Thomas
De Igor Souza
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Thomas - Igor Souza
Primeira Parte
I
A vida de Thomas Lucas se inicia nos subúrbios da velha São Paulo. Uma infância complicada, onde tinha apenas sua mãe para cuidar dele, e época em que passou grandes dificuldades. Ele nunca se quer vira a face de seu pai. Não era um ambiente propício para sonhos e ilusões, a realidade estava dentro e fora de casa para pisar e cuspir em seus devaneios mentais. Desde pequeno se mostra uma criança muito notável e inteligente. Adianto que não perderemos tempo analisando cada passo de Thomas, tentaremos resumidamente, seguir os passos de uma vida conturbada. Assim sendo, ele passa tranquilamente pelo fundamental, tirando excelentes notas e recebendo elogios por parte de seus professores. Mostrara desde então, grande potencial. Terminando o fundamental, ingressa no ensino médio. Se mostra um garoto repleto de dúvidas, sempre questionando seus amigos e professores. O saber para ele, tinha mais valor do que qualquer coisa. Em seus estudos mostra grande interesse pela literatura e também pela filosofia. Ali, se abriam as portas de uma mente que se mostrará brilhante. O conhecimento percebeu ele, começa com a dúvida.
Thomas é levado pelo meio que vive e pela dúvida, a uma maturidade precoce. O que acaba lhe afastando de uma juventude comum
, que seus outros colegas levavam. Mas ele não se importava, tinha compreensão suficiente para poder suportar a solidão. Em seu quarto, quando não na escola, lia obras filósoficas de grande prestígio. Aos 15 anos já havia lido autores como Sartre, Camus, Nietzsche, etc.. Mostrou grande interesse pela filosofia alemã. Mas não era fascinado apenas pela filosofia, apreciava também todo conteúdo literário em si, o ato de ler. Já havia lido também romances bem construídos como, Os Irmãos Karamázov
de Dostoiévski, Ulysses
de Joyce, entre outras obras de grande prestígio literário. E não apenas lia, mas absorvia o conteúdo, buscava a compreensão. Aos 17 anos, no final do ensino médio, já havia escrito sua primeira obra, Análise do Gênio Louco
, onde se prôpos a dialogar sobre o pensamento do filósofo alemão Nietzsche. Vários de seus professores e amigos leram a obra, mas não chegou a publicar. Thomas não se importava, não queria se entregar ao mundo tão cedo. Escrevia pequenos contos que pertenciam a filosofia existencialista, filosofia da qual se aproximou bastante.
Sua mãe ficava muito contente com o seu desempenho escolar. Uma mulher trabalhadora, que passara por muitas coisas na vida, via seu filho progredir facilmente no meio acadêmico. Sua mãe havia terminado o ensino médio, mas nunca se interessou em continuar os estudos. Já aos 35 anos, trabalhava numa empresa, numa pequena empresa, tinha experiência na área, e sob incentivo de Thomas, estudou e conseguiu um emprego na área administrativa de um empresa que lhe pagaria melhor. Assim, estabeleceu uma boa condição financeira. Thomas criado com grande carinho por parte de sua mãe, começa a analisar a natureza feminina. Julga-as como um ser complexo e sem definição. A grandeza com que se apresenta as mulheres para Thomas é indescritível, já estudando a filosofia existencialista, procura analisar mais afim, as obras da grande Simone de Beauvoir. Lê o Segundo Sexo
, onde busca entender como a mulher é subjulgada sob essa posição de segundo. Thomas é atraído pela ideologia socialista, defendida por Simone, e seu companheiro Sartre, um dos precursores desta filosofia e companheiro de Simone. Mas se mostrava já influênciado pelas obras de Marx anteriormente. O Capital
, que leu e estudou com seu professor de sociologia na escola, e também O Manifesto Comunista
. Um grande homem seu professor. Explicava com simplicidade e compreensão fácil para Thomas. Notava como as classes trabalhadoras eram exploradas pela classe superior, e fica indignado pela comodidade em que as pessoas permaneciam mesmo sob grande alienação por parte da classe burguesa. Levado também por experiência própria, vendo o que sua mãe passava. Para ele se apresentara aquilo, como uma coisa absurda. Mas buscava sempre compreender e não julgar. Procurava as respostas nas raízes dos pensamentos e condições do ser
como algo social. Para ele, as classes menores só não emergiram sobre as maiores pela condição mental de aprisionamento que foram impostos. A comodidade e alienação por parte da burguesia vos manteve na pior das prisões, a mental. Mas Thomas, como sabia que nada sabia, não queria permanecer naquela idade, preso à algum tipo de ideologia. Defendia o socialismo, mas era aberto as ideias contrárias e ao mundo do conhecimento. Não havia limites para o saber. Para Thomas só interessava uma coisa a partir daquele ponto, o saber absoluto. Decidiu que iria se dedicar sua vida inteira ao conhecimento. Ali, no final do ensino médio já havia tomado a decisão de cursar filosofia na faculdade.
Termina assim, a primeira parte da história de nosso jovem Thomas. Até este ponto de sua vida, mostrava grande desenvolvimento da mente. Pela razão chegaria a consciência pura do espírito. Sabia ele, que os conceitos de realidade são revelados por meio do raciocínio dialético, abordando um tema e debatendo sobre, até sua finalidade. Essa é a forma como o raciocínio humano evolui, e não é apenas a lógica que segue esse caminho; a história também se move de modo similar em direção ao Absoluto. Thomas tinha consciência disso, estava disposto a dar a vida pela compreensão humana.
II
Thomas agora ingressa na Universidade de São Paulo. Começa a cursar filosofia, o meio lhe agrada muito, pessoas com quem pode discutir e dialogar tranquilamente sobre várias questões da vida. O lugar ideal para se iniciar seus estudos da mente humana como um todo. Claro que não se dá para generalizar tudo, há ignorantes até em cursos como filosofia. Thomas se mostra muito entusiasmado pelo curso, até supreende suas expectativas em relação a ele. Em dois meses de calouro, conversava com mais da metade dos companheiros de curso. Buscando analisar cada ponto de vista, cada forma da dialética. Começa então, a escrever suas análises e entendimentos tirados das relações com as outras pessoas. Sua finalidade é juntar todos esses diálogos e chegar a algum ponto específico, a compreensão da totalidade. Nesses dois meses, Thomas conhece Carolina,