Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Quem a ama?: Quem...? Série
Quem a ama?: Quem...? Série
Quem a ama?: Quem...? Série
E-book244 páginas3 horas

Quem a ama?: Quem...? Série

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Susan escreve sua história com o incentivo de sua médica para encontrar aceitação e paz com a perda de seu marido. Ela está trabalhando no motel de seu tio em uma pequena cidade do meio-oeste, onde tem muito tempo para escrever e imagina todo tipo de coisas, categorizando as pessoas como baunilha, morango e limão.

Sua história começa quando ela conheceu Harris, e eles planejavam se casar.

As amigas de Susan e sua irmã Anna estavam tentando ajeitar as coisas naquela manhã para o casamento à tarde. O vestido ainda não tinha chegado; Susan estava ficando nervosa. Então, as amigas, a irmã e Susan iam fazer uma viagem para a cidade para pegá-lo e também algumas flores. O vestido não estava pronto, então Susan rapidamente olhou em volta e encontrou outro vestido quase como aquele, e disse que serviria. Ela o pegou e saiu correndo, pensando que sua cunhada poderia fazer qualquer alteração rápida de última hora.

Ser seguida e imitada por uma banda, se perder, perder seu talão de cheques e outros contratempos fazem Susan se perguntar por que ela iria se casar com Harris. Ela amava Bob; Bob que aceitava seu jeito maluco e excêntrico.

A história de Susan fica bastante confusa, assim como ela é, mas ela acaba ficando com Bob apenas por um curto período; como ele sofre um acidente após um curto casamento. Harris, por outro lado, parecia estar fazendo de Susan uma idiota e tinha seus amigos envolvidos.

Quem a ama? O terceiro de uma nova série de livros: Quem...? Série. Não se esqueça de ler os outros.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de nov. de 2021
ISBN9781667418384
Quem a ama?: Quem...? Série

Leia mais títulos de Taylor Storm

Relacionado a Quem a ama?

Ebooks relacionados

Mistérios para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Quem a ama?

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Quem a ama? - Taylor Storm

    Quem a ama?

    O casamento baunilha

    Por Taylor Storm

    Quem...? Série

    Livro 3

    Taylor Storm

    realitytodayforum@gmail.com

    Copyright: © 2013 by Reality Today Forum. Todos os direitos reservados

    Nenhuma parte desse documento deve ser reproduzido ou transmitido em nenhuma forma ou meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem permissão prévia do autor por escrito.

    Sumário

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Capítulo Treze

    Capítulo Catorze

    Capítulo Quinze

    Capítulo Dezesseis

    Capítulo Dezessete

    Capítulo Dezoito

    Capítulo Dezenove

    Capítulo Vinte

    Capítulo Vinte e Um

    Capítulo Um

    — Susan, você tem que escrever — disse a médica. — É importante escrever e expressar as experiências de dentro de você. Através da sua escrita você encontrará organização, entendimento, compreensão, e até mesmo paz.

    Eu tenho visto a Dra. Freudette por tanto tempo que já perdi a conta das nossas sessões. Eu podia sentir a sua frustração com a minha obstinada e cínica visão sobre terapia crescer, assim como crescia a minha resistência a quase todas as suas sugestões. De fato, ela começou a perguntar por que eu estava desperdiçando meu dinheiro e tempo com a terapia. Embora eu raramente tenha tentado as tarefas que ela me deu, eu era responsável e rigorosa com a minha visita semanal de 50 minutos. Instintivamente, eu devo ter sabido que ela poderia me dar as respostas que eu sozinha não poderia. Afinal ela era a psiquiatra, a expert, a onisciente. Foi ela que me deu as pílulas que me tiraram da cama e me colocaram de pé, estável o suficiente para trabalhar no motel do tio Lars apesar de todas as dores. Talvez um dia ela encontraria um sentido para esse trem desgovernado que virou a minha vida.

    Quando eu comecei a pegar minhas coisas para sair do consultório, a Dra. Freudette colocou sua mão em meu ombro. — Susan, vamos tentar algo diferente. Ao invés de escrever no seu diário sobre as coisas que está sentindo, escreva uma história para mim. Eu quero que você escreva um história sobre qualquer coisa e a traga com você para a nossa próxima sessão. Você pode escrever sobre unicórnios e borboletas ou algodão doce, ou sobre as pedras do seu jardim, mas você tem que escrever. Temos um acordo? Apenas uma página de fantasia fugindo da realidade e você pode manter sua sessão comigo na próxima semana. — Eu olhei para cima em choque, ela acabou de insinuar que eu não teria a minha sessão? Um médico pode demitir um paciente?

    Susan deu uma olhada no céu conforme ela andava até seu carro. Ela se lembrou de todas as vezes que foi dedurada para a direção da escola. Com que frequência ela tinha sido suspensa? Diabos, ela podia até mesmo se lembrar de ter sido demitida de vários empregos umas cinco vezes no começo de sua vida adulta, mas um psiquiatra? Ela riu baixinho quando se deu conta, eu acho que fui dispensada pela minha psiquiatra!

    Por apenas um segundo, Susan considerou ligar para sua mãe. Como se de alguma forma a velha mãe fosse gritar com a psiquiatra e ficar do lado de Susan nesse assunto. Com a mesma rapidez, ela empurrou o pensamento para longe de sua mente. Na verdade, sua mãe teria ficado do lado da Dra. Freudette, a senhora psiquiatra, e Susan se sentira ainda mais isolada e envergonhada.

    Ok, ela reconheceu, aquela mulher quer que eu escreva? Eu vou escrever. Com isso, Susan se tornou uma observadora. conforme ela começou a observar as pessoas, procurando por algo interessante para escrever, ela percebeu que as pessoas eram muito mais interessantes do que já tinha reparado antes.

    — Skylark Motel. A melhor paisagem na melhor cidadezinha da América. Posso te ajudar?

    — Susan — disse sua mãe com voz suave — você está bem, querida? Eu fiquei sabendo que você teve problemas com a Dra. Freudette hoje.

    Susan ficou paralisada.

    — Para quê privacidade e informações protegidas — disse Susan.

    — Susan! Não ouse sugerir que a doutora está falando sobre seus pacientes por Alexandria! — A voz da mãe estava irritada e sofrida conforme ela continuava. — A Sra. Plomb da mercearia disse que te viu dirigindo pela cidade com lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela me ligou porque ela nos ama e queria ter certeza que você teria alguém para te ajudar. Eu sabia que você tinha uma sessão hoje, então eu apenas deduzi!

    — Bom mãe, você sabe o que dizem quando se deduz alguma coisa, não sabe? — Susan zombou.

    — Não, querida. Quando uma mãe deduz que sua filha precisa de ajuda, quer dizer que ela ama sua filha!

    — Sim mãe, é isso que eles dizem. — Susan rolou os olhos irritada, mas sua voz estava cheia de amor.

    — Está tudo bem, mãe. O problema é que eu não dirigi pela cidade com lágrimas escorrendo pelo rosto. Na verdade, eu nem chorei hoje. Eu estive pensando sobre histórias e o que exatamente as pessoas fazem para escrever aquelas boas. — Susan tira o cabelo de seu rosto de maneira provocante — Você precisará dizer a Sra. Plomb da mercearia que ela está errada, e que eu não tive absolutamente nenhum problema hoje!

    Susan resmungou alguma coisa para o telefone e se virou para a janela. Com seu queixo descansando diretamente na palma de sua mão, ela começou a relaxar. De repente a ação do lado de fora ganhou um brilho mais forte. Enquanto seu interesse crescia, sua atenção ficou mais direcionada. Inesperadamente, Susan se deu conta que havia um mundo todo acontecendo do lado de fora da janela de seu escritório. Conforme ela observava com um interesse particular de um observador, uma história começou a desabrochar.

    Deus, ela se perguntou. De onde vieram todos esses motoqueiros? Susan falou consigo mesma silenciosamente. Susan tinha trabalhado nessa rodovia por tanto tempo que achou que conhecia todos os carros dentro de milhares de quilômetros. Houve um tempo em que caras jovens e gostosos andavam de moto bem-vestidos. Roupas de couro com seus braços bronzeados e pernas longas eram comuns nas motos daquele tempo. ‘Hogs’ eles se chamavam. Por alguma razão, os caras do Hogs podiam escapar com seus longos cabelos caindo pelas costas enquanto dirigem feito loucos para fora das pequenas cidades da América. Hoje é mais comum de se ver mechas de cabelo branco e grisalho aparecendo. De vez em quando ela até veria um cara mais velho com um longo rabo de cavalo saindo de seu capacete, mas uma cabeça careca estava escondida em algum lugar embaixo daquele capacete e rabo de cavalo. Susan se perguntou novamente, que tipo de pessoa coloca um capacete com um rabo de cavalo numa cabeça careca? Ela sorriu e falou para ninguém em particular, pessoas baunilha fariam isso. E ela riu.

    Motoqueiros idosos podem ser de três sabores. Dependendo do chili especial do dia da Mel. Deixe-me reformular isso e ser mais específica. Quando idosos dirigem como um casal de idosos casados, eles podem ser de três sabores: limão, morango e baunilha. O sabor limão são aquelas pessoas tímidas para discutir sobre o prato do dia. Se ela não estava reclamando sobre como ele fez aquela última curva na rodovia 27, ela estava no nosso escritório irritando-o sobre o catchup em seus ovos e o que ela tinha que lidar. Pessoas limão sempre davam a impressão de uma manhã brilhante nascendo, mas na realidade, logo surgiriam as caras mal-humoradas.

    Big Ole rolava os olhos para mim toda vez que eles entravam.

    O sabor morango são aqueles casais em que ele está tendo uma crise e ela está contente por estar junto na viagem. Ele está vivendo uma fantasia em que sua barriga é invisível e todo aquele couro está cobrindo sua rota de fuga boba. — Você não pode fugir de si mesmo — disse Anna. Ela é uma pessoa que fala.

    Pessoas morango eram grandes, gordas e tem rostos vermelhos. Na maioria das vezes a fisionomia animada e feliz deles era acompanhada de uma conversa feliz e agradável. Mas de vez em quando uma pessoa morango pode dizer algo desagradável e doloroso que pode te incomodar por dias.

    E o sabor baunilha? Eles são simplesmente felizes como pássaros azuis em um filme da Disney. Nós não temos muitos deles no motel Skylark com muita frequência . Tio Lars diz que é porque a maioria das pessoas baunilha carregam suas motos atrás de grandes e brilhantes motorhomes. Eles são pessoas que acreditam que lar é onde o coração está, e já que o seu coração está nas suas mãos, ele vai aonde você vai. Pessoas baunilha são livres de ilusão. O que você vê é o que você recebe, e geralmente eles vão te avisar rapidamente que a vida tem sido boa com eles.

    Independente do sabor, eu preferiria não reservar quartos para casais motoqueiros, porque eles fazem muito barulho de manhã. Uma vez nós tivemos nove motoqueiros entrando às 7 da manhã procurando por quartos separados. Infelizmente, com toda a confusão, tio Lars começou a se sentir zonzo e enjoado. No final daquele dia agitado, nós descobrimos que ele teve um ataque cardíaco forte. A partir daquele momento, nunca ouvimos o fim disso. SEM MOTOS ele gritaria, mas as reservas cairiam e ele diria para conseguir quem puder.

    Um lado da nossa placa diz VAGAS e o SEM está apagado. O outro lado está totalmente apagado, então nem sempre eu consigo me livras dos indesejados. Se estivermos cheios, tio Lars me diz para apenas apagar todas as luzes do escritório e ignorar as batidas na janela. Isso acontece cerca de uma vez por ano, se o festival tem uma boa divulgação ou algumas reuniões de ensino médio começam a reservar em dobro. A única vez que ele desligou as luzes foi depois do acidente, por uma semana. Nem mesmo Lars podia aguentar trabalhar depois do que aconteceu com Anna e Bob. Mas essa é uma história para depois. Por enquanto, eu assumi o escritório na Skylark, e agora me sinto em casa.

    O Skylark é um daqueles pequenos conjuntos de 20 quartos que tinham nos anos 1950 antes da I-94 passar por aqui e os caminhoneiros tomarem conta. O cascalho de granito branco na entrada faz muito barulho, mas brilha quando o sol está alto. Há um escritório 6x6 com um balcão de madeira e uma caixa de chaves que fica atrás da minha cabeça. Aquelas caixinhas com as chaves penduradas cuidadosamente fornecem ordem e decoração ao mesmo tempo. Um sofá velho de couro e o cinzeiro cromado fazem o meu pequeno escritório parecer mais um flashback dos anos 50 do que um escritório de uma garota moderna. Meu pequeno apartamento fica atrás do meu escritório e separado do resto do motel. Eu acho que poderia dizer que o tio Lars e eu temos um relação simbólica com esse motel velho. Tio Lars me deixa ficar aqui de graça se eu mantiver três ou quatro quartos por noite rendendo alguns dólares. Em troca, eu tenho um propósito de vida que me faz acordar de manhã e uma razão para ir dormir a noite. Eu vou ficar rica com o salário que ganho do tio Lars? Com certeza não. Esse trabalho me manteve viva e me impediu de rastejara para a cova atrás do Bob? Certeza absoluta. Esse pequeno motel salvou a minha vida.

    A coisa mais divertida sobre o Skylark são os pedidos ocasionais de um quarto com vista. Toda vez um cliente pergunta: posso ter um quarto com vista? Eu sorrio e penso em ceder meu próprio quarto pela noite. A verdade é que, muito provavelmente, meu quarto é o único no Skylark que proporciona ao cliente uma vista. Na realidade, olhando pela janela do meu quarto, você tem uma vista. A vista dos não mencionáveis do Big Ole. Essa é uma vista que te fará se perguntar o que todas aquelas mulheres vickings fizeram lá atrás quando o Big Ole estava fazendo as malas para um ataque. As cuecas brancas apertadas no traseiro do Big Ole é algo mais do que apenas uma vista. É na verdade um evento. É uma memória. É de fato uma produção! Parece que a batalha entre o velho homem e suas cuecas é um acontecimento comum. Outro dia eu ouvi por acaso a Sra. Limão se revoltar com seu marido — Você sabe que o médico diz que você precisa começar a usar as cuecas para próstata. — Eu tento não imaginar o que vai acontecer se ele não começar a usar essas cuecas como o médico sugeriu.

    Então, Sr. Baunilha aparece no meu escritório. Bom, o problema era que eu não podia dizer que ele era um Sr. Baunilha. Dois motoqueiros barulhentos saltaram de suas motos e esse pequeno judeu/iraniano, ou o que quer que esse cara pareça, entra. Ele tinha uma barba desgrenhada, ou talvez seja a sua barba por fazer como a do Omar do posto Shell. Ele disse que sua esposa ligou pedindo um quarto. Fiz uma cara confusa. Isso sempre funcionou quando eu era criança e fingia não entender. Baunilhas nem sempre entendem. Então, ele repetiu.

    — Minha esposa ligou há alguns minutos perguntando sobre um quarto. — Os carros cantaram pneus. Nós não estávamos tão longe da rodovia. Ele fez outra tentativa. Pelo menos ele não gritou comigo, como se eu fosse surda. Eu odeio quando limões ou morangos fazem isso.

    — Minha esposa ligou, e perguntou se você teria disponível um quarto com vista. Pareceu que do outro lado da linha você disse 'uma vista do quê?' — Foi ai que meu sorriso apareceu.

    — Ah! Claro que ela ligou. — Eu peguei as chaves do quarto da caixa atrás do balcão. Eu tagalerei alegremente sobre sonhar acordado e perder pensamentos por não prestar atenção. Eu me desculpei pela minha cabeça de vento, e lhe dei o quarto quatorze. Precisava arejá-lo, já que nada no Skylark tem ar-condicionado. Quando eu disse que isso é um retorno aos anos 1950, eu não estava brincando. Se eles fosse Sr. e Sra. Limão ou Morango, eles estariam descendo pela I-94 em um piscar de olhos, procurando por aquelas franquias que servem bagels e bananas pela manhã. Eles não. Quinze minutos depois, Sr. e Sra. Baunilha sairam de seu quarto. Eu percebi que eles tinham um jeito preguiçoso, mas constantemente davam um ao outro sorrisos e toques. Conforme eu sentia o melancólico sentimento de perda, eles já estavam andando de mãos dadas para lugar nenhum. Já que era óbvio que eles não conheciam Alexandria, estava claro que eles estavam apenas explorando enquanto a coisa mais importante era estarem juntos. Sabe o que é pior? A Sra. Baunilha tinha um cabelo vermelho estilo vicking na altura da cintura, e bochechas rosadas como a minha prima Alice. Talvez eles não estivessem andando para lugar nenhum.

    Capítulo Dois

    — O que você está escrevendo?

    — Mãe! O objetivo de uma porta em uma sala totalmente diferente é que...

    — Querida, eu me preocupo com você.

    — Bem, se você quer o relatório completo, eu tatuei uma foto do Big Ole na minha nádega esquerda e estava prestes a pegar carona numa daquelas armadilhas mortais para armar confusão em Slayton.

    — Querida, é que...

    — Mãe, eu estou bem. Tio Lars disse que só poderia me pagar o suficiente para me prender aqui por um tempo.

    — Bom, uma mãe tem o direito de se preocupar.

    — Nunca vi isso na Constituição. Eu acredito que Deus colocou isso em algum lugar como uma emenda aos dez mandamentos.

    — Querida, não fale assim. Aqui. Eu fiz o seu prato favorito, caçarola de tender com chips de maçã. Você pode esquentar no micro-ondas.

    — Mãe, eu... Ah, deixa para lá. Tem babata Lays ao invés de Pringles na casca? — Ela sorriu.

    — Não tinha mais Pringles no supermercado, então eu fui no Cash and Carry na rua Spruce. Eles também tinham...

    — Obrigada, mãe.

    — Aquele emprego na escola está disponível, você sabe.

    — Metade do condado trabalha lá, mãe.

    — Você não pode se esconder da sua vida. Não é saudável.

    — Eu sei. Anna disse que eu não posso escapar.

    — Deixe a Anna fora disso, Susan.

    — Desculpe, mãe. Mãe! — A porta bateu. Eu sou uma idiota. Eu terei que me desculpar por isso no domingo depois da missa. Onde eu estava com Sr. Baunilha... Eu poderia muito bem torná-lo alto, moreno e perigoso. Que se dane. Eu vou começar de novo. Quem quer escutar sobre mim escondida atrás de um devaneio? Pode muito bem adicionar cor à vida. Enquanto o som do ventilador tiquetaqueava levemente acima de minha cabeça, eu me descobri à deriva... Onde eu havia parado? Algo sobre um caminho para lugar nenhum. Ah sim... E com isso ela se foi.

    Talvez eles não estivessem caminhando para lugar nenhum. Susan olhou o casal pela janela de seu escritório andando de mãos dadas e sorriu. Susan seria uma noiva na primavera. A mãe dela começou os planos para o casamento em fevereiro passado, logo depois que ele a pediu em casamento no dia dos namorados. Todo mundo estava empolgado com a sorte que ela tinha. Susan mastigou a ponta do lápis e bateu com a borracha na mesa. Ela não tinha tanta certeza.

    — Lover boy na linha um! — Nina gritou. Susan sorriu e atendeu o telefone. Eles bateram papo como de costume. Harris era um cara legal. Ele foi embora e se formou em negócios depois de ser o quarterback principal dos Vikings. Voltou e trabalhou nos bastidores com o conselho municipal para realmente fortalecer o Festival da Maçã. Cara trabalhador. Era difícil saber quando ela e Harris realmente se conheceram ou se apaixonaram. Ele era o cara mais popular com seus largos ombros e braço forte de futebol americano. Na segunda-feira de manhã, ele chegaria na escola com o último Corvette do Bill Chevrolet e todas as crianças se reuniam em torno dele como se ele fosse um rei. Eu acho que guerreiro conquistador seria mais adequado. A maioria dos senhores da cidade ou culpou Harris pelas vitórias do Vikings ou o culpou pelas derrotas. Eu particularmente nunca entendi como uma pessoa pode ser culpada por um jogo que tinha mais de vinte pessoas em campo ao mesmo tempo. Na maioria das vezes, Susan ficava com as amigas e sorria ao ver o Corvette vermelho chamativo subindo pela rua. Ele sorria para ela através da multidão, mas de alguma forma ele sabia que era o rei Viking e seu trabalho era reconhecer seus súditos reais. Susan não tinha paciência para toda aquela tolice. Ela não tinha paciência e os súditos reais dele não a queriam.

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1