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Origem da Sombra
Origem da Sombra
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E-book128 páginas1 hora

Origem da Sombra

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Sobre este e-book

A voz invadiu sua mente, soando em toda parte e em lugar nenhum, ensurdecedora e, de alguma forma, um sussurro:

- Está pronto para descobrir a verdade?

Herdeiro de um infame sindicato do crime, Vincent Wilder, aos dezesseis anos de idade, está determinado a ficar à altura do legado intimidante de seu pai e a expandir seu império violento. Os Wilders têm aterrorizado as ruas de Pabell há décadas e Vincent conhece as operações de cabo a rabo - e já sujou as mãos mais vezes do que consegue contar.

Mas não importa o quanto ele se julgue para tudo, nada poderia tê-lo preparado para a vida no comando. Seu pai era um homem de muitas facetas, mas segredos não eram uma delas. Ou ao menos era nisso que Vincent acreditava. Quanto mais ele se embrenha em seu papel de liderança, mais esqueletos aterrorizantes e inexplicáveis ele encontra.

Com a ameaça de uma revolução, uma voz misteriosa e intrusiva em sua mente e uma história há muito perdida, sobre a qual ele não sabe nada, conseguirá ele superar os desafios?

IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mar. de 2021
ISBN9781393492689
Origem da Sombra
Autor

D.M. Cain

D.M. Cain is a dystopian and fantasy author working for Next Chapter Publishing. The Light and Shadow Chronicles series features a range of books which can be read in any order. The series instalments to date include A Chronicle of Chaos, The Shield of Soren, Genesis of Light and Origin of Shadow.Cain has released one stand-alone novel: The Phoenix Project, a psychological thriller set in a dystopian future. The Phoenix Project was the winner of the 2016 Kindle Book Review Sci-Fi novel Award.Cain lives in Leicestershire, UK with her partner and two young children.

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    Pré-visualização do livro

    Origem da Sombra - D.M. Cain

    Esta é uma obre de ficção. Nomes, personagens, lugares, marcas, mídias e incidentes ou são fruto da imaginação da autora, ou são usados de forma fictícia. Qualquer semelhança com lugares com nomes parecidos ou pessoas, vivas ou mortas, não é intencional.

    Agradecimentos

    Agradeço aos meus bons amigos Sam, Catherine e Lee. Vocês sempre acreditaram em mim e apoiaram meus sonhos. Obrigada.

    Nota da Autora

    As Crônicas de Luz e Sombra se estendem por milhares de anos, e cada livro conta a história de um personagem na saga. Os livros podem ser lidos em qualquer ordem e os personagens entram e saem a cada volume. Um livro pode contar a história de um homem em sua idade adulta. O seguinte pode se passar depois de sua morte ou antes do seu nascimento.

    Organizar a história é com você – a ordem dos eventos não é importante.

    Mas cada nova história leva os diferentes caminhos da lenda para a mesma conclusão...

    A batalha final...

    O apocalipse.

    ––––––––

    Para aqueles que leram Crônicas do Caos:

    Esta história acontece cento e trinta e cinco anos antes dos eventos de Crônicas do Caos. Caos e seu pai, Raven Lennox, ainda levarão muito anos para nascer.

    Para aqueles que leram The Shield of Soren:

    Esta história acontece cem anos antes do nascimento de Soren Nitaya.

    Para aqueles que leram Genesis of Light:

    Esta história acontece em paralelo à história da jovem Callista Nienna e sua jornada por Alexiria.

    Capítulo Um

    O tique-taque do relógio soava mais alto do que deveria. Cada clique inócuo dos ponteiros reverberava pelo aposento. Vincent Wilder, de dezesseis anos de idade, estava em pé, perfeitamente imóvel, se certificando de que seu queixo estava erguido precisamente no ângulo correto. Se erguesse demais, iria parecer teimoso e arrogante, se erguesse muito pouco, podia muito bem simplesmente encarar o chão. O resto da expressão era mais fácil de controlar – uma feição dura como pedra sempre funcionava. Precisava parecer indiferente, como se esse tipo de coisa fosse uma ocorrência rotineira. O que era, ou pelo menos seria quando ele assumisse o posto de seu pai. Quando fosse sua vez de comandar, ele teria que estar tão acostumado com transações como aquela que não importaria o quão alto fosse o tique-taque do maldito relógio. Nada o perturbaria. Ele tentou esconder o fato de que seus dedos se contorciam nervosamente atrás de suas costas, dobrando e se esticando, percorrendo o braço de um violino invisível. Ele não sabia por que, mas a mera repetição de movimentos o acalmava. Enquanto recriava a magnífica 12ª sinfonia de Clinchino, entoava o mantra dos Wilder em sua mente. O mantra de sua família. Dever, honra, obrigação, reputação. Não adiantou em nada para aumentar sua confiança. Ele ainda se sentia uma fraude. Estreite seus olhos e estufe o peito. Ele sinceramente torcia para que o estivessem levando a sério o suficiente, ou ao menos tão a sério quanto sua aparência jovem permitia.

    Uma única gota de suor escorreu por sua testa, deixando uma trilha salgada em sua pele. Ele queria erguer a mão para enxugá-la, mas não ousava chamar atenção para o fato de que estava perspirando. Se vissem isso, será que pensariam que é um sinal de fraqueza? Pior ainda, será que seu pai veria isso como fraqueza? Então não fez nada e deixou a gota de suor continuar descendo pela sua testa até entrar em seu olho direito. Piscou para tentar se livrar da gota, mas sua visão ficou embaçada e seu olho começou a arder. Não pôde aguentar mais e foi obrigado a limpar com uma mão apressada.

    Sua visão clareou, e ninguém pareceu perceber o ocorrido. Talvez ele tivesse conseguido se safar. Soltou um suspiro invisível de alívio e aproveitou a oportunidade para relancear o olhar pela mesa e as pessoas sentadas ao redor dela. De um lado da mesa havia um casal na casa dos quarenta anos, os dois sentados bem perto um do outro, como se a proximidade lhes trouxesse conforto. Seus olhares, contudo, eram fortes e desafiadores, principalmente o da mulher. As mãos dela estavam estendidas sobre o tampo da mesa e ela se inclinava para frente, falando com determinação.

    O homem de rosto acinzentado ao seu lado estava em silêncio. Apesar da expressão dura em seu rosto, Vincent podia ver as mãos dele tremendo.

    De frente para eles estava Franco Wilder, o pai de Vincent. Antigamente, ele tinha uma cabeleira espessa, escura, longa e selvagem cascateando sobre seus ombros. Era assim que Vincent sempre pensava no seu pai, mas a figura que agora estava sentada diante dele mudara drasticamente nos últimos anos. Assim que o cabelo de Franco começara a rarear, ele raspara tudo, e cabeça careca fizera o homem mais aterrorizante que Vincent já conhecera ficar ainda mais intimidador.

    A postura de Franco era rígida e imóvel, uma cobra tesa prestes a dar o bote. Os olhos escuros, olhos que repreendiam Vincent desde a infância, agora estavam fixos no casal à sua frente. Não era de se espantar que as mãos do outro homem estivessem tremendo. Os dedos de seu pai estavam firmemente entrelaçados, mas Vincent sabia que levaria apenas uma fração de segundo para Franco puxar a faca de seu bolso oculto na coxa e entrar em ação. Ninguém conseguia empunhar uma faca com a mesma absoluta brutalidade de seu pai. Os músculos de Vincent estavam preparados demais, prontos para impeli-lo para uma luta. Se algo de fato acontecesse, o que certamente era uma possibilidade, seria assustador. Mas estaria mentindo se não admitisse que seria excitante também. Nunca relaxar perto de Franco Wilder: aprendera isso quando ainda era bem jovem.

    Um leve clique chamou sua atenção. Dimitri olhou para frente com o queixo exatamente no ângulo que Vincent estivera praticando. Como ele consegue fazer isso direito todas as vezes? Isso teria irritado Vincent, mas Dimitri era seu amigo desde a infância e era uma ótima pessoa para se ter por perto em um conflito, então ele deixou passar. Aquele clique inócuo, provavelmente inaudível para qualquer outra pessoa no aposento, era uma garantia discreta de que ele apoiaria Vincent. Só por precaução. Foi um gesto bastante apreciado.

    - Amanhã à noite? Não – a voz de Franco era firme. Muitos clientes teriam se encolhido diante de seu olhar intenso, mas aquela mulher manteve a cabeça erguida, sem desviar o olhar.

    - Então você não quer realmente fazer negócios comigo. Foi um prazer negociar com você, Sr. Wilder – ela se levantou, ajeitando as vestes justas de cor cinza.

    - Esperem. Sra. Nienna, Sr. Nienna. Tenho certeza de que podemos chegar a algum tipo de acordo.

    Vincent quase engasgou. Não podia acreditar no que estava vendo e ouvindo. Franco não se acovardava diante de ninguém. Qual era o plano do seu pai?

    Os modos aparentemente calmos de Franco teriam convencido muitos de que ele estava sendo submisso, sincero em seu apelo, mas não enganaram Vincent. Ele viu a forma como os dedos do seu pai tamborilaram no tampo da mesa. Viu os ombros anormalmente tensos de um homem que estava no controle de qualquer situação. A mulher Nienna ainda não tinha se sentado novamente e erguia-se de forma altiva sobre Franco, como se estivesse tentando dominá-lo.

    Calafrios percorreram a espinha de Vincent. Ele estava arrepiado com o desejo de ensinar a ela uma lição sobre respeito, sobre honra dos Wilder. Dever, honra, obrigação, reputação. Como ela ousa ser condescendente com o maior homem que este país já conheceu?

    Aquele mesmo ar convencido e arrogante de sua pose permeava a voz dela:

    - Eu quero dois caixotes de Sarro e vou pagar oito mil moedas, mas tem que ser amanhã. Preciso garantir que vou pegar os barcos a tempo se eu quiser o máximo de distribuição. E como é que alguém em Pabell vai ter um gostinho do Sarro Wilder se as tavernas e as docas ficarem sem nada?

    Com um sorriso educado em seu rosto e sua cabeça inclinada para o lado, Franco parecia estar considerando a oferta dela, mas Vincent viu a escuridão nos olhos do pai. Franco não tinha qualquer intenção de aceitar a transação da droga, Vincent apostaria todas as economias da família naquele fato.

    - É claro, normalmente eu desentranharia alguém por simplesmente sugerir tamanho insulto para o nome da nossa família. Oito mil é uma merreca até mesmo para um caixote do intoxicante mais forte

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