Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas
Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas
Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas
E-book144 páginas2 horas

Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Já se passaram alguns meses que Michelle chegou à Lammertia e embora ainda duvidem de sua índole por ser uma híbrida como a fada que dizimou o país há milhares de anos, ela está começando a se adaptar. Infelizmente, em seu passado, há uma pessoa especial de quem ela gostaria de se despedir: Guilherme. Em suas visões, Guilherme estacionou a vida porque acha que algo ruim aconteceu com Michelle quando ela desapareceu e ela está disposta a fazer de tudo para que o amor de sua vida possa encontrar seu caminho de volta para ela.- Essa história está publicada em formato físico e faz parte do livro Contos de Uma Fada: A Nascente das Montanhas, publicado pela editora Novo Século em 2012. Se você já leu o exemplar físico, remenda-se que vá direto para Contos de uma Fada: A Princesa Guerreira.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de abr. de 2021
ISBN9781526040480
Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas
Autor

Letícia Black

Letícia Black é natural do Rio de Janeiro, nascida no comecinho da década de 90. Seu primeiro livro foi publicado em 2012 e ela não pretende parar. Autora orgulhosa dos livros Contos de Uma Fada, Garota de Domingo, Safira, Toque de Recolher, Monstro, Deserto e da série Jogando os Dados.

Leia mais títulos de Letícia Black

Autores relacionados

Relacionado a Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas

Ebooks relacionados

Fantasia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Contos de Uma Fada #2 A Nascente das Montanhas - Letícia Black

    Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

    Black, Letícia

    Contos de Uma Fada: A Nascente das Montanhas / Letícia Black

    Ficção brasileira I. Título

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da autora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

    Dedicatória

    Ao meu irmão Igor e à minha amiga Aline, os primeiros leitores e revisores dos meus contos; tiveram que me ouvir por horas, contando e recontando cada trechinho dessa história até que fosse o suficiente.

    Muito obrigada.

    Sumário

    Dedicatória

    Sumário

    Capítulo Dezesseis

    Capítulo Dezessete

    Capítulo Dezoito

    Capítulo Dezenove

    Capítulo Vinte

    Capítulo Vinte e Um

    Capítulo Vinte e Dois

    Capítulo Vinte e Três

    Capítulo Vinte e Quatro

    Capitulo Vinte e Cinco

    Outros livros da autora:

    Capítulo Dezesseis

    O retorno

    Estava na floresta, colhendo água para beber. Havia um coelho próximo, pulando entre a área verde e sem árvores que demarcava o entorno do lago. Eu podia ouvir um cavalo, provavelmente Princesa, trotando muito próximo. Na água, o rosto de Guilherme estava onde deveria refletir o meu, sorrindo de um jeito mágico que sabia que ele só reservava a mim.

    Eu estava feliz. Sorri para a imagem de Guilherme no lago e meneei a cabeça, vendo-a se transformar.

    Que coisa estranha! Pensei.

    E, então, a água toda ficou preta e o rosto de Ed se formou no lugar de Guilherme. Senti meu coração disparar, estava em perigo. O que iria fazer agora?

    Acordei em um salto, sentando-me na cama, só para então berrar de dor com o osso da minha coxa. Com todo o cuidado que pude, voltei a deitar, a respiração acelerada, mas bem mais calma ao notar que fora apenas um sonho ruim.

    Analisei meu quarto, tudo parecia do jeito que eu deixara. Lil estava dormindo, cansada, deitada na cabeceira da minha cama de um jeito que imaginei que ela estivesse tentando se manter acordada para me vigiar, mas tinha rendido-se ao cansaço.

    Levei a mão à minha perna e encontrei-a presa entre pedaços de madeira, me imobilizando. Isso só podia significar que Kieran ainda não tinha vindo até mim ou não tivera sucesso. Aquilo era trabalho de alguma amarela. Sentiria menos dor se Kieran ao menos tivesse encostado em mim.

    Deixei-me afundar na cama, mas aprumei os ouvidos, ouvindo uma movimentação no corredor. Logo em seguida, a porta de meu quarto de abriu e vi os cabelos dourados de meu irmão surgirem por ela.

    — Ei! – cumprimentou-me.

    — Ei – murmurei.

    Ele caminhou até a minha cama e sentou-se ao meu lado. Disfarcei que o balanço da cama me incomodara, mas Kieran estava encarando minha perna como se estivesse entendendo.

    — Estávamos todos preocupados – disse. Passou os dedos pelos meus cabelos, quase como se quisesse acreditar que era real, que estava ali. – Siena te viu com os etorns naquele troço da água que ela faz. Saiu berrando atrás da nossa mãe. Você tem que ver o quão nervosa ela está até agora.

    Sorri, imaginando. Siena exagerava as coisas e não era de se espantar que continuasse nervosa. Só ia se acalmar quando me visse. Ou não, já que eu tinha aquela droga de perna que, provavelmente, a deixaria mais nervosa ainda.

    — Por que elas não estão aqui também? – perguntei.

    Ele sorriu, provavelmente com o meu tom infantil de ei, estou doente. Por que não estão me dando atenção?

    — Estão proibidas de ver você – explicou. – Nem eu acho que poderia estar aqui, mas estava no corredor e a Sayana disse que você queria me ver – deu um sorriso de lado. – Acho que sei o porquê.

    Concordei com a cabeça.

    — Acho que preciso de ajuda com essa perna – murmurei. – Achei que te chamariam assim que eu chegasse.

    Ele pôs a mão sobre a minha perna e logo senti o calor da cura pelo fogo. Infelizmente a dor não passou. Amenizou, mas ainda estava ali.

    — E aí? – Perguntou-me.

    Tentei mover minha perna, mas acabei fechando os olhos pela dor.

    — Não muito melhor – confessei.

    Eu me mexi de leve e Kieran passou as mãos pelos meus cabelos e sentou-se ao meu lado na cama, puxando meu corpo para que encostasse minha cabeça em seu peito.

    — A gente tenta mais um pouco mais tarde – sussurrou. – É um osso, deve ser mais difícil pra melhorar e eu não sou muito bom nisso.

    Sorri e deixei-me abraçar por Kieran, feliz por estar por perto. O calor da magia dele ainda estava em minha perna, acariciando e adormecendo um pouco a dor que sentia antes.

    Nessa hora, enquanto Kieran se ajeitava para que nós dois ficássemos acordados, Lil acordou. Ela coçou seus olhinhos, chamando minha atenção para olhá-la e, quando finalmente me viu acordada, voou direto para meus cabelos e abraçou uma mecha, como se estivesse me abraçando inteira.

    — Olá, Lil – disse, acariciando sua cabecinha com meu dedo indicador.

    Ela afundou ainda mais em meus cabelos, parecendo bastante feliz por me ter de volta. Eu ri um bocado.

    — Ah, a pequenina acordou – Kieran disse. – Ei. Não ganho abraço também?

    Lil deu-lhe língua e achei que toda a guerrinha deles iria começar, mas os dois riram e ela voou até ele e deitou-se sobre sua cabeça. Os dois começaram a rir por motivo algum, até que percebi que eu deveria estar fazendo uma cara de espanto muito divertida mesmo.

    — Saudade – Lil disse, olhando pra mim.

    — Também senti saudades, Lil – sorri-lhe. – Mas sabe do que eu senti mais falta? – os dois me encararam, esperando. – Comida de verdade. Alguém me arruma alguma coisa?

    Kieran e Lil gargalharam. Ele se levantou, ela ainda posicionada em sua cabeça, e foi para a cozinha, ver se encontrava algo decente para que eu comesse. Com sorte, achou um pouco de carne de coelho que parecia ter sido colocada ali há pouco tempo, talvez uma das cozinheiras que gostava de mim, preocupada se havia comido bem durante a minha breve passagem pela floresta e pela ilha dos infirmados.

    Ele me entregou o prato e teve a decência de nada comentar sobre os meus modos um pouco vorazes na comida. Lil, por outro lado, me encarava com sua melhor feição de desagrado.

    — Dois dias na floresta e você fica desesperada por comida – foi o que Kieran disse.

    Eu levantei os olhos, admirada. Por alguns segundos, a informação pareceu mais importante que o buraco no meu estomago.

    — Não pareceram dois dias – contrariei-o. – Pareceu uma eternidade.

    Ele riu ao ver que eu voltara a me distrair com a comida. Eu deveria me importar, mas era Kieran e ele ria de tudo.

    — Eu passei três anos na floresta – relembrou. – Caçava minha própria comida e não me esfomeava assim.

    Revirei os olhos. Finalmente acabei de roer o resto que havia de carne no osso e abandonei o prato na cabeceira. Lil voou até a cozinha e trouxe-me um guardanapo, o que claramente me dizia que estava suja. Ocupei-me de me limpar antes de me dar o trabalho de responder.

    — E eu cacei um coelho – não totalmente verdade. – Mas eu fui quase morta e esgotei toda a minha magia, então dá pra você ser só um irmão legal e me deixar em paz com a minha fome?

    Ao invés de rir, como esperava que ele fizesse, Kieran fechou a cara. Só então notei que a primeira pergunta que deveria ser feita não fora e achei que ele estava evitando o assunto dos etorns. Agradeci mentalmente por isso, mas imaginei que teria que contar a mesma história várias vezes antes que me deixassem em paz.

    — Foi muito ruim? – perguntou.

    Era a pergunta que ele se deixaria fazer. A menos direta e que eu poderia responder sem entrar muito a fundo no assunto. Achei que eu poderia fazer melhor e abordar algo que seria do interesse dele.

    — Bom, serviu pra alguma coisa – respondi. Kieran olhou para a minha perna e franziu a testa, achando que estava falando dela. – Não disso. Eu a quebrei por causa de uma magia que eu fiz...

    Ele virou o rosto rapidamente para mim, a antes feição preocupada e cautelosa com assunto, agora parecia quase deliciado.

    — O quê? – perguntou-me, animado. – Como assim?

    Sorri-lhe, imaginando o quanto daquilo ele também poderia fazer e nunca tentara porque nunca precisara ou nunca estivera longe dos olhos observadores que esperavam um deslize para decretar nossa morte.

    — Eu sou muito mais poderosa do que eu pensava. E muito mais do que nos disseram que eu seria – contei-lhe. – Você, provavelmente, a mesma coisa.

    Kieran se sentou na cama sobre os joelhos, quase uma criança me implorando por uma história.

    — O que você fez? – exigiu saber.

    Ele estava curioso demais para se conter e embora estivesse tentada a fazê-lo sofrer por causa da zoação com a comida, achei que essa era uma coisa que precisava dividir com ele o mais rápido possível.

    — Bom... Primeiro eu... botei fogo em uma pessoa porque estava com raiva. – Kieran arregalou os olhos e estava pronto para me surpreender quando meus olhos lhe disseram que não era exatamente uma pessoa. – Então eu estava presa em uma caverna no ar e fiz dois tornados pra tentar explodi-la e aí eu fiz a água voltar, não entrar na caverna.

    Kieran franziu as sobrancelhas e fez sinal para que esperasse. Soube que ele não estava entendendo muito bem, então esperei sua pergunta.

    — Te prenderam em uma caverna com água? – questionou.

    Concordei e respirei fundo. Eu tinha que falar isso o mais normalmente que conseguisse para não assustar muito o meu irmão.

    — Me prenderam em uma caverna no mar – elucidei-o. – Era para o nível do mar subir e me matar afogada. – E essa foi a maneira mais sutil que encontrei e, obviamente, o fez arregalar os olhos. – E eu fiz a água se retrair. Depois, quando a água estava tomando o lugar, eu fiz um tornado embaixo da água para conseguir respirar. Então as iaras

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1