Pensamento Covarde
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Sobre este e-book
Suellen Dantas
Não sei se é possível fazer uma descrição de cada aspecto que compõem a vida, a minha por sua vez também não pode ser esposta por simples palavras.
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Pensamento Covarde - Suellen Dantas
Copyright© 2019 by Suellen Dantas
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Capítulo 1
— A vida é estranha, a gente chega em lugares que nunca imaginou chegar, faz coisas que nunca imaginou fazer e sempre quer ir mais longe para fazer coisas totalmente diferentes do que acontecem na realidade. O pensamento humano é confuso. O querer, o não querer e o fato de todo mundo pensar que o ser humano é ato, mas na verdade somos potência, o ser humano não tem forma definida, o ser humano pode ser qualquer coisa. Isso pode ser bom e pode ser ruim, porque quando eu digo qualquer coisa, é qualquer coisa.
O homem só é delimitado pelas regras sociais do ambiente que ele vive, um homem por exemplo, que vive em uma sociedade onde a sua figura masculina é colocada em um pedestal sempre vai ser um homem arrogante, vai se acha ao direito de ser servido. Mas se esse mesmo homem vive em uma sociedade igualitaria ele agi de forma diferente. É isso por hoje, amanhã não poderei vim, daremos prosseguimento na terça — Respirou fundo, abaixou a cabeça e recolheu os livros em cima da mesa — Não se esqueçam da análise do livro As Portas Da Percepção
Passou a alça da bolsa sobre a cabeça, olhou a luz do crepúsculo transpassar a janela dando um brilho particular as cadeiras de madeira da sala, enquanto os alunos saiam as suas sombras dançavam pelas paredes. Clarisse observa parada esperando todos saírem, enquanto pensava no que iria fazer a noite.
Da porta da sala se preparava para andar pelo corredor, Clarisse respira fundo, fecha a porta e começa a andar pelo corredor lotado. Vai e vem de pessoas se esbarrando umas nas outras, fazendo parecer que os espaços diminuíram gradualmente em uma sensação claustrofóbica que dominava seu corpo fazendo seu coração bater mais forte, sua nuca doe, suas narinas arderem, uma pressão imensa domina seu peito e suas mãos começam a tremer e antes que pudesse senti todos os sintomas de uma vez, já estava na portaria.
A chuva caia forte fazendo barulho enquanto batia no asfalto, olhou seu carro da portaria pensando se seria possível chegar até ele. Por alguns minutos ficou parada esperando a chuva passa, observando o tom alaranjado que as nuvens tinham, que ficavam cada vez mais escarlate enquanto o sol se punha no horizonte, como se deixasse um rastro de sangue no céu.
Correu até o carro enquanto a chuva passava por alguns minutos, abriu a porta rapidamente e suspirou aliviada após entra no carro.
Capítulo 2
O sol invadia a sala dando um brilho sublime a casa, o céu ganhava tons de laranja, roxo e dourado reluzente enquanto o dia clareava . O despertador tocava incessantemente, Clarisse fingia não ouvir na esperança que se esquecesse e voltar a dormir, até se dar conta que a casa estava totalmente iluminada pelo sol e que já estava na hora de ir trabalhar, então deu um pulo da cama, correu até o banheiro e sem pensar duas vezes. Entrou no box, ligou o chuveiro e deixou que a água caísse sobre seu corpo provocando arrepios.
Sentou-se à mesa enquanto esperava a água do café fervê, aproveitou para abrir os e-mails enquanto esperava. A rotina parecia se compri normalmente até Clarisse acha um e-mail na sua caixa de spam, com o título Volto a cidade daqui a duas semanas
curiosa decidiu ver do que se tratava
" Querida Clarisse, já faz muito tempo que não nos vemos, mas eu sei que assim como eu você guarda saudades. Os motivos que me fazem ir até aí não são os melhores, mas eu sei que vai entender.
Sua prima Carolina está muito doente desde que sua tia Márcia morreu. Não tem sido fácil para ninguém, fiquei sabendo que você não foi ao enterro, sei que está vivendo o luto do seu jeito e espero que fique bem.
Com amor mamãe "
Clarisse suspirou profundamente ao termina de ler o e-mail como se passasse muito tempo debaixo d'água. Caralho ! Não posso ter um mísero ano em paz !
pensava Clarisse enquanto tirava um lucky striker da carteira, puxava o isqueiro da bolsa pendurada na alça da cadeira para acender o cigarro enquanto tentava processar a nova informação.
Mais um dia de paz, mas por pouco tempo, as coisas iram sair do lugar em breve na visão dela e talvez a mãe ficasse na cidade permanentemente, o que era seu maior medo, desde aquela manhã. Acendeu outro cigarro enquanto entrega no carro dentro da garagem, enquanto o portão automático subia e a fumaça dançava pela garagem Clarisse pensava em como seria a volta de sua mãe.
Capítulo 3
Olhos azuis, cabelos negros, pele bronzeada, corpo forte. O estereótipo de um homem perfeito era Jonantas ou John como todos gostavam de chamar, apesar de não muito esperto, John sabia o necessário para sobreviver no mundo.
Aos olhos das garotas da turma não podia existir nada melhor ou mais perfeito que John, o que só precisaria de um pouco mais de experiência para saber que havia. Samantha era uma dessas garotas