O dançar das nuvens no céu

De Raniely Luzia

O "dançar das nuvens no céu", mais do que a ressignificação de um trauma, é a história da própria vida. Os poemas têm cheiro de grama depois da chuva e som do galo cantando pela manhã. É conexão com a natureza e reencontro com o interior. Essa obra é dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo, mais doloroso, a ferida aberta de uma fatalidade. No segundo, mais esperançoso, a recuperação e um novo olhar para a vida. Esse livro é uma reunião com a natureza, é pura sinestesia e desabafo. É um relato feito por quem vê a vida com olhares da vida vivida, daquela que observa os pássaros, as flores que nascem no caminho e as nuvens que dançam no céu. As nuvens são matéria dessa poesia e tem um papel essencial na obra. Elas dançam e veem tudo. Demonstram que a vida não tem fim e que há uma maneira de lidar com as adversidades. É a própria simbologia do tempo, que caminha com sua própria correnteza e com sua própria dança.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 21 de fev. de 2022
• ISBN: 9786525406909

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Prefácio

Uma história da vida. Uma vida que foi interceptada por uma fatalidade. A história contada em poemas cantados e não rimados. A minha vida e a de muitas outras pessoas. Uma história de trauma e de sofrimento. A tristeza pela perda de uma vida. No entanto, é também uma história de superação, de luta, de busca por tratamentos. Senti na pele a angústia da fatalidade, da vida, do respirar. A dor. O descaso. O julgamento. Também pude ver que ainda há esperança. Esperança na compaixão de quem ainda mantém uma luz no peito. De quem respeita. De quem cuida. Nessa história, há a presença do chão e do celestial, da natureza em toda sua vida. Do ínfimo e do grandioso. É um relato do que está no palco e do que está nas coxias. Essa obra é o reencontro com a vida vivida.

Parte um

A nuvem que faz desaparecer o sol

I

Uma fatalidade mudou meu entendimento do mundo

Mudou meu esperar da vida

Vida breve passageira

Só de passagem

II

Palavras agressivas

Uma dissonância de ruídos

As árvores estarrecidas

O desrespeito ao luto

O ar parado

O tempo que passa e fica imóvel

As nuvens, no entanto, permanecem em sua dança

Queria eu ser como as nuvens

Queria eu ser como