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Preto no Branco
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E-book189 páginas50 minutos

Preto no Branco

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Sobre este e-book

Eis que surge o primeiro manual de apresentação de Gisele Gama, a autora da consagrada coleção de livros infantis Sara e sua turma. Este é um livro que não se poderia definir de outra forma que não uma autorreflexão. de pequenos textos e poesias que nos permitem fazer um profundo mergulho sobre a alma humana, a partir de seus olhos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de jun. de 2021
ISBN9786500237139
Preto no Branco

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    Preto no Branco - Gisele Gama

    Eu quero me perder em abraços. E lá neles me achar também. Não há poder maior do que isso. Trocar energia. Colar coração com coração. E deixar ficar, até bater no mesmo ritmo. Da respiração. Que vai se acalmando por causa do afeto. Troca justa. Que você seja inundado de abraços. Longos, apertados. Desejo pra mim. Desejo pra você. Eu tenho. Vamos trocar.

    E hoje o calendário me lembra do caminho que tenho trilhado até aqui. Aniversário. Dia dos anos de um acontecimento, é o que diz o dicionário. Tantos anos pra eu entender que sou um acontecimento! O maior acontecimento de mim! Tenho vida. Histórias. Marcos. Eu sou. Celebração. Pulsação. Brilho. Breu. Sangue. Perfume. Gozo. Dor. Vidas. Mortes. Chegadas. Partidas. Partos. Despedidas. Abraços. Saudades. Vitórias. Derrotas. Lamentos. Regozijos. Risos. Prantos. Calmaria. Caos. Justiças. Injustiças. Acertos. Erros. Beijos. Distâncias. Melodias. Desafinos. Textos. Vazios. Pontos. Vírgulas. Laços. Rupturas. Medos. Certezas. Eu sou... Aniversário. Celebração. Acontecimento de mim. Um brinde!

    Vejo pessoas muito comprometidas com a imagem que construíram pra si. Eu não me levo tão a sério assim. Não tenho uma imagem a zelar. Zelo pela minha alma, que é livre. Tenho zelado ultimamente - e cada vez mais, com o passar dos anos - por minhas asas. Porque um dia vou precisar voar. Vou praticando, até lá...

    A vida tem suas singelezas. Talvez a mais bela de todas seja a amizade. Aquela que se constrói do nada. De nenhuma vontade pressuposta. A não ser a de querer bem. De ter desejo de estar perto. E nada mais. De todas as bênçãos que recebo, essa é a que mais me reconforta. Plantei amigos de forma muito sólida. Eles dão frutos. Deles brotam outros amigos. Filhos. Netos. Amores. Gostos. Saberes. Ideias. Prazeres. Fé. Bênçãos. Saudades. Festejos. Silêncios compartilhados. Segredos. Compreensão... Cafés, quando estamos tristes. Às vezes um oi, eu tô aqui. Viagens programadas. E outras que não faremos. Mas que planejamos juntos. Brota vontade. De continuar caminhando. De marcar uma festa. Um almoço. Aprender a cozinhar. Ir a um show. Ou não ir, só pra ficar. Brota energia pra lidar com os problemas. E a certeza de que o crescimento se dá nos encontros. Nesses encontros. Sem hora pra acabar. Amizade. Palavra tão forte que por aí tem gente tentando censurar...

    Meus amores são normais.

    Amores de filhos,

    amores de amigos,

    amores de amores,

    amores de pais.

    Alguns inventados

    e tantos reais.

    Por que há ainda fascínio em se falar de amor? Talvez seja essa a maior razão da existência humana, e por isso tamanho interesse na matéria.

    Afinal, o que é o amor? Já me perguntei e respondi tantas vezes, de formas tão absolutas e diversas em cada uma delas... Eu sei, de verdade, a razão do que sinto e o sentimento do que sei... Mas eu não sei, e isso se sente em cada redefinição do que antes foi certo.

    E talvez não haja tempo para a resposta certa, só para os rascunhos, que lemos com tanto interesse ou rabiscamos num pedaço de papel...

    Brinco com meus filhos de rimar.

    A rima às vezes sai torta,

    às vezes sem pé nem cabeça,

    mas vamos nos divertindo

    enquanto pomos a mesa.

    Quando eu era bem pequena,

    uma bruxa me acordava.

    Eu pulava da minha cama

    pra ver se a despistava.

    Eu chamava a minha mãe,

    ela não me acreditava.

    Me mandava ir pro meu quarto 

    e virar pro outro lado

    que a bruxa ia embora.

    Mas a bruxa ali

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