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Consultoria Financeira: Micro e Pequenas Empresas
Consultoria Financeira: Micro e Pequenas Empresas
Consultoria Financeira: Micro e Pequenas Empresas
E-book328 páginas3 horas

Consultoria Financeira: Micro e Pequenas Empresas

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Sobre este e-book

A consultoria financeira é um dos campos mais importantes dentro da administração empresarial. A empresa pode ter vendas, produção, recursos humanos etc., mas se não tiver suas finanças em ordem, fatalmente o cenário é decadente em curto espaço de tempo.
Ajustar as finanças da empresa é um dos maiores desafios do gestor e esta obra traz, justamente, uma base teórica e prática de como o gestor deve proceder na organização dos recursos financeiros, otimizando sua aplicação e rentabilidade, programando e orçando os recursos empresariais para que a empresa esteja calcada em ótimas práticas financeiras.
Nesta obra, o leitor estudante encontrará modelos e ideias aplicáveis a vários segmentos econômicos, podendo otimizar sua gestão financeira com práticas aplicáveis por quem já as utiliza há décadas.
Ideias estas que, aplicadas e controladas metodicamente, levam a empresa a um patamar acima da média dos concorrentes, fazendo com que a empresa supere os desafios da gestão financeira.
Através dos métodos e modelos esboçados na obra, o gestor financeiro terá conhecimento para melhorar a saúde financeira da empresa, de modo que a dinâmica empresarial estará acostada em técnicas financeiras que levaram as melhores empresas ao sucesso.
Ao final da leitura e do estudo, o gestor e consultor financeiro terá importante conhecimento base para a gestão financeira empresarial, de forma a poder aplicar as melhores técnicas das finanças em seu negócio ou de seus clientes.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de ago. de 2021
ISBN9786525205144
Consultoria Financeira: Micro e Pequenas Empresas

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    Pré-visualização do livro

    Consultoria Financeira - Angelo Moroni Neto

    capaExpedienteRostoCréditos

    DEDICATÓRIA

    A Deus.

    Ao Pedro, meu filho, que amo e sempre amarei. Motivo de minha força todos os dias, e para o qual pretendo ser motivo de orgulho, mesmo após a minha morte.

    Aos meus pais, Mauro e Safira Moroni, que, por todas as dificuldades da vida, me deram o bem maior: a oportunidade de estudar.

    Em especial à minha mãe, Safira, que, mesmo com todo o sofrimento passado, ajudou a formar esse filho, que lhe agradece.

    Aos colegas de trabalho, que, direta ou indiretamente, participaram deste trabalho, em especial, ao Rodolfo Ribas, uma das pessoas mais honestas e fiéis com quem já convivi.

    AGRADECIMENTOS

    Aos colegas da MEGASULT Contabilidade e Consultoria Empresarial, aos parceiros, aos clientes e às demais pessoas que me ajudaram no desenvolvimento deste projeto, trazendo conhecimentos e ideias práticas aplicáveis ao dia a dia das empresas.

    SOBRE O AUTOR

    Angelo Moroni Neto (MORONI NETO, Angelo), é contador, com formação pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e advogado, com formação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR); possui Pós-Graduação em Planejamento Tributário e Gestão Financeira, pela União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP); é especialista em tributação, pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT); foi professor de contabilidade tributária em curso técnico de contabilidade; atua com contabilidade há 20 anos, prestando serviços de consultoria tributária, contábil e financeira; é sócio-diretor na MEGASULT Contabilidade e Consultoria Empresarial; é também sócio-fundador na Advocacia Moroni & Marangoni, bem como é sócio-fundador da M7 Cursos e Treinamentos; é autor do livro Consultoria Financeira para Micro e Pequenas Empresas.

    APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO

    Pois é, querido leitor; já estamos em nossa 2ª edição, em tão pouco tempo. A vida é assim: a humanidade precisa evoluir dia após dia.

    Nesta 2ª edição, procuramos melhorar algumas análises, trazer conteúdo novo e levar a você – estudante de Contabilidade, Administração ou Economia; consultor empresarial e financeiro; diretor de empresas; assim como demais pessoas interessadas no assunto – um conteúdo rico de informações capazes de direcionar os seus trabalhos na prática.

    O contador não deve ser um mero intermediário entre a legislação fiscal-tributária e a empresa, mas sim um formador de opinião, para maximizar os lucros e melhorar a gestão das organizações.

    (Angelo Moroni Neto)

    SIGLAS

    AC – Ativo Circulante

    ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo

    BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento do Extremo Sul

    BP – Balanço Patrimonial

    CC – Código Civil

    CD – Compact Disc

    CDB – Certificado de Depósito Bancário

    CDI – Certificado de Depósito Interbancário

    CFC – Conselho Federal de Contabilidade

    CMV – Custo das Mercadorias Vendidas

    CPV – Custo dos Produtos Vendidos

    CRA – Conselho Regional de Administração

    DF – Despesas Fixas

    DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

    DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

    DV – Despesas Variáveis

    FII – Fundo de Investimento Imobiliário

    IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social

    IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

    KG – Quilograma

    LC – Lei Complementar

    LD – Lucros Distribuídos

    LTDA – Limitada

    MC – Margem de Contribuição

    MPM – Média Ponderada Móvel

    NDD – Nível de Desconto de Duplicatas

    NF-e – Nota Fiscal Eletrônica

    NLCG – Necessidade Líquida de Capital de Giro

    PAG – Página

    PC – Passivo Circulante

    PE – Ponto de Equilíbrio

    PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai

    PIB – Produto Interno Bruto

    PL – Patrimônio Líquido

    PLC – Projeto de Lei Complementar

    PMP – Prazo Médio de Pagamento

    PMR – Prazo Médio de Recebimento

    PMRV – Prazo Médio de Recebimento das Vendas

    PREP – Passivo Exigível a Longo Prazo

    SA – Sociedade Anônima

    SAC – Sistema de Amortização Constante

    TRI – Taxa de Retorno do Investimento

    UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    1. INTRODUÇÃO

    1. 1 A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA FINANCEIRA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

    1. 2 POR QUE ATUAR COM CONSULTORIA FINANCEIRA PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS?

    1. 3 O PERFIL DO PROFISSIONAL QUE PRESTA SERVIÇOS DE CONSULTORIA FINANCEIRA

    2. CONCEITO DE MICRO E PEQUENA EMPRESA

    3. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E A RELAÇÃO FAMILIAR

    4. O NÍVEL DOS GESTORES NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

    5. A SUCESSÃO FAMILIAR E O CONFLITO DE GERAÇÕES

    6. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PRINCIPAIS PARA CONSULTORIA

    6. 1 BALANÇO PATRIMONIAL

    6. 2 DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

    6. 3 DLPA – DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

    7. ANÁLISES E ÍNDICES APLICÁVEIS ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

    7. 2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

    7. 3 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL

    7.3.1. Análise Horizontal

    7. 3. 2 Análise Vertical

    7. 4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ

    7. 4. 1 Liquidez Corrente

    7. 4. 2 Liquidez Seca

    7. 4. 3 Liquidez Geral

    7. 4. 4 Liquidez Imediata

    7. 5 SOLVÊNCIA GERAL

    7. 6 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO

    7. 6. 1 Capital de Terceiros Exigível

    7. 6. 2 Capital de Terceiros Não Exigível

    7. 6. 3 Nível de Desconto de Duplicatas

    7. 7 ÍNDICES DE RENTABILIDADE

    7. 8 ÍNDICES DE RENTABILIDADE, OU TAXA DE RETORNO DO ATIVO TOTAL

    7. 9 ÍNDICES DE RENTABILIDADE, OU TAXA DE RETORNO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

    7. 10 RETORNO DO INVESTIMENTO

    8. PAYBACK

    9. REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA

    9. 1 REGIME DE COMPETÊNCIA

    9. 2 REGIME DE CAIXA

    10. ORÇAMENTO

    11. FLUXO DE CAIXA

    12. CAPITAL DE TERCEIROS – ALAVANCANDO O CRESCIMENTO DA EMPRESA

    13. ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES

    14. CURVA ABC

    15. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES

    15. 1 PEPS – PRIMEIRO QUE ENTRA, PRIMEIRO QUE SAI

    15. 2 UEPS – ÚLTIMO QUE ENTRA, ÚLTIMO QUE SAI

    15. 3 MÉDIA PONDERADA MÓVEL

    16. ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO FIXO

    17. MARKUP E FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA

    18. RETIRADA DE PRÓ-LABORE X DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

    19. COMPRAR OU LOCAR

    20. PRIORIZAR ATIVIDADES LUCRATIVAS – EXCELÊNCIA NO QUE É BOM

    21. PONTO DE EQUILÍBRIO – ECONÔMICO

    22. PONTO DE EQUILÍBRIO – FINANCEIRO

    23. MAPA DE GERENCIAMENTO DE TAREFAS

    24. TERCEIRIZAR, OU PRODUZIR INTERNO

    25. FATURAMENTO VS RENTABILIDADE – Individual e Global

    26. PLANO DE CONTAS GERENCIAL

    27. GASTOS COM UNIFORMES PARA OS EMPREGADOS

    28. PRAZOS MÉDIOS

    28. 1 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS

    28. 2 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS

    29. NÍVEL DOS ESTOQUES E O PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO

    30. NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO (NLCG)

    31. CARGA TRIBUTÁRIA

    32. INDICADOR POR FLUXO DE PESSOAS

    33. INDICADOR DE TICKET MÉDIO

    34. FATOR TECNOLOGIA

    35. A BUROCRACIA DOS PROCESSOS

    36. CUSTO DO EMPREGADO E O CAIXA DA EMPRESA

    37. SISTEMA DE GESTÃO EMPRESARIAL

    38. LUCRO POR CLIENTE

    39. QUANTO MAIOR A EMPRESA, MAIS PESADA A ESTRUTURA

    40. MOMENTO DE RUPTURA

    41. FOCO NO POSSÍVEL, NÃO NO SONHO

    42. FORNECEDORES E OS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS

    43. FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS E O BENEFÍCIO FISCAL DO IRPJ E CSLL

    44. CUSTO DE ARMAZENAGEM

    45. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

    46. FATURAMENTO APÓS ATINGIR O PONTO DE EQUILÍBRIO

    ANEXOS

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    ANEXO 1 – MODELO DE PLANO DE CONTAS

    ANEXO 2 – MODELO DE DRE SINTÉTICA

    ANEXO 3 – MODELO DE DRE ANALÍTICA

    ANEXO 4 – MODELO DE BALANÇO GERENCIAL

    ANEXO 5 – MODELO DE POP

    ANEXO 6 – MODELO DE FLUXO DE CAIXA

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    1. INTRODUÇÃO

    1. 1

    A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA FINANCEIRA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

    Falar em finanças muitas vezes traz dúvidas aos usuários de informações financeiras, seja nas empresas ou mesmo nas suas vidas pessoais.

    Nesse aspecto, é de suma importância ter como regra principal a de que as empresas necessitam ser bem controladas financeiramente, sob pena de ver o seu negócio passar por muitas dificuldades; dificuldades essas não apenas financeiras, mas de cunho operacional, em decorrência da falta de recursos.

    Dessa forma, quando a falta de recursos financeiros se torna o principal problema dos negócios empresariais, deve-se concentrar esforços, para que estratégias sejam aplicadas a fim de injetar fôlego financeiro no negócio. No entanto, isso deve ocorrer somente se o plano de negócios apresentar a viabilidade do empreendimento, pois os sócios e investidores não podem cometer o erro de injetar dinheiro em algo que não tenha viabilidade econômica.

    Para se ter uma ideia, pode-se dizer que as empresas quebram pela falta de caixa, mesmo apontando lucros. Porém, não se pode aplicar essa máxima como extrema verdade, uma vez que, ao longo do tempo, a captação de recursos se torna dificultosa, e a empresa que não apresenta produção de resultados econômicos não consegue girar os recursos financeiros para a geração de caixa; assim, a empresa fica sem condições de operacionalizar as suas atividades.

    Nos últimos anos, as micro e pequenas empresas vêm sofrendo com a concorrência dos grandes grupos empresariais. É o que vemos, por exemplo, em alguns segmentos, como supermercados, indústria têxtil, publicidade e propaganda, combustíveis, lojas de departamentos etc. Nesses segmentos, os grandes grupos empresariais possuem uma enorme fatia do mercado consumidor, bem como uma possibilidade de aquisição de mercadorias com preços melhores que nas micro e pequenas empresas.

    Correlacionando essa possibilidade de redução de custos, os grandes grupos econômicos pressionam cada vez mais as micro e pequenas empresas a encontrarem meios de cativar os seus clientes. Para que isso ocorra, elas procuram oferecer diferenciais, que, muitas vezes, geram custos operacionais adicionais. Esses custos reduzem o valor do resultado mensal e podem ocasionar um desestímulo ao segmento dos negócios.

    Uma possibilidade de amenizar a investidas dos grandes grupos empresarias são os chamados consórcios ou centrais de compras. Neles, as empresas de um mesmo segmento se juntam e formam um único grande comprador, para, assim, conseguir melhores preços e oportunidades de concorrência com as grandes empresas.

    E é nesse ponto que a consultoria para micro e pequenas empresas deve estar nutrida de estratégias para estimular os seus negócios fazendo com que alavanquem as vendas e os recursos financeiros diversos. Desse modo, essas empresas poderão concorrer estrategicamente com os grandes grupos econômicos.

    Assim, as micro e pequenas empresas devem – vejam que o verbo está no imperativo – contratar profissionais da área, para que auxiliem em sua administração e encontrem soluções viáveis, tanto para a sobrevivência dos negócios quanto para a alavancagem operacional.

    A consultoria financeira surge com a necessidade de as micro e pequenas empresas se organizarem e evoluírem em seus negócios, já que que essas empresas não possuem muitos recursos para investirem grandes valores em pessoas altamente qualificadas para compor o seu quadro de colaboradores.

    Sem esses profissionais qualificados, muitas vezes, as micro e pequenas empresas são geridas unicamente por seus fundadores, os chamados donos da empresa. Geralmente, eles são pessoas que aproveitaram alguma oportunidade e abriram o seu negócio, mas que não tem qualificação suficiente para enfrentar as obscuridades e as incertezas do mercado.

    É nesse aspecto que surge a consultoria financeira para esse grande grupo de empresas. Ela surge com o objetivo de direcionar os gestores e de lhes mostrar alguns caminhos que não são conhecidos por eles, devido à falta de conhecimento teórico, e até mesmo prático, das operações financeiras do negócio que estão comandando.

    1. 2

    POR QUE ATUAR COM CONSULTORIA FINANCEIRA PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS?

    Para chegar à resposta e à conclusão sobre o porquê atuar com consultoria financeira, é preciso entender o contexto geral dos negócios, não apenas daqueles locais, na microrregião, mas também aqueles mais amplos. Nesse sentido, é preciso pensar de forma macro, de modo mais abrangente.

    Se fizermos uma análise dos últimos dez anos, algumas profissões tiveram que mudar a sua forma de atuação. Por exemplo, o contador – que tinha a sua atuação apenas focada no escritório de contabilidade, ou seja, que exercia a sua profissão apenas fazendo registros contábeis – passou a perder espaço no mercado, em virtude da necessidade de as empresas terem sua gestão acompanhada por profissionais que podiam prestar os dois serviços: contabilidade e consultoria financeira.

    Os profissionais da contabilidade ainda tiveram um impacto maior, com a transformação tecnológica pela qual está passando a profissão. O advogado da geração anterior, que fica atrás de sua mesa aguardando o cliente entrar em seu escritório, teve grande concorrência com a nova geração de advogados, na qual, atualmente, é difundida a ideia de que esperar, no sentido passivo de espera, é a pior forma de crescer na profissão. O corretor de imóveis, o engenheiro, o agrônomo e o geólogo também passam por uma evolução na forma com que fazem negócios. Essas são exemplos de profissões que tiveram grande impacto com a evolução tecnológica e com a chamada globalização.

    Nesse aspecto, quando se fala em globalização, não se pode imaginar que ela é algo distante de nossa realidade. Toda empresa e todo profissional estão inseridos na globalização, de alguma forma. Até pouquíssimo tempo, o CD era ultramoderno; hoje, tocadores de CD quase nem são fabricados mais. O pen drive (que fica cada dia menor), o bluetooth, os serviços de streaming de música, todas essas são novas tecnologias, que, daqui a outros curtíssimos tempos, serão superadas. E de onde vêm essas novas tecnologias? Da sua cidade? Do seu estado? Não somente: elas vêm de várias partes do mundo, e os profissionais e as empresas devem estar preparados para se moldarem às necessidades de uso desses novos dispositivos tecnológicos.

    Assim, as empresas são como os profissionais: elas necessitam de uma evolução da sua forma de gestão, ou, até mesmo, de uma mudança dos chamados como fazer, quando fazer e quem irá fazer. Manter a forma com que os negócios eram administrados há dez anos não traz certeza alguma de que eles se manterão para os próximos dez.

    É por isso que, nas áreas da contabilidade, administração, economia, entre outras, deve-se evoluir e sentir o movimento da economia e a necessidade das empresas. Para profissional que não perceber esse movimento, a tendência é de que diminua o seu campo de atuação, e, consequentemente, ele será coadjuvante naquilo que escolheu como profissão.

    Esse movimento da economia, com uma evolução dos mercados e das necessidades empresariais, possibilita aos profissionais das finanças grandes oportunidades de atuação, por meio de consultorias financeiras e de gestão empresarial.

    Quando se pensa em evolução, talvez venha à mente, como primeiro elemento, a evolução tecnológica. A consultoria financeira evolui a cada dia e a necessidade das micro e pequenas empresas ganham corpo a cada momento.

    São novas possibilidades de empréstimos, financiamentos e investimentos que necessitam de compreensão e análise criteriosa do consultor financeiro.

    Dessa forma, as micro e pequenas empresas, após essa evolução dos mercados, necessitam de profissionais qualificados na orientação de seus negócios, o que faz diminuir a importância dos profissionais que se limitam ao que era executado há uma década.

    É nesse sentido que a atuação com consultoria financeira passa a ser uma necessidade da profissão daqueles envolvidos em áreas das finanças.

    Embora, em várias atividades, os técnicos sejam os mais procurados e, por consequência, possuam altas remunerações, em relação mais especificamente à área das finanças, as empresas não buscam mais profissionais altamente técnicos, mas sim profissionais que engajem o entendimento do mundo empresarial e dos negócios.

    Isso ocorre, porque a administração financeira lida com decisões sobre planejamento, a fim de se atingir o objetivo de maximizar a riqueza dos proprietários. Como as finanças estão envolvidas em todos os aspectos operacionais da empresa, os gerentes não financeiros, como os gerentes financeiros, não podem efetivar as suas obrigações sem as informações financeiras¹.

    No Brasil, existem 6,4 milhões de estabelecimentos, sendo que 99% deles são constituídos por micro e pequenas empresas². Com esse alto índice de

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