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A arte de se tornar ignorante
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A arte de se tornar ignorante
E-book287 páginas3 horas

A arte de se tornar ignorante

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Sobre este e-book

As mudanças que se abatem sobre o Brasil, com graves repercussões sobre a educação, levam o professor Flávio Brayner à profundas reflexões Sentindo-se impossibilitado de "promover antropologias positivas, otimismos sociais ou fantasias utópicas", o professor reúne artigos e crônicas em que expressa sua indignação com os novos tempos sombrios e seu desalento com as perspectivas do futuro.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jul. de 2021
ISBN9786586616781
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    A arte de se tornar ignorante - Flávio Brayner

    Ao leitor

    Ao terminar esta coletânea, solicitei a três amigos, representantes de instituições de cultura e de comunicação (UFPE, Academia Pernambucana de Letras e Jornal do Commercio) que me fizessem uma avaliação destes escritos e que tais poderiam servir de apresentação ou prefácio para o texto final. Os três fizeram, e o resultado é de tão boa qualidade analítica e literária que não me dei ao luxo do embaraço da escolha (como dizem os franceses): acrescentei os três! Este, pois, é um livro que tem, excepcionalmente, três apresentações e todas elas apontam para pontos comuns observados pelos seus apresentadores, e suspeito que essa comunhão de pontos de vista indica uma constante em meus artigos. Explico.

    No momento em que escrevo esta nota ao leitor (junho de 2019), o ministro da Educação havia resolvido asfixiar financeiramente as universidades brasileiras e, em especial, as Humanidades (Filosofia e Sociologia em particular), que ele entende como um celeiro de maus hábitos, péssimas ideias, perigosas personalidades, balbúrdia ideológica e, claro, marxismo cultural! O difícil, em tudo isso, não é nem a vergonha que tais atos provocam, nem a humilhação que nós, professores universitários, somos obrigados a experimentar diante de nossos pares internacionais que, aliás, também estão passando por situações políticas semelhantes: o difícil, repito, é tentar imaginar quais são os limites do irracionalismo e da escuridão intelectual quando eles chegam ao poder.

    É em contextos obscuros como esse que o intelectual precisa reassumir sua função zolaniana (refiro-me a Émile Zola): sair de sua protegida cidadela universitária, de seus projetos de pesquisa, seus editais do CNPq, suas publicações indexadas e engajar-se (essa palavrinha do antigo dicionário existencialista!) no esclarecimento público, no debate argumentado de ideias, na preservação de heranças culturais sem as quais voltamos, inconscientemente, a uma condição anterior: anterior, quero dizer, às ideias de dignidade e de fim-em-si--mesmo com as quais a noção moderna de Homem fora construída.

    O jornalismo crítico é uma destas fontes de iluminação e preciso, de fato, reconhecer que a página semanal que o Jornal do Commercio me oferece, desde a época de Ivanildo Sampaio (hoje coordenador de conteúdo) e agora mediada por seu editor-chefe, Laurindo Ferreira, é minha modestíssima tentativa de abrir uma brecha de luz na pesada penumbra de nosso tempo (penumbra igualmente assinalada pelos apresentadores desta coletânea, meus amigos Anísio Brasileiro, Lourival Holanda e o próprio Laurindo). Este livro que o leitor tem agora nas mãos não passa, assim, de um simples desejo de iluminação, reunindo artigos publicados entre os anos de 2016 e 2019. Minhas ambições em relação a ele são muito modestas: como aquele fósforo aceso no meio da noite escura em um deserto, este livro não ilumina grande coisa, mas revela a imensa escuridão à nossa volta.

    Dedico esta coletânea às pessoas que mais amo na vida: Gil, Lucas, Bárbara, José e, claro, Tom (que não é exatamente uma... pessoa).

    A educação é como a liberdade

    Anísio Brasileiro

    ex-reitor da UFPE

    Este é um livro de um professor. No sentido mais largo e profundo que a palavra professor possui. Ou seja, como defende o filósofo Jacques Rancière, em Le maître ignorant, um livro que demonstra que a educação é como a liberdade, algo que não se dá, se toma. Não há, nunca houve, verdadeira educação desconectada do princípio da emancipação. As 120 crônicas escritas por Flávio Brayner e publicadas no Jornal do Commercio evocam diferentes e muitas camadas de sentido, conduzindo o leitor a descobertas e a interpretações de um cotidiano que, assumo com sinceridade, eu nem percebia.

    O leitor observa claramente a imensa riqueza das reflexões de Brayner — mas também sua coragem intelectual, seu compromisso com a educação pública, com o Brasil, em um momento tão difícil como o que atravessamos. São textos escritos com bom humor e fina ironia, com uma profundidade que nos exige parar para pensar, para repensar certas ideias e opiniões acumuladas. Por isso mesmo minha angústia inicial foi se transformando em prazer; cada artigo me levou a refletir sobre nossa trajetória e sobre o nosso papel enquanto educadores. Aprendi muito e sou grato por isso.

    Qual o fio condutor do livro? Que ideias-força estão expressas nos artigos? Quais as mensagens? Essas foram as questões que me coloquei. Flávio Brayner repartiu os artigos em seis grandes eixos: Os outros, A arte de se tornar ignorante, Universitas, O tempora o Mores!, Política & História e O que fizeram de mim. Esses eixos se interconectam, dialogam entre si. A eles se associam conceitos relativos à cultura, à democracia, à educação, à literatura, todos merecendo valorização e proteção nesses sombrios tempos em que vive o Brasil. 

    São valores universais que remetem, por exemplo, às relações entre filosofia e literatura. Num dos textos, o autor questiona: para que serve a filosofia? Na sua bela resposta, ele aponta que a filosofia é o que permite questionar os nossos saberes (a sua validade), a conduzir nosso processo de humanização. É reconfortante ver Brayner assegurar — numa época de tanta intolerância, tanta brutalidade — que a filosofia é um encontro com nós mesmos, aquilo que nos permite viver juntos, criar laços, viver com o outro. Se a filosofia é essencial para a vida, a literatura nos melhora. Sem ela, explica Flávio Brayner, viveríamos como animais, como vegetais, incapazes de alcançar a condição humana: Precisamos de pão, tanto quanto precisamos de sonhos, de imaginação... de imaginar que o mundo poderia ser outro.

    São sentenças como essa, cheias de vitalidade, redesenhando conceitos oriundos de leituras acumuladas ao longo da vida, que o autor expressa de forma natural. Cita de maneira amigável os grandes clássicos fundadores: Rousseau, Thomas Mann, Montaigne, Umberto Eco, Kant, Marx — sem esquecer os nossos Ariano Suassuna e Paulo Freire, patrono da educação brasileira. 

    Sem fugir dos temas polêmicos, Brayner propõe uma crítica contundente ao produtivismo acadêmico que hoje orienta as universidades brasileiras, com foco na publicação de artigos científicos (para ele nem sempre qualificados) em detrimento dos ricos debates dos congressos, onde gerações de pesquisadores se encontram e, principalmente, desse lugar especialíssimo que é a sala de aula, onde é possível interagir, trocar ideias, aprender uns com os outros: Uma aula é antes de qualquer coisa um cotidiano exercício que a escola, como instituição, pratica para evitar algo que poderia, caso fosse abandonado, comprometer definitivamente nossa presença no mundo. Este algo é o esquecimento.

    É nesse tópico que compreendemos a chave do livro de Flávio Brayner, a linha transversal que perpassa todos os artigos: ao fazer o elogio do professor, à arte de estar em sala de aula, em contato com os alunos, entendemos que educar é uma arte de encontros. É comovente o apreço com que Brayner se refere a colegas como Luciano Oliveira, Fernando Mota, Antonio Paulo Rezende, Antonio Montenegro, entre outros, com quem se relacionou dentro e fora dos muros da universidade, e que provaram que uma vida sem reflexão não valia nem mesmo a pena ser vivida.

    Como seu colega, e como reitor, ressalto o carinho e a gratidão com que elogia a sua, a nossa UFPE, onde — acreditem — ingressou aos 10 anos de idade, como estudante do então chamado Ginásio de Aplicação. O modo intenso como pensa a evolução da nossa instituição, ressaltando a importância das políticas de extensão, da editora e, ao mesmo tempo, tecendo a leitura crítica das lógicas produtivistas e manifestando legítimas preocupações com os novos tempos emociona a todos aqueles que comungam da construção coletiva que orienta o ensino e a pesquisa no Brasil. 

    A mensagem de Brayner é clara e verdadeira: não podemos deixar que os modelos das salas de aula invertidas predominem sobre uma visão transformadora da sociedade, expressa por meio da defesa da educação pública e gratuita, acessível a todos, das políticas de inclusão mais humanizadas que permitam a difícil arte de convivência e acolhimento do outro.

    Como uma alegria imprevista

    Lourival Holanda

    da Academia Pernambucana de Letras

    No presente livro de Flávio Brayner o título já prefigura, a seu modo, o vasto mundo de suas preocupações: com clarividência e ironia ele percorre cenas e questões da cultura contemporânea nos quadrantes de cá. E mais: nos dias duros que ora nos coube viver, lucidez e humor são ingredientes tão raros como necessários. O livro vem dividido como um panorama estudado: observações preciosas sobre sua longa frequentação educativa; sua relação com o universo acadêmico; uma incursão firme sobre credos e costumes contemporâneos; uma substanciosa revisão de atitudes políticas, centradas na história; e algumas crônicas votivas — e corajosas — de autoavaliação. A linguagem contida, salpicada de ironia, não deixa propriamente espaço à inconfidência: Brayner tão somente testemunha seu tempo, partilha uma vida, as inquietações e as alegrias que a enriquecem. Depois de dois ou três textos o leitor percebe já que tem nas mãos um livro singular — como uma alegria imprevista.

    Exemplo do intelectual dos nossos dias, Brayner especula sobre o mundo que se apresenta como espetáculo. Em muitos momentos lembra o perfil de fogo de um Karl Kraus: crítico e agitador cultural. No entanto, já sem a contundência daquele, Brayner é mais ponderado; mas não menos alerta e agudo. Kraus viveu, também, os estertores de uma época. Em ritmo de valsa Viena se esvaía; ele era o arauto de um tempo novo. Em comum, os dois pensadores têm o fato de montarem seu observatório em lugar privilegiado: a linguagem. Um professor e um jornalista trabalham ambos, sobretudo, com a linguagem. Sabem que ela é condição necessária para o pensamento. Não espanta que um e outro apontem no uso abusivo dos chavões, do automatismo verbal, o primeiro agente de corrupção da cultura.

    A crítica demolidora de Brayner toma, no entanto, a leveza da ironia. Assim desconstrói as tantas teorias que desserviram à literatura (Como acabar com a literatura); ou o desmonte agridoce que faz das ideologias (Uma religião secular); e, num intuito arqueológico, detecta o rio submerso nos discursos que mascaram mal seu fascínio de crença — de ordem religiosa nos procedimentos de adesão entusiasta, de perseguição e exclusão; enfim, de demissão de si nos fideismos sectários.

    Brayner entende isso quando comenta a relação entre poder e filosofia. Os textos partem da observação imediata da dinâmica do jornal; mas a isso segue-se o crítico — que toma um saudável distanciamento daquilo que observa e junta à perspicácia um grão de sal de ironia —; e a graça impede o peso de um discurso acadêmico, de suposta certeza. O que resulta é uma geometria prismática de temas e pontos de vista que sacodem e surpreendem o leitor.

    O professor e doutor Brayner poderia nortear suas lições pela longa experiência de pedagogo, de especialista na área; mas, não: sua visada crítica é mais abrangente e generosa — ele recorre a um modo de dizer elegante e ladino, sua marcada impregnação literária, que permite, pela nuance, fazer rever, em nova angulação, um fenômeno cotidiano, e revelar a estranheza que à primeira vista o familiar escamoteia. É assim que esse senhor, jeune d´allure, parte do espetáculo de uma moça entrevista na praia, escultural e de beleza perturbadora, em trajes sumaríssimos, e desemboca numa prova estética da existência de Deus. Se não convence o crente, libera o melhor do imaginário do leitor.

    É como se os textos partissem de um dado observatório que uma consciência atenta mantivesse e partilhasse com o leitor. O Brayner cronista do cotidiano mascara mal o pensador social inquieto com o que resulta dessa radiografia de tempos turvos, os nossos. Analisa o mundo à vol d´oiseau e com uma acuidade de clínico. Com a atenção de antropólogo, às vezes Brayner avança numa consideração sociológica a partir de uma conversa entreouvida por acaso. (Uma paixão inútil).

    Como o sentido do presente sempre nos escapa — o que sucede de chofre nos desafia como um hieróglifo —, Flávio Brayner se interroga como responder à complexidade de um real político, social e cultural que parece ter perdido a bússola. Os signos políticos, como os signos siderais, perderam sua firmeza. Nossa geração perdeu certas ilusões; tomara que guarde algumas esperanças — e, de quebra, alguma rude alegria, sua irmã gêmea.

    A tarefa do crítico é interminável e ingrata: a dinâmica cultural não permite repouso e, no mais das vezes, vai na contracorrente de um certo consenso. A crítica moral e a dos valores políticos: uma lâmina fina as separa.

    Em alguns momentos a argúcia de Brayner pontua, com muita precisão, problemas contemporâneos. George Steiner afirmou certa vez que o ‘Nazismo não era apenas uma questão política. Era, essencialmente, uma questão de linguagem’. E Brayner, como com bisturi agudo, faz uma anatomia crua desse momento cultural. Há um nítido desgaste das palavras. Um uso irrefletido de certos conceitos quando eles esvaziaram, em sua recente inflação semântica. E quando as palavras perdem sua carga de sentido, o diálogo se dá num espaço vazio: a estridência equivale ao silêncio estéril. Disso dá testemunho a violência — e desgaste — nos discursos políticos do ano passado. E o discurso político, que é a formatação forte de uma esperança, torna-se uma farsa, pelo chavão, pela redundância — que asfixia o pensamento. É o legado que vamos deixar ao espanto de um futuro historiador das ideias, nesse desafortunado começo de século. A lenha verde que queimamos produziu muita fumaça e fúria — pouca luz, no entanto. Nas paixões, políticas ou outras, difícil escapar à armadilha dos extremos. A degradação do espaço político tampouco justifica a tibieza sob máscara de prudência. Brayner sabe que a função do intelectual é tentar discernir, tentar ver claro. Num artigo instigante — O clichê como recurso — volta ao tema do empobrecimento de nossos debates e soluções: "A desagregação é também nossa incapacidade de gerar uma linguagem conceitual nova". As proposições políticas enrijeceram em slogans e clichês que a vertiginosa velocidade das mudanças tornou anacrônicas. O debate sobre humanismo x anti-humanismo ficou reduzido a extremos: recusa de um modelo preconcebido que acreditava nos valores clássicos, e sua negação peremptória. Hoje pensamos o humano, mais modestamente, como um feixe de possibilidades; capaz do melhor como do pior.

    Seus textos curtos — meteóricos: brilhantes e breves — alumiam questões cruciais de nosso momento. Com muito acerto fez seu o mote de Guyotat, rico em seu paradoxo: é preciso desfazer-se de toda pretensão à certeza, esvaziar-se um pouco para dar lugar à acolhida da narrativa do outro. É assim que Brayner reivindica uma filosofia mais funda, e ao mesmo tempo, mais pragmática: A função da filosofia é fazer com que nossas certezas se tornem frágeis para podermos interrogar a certeza dos outros e examinar a sua verdade. Mais que pertinente, no debate sobre a extinção das Humanas na formação dos mais jovens; o sal da ironia de Brayner: não falaremos mais de formação, mas de treinamento, nem de consciência, mas de habilidades. A vida se torna um empreendimento!.

    Há, nessa geração formada por Flávio Brayner, bons intérpretes da cultura contemporânea. Continuarão, por certo, seu louvável labor de despertar perspectivas de interpretações. Brayner brilha além: mais que uma promessa, é uma presença feliz — e assume seu trajeto como sendo a conjunção de uma profissão e uma paixão. Dando à paixão o cabresto de certa medida; e à profissão, a atitude saudável de uma autocrítica permanente. Cumpre, assim, a função do intelectual: tentar ver claro, discernir. E, sobretudo nesse momento, o discernimento precisa preceder a indignação. Isso faz de Brayner um pensador necessário.

    (Pensar é preciso)

    Laurindo Ferreira

    diretor de redação, Jornal do Commercio

    A coletânea dos textos do professor Flávio Brayner, reunida agora nesta edição, provoca sucessivos convites para reflexões, já a partir das páginas do Jornal do Commercio. Ao mestre, como cabe a todo bom pensador, tudo o que é humano interessa.

    O pensar, o livre pensar, o homem, as suas angústias, construções, desconstruções, frustrações, dores, amores, a felicidade, o belo, a História, sempre estiveram presentes nos artigos de Flávio. Necessários e atuais, há, por vezes, um claro encontro entre os seus temas e a agenda diária do jornalismo.

    O livre pensar é  poderoso e,  materializado na expressão escrita,  ganha a força da multiplicação das  ideias. É a força da palavra.  O poder teme o riso e a crítica, o bufão e o filósofo, a piada das ruas e a razão argumentada, de esquerda ou de direita, escreve o autor quando aborda O poder e a filosofia, por razões óbvias, um dos temas preferidos do nosso articulista filósofo.

    Mas o pensar também pode ser leve. E é com leveza e estilo que o professor Flávio caminha também por temas como Carnaval, literatura, futebol, arquitetura, meio ambiente... E aí vem sempre aquela clássica indagação que, vez por outra, o escriba precisa responder para si e para seus  leitores: por que eu escrevo?  Nesta edição, como já fez nas páginas do JC, o nosso filósofo-articulista responde: Escrevo porque é a única forma que conheço de me livrar de mim mesmo e para expressar minha indignação com estes tempos sombrios.

    A História mostra que contra estes tempos sombrios — muitas  vezes perigosamente bem travestidos pelo poder de plantão — um dos antídotos mais poderosos é a liberdade de expressão. Sobre isso, não cederemos. É da natureza da boa filosofia. É da essência do bom jornalismo.

    Aproveitem, pois, a leitura.

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