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Uma herdeira para o rei
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Uma herdeira para o rei
E-book182 páginas2 horas

Uma herdeira para o rei

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Sobre este e-book

MINISERIE SABRINA 128
Manteve a herdeira real em segredo… mas fará da sua mãe a sua rainha mesmo que não queira.
O príncipe Casimir de Byzenmaach não conseguia tirar Anastasia Douglas da cabeça. Deixou-se levar por ela e, durante algum tempo, esqueceu os seus deveres reais.
Sete anos mais tarde, devia casar-se e, ao investigar a inesquecível Anastasia, descobriu que ela lhe tinha ocultado que tivera uma filha dele. Ele não pararia por nada até que tivesse as duas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2022
ISBN9788411412568
Uma herdeira para o rei
Autor

Kelly Hunter

Kelly Hunter has always had a weakness for fairytales, fantasy worlds, and losing herself in a good book. She is married with two children, avoids cooking and cleaning, and despite the best efforts of her family, is no sports fan! Kelly is however, a keen gardener and has a fondness for roses. Kelly was born in Australia and has travelled extensively. Although she enjoys living and working in different parts of the world, she still calls Australia home.

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    Pré-visualização do livro

    Uma herdeira para o rei - Kelly Hunter

    Editado pela Harlequin Ibérica.

    Uma divisão da HarperCollins Ibérica, S.A.

    Avenida de Burgos, 8B - Planta 18

    28036 Madrid

    © 2018 Kelly Hunter

    © 2022 Harlequin Ibérica, uma divisão da HarperCollins Ibérica, S.A.

    Uma herdeira para o rei, n.º 128 - outubro 2022

    Título original: Shock Heir for the Crown Prince

    Publicado originalmente pela Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização da Harlequin Books, S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos comerciais, acontecimentos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas pertencentes à Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e pelas suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem da capa utilizada com a permissão da Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    ISBN: 978-84-1141-256-8

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Prólogo

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Epílogo

    Se gostou deste livro…

    Prólogo

    Casimir, o príncipe herdeiro de Byzenmaach, acordou com uma mulher na cabeça e uma dor nas entranhas. Virou-se para se deitar de costas e resmungou quando o lençol grosso de algodão lhe tocou de tal maneira que fez com que mexesse as ancas…

    Demorou mais do que o habitual a afastar essas lembranças de quando fora para a cama com ela. Levantou-se da cama nu e percorreu os tapetes de seda antiga até à porta que dava para o muro que levava aos banhos, uma extravagância de mármore branco e com uma cúpula que teria sido do agrado dos gladiadores romanos.

    Sentiu o ar frio assim que abriu as portas imensas e acabou de acordar. Era pleno verão em Byzenmaach, mas, nas montanhas nevadas do norte, estava sempre um frio invernal. Gostava de sentir o frio na pele para que a entrada na piscina de água quente fosse ainda mais agradável. Nada lhe aliviava a tensão e esclarecia cabeça como estar cinco minutos por baixo da cascata artificial que havia num extremo da piscina e outros cinco submerso nas águas silenciosas do extremo oposto. Esses banhos eram um dos motivos principais por que a fortaleza remota era a sua residência habitual.

    Não discutia que o etiquetassem de hedonista e a busca de prazer era parte essencial da sua natureza.

    Não era a única coisa.

    Ana, a mulher que não conseguia tirar da cabeça, fora um erro de juventude, uma loucura hedonista que nunca parara de o perseguir. Ela era uma estudante de línguas que vivia em Genebra e ele voltava ao seu país, cansado das conversas oficiais. O bar onde se tinham conhecido chamava-se O veado e o tonel.

    Quem se lembrava dessas coisas sete anos depois?

    Como era possível que, sete anos depois, o seu corpo ainda pensasse em Anastasia Douglas quando precisava… de se aliviar? Como era possível que ainda se lembrasse de como gostava do café quando tinha de recordar imensas coisas mais importantes? Duplo, simples, com um torrão de açúcar e quase a ferver.

    O cabelo, como uma nuvem preta emaranhada, emoldurava o rosto delicado enquanto suspirava de prazer ou soprava para que o café arrefecesse um pouco antes de o levar aos lábios.

    As coisas que conseguia fazer com a boca… Tremeu e não foi por causa do frio da madrugada.

    Houvera algo no ar e na água na noite em que a conhecera, algo que fizera com que se comportasse com um relaxamento maior do que a habitual. Dera o primeiro passo, usara toda a sua sensualidade e tinham acabado nus no seu apartamento minúsculo de estudante nos subúrbios da cidade. Passara a noite com ela e não se fora embora na manhã seguinte, ficara mais outras quatro noites e esquecera tudo o que não fosse ela, conhecê-la e amá-la e entrar na sua vida sem encontrar resistência.

    Monopolizara as suas noites e infiltrara-se nos seus dias.

    Deitaram-se ao sol num parque com a cabeça dela apoiada na barriga enquanto lia poesia russa num russo impecável primeiro e em inglês depois. Dominava as duas línguas por igual ou, pelo menos, era o que dizia, graças à sua mãe russa e ao seu pai inglês, mas as suas traduções tinham sido confusas.

    Segundo ela, a poesia russa não estava escrita para ser lida em inglês, o que fazia com que ele se questionasse porque tentava algo que era impossível. Respondera-lhe que queria ser intérprete, talvez no Parlamento Europeu ou na ONU, e que tinha de ser a melhor de entre as melhores, que estava a praticar.

    Ela partilhara com ele as suas ambições, as suas metas, o seu corpo e a sua casa. Ele não partilhara quase nada com ela. Ela não soubera que ele era o príncipe herdeiro de Byzenmaach, que tinha uma linhagem impoluta e que tinha aviões privados e castelos nas montanhas. Não lhe contara que era Casimir, filho cumpridor, herdeiro ao trono e estudante de política desde que pudera sentar-se ao colo do seu pai e ouvir.

    Durante quatro dias e cinco noites, não fora Casimir, que tinha uma mãe e uma irmã falecidas, um pai doente e responsabilidades para as quais não estivera preparado. Chamara-se Cas, só Cas, e ser só Cas fora muito libertador.

    Talvez fosse por isso que continuava a pensar em Anastasia Douglas. Os seus suspiros sonoros, a suavidade da sua pele, a sua forma de o rodear com as pernas e os braços… Era possível que a tivesse identificado com a liberdade ou com uma miragem da liberdade. Era possível que ainda restasse no seu subconsciente a lembrança da vontade de escolher o seu próprio caminho, embora tivesse aceitado há muito as suas responsabilidades como príncipe.

    A água tinha reflexos azuis e prateados à luz ténue do amanhecer. O vapor elevava-se para a cúpula e resmungou de prazer quando pôs um pé na água quente. Gostava que a água estivesse tão quente que quase não conseguia suportá-la… como Ana gostava do café.

    Entrou até a água lhe chegar às coxas, embora o ar frio e a água quente não mitigassem a ereção.

    Em breve, pediria a mão da princesa Moriana de Arun, um principado vizinho. Moriana era inteligente, culta, conhecedora dos assuntos de Estado e estava incrivelmente bem relacionada. Não seria um casamento por amor, mas também não o rejeitaria. Sabia que Moriana seria benéfica para ele e para Byzenmaach.

    Moriana, não Anastasia.

    Tentou desviar os pensamentos, mas era inútil, Ana ganhava sempre.

    Virou-se, saiu da piscina e foi tomar um duche, que estava meio escondido numa entrada de mármore junto da porta mais afastada. Abriu as torneiras para ajustar a temperatura e deixou que caíssem umas gotas antes de se pôr por baixo. Pegou em óleo para o corpo em vez de sabonete e… aliviou-se com a mão.

    Talvez devesse descobrir o que Anastasia estava a fazer naquele momento para tentar tirá-la da cabeça. Talvez estivesse casada e contente com o seu marido e alguns filhos. Talvez já não fosse a mulher que amara Cas, não Casimir, e desejara que fosse feliz.

    Lembranças novas, lembranças menores, para substituir as que ainda o perseguiam. Ana sorridente e saciada com essa pele como o alabastro e o cabelo sedoso; Ana de joelhos à frente dele, que murmurava «mais» e «por favor»; Ana com essa sensualidade enorme que despertava a dele…

    Sem pressões, sem ter de pensar na sua reputação, sem exigências ou expectativas. O prazer pelo prazer. Umas mãos e uns lábios destros que sabiam o que tinham de fazer, palavras apaixonadas que entendia com a alma, embora as palavras em si fossem um mistério para ele.

    Podia lembrar-se disso, embora não pudesse fazer mais nada. Fechou os olhos, levantou a cara por baixo da água e deixou que as lembranças se apropriassem dele.

    Capítulo 1

    – Alteza, dá-me um minuto?

    Casimir levantou o olhar dos papéis que tinha na mesa e fez um gesto com a cabeça para que Rudolpho entrasse. O assessor principal do rei parecia mais incomodado do que de costume, mas não era de estranhar, dado que o rei, o pai de Casimir, estava a morrer. Para Rudolpho, que era muito leal, a mudança de poder de Leonidas para Casimir estava a ser um processo desagradável. Quer fosse o príncipe herdeiro ou não, Rudolpho era, acima de tudo, um incondicional do rei e não gostava de todas as mudanças que Casimir queria introduzir.

    Em breve, Casimir teria de abandonar a fortaleza de inverno e instalar-se permanentemente no palácio da capital e também deixaria de presenciar a partida irrevogável do seu pai para a morte. O seu pai e ele não eram muito unidos. Uma parte dele, muito considerável, detestava-o, outra, compadecia-se e uma terceira, minúscula, procurava a sua aprovação.

    Rudolpho estava mais rígido do que de costume. Alguma coisa estava mal.

    – Alguma notícia do meu pai?

    – Passou uma tarde agradável. A morfina ajuda e já está a dormir. – Rudolpho aproximou-se da mesa sem parar de olhar para os montes de papéis que havia ao lado do computador portátil. – Tem de delegar parte do trabalho…

    – Vou fazê-lo assim que entender exatamente o que estou a delegar. – Algumas das suas tarefas eram uma novidade para ele e era muito meticuloso. – Achava que tinhas ido para o palácio há muito tempo…

    Rudolpho deixou um envelope amarelo na mesa como se lhe queimasse a mão.

    – Chegou o relatório que pediu sobre a Anastasia Douglas. Tomei a liberdade de o abrir.

    – Abres tudo.

    – E nem todos os relatórios que vejo me deixam com falta de ar. Sabia?

    A voz do homem mais velho adotara um tom firme e preciso, mas Casimir também se apercebera de algo que não conseguia identificar. Medo? Desespero? Desilusão?

    – O que devia saber?

    – Estarei no meu escritório.

    Rudolpho virou-se e foi-se embora, com as costas muito direitas por causa do desagrado.

    Era desilusão. Casimir olhou para o envelope com receio.

    Lembranças novas para substituir as antigas, recordou-se, num tom sombrio. Era para pôr um ponto final, não por curiosidade. Não tinha de se preocupar, fora ele que o pedira.

    Então, porque é que a mão lhe tremeu quando pegou no envelope e tirou o que havia lá dentro?

    Havia fotografias, muitas fotografias e a primeira era um primeiro plano da cara de Ana. Uma cara ovalada com a testa ampla e o queixo em bico, com uns olhos cativantes e uns lábios que prometiam o êxtase, com umas sobrancelhas e umas pestanas pretas e espessas que faziam com que os seus olhos azuis fossem mais fascinantes. Naquela fotografia, tinha o cabelo apanhado num rabo de cavalo. Na fotografia seguinte, caía-lhe, ondulado, à volta do pescoço e por cima dos ombros. Era um rosto que deixaria qualquer homem com falta de ar. Casimir levou uma mão à cara e esfregou-a, antes de passar para a fotografia seguinte.

    Estava mais bela e não o surpreendia.

    A fotografia seguinte era de Ana a andar depressa, a julgar pela posição do corpo, com uma saia cinzento-escura, casaco e uma mala ao ombro esquerdo. Parecia vestida para ir trabalhar e havia outras duas fotografias com uma vestimenta parecida.

    Outra fotografia mostrava-a com calças de ganga e uma t-shirt cor-de-rosa de manga curta. Estava à frente da porta de uma escola com uma menina ao lado. O fotógrafo tirara a fotografia por trás, enquanto Ana ajustava a alça da mochila da menina. Então, era mãe… Alegrou-se por ela. Certamente, teria um marido para amar e uma vida familiar sólida. Olhou para a sua mão para ver se tinha um anel, mas a fotografia não permitia ver tantos detalhes.

    A fotografia seguinte era uma fotografia de estúdio da menina na escola. Então, o mundo parou e o olhar toldou-se. Não… Sim.

    Casimir tivera uma irmã durante sete anos, uma irmã três anos mais nova do que ele. Até os rebeldes do norte a levarem e a matarem quando o seu pai não cedera às suas exigências. Tinham-lhes mandado algumas partes do seu corpo para o provar.

    A mãe nunca recuperara e suicidara-se um ano depois. Deixara o marido e o filho sozinhos.

    Cas e o pai não falavam disso. Nunca tinham falado e, certamente, nunca falariam. Nem tinham pensado em psicólogos, pois era demasiado arriscado deixar que alguém entrasse na cabeça

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