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Sempre beberemos chá
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Sempre beberemos chá
E-book47 páginas31 minutos

Sempre beberemos chá

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Sobre este e-book

“Sempre beberemos chá & outras histórias” é uma coleção de beleza discreta que entrará de mansinho na sua vida e ficará para sempre com você. Os diversos personagens incluem um casal de idosos, um bebê-anjo e um faxineiro escolar cujas histórias estão conectadas pela curiosidade pela vida e pelo drama que se desenrola quando a exploram.

Em “Sempre beberemos chá”, Derek acredita estar recebendo mensagens da falecida esposa, Deirdre, através do hábito rotineiro da preparação de chá. Esta contemplação sobre o amor revela uma vida rica, mas que, ainda assim, poderia ter sido facilmente ignorada.

O conto gótico, “Nascido de Thosalus”, se passa em uma cidade periférica no Caribe, que sofre uma transformação quando um bebê-anjo cai do céu e vira o assunto da comunidade. Contada pelos olhos do garotinho Thosalus, que vê a vida como uma série de desafios, o conto celebra o poder da individualidade – mesmo que isso signifique deixar outra pessoa roubar o holofote.

Como seria a vida sem um pouco de travessura? Talvez muito mais simples para o faxineiro problemático em “O toque da Ménade”, que se apaixona por uma mulher que vive pela confusão. Um conto grosseiro de advertência, em que cada reviravolta revela uma nova depravação em uma escola de ensino médio americana, onde um estudante inusitado vira o centro das atenções.

Essas histórias lançam um olhar sinuoso para a vida, chamando todos que estejam dispostos a serem levados por elas a tirarem um momento e verem o que podem ter pedido – no silêncio, nos cantos mal iluminados e naquela última gota de chá.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento22 de jan. de 2022
ISBN9781667424903
Sempre beberemos chá

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    Sempre beberemos chá - Rajendra Shepherd

    Sempre beberemos chá

    & outras histórias

    ––––––––

    Por

    Rajendra Shepherd

    Primeira edição 2021. © Rajendra Shepherd

    Todos os direitos reservados. Esta publicação não pode ser reproduzida, mantida em sistemas de armazenamento ou compartilhada de qualquer forma ou maneira sem autorização prévia do autor. rajendrashepherd@hotmail.com

    Conteúdo

    ––––––––

    Sempre beberemos chá  5

    Nascido de Thosalus   16

    O toque da Ménade   24

    Sempre beberemos chá.

    Entre Derek e Deirdre sempre haveria chá...

    Desde a morte da esposa, Derek nunca parou de conversar com ela e se perguntava o que ele gostaria de fazer quando morresse. O açúcar derramado na mesa da cozinha tinha se espalhado e, pensou ele, se reorganizado, talvez não acidentalmente, em uma forma que parecia o rosto de Deirdre. A esposa falecida sempre o mandava sinais, mas Derek queria ter certeza; ter certeza de que não estaria apenas imaginando coisas. Analisando cada grão, decidiria se era a coincidência, ou o destino, que estava propiciando a mensagem. Apenas então anotaria a data, o incidente e os detalhes do comentário feito por ela sobre a vida do casal.

    Se isso fosse entrar no livreto dele – que era mantido na gaveta esquerda do gabinete da cozinha durante o dia –, Derek anotaria, em sua caligrafia experiente, que Deirdre (quem, agora, teria 85 anos, caso não tivesse morrido cinco anos antes por conta de um coração cansado) havia falado com ele enquanto o marido preparava uma xícara de chá; e que, sentado à mesa em uma tarde de junho, naquela silenciosa rua sem saída do subúrbio, ela sinalizara que queria chá e que, portanto, ainda o amava.

    Quando Margaret descobrisse, mais tarde, aquele livreto, junto com o punhado de outros livretos que ocuparam os dias de Derek, a filha do casal choraria, em um primeiro momento, devagarinho, depois, com balbucios e ranho, com risos, ao perceber como, por anos, o pai havia comentado sobre os seus dias com as mensagens recebidas da mãe. A filha questionaria se estas eram verdadeiras – assim como o pai havia indicado que as tinha visto e questionado a possibilidade de uma pessoa se comunicar do além –, mas seria avassalada por grandes ondas de emoção que se refastelariam pelo detalhamento que Derek havia incorporado naquelas mensagens e pela deliberação de sua caligrafia, sempre a lápis, sempre assinando com as iniciais DK, como se mais alguém também pudesse escrever no livreto e como se Derek não quisesse que um leitor (ou ele próprio) se confundisse quanto a quem havia escrito o quê. Ela ouviria a voz do pai ao ler as suas palavras. Deirdre amou as novas torradas no café da manhã, ou "Deirdre disse que os homens do

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