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Entre Deuses e demônios: Histórias do Passado Longínquo 3
Entre Deuses e demônios: Histórias do Passado Longínquo 3
Entre Deuses e demônios: Histórias do Passado Longínquo 3
E-book213 páginas2 horas

Entre Deuses e demônios: Histórias do Passado Longínquo 3

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Sobre este e-book

É o epílogo da história que o Deus Lua conta ao Rei do Deserto. Os humanos cresceram em importância no mundo dominado pelos deuses. Estes, no entanto, em sua luta pelo domínio total da Terra irão deflagrar uma guerra nuclear mundial e o Homem vai estar no olho do furacão. As consequências serão terríveis para o Céu, para a Terra e para Marte, e as sequelas alterarão para sempre a vida de deuses e homens. Então virá o tempo da vingança, os pilares cairão por terra e o sacerdote pisará no templo sagrado. Porém o Deus Lua alerta: “Está próximo o Final dos Tempos”.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de fev. de 2019
ISBN9781526010605
Entre Deuses e demônios: Histórias do Passado Longínquo 3

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    Entre Deuses e demônios - CACIANO DE SOUZA

    ENTRE DEUSES

    E DEMÔNIOS

    Histórias do Passado Longínquo – 3

    Caciano de Souza

    Copyright © by Caciano Oliveira de Souza 2016

    Série Histórias do Passado Longínquo

    de Caciano de Souza

    1:  O Voo dos Atlantes

          2:  O Retorno dos Gigantes

              3:  Entre Deuses e Demônios

    Continuação de

    O RETORNO DOS GIGANTES

    Histórias do Passado Longínquo – 2

    Na ampla varanda de um palácio, um deus conta a um humano as histórias do passado longínquo desde os primórdios da civilização humana, de quando os gigantes caminhavam sobre a Terra. O narrador é Anansin, o Deus Lua e o ouvinte é o jovem Rei do Deserto. "Entre Deuses e Demônios" é o epílogo dessa história.

    Sumário

    Primeira Parte

    Os Gigantes Humanos

    Zuizidra Tinha Fome e Sede

    O Alto Sacerdote Humano

    A Casa do Pão

    Os Deuses Também Amam?

    Stharis a Deusa do Amor e da Guerra

    Um Homem Para a Deusa Stharis

    Galgimosis Enfrenta Taishani

    Galgimosis e Taishani Enfrentam Huwaba, o Dragão

    Segunda Parte

    O Deus Supremo

    A Paz dos Deuses

    O Início do Fim e o Fim do Início

    O Assalto ao Céu

    O Ataque dos Guerreiros de Metal

    O Dia em que os Demônios Voaram Sobre a Terra

    A Batalha de Marte

    O Céu Caiu Sobre a Terra

    Darmuque, o Supremo

    Morte Sem Glória

    O Novo Deus

    Terceira Parte

    O Rei do Deserto

    Um Importante Diálogo no Céu

    O Monarca

    Ora! A tradição

    A Conspiração dos Doze

    Dois Ladrões, um dragão e um Porco

    O Buraco da Agulha

    O Sacerdote Perverso

    A Cura de um Cego Endemoninhado

    O Pescador de Homens

    Dois Deuses Desanimados

    Primeira Parte

    Os gigantes Humanos

    Zuizidra Tinha Fome e Sede

    Zuizidra é curioso e questionador, aprendeu com facilidade a complexa escrita ensinada pelos ílus e mergulhou nos estudos das ciências até então reservados apenas aos felinins. Por isso, conquistou admiração de seus mestres e deles recebeu forte incentivo para seguir a carreira científica. Seu esforço lhe valeu indicação para ingressar no primeiro grau do sacerdócio. Seu local de estudo é no interior da famosa biblioteca de Kursh, situada na Torre Nabil e seus mestres são os Senhores Iluminados, os ílus.

    Razyilu:

    Zuizidra, após alguns  segundos de reflexão, disse:

    Razy:

    Como explicar com clareza e sinceridade, pelo menos o pouco que sei da suposta eternidade dos deuses. Afinal, nem todos os felinins conhecem com exatidão o processo científico que prolonga, por milênios, a vida de deuses.

    Colocou a mão no ombro do filho e disse:

    Zuizidra concordou e sentou–se diante do pai para ouvir.

    Zuizidra estranhou.

    Baixa longevidade da espécie?!

    Ele não interrompeu o pai, que continuou a contar:

                  Ele continuou:

    Zuizidra estava pasmo, isso explicava parte dos enigmas  que pululavam em sua jovem cabeça. Disse ao pai:

    Sim pai, agora eu sei, o grosso do ouro vai para as Casas do Pão!

                O pai, então, concluiu:

                  – Sim, é isso. Foi o povo lullu que deu esse nome ao laboratório que fica contíguo aos templos dos grandes ílus, porque dali sai um alimento achatado de cheiro muito agradável, que os sacerdotes chamam de pão e um líquido viscoso, cor de sangue, que chamam de vinho.

    Zuizidra juntou as mãos e, inclinando a cabeça, agradeceu ao pai e lhe jurou segredo quanto a tudo o que ouvira, despediu–se e saiu, mas o seu espírito não estava em paz.

    Porque eu não tenho o direito a comer do pão e a beber do vinho sagrados? Porque me é negado viver por muitos séculos? Estarei fadado a morrer em poucas dezenas de anos? Os altos sacerdotes são todos felinins, pode um humano alcançar o posto de alto sacerdote e comer do pão e a beber do vinho sagrados?

    No dia seguinte, pela manhã, Zuizidra subiu a escadaria da Torre Nabil, seu destino é a biblioteca. Sua preparação ao sacerdócio é rigorosa, inclui o estudo de astronomia, matemática avançada, astrofísica e química. Quando formado, suas atribuições incluirão assessorar os ílus e os ângelus nos cálculos astronômicos para os ajustes nos calendários e a programação dos voos interplanetários, entre outras funções de caráter sigiloso.

    No pavimento imediatamente superior à biblioteca, numa construção logo abaixo do templo, fica a Casa do Pão. Zuizidra nunca prestara demasiada atenção ao local, mas  agora é diferente.

    Parou diante do prédio, punhos fechados e na cintura, pernas abertas. Com os olhos semicerrados, olhou o prédio de cima a baixo com profundo interesse, levantou o queixo, mediu, esquadrinhou...

    – Nesse momento Zuizidra decidiu que seria o primeiro alto sacerdote humano e que comeria do pão e beberia do vinho sagrados na companhia dos ílus.

    O Alto Sacerdote Humano

                    – O jovem Zuizidra muito se empenhou nos estudos, passou anos  na Esfinge, sob a minha orientação e a de Nargel, o Astrônomo, pesquisando e estudando os antigos registros; redescobriu, reinventou e deu nova roupagem a antigas tecnologias  atlantes. Todo esse conhecimento fora dado por perdido após a guerra nuclear em Marte e no decorrer do processo de re-colonização da Terra no passado longínquo, o que redundou num amargo retrocesso civilizatório para os atlantes.

    Nas possessões, localizadas além do oceano onde jaz Atlantis, Zuizidra assessorou Nargel, colaborando no aperfeiçoamento das linhas direcionais do altiplano guia, favorecendo a eficiência da navegação aérea em toda a região dos tawantes, na cordilheira, por sobre a fechada selva equatorial e até a planície do Reino Quetzal. Os planos de cálculos astronômicos e do calendário em monólitos de pedra, espalhados pelo planeta, que tanto auxiliaram a navegação aérea e espacial nos primórdios, logo em seguida ao grande cataclismo, foram suplantados por novas tecnologias e desativados, transformando–se em meros objetos de culto para os povos lullus guardiões dos locais, abandonados a sua própria sorte.

    Com o passar do tempo, o tráfego espacial cresceu e se tornou mais complexo com expansão para Marte, cuja atmosfera rapidamente se recompunha. Lá o programa de re-colonização do planeta incluía instalação de domos de criação de gado e de plantações para suprir a base militar e a cidade de Phobos no interior oco do satélite, que cresciam em tamanho e importância.

    Isso tudo exigiu altíssimo grau em eficiência, tanto operacional quanto em cálculos matemáticos e astronômicos. Após anos de pesquisa, Zuizidra desenvolveu novos programas  de  computador  e  novas  tecnologias  para  a  área aeroespacial. O tempo passou e transformou–se num sacerdote sábio e respeitado. Seu conhecimento de astronomia o notabilizou junto à alta hierarquia ílu e foi trabalhar no Templo da Montanha Sagrada em Nibbur. Em pouco tempo, Zuizidra já comandava o setor de cálculo e programação das rotas espaciais, cargo de suma importância para a economia e para o complexo militar felinim. Instruiu e formou excelentes equipes de técnicos na área aeroespacial, entre outras  iniciativas que garantiram a segurança e a eficiência nos voos terrestres e interplanetários. Sob sua liderança, os magnetodutos se transformaram em autênticas auto-estradas espaciais. A segurança do tráfego interplanetário foi incrivelmente incrementada, principalmente nos pontos críticos, como a entrada da nave na bolha e a saída, locais normalmente de intenso trânsito espacial. Os grandes e terríveis acidentes no espaço passaram a ser parte do passado. As funções, sob a responsabilidade de Zuizidra alcançaram uma importância estratégica vital para todo o complexo espacial felinim. O sacerdote humano, enfim, alcançou um nível de conhecimento superior ao dos seus mestres felinins, graças ao seu esforço individual em estudos e pesquisas.

                – Então, Zuizidra foi promovido na hierarquia sacerdotal, ficando abaixo apenas do alto sacerdote de Nibbur, mas isso ainda não era suficiente para satisfazer as suas ambições. Secretamente, Zuizidra almejava o posto de Alto Sacerdote do Templo, o que lhe garantiria o status similar ao de um ílu, com direito a comer do pão e a beber do vinho sagrados, garantidores da longevidade. Por isso, além do conhecimento acumulado, sempre procurou se acercar da companhia dos grandes ílus, assessorando–os sempre que necessário. Assim, passou a ser figura comum  nos  altos  círculos,  adquirindo  importantes  amizades e, principalmente, a confiança entre os poderosos dos altos escalões da hierarquia felinim.

    ...

    Tanurin está muito preocupado e solicitou uma audiência com Nelil no Templo. O grande ílu atendeu de imediato, postou–se diante de Tanurin e disse:

                – As programações das rotas espaciais ficaram extremamente complexas com os novos projetos de expansão e re-colonização em Marte, porém nossa equipe técnica e científica está desempenhando com louvor as suas funções, trazendo um alto grau de segurança para todo o sistema.

    Nelil estranhou o motivo da preocupação.

    Tanurin explicou então o motivo de suas preocupações:

    Nelil também já havia considerado acerca desse delicado assunto e disse:

    Ele continuou:

    Nelil anuiu, mal escondendo um sorriso irônico:

    Então concluiu:

    Nelil, em holograma, está em conferência com Unayod no Céu. Expõe o motivo das preocupações dele e de Tanurin. O Supremo ouve com atenção e diz:

    Em seguida, continuou:

    ânimo e vontade férrea formou profissionais de alto gabarito em sua área de atuação, o que nos trouxe segurança e eficiência.

    O Supremo tinha conhecimento das ambições do mestre Zuizidra e decidiu que era o momento de dar um passo adiante nas relações entre deuses e homens.

    Então o Supremo ordenou:

    ...

    A voz do arquiângelus Rafhailu retumbou no salão de recepção do Céu.

    – O digníssimo mestre sacerdote Zuizidra!

    O mestre Zuizidra está profundamente emocionado. Trajando o manto verde e dourado dos sacerdotes do Templo, vai cruzando vagarosamente o portal do salão de recepção do Supremo. As pernas trêmulas, a cabeça baixa e o corpo um pouco encurvado à frente, em absoluta contrição. As palmas das mãos, úmidas de suor, estão ansiosamente coladas uma na outra, com os dedos fortemente entrelaçados. Jamais lhe passara pela cabeça que um dia seus pés pisariam no Céu, mas agora pisavam, bem de leve, cada passo bem estudado, como que para não ofender o piso sagrado, onde somente deidades de alta hierarquia pisavam.

    Zuizidra levanta um pouco a cabeça e vê o majestoso deus Unayod  o  Supremo,  em  pé  no  centro  do  salão  e  ao  seu  lado está o magnífico e poderoso arquiângelus Gabryilu. Seu olhar lacrimoso emoldura as duas grandes deidades celestiais com um halo brilhante e etéreo.

    Então, para sua grande alegria, o deus pai o sauda:

    – Seja bem–vindo ao Céu, mestre Zuizidra!

    O sacerdote humano inclina–se, cai de joelhos e prostra– se ao chão diante do deus supremo, nesse que foi o sublime momento histórico, no qual um ser humano teve o inefável privilégio de beijar os pés da suprema deidade no Céu.

    Zuizidra ergue–se, inclina a cabeça, junta as mãos e diz:

    Unayod, então, auxiliado por um serviçal, solenemente retira de Zuizidra o manto verde e o cobre com o manto branco do Alto Sacerdote do Templo de Nibbur.

    Ele diz:

    O Supremo, então, proclama:

    – Neste momento, mestre Zuizidra, eu o invisto no cargo de Alto Sacerdote de Nibbur. Doravante, na companhia dos ílus, comerá do pão e beberá do vinho sagrados.

    Zuizidra, com lágrimas nos olhos, inclina–se e beija a mão sagrada da suprema deidade.

    Após as formalidades de passagem para o novo cargo, o recém empossado Alto Sacerdote de Nibbur foi conhecer o lendário e famoso jardim do Céu.

    ...

    Zuizidra ri alto, gargalha, está feliz!

    Caminha pelas alamedas do jardim, ele vai devagar, a passos rítmicos. Para e rodopia de braços abertos; recomeça a caminhar, para de novo e olha para a poeira de estrelas, além da cúpula superior.

    Sorri prazerosamente! Volta a caminhar, agora com passadas largas, bem medidas, numa marcha solene, as mãos na cintura, desfrutando ao máximo aquele momento de glória!

    Zuizidra para novamente, agora diante de uma árvore frutífera; olha para ela sorridente. Estica o corpo, estende a mão e colhe um fruto. Com os olhos semicerrados, dá uma boa mordida, e o sumo lhe escorre pelos cantos da boca. É o fruto mais delicioso que jamais experimentara e come do fruto com um inebriante prazer!

    Zuizidra está feliz!

    Olha para cima, põe as mãos em concha na boca e grita para as estrelas:

    – Agora eu sou como um deus!

    A Casa do Pão

    – O alto sacerdote Zuizidra de Nibbur, além das funções técnico–científicas as quais desempenhava no Templo da Montanha Sagrada, também passou a ser o responsável por todas as atividades sacerdotais da cidade, incluindo as desempenhadas pelos sacerdotes que trabalhavam na Casa do

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