Introdução à Filosofia e especialmente à metafísica
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Introdução à Filosofia e especialmente à metafísica - Juan Manuel Ortí y Lara, Lucas Daniel Tomáz de Aquino (Tradutor)
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
E ESPECIALMENTE À METAFÍSICA
OPÚSCULO
Juan Manuel Ortí y Lara
Tradução: Lucas Daniel Tomáz de Aquino
Introdução
Embora, todavia, lhe falte mais alguns retoques e um perfil a esta sumária Introdução, e mais o tempo apertado, apresso-me a publicá-la em favor principalmente de meus alunos, oferecendo-lhes nela por escrito os mesmos conceitos que eu tenho a honra de explicar-lhes em aulas. Não haverá de parecer-lhes portanto novo o que têm ouvido tão atentamente; e ainda posso adicionar, que como a verdade, que não se muda, assim é antiga e rançosa a doutrina colhida nestas breves páginas depois de tê-la bebido seu autor de fontes que não cessarão nunca de fluir para os que amam e cultivam a verdadeira ciência, hoje tão apreciada de nome como vilipendiada por muitos que a tem sempre nos lábios.
O único que há aqui de novo, o modo de organizar, é para ilustrar o ânimo do que estuda, para que veja clara e distintamente quase que com uma só olhada, o belo e grande horizonte da mais sublime entre todas as ciências humanas, e para que conceba para ela a estima e afeição que pede naturalmente seu estudo. Com tal intento eu antecipei nesta introdução noções que pertencem à lógica, mas que aqui caem muito bem e ainda são necessárias para entender que a Filosofia em geral, e a Metafísica em particular, tocam ao mais nobre e elevado a que se pode elevar-se nosso entendimento; que contém por modo eminente o ser e a dignidade de verdadeiras ciências; e que quem despreza a Filosofia, despreza também a mais sublime de todas elas, rainha das puramente naturais, e ainda despreza a razão humana, que se eleva ao conhecimento das causas supremas das coisas.
Recebam pois meus alunos este modesto ensaio, trabalhado com singular esmero depois de longos anos dedicados à docência; recebem-no como eu tinha certeza do desejo que sinto por seu bem e perfeição em ordem do pensamento especulativo, isento das sombras com que se escurecem e corrompem o panteísmo e o positivismo, inimigos ambos, em um disfarçado e o outro descoberto, de sabedoria; recebam em suma estas poucas páginas, com o espírito que as têm ditado: que de sorte, fecundados os germes que elas possuem, e com textos e explicações convenientes, se converterão ao fim, mediante o favor divino, em frutos colhidos de puro e saudável ensino.
Juan Manuel Ortí y Lara.
I
FILOSOFIA EM GERAL
Definição nominal da Filosofia.
A palavra Filosofia, grega de origem (Φιλοσοφία), significa amor à sabedoria, ou como traduz Cícero¹, studium sapientiae. Sêneca a definiu, atendendo também à etimologia desse nome, sapientiae amor et affectatio;² e São João Damasceno definiu, por sua vez, o amor da sabedoria³. Quid est philosophia?, pergunta Santo Agostinho e logo responde: Amor sapientiae⁴.
2. Origem da palavra filósofo.
Conta Cícero, referindo-se a Heráclides⁵, platônico da primeira Academia, que perguntado Pitágoras por Leonte, rei dos filiacos, admirado com sua sabedoria, pela arte ou pela ciência que professava, respondeu que não era ninguém em particular, senão unicamente um filósofo (φιλόσοφος). Este foi mais tarde o nome que tomaram os que se dedicavam a investigar as mais altas verdades da ciência, em lugar do nome sábios com que antes eram conhecidos.
3. O que os antigos entendiam por sabedoria.
Os antigos filósofos entendiam por sabedoria o conhecimento de todas as coisas e de todas as suas propriedades, tanto as mais gerais quanto as mais particulares; quer dizer, a sabedoria era para eles a soma ou conjunto de todas as ciências, carecendo, portanto, de verdadeira unidade. Tomada neste sentido, não podiam conhecer; a nenhum homem lhe era possível alcançar a sabedoria⁶, e sobre tal conceito disse Pitágoras a Leonte, que só Deus é verdadeiramente sábio⁷. Mas Sócrates e Platão, e sobretudo Aristóteles, fixaram para sempre o sentido da palavra sabedoria, dizendo que o hábito por ela significada versa sobre as causas e princípios primeiros, sapientiam omnum opinione versari circa primas causas et principia⁸; e em outro lugar adiciona, que a sabedoria deve de contemplar os primeiros princípios e causas, oportet illam esse contemplatricem primorum principiorum atque causarum⁹. Vem a ser, pois, a sabedoria uma ciência mais perfeita que as demais ciências, e a obter um conhecimento muito superior a elas; e assim, como ciência que é, nos fará conhecer o conceito que deveríamos ter de ciência em geral.
4. O que é ciência.
Entende-se por ciência o conhecimento verdadeiro, certo e evidente de seu respectivo objeto pelas causas ou razões dele: cognitio vera, certa et evidens ex propriis causis rei genita. A palavra conhecimento expressa o gênero remoto a que pertence toda ciência, a qual, com efeito, se distingue do conhecimento como a espécie de seu respectivo gênero remoto. Diz-se conhecimento verdadeiro para excluir do erro do conceito de ciência; certo para distinguir o conhecimento científico da opinião, que é incerta; evidente, porque não se confunde a ciência com a fé, que embora verdadeira e certa, é obscura; e por último, diz-se por suas próprias causas, para excluir da ciência o