utópico

    Sadomasoquismo

    Pathos

    Antijogo

    SOBRE O AUTOR

    Apresentação

    Não se chega à poesia por um caminho fácil. Embora, ao contrário do que se pensa e diz, a conceituação de poesia seja algo quase simples. Poesia é a experiência de subversão da linguagem, de retradução, reconfiguração e transformação de toda tentativa de comunicação. Sabendo-se que a linguagem é o elemento vivo da comunicação e que a comunicação é o elo mais precioso que funda a humanidade, e que dá sentido à existência, a poesia é também uma tentativa de tradução, reconstrução e transformação da própria humanidade e seu sentido de vida.

    Simples e megalomaníaco assim. A explicação da simplicidade do conceito de poesia é, pois, ao mesmo tempo, a explicação da dificuldade imensurável de seu caminho e gênese. Para se chegar à poesia é preciso perceber – na própria carne – que todo sentido de linguagem, de comunicação, é uma tentativa exasperada de dar sentido e ordenamento à vida mesma. E que desordenar a linguagem (e a vida) para tentar capturar o que as próprias palavras não conseguem dizer é uma tarefa de antemão fracassada em sua utopia. Mas uma utopia que dá sentido ao caminho para este lugar nenhum que espia todos os lugares. Explica-se: a poesia é a mais extraordinária e sublime das frustrações. Tentar expressar o inexprimível é a tarefa paradoxal do poema. Colocar em palavras o que as palavras não alcançam em significado significa explodir e reconstruir o significado da palavra, do discurso, da linguagem e daquilo que a linguagem representa, que é a configuração do mundo. A poesia é a expressão viva de tangenciar o impossível.

    Mas impossível mesmo é aceitar as coisas como são, ou melhor dizendo: impossível é aceitar as coisas como mostradas à primeira vista. Porque não há vista que se sustente a uma segunda, terceira e infinita olhadela. O olhar multiplica o visto, a descrição expande o fato, o sujeito inaugura o objeto sucessivamente, o poeta transforma a palavra que simboliza todas as coisas.

    E porque as coisas não se cansam de não se definir, me tornei poeta. Os mais de cem poemas aqui reunidos são uma parte do que fiz ao longo de vários anos. Anos em que coisas como o sofrimento, a perda ou mesmo a alegria, o afeto, o riso, nunca conseguiram repousar em um sentido absoluto. Porque, somada à curiosidade daquilo que se cria constantemente – a linguagem, a vida –,

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