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Janelas
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E-book68 páginas22 minutos

Janelas

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Sobre este e-book

'Dentro de mim, só mar revolto. Flávia Apocalypse, carioca, formada em Direito eJornalismo, gerente de comunicação interna de uma grande empresa, é discreta, tímida até, e simplifica assim a vida que a fascina: café com leite, vitamina C, mesa de trabalho, cafezinho,almoço, Coca-cola, trânsito, sala de jantar, revistas, travesseiro de fronha branca. Tudo corrimão pra que eu possa me segurar.Em seu livro de estreia, a poeta ausculta em si mesma as noites mais escuras, a vida que não passa de um jogo de sombras, onde ela se perde e se acha e se espanta. Segundo a poeta Thereza Christina Roque da Mota, “Flávia tem a voz de Adélia Prado que fala do dia e da noite, da sofreguidão das almas que se aquietam para uma manhã mais longa, uma noite que não acaba”.Como criança, Flávia experimenta a poesia iniciática do choro do perdão. O indecifrável do armário que ela não abre para ninguém. Tudo que se oculta sob as roupas, a lama, a angústia e o pudor.Com o livro, a poeta, conciliando sua vida de profissional, mãe e mulher, empresta a voz de Adelia, faz emergir a própria voz , abre as janelas e convida seus leitores a fazerem o mesmoÉ o primeiro livro de poesias do autor que já publicou dois romances, livro de contos, ensaios, e centenas de artigos científicos. Como o titulo induz, os poemas parecem uma livre associação de ideias e imagens. Mas ao ser lido com um pouco de atenção, mostra um escritor maduro, cosmopolita que escolhe cuidadosamente cada palavra como diz no primeiro poema do livro: Ai da minha poesia se não fosse eu! / Provavelmente morreria à míngua| Combalida, desmilinguida. | Coitada se dela não cuidasse o degas, | Pessoalmente. | Mas, pai zeloso,| Afago-a, terno, | E a curo, | Mertiolate e tudo, | Nunca descuro. | Se dela falam mal, | Desconjuro!'
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mar. de 2022
ISBN9788584880263
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    Janelas - Flávia Apocalipse

    Folha de Rosto

    Flávia Apocalypse

    Janelas

    logo.jpg

    Créditos

    Copyright © 2011 by Flávia Apocalypse

    Capa

    Pedro Costa

    Diagramação

    Alexandre Brum

    Revisão

    Daniela Reis

    Produção para ebook

    Fábrica de Pixel

    CIP-Brasil. Catalogação na fonte

    Sindicato Nacional das Editoras de Livros, RJ

    A653j

    Apocalypse, Flávia

          Janelas / Flávia Apocalypse. – Rio de Janeiro: Outras Letras,

         2011. – 80p.

         ISBN 978-85-88642-35-5

         1. Poesia brasileira. I. Título.

    11-1572                CDD: 869.91

                                  CDU: 821.134.3(81)-1

    E-mail da autora: f lavia_apocalypse@hotmail.com

    [2011]

    Todos os direitos desta edição estão reservados à

    Outras Letras Editora Ltda.

    Rio de Janeiro, RJ

    Tel./Fax: (21) 2267-6627

    outrasletras@outrasletras.com.br

    www.outrasletras.com.br

    Dedicatória

    Para Julia, minha pequena e tão querida filha, que um dia

    aprenderá a me descobrir por todas essas linhas e entrelinhas.

    O que eu sinto, eu não ajo.

    O que ajo não penso

    O que penso não sinto.

    Do que sei sou ignorante.

    Do que sinto não ignoro.

    Não me entendo e ajo como se me entendesse.

    Clarice Lispector

    Eu te pareço louca?

    Eu te pareço pura?

    Eu te pareço moça?

    Ou é mesmo verdade que nunca me soubeste?

    Hilda Hilst

    Uma parte de mim

    pesa, pondera;

    outra parte

    delira.

    Ferreira Gullar

    Sempre há uma janela para ser aberta. Janelas que invadem meu dia, meus caminhos e meus pensamentos. Quando abro, me vêm imagens, cores, sensações, palavras, sempre muitas palavras, encharcando meu tempo, fazendo-me parar e colocá-las no papel. O grande poeta Ferreira Gullar diz que a poesia nasce do espanto. E é só quando deixo que uma janela se abra que paro e me espanto, me espanto com a cor de uma tarde, com a luz que invade a minha cozinha, com a singeleza de um gesto.

    Lendo este meu primeiro compilado de poemas, convido você a encontrar suas próprias janelas para, quem sabe, sair um pouquinho do chão.

    Num salão

    Num salão eu sou várias misturada a tantas

    Até pareço desinibida, até pareço outra

    Até

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