Janelas
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Sobre este e-book
empresa, é discreta, tímida até, e simplifica assim a vida que a fascina: café com leite, vitamina C, mesa de trabalho, cafezinho, almoço, Coca-cola,
trânsito, sala de jantar, revistas, travesseiro de fronha branca. "Tudo corrimão pra que eu possa me segurar". Em seu livro de estreia, a poeta ausculta em si mesma as noites mais escuras, a vida que não passa de um jogo de sombras, onde ela se perde e se acha e se espanta. Segundo a poeta Thereza Christina Roque da Mota, "Flávia tem a voz de Adélia Prado que fala do dia e da noite, da sofreguidão das almas que se aquietam para uma manhã mais longa, uma noite que não acaba". Como criança, Flávia experimenta a poesia iniciática do choro do perdão. O indecifrável do armário que ela não abre para ninguém. Tudo que se oculta sob as roupas, a lama, a angústia e o pudor. Com o livro, a poeta, conciliando sua vida de profissional, mãe e mulher, empresta a voz de Adelia, faz emergir a própria voz , abre as janelas e convida seus leitores a fazerem o mesmo.
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Pré-visualização do livro
Janelas - Flavia Apocalypse
Créditos
Copyright © 2011 by Flávia Apocalypse
Capa
Pedro Costa
Diagramação
Alexandre Brum
Revisão
Daniela Reis
Produção para ebook
Fábrica de Pixel
CIP-Brasil. Catalogação na fonte
Sindicato Nacional das Editoras de Livros, RJ
A653j
Apocalypse, Flávia
Janelas / Flávia Apocalypse. – Rio de Janeiro: Outras Letras,
2011. – 80p.
ISBN 978-85-88642-35-5
1. Poesia brasileira. I. Título.
11-1572 CDD: 869.91
CDU: 821.134.3(81)-1
E-mail da autora: f lavia_apocalypse@hotmail.com
[2011]
Todos os direitos desta edição estão reservados à
Outras Letras Editora Ltda.
Rio de Janeiro, RJ
Tel./Fax: (21) 2267-6627
outrasletras@outrasletras.com.br
www.outrasletras.com.br
Dedicatória
Para Julia, minha pequena e tão querida filha, que um dia
aprenderá a me descobrir por todas essas linhas e entrelinhas.
O que eu sinto, eu não ajo.
O que ajo não penso
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se me entendesse.
Clarice Lispector
Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade que nunca me soubeste?
Hilda Hilst
Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte
delira.
Ferreira Gullar
Sempre há uma janela para ser aberta. Janelas que invadem meu dia, meus caminhos e meus pensamentos. Quando abro, me vêm imagens, cores, sensações, palavras, sempre muitas palavras, encharcando meu tempo, fazendo-me parar e colocá-las no papel. O grande poeta Ferreira Gullar diz que a poesia nasce do espanto. E é só quando deixo que uma janela se abra que paro e me espanto, me espanto com a cor de uma tarde, com a luz que invade a minha cozinha, com a singeleza de um gesto.
Lendo este meu primeiro compilado de poemas, convido você a encontrar suas próprias janelas para, quem sabe, sair um pouquinho do chão.
Num salão
Num salão eu sou várias misturada a tantas
Até pareço desinibida, até pareço outra
Até pareço eu travestida de certeza
Num