Somos todos cúmplices
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Somos todos cúmplices - Patrícia Rezende
Sumário
Prefácio
Apresentação
PARTE I
A via sacra de todos os tempos
Os profanadores
As entrelinhas
PARTE II
A) No reino animalia
Rapozel
Almanaque
Anaconda
Ana caninana
Anacronismo
B) No palco da vida
Retribuindo a amizade
Em pé de guerra
A graça alcançada
Sanatório
Marijuana
Ana Superstar
PARTE III
Parecer final
Separando o joio do trigo
O apocalipse
PARTE IV
Sant’ana
O reino da ana-que-ria
Epílogo
É raro que eu perca a calma; e mais raro ainda é entregar-me à indignação perigosa contra injustiças e abusos; mas permita-me desabafar aqui...
Herman Melville. Bartleby, o escriturário
Prefácio
Em Somos todos cúmplices, primeira incursão literária de Patrícia Almeida de Rezende, chama atenção o fato de existir um clima de denúncia presente em todas as narrativas. A epígrafe de Melville, muito bem escolhida, constitui índice do que o leitor poderá esperar ao longo das páginas seguintes.
Ambientadas explícita ou implicitamente em ambientes de trabalho, as dezenove histórias da coletânea nos fazem acompanhar as peripécias e os infortúnios de Ana, multifacetada e única a um só tempo. Ela é injustiçada, humilhada e perseguida por colegas e/ou superiores e se defende como pode, recorrendo para isso até mesmo à Literatura: Um dia Ana prometeu a si mesma que denunciaria todas as injustiças do mundo por meio de seus textos. No entanto, para não sofrer represálias, teria que bolar uma forma inteligente de falar sobre coisas indizíveis.
A autora se serve de estruturas diversas para organizar suas breves narrativas. A fábula povoada por baratas de Almanaque
— não falta nem mesmo a chamada moral, típica do gênero — aparece ao lado de Sanatório
, cujo enredo, organizado em torno de uma situação de bullying corporativo, descreve uma encenação teatral utilizando algumas características dos textos dramáticos.
Outras histórias apresentam caráter dissertativo e/ou argumentativo. Tal é o caso de Os profanadores
e igualmente de As entrelinhas
. Rezende emprega também o recurso das notas de rodapé, frequentes em monografias, dissertações e teses, mas incomuns em obras ficcionais. É o que se vê em Ana caninana
e em Anacronismo
, por exemplo.
Às vezes, buscando maior aproximação com quem lê, o narrador se dirige diretamente ao leitor, como no seguinte trecho de Os profanadores
: Ana, que prevê a tramoia dos maledicentes, pede a sua ajuda (é com você mesmo que estou falando, caro leitor!), ajuda para combater os malfeitores.
Alguns relatos apresentam uma linguagem grandiloquente e bíblica, além de um tom profético, conforme se percebe no próximo excerto, extraído de O apocalipse
: Bem que a profecia avisou da vinda da besta. Devia estar se referindo ao intrincado jogo do poder caído em mãos erradas. Entidade complexa de múltiplas cabeças. Rede emaranhada e dispersa, que permeia todos os cantos da Terra.
Como se nota, muito mais do que a estrutura ou o aspecto formal, o que unifica os contos deste projeto literário criativo e original é a temática.
Por fim, mencione-se ainda que "[Ana] foi