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Seja você mesma e respire sua missão: Uma jornada de aceitação e liberdade
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Seja você mesma e respire sua missão: Uma jornada de aceitação e liberdade
E-book207 páginas4 horas

Seja você mesma e respire sua missão: Uma jornada de aceitação e liberdade

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Sobre este e-book

Seja você mesma e respire sua missão é um mergulho. Um mergulho corajoso no autoconhecimento. Afinal, olhar de verdade para dentro de si requer muita valentia, pois não é apenas luz que encontramos: também precisamos encarar nossas sombras quando queremos nos conhecer verdadeiramente.
Por meio de relatos vulneráveis e sinceros sobre dores muito comuns e reais, a partir da sua própria história de vida e de transformação, Bruna Campelo olhará nos seus olhos mesmo quando estiver doendo e lhe dará as mãos quando você estiver com medo de mergulhar mais.
Um livro para você finalmente ver que não é a única pessoa que se sente dessa forma, que não está sozinha e que, sim, é possível mergulhar com amorosidade e acolhimento no autoconhecimento, mesmo quando dói.

Projeto gráfico e ilustrações de Juliana Braga.
IdiomaPortuguês
EditoraSkoobooks
Data de lançamento22 de jan. de 2022
ISBN9786587039367
Seja você mesma e respire sua missão: Uma jornada de aceitação e liberdade

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    Seja você mesma e respire sua missão - Bruna Campelo

    Parte 1: IntegraçãoCapítulo 1: Inteira. Aquilo com que não. “Aquilo com que não podemos conviver não nos deixará ser inteiros” (Debbie Ford)

    A reconhecida escritora e líder espiritual Marianne Williamson tem uma famosa frase que diz: Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. É sermos poderosos além da medida. É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta.

    Mas de que Luz é essa que ela está falando? A Luz é aquilo que aparece quando iluminamos um quarto escuro. A Luz é tudo aquilo que acontece quando passamos a integrar nossa escuridão. Mas como vamos integrar a escuridão sem mergulhar nela? Como vamos acender a Luz do quarto escuro, se não ousarmos ao menos caminhar na direção dele?

    Nós praticamente esfregamos na cara das outras pessoas aquilo que achamos bom e bonito, quase como uma justificativa para sermos aceitos e amados. Em época de redes sociais, então, isso se torna mais fácil ainda. Bastam alguns cliques.

    Você já percebeu o quanto a mídia nos passa a ideia de que devemos ser perfeitos? Apesar de ver alguns movimentos específicos (vejo muito isso no Instagram, mas partindo principalmente de pessoas comuns), nas grandes mídias ainda vemos muito a barriga dos sonhos, o namorado ideal, a roupa certa para a estação, a base perfeita que cobre todas as imperfeições etc.

    Diante de tudo isso, como não nos cobraríamos também essa maldita perfeição? Ainda mais quando passamos tantos anos da nossa vida ouvindo dos nossos pais por que não tirou 10? quando você mostra a sua prova com um grande 9 dado pelo professor; quando somos obrigados a fazer as atividades que nossos pais sonharam tanto em fazer e não tiveram oportunidade, então precisamos dar o nosso melhor, realizando os sonhos deles; quando éramos comparados com primos, vizinhos e amigos da escola, porque éramos melhores naquilo, mas piores naquilo outro… Escrevo tudo isso com o coração cheio de compreensão e compaixão pelos meus pais que, hoje sei, estavam dando o seu melhor, mas é claro que isso tudo nos transmite muitas verdades sobre perfeição. No entanto, precisamos ter muita coragem para conseguir encará-las para, só então, sermos capazes de derrubar nossas próprias ilusões.

    A Bruna boazinha que eu comentei no início era uma Bruna que fazia o que os outros diziam que era certo, desde seguir o recomendado quarteto escola-faculdade-trabalho-crescer no trabalho até alisar o meu cabelo durante sete anos para ser parecida com todo mundo, e muito mais que você vai saber lendo este livro se tiver coragem de encarar minhas sombras (digo isso porque ver alguém mostrar suas sombras é reconhecer que também as temos, e nem todos querem isso nesse momento – e tudo bem).

    Aquela era a minha tentativa de brilhar minha Luz… É o que a grande maioria de nós faz quase o tempo inteiro. Só tinha um problema: o que eu estava fazendo, na verdade, era esconder aquilo que julgava como minhas sombras.

    Sempre fui muito curiosa, desde bem pequena, especialmente sobre mim mesma. Com 16 anos, quis começar a fazer terapia. Andava intrigada com a questão: O que eu vim fazer aqui?. Não… Não em casa ou na escola. Aqui na Terra mesmo. Minha mãe não deixou (não entendia ainda minha Lua em Peixes, né, mãe?). Ela disse que, quando tivesse 18 anos, eu poderia fazer se ainda quisesse, porque já seria adulta. Capricorniana determinada que sou, em menos de um mês após meu aniversário de 18 anos, comecei uma jornada linda e desafiadora, que recentemente completou 14 anos. Passei por diversos tipos de linhas terapêuticas, iniciando na psicanálise em grupo, seguindo para a psicanálise individual, e me transformando tanto a ponto de passar para a Gestalt-Terapia, que é uma linha muito diferente das anteriores. Com o tempo, os caminhos se abriram, e o Sagrado Feminino entrou na minha vida… Sem contar Hipnoterapia, ThetaHealing, Alinhamento Energético, Coaching, Treinamentos de Programação Neurolinguística, Imersões de Cura da minha Criança Interior, Leitura de Aura, Terapia Ayurvédica, Florais, Neurossemântica, Terapia Intuitiva e várias outras…

    Todos esses anos olhando profundamente para dentro de mim foram e são, ao mesmo tempo, maravilhosos e desafiadores. Digamos que ser uma buscadora (usar um rótulo às vezes torna mais fácil a compreensão) me fez crescer em todos os sentidos e expandir minha consciência de forma inimaginável a partir, especialmente, dos meus 16 anos. No entanto, não é sempre fácil. Pelo contrário, boa parte desse processo gerou muita dor em mim. Reconhecer que você não é quem pensa ser e que você também é aquilo que diz não ser… nossa, é complicado! Quem faz terapia de verdade (e não apenas comparece nas sessões) me entende, posso apostar… E quem não faz, mas tem um verdadeiro e profundo compromisso de se mergulhar internamente, também sabe do que estou falando.

    Esse mergulho me levou a questionar muitas verdades absolutas que eu carregava até então, tudo que eu achava que era o certo começava, pouco a pouco, a cair por terra. Afinal, o que era o certo e o errado? Fui, aos poucos, descobrindo que o certo é o certo de cada um. Que minha verdade é legítima, somente por ser minha verdade única. E que cada pessoa tem sua verdade e, se desejar, pode sim vivê-la. E o mais incrível (ou doido, ou os dois!) é que, quando comecei de verdade esse processo de integrar todas as minhas partes, Luz e Sombra, dentro de mim, pessoas de diferentes lugares e diferentes contextos repetiam uma coisa pra mim: Você é Luz!.

    Nossa Luz é exatamente isso: tudo aquilo que somos em Essência. É quando não tentamos mais esconder certas partes. Pense comigo: se você entra em um quarto totalmente escuro com uma lanterna acesa na mão buscando por algo, só consegue ver aos pouquinhos o quarto, mas pelo menos enxerga. E quando entra em um quarto totalmente escuro e liga a luz? A escuridão desaparece. Tudo o que existia continua lá, só que não mais no escuro. É apenas Luz. Isso somos nós. A Luz que brilha internamente não é o oposto das nossas sombras, mas sim justamente a soma dos nossos recursos e qualidades com as nossas dificuldades, medos, tristezas… Essa é a nossa verdadeira Luz, e não aquilo que tentamos esfregar na cara dos outros, como a inteligência, a esperteza ou a beleza, achando que é o que vai nos garantir aceitação, afeto e amor.

    Epa! Então é quando integro tudo que faz parte da minha humanidade, acolhendo e aceitando que eu sou tudo, tudo, tudo, então brilho realmente minha Luz, minha Verdade, minha Essência? É quando me permito fluir por todas as minhas emoções e características que verdadeiramente sou quem nasci para ser, e assim me aproximo de viver uma vida com verdadeiro Propósito e Sentido? Está aí! É isso que quero mais e mais.

    Como seres humanos, qual é, então, o verdadeiro sentido de perfeição? Ainda estou em processo de encontrar a resposta para essa pergunta na minha própria existência. E, para ser sincera, sinto que apenas o fato de querer encontrar uma resposta para isso é coisa de uma parte de mim que ainda busca a perfeição. E tudo bem. Aceito e acolho isso hoje. Mas nem sempre foi assim. Eu realmente lutava muito para ser perfeita, em todos os sentidos. Inclusive, quando um namorado queria discutir na frente de alguém, eu simplesmente sorria e engolia todas as minhas palavras (e, com isso, sentimentos e sensações) para não mostrar um relacionamento não perfeito para as pessoas presentes.

    Nesse processo de desapegar da perfeição na minha vida, contei com diversos processos de Terapia, Coaching, Terapias Holísticas e muita, mas muita, meditação. Hoje, já começo a compreender (e a sentir, especialmente) que a minha perfeição não reside nessa dimensão.

    Cada vez que erro, mesmo com uma ótima intenção por trás; cada vez que uso palavras inadequadas e disfuncionais, contra mim ou contra outras pessoas; cada vez que ainda olho no espelho julgando aquilo que vejo, acolho isso tudo, estou me permitindo ser imperfeita. E isso me traz mais calma na alma.

    Vê? São coisas muito simples, do nosso dia a dia, que fazem toda a diferença. Em um dos cursos que fiz na Califórnia, Brendon Burchard, um dos maiores Coaches e Treinadores do mundo, disse o seguinte: Todo mundo sabe o senso comum, mas poucas pessoas aplicam o que sabem. Fale a verdade… Você sabe quais são os pequenos momentos do seu dia a dia que precisa de acolhimento e compreensão! E ninguém melhor do que você mesma para se dar isso.

    A partir do momento que tomei consciência de que buscava ser perfeita e viver uma vida perfeita, e então comecei a me permitir abraçar minha própria imperfeição com os exemplos que dei, muita coisa mudou dentro e fora de mim. Dentro de mim, comecei a me sentir bem mais leve, mais corajosa, mais destemida, mais tranquila e percebi que passei a me importar muito menos com o que os outros pensavam a meu respeito. Ao mesmo tempo, percebi minhas relações se encherem de mais verdade e integridade, inclusive minha relação com as redes sociais, onde comecei a expor mais aquilo que achava que era feio e inadequado.

    Minha jornada de acolher minha imperfeição, como comentei antes, ainda está em processo. E, sinceramente? Acredito que será assim até meu último dia. Mas de uma coisa tenho total certeza: me sinto muito mais feliz hoje do que quando vivia, a cada dia, buscando ser perfeita sem saber.

    Mas agora eu pergunto e, por favor, seja sincera: ao ler até aqui, você teve a sensação de que foi superfácil para mim e foram simplesmente algumas semanas de mudança intensiva, e que só para você as mudanças não são assim? Não é nada disso! O fato de ser simples (e realmente é) não faz com que seja um processo fácil, pois ele vai além do racional e do comportamental. Como eu sempre digo, é preciso sentir. Vamos em frente, que tudo ficará mais claro ao longo da leitura.

    Você simplesmente sabe que está vibrando na sua parte Luz quando está verdadeiramente leve e quando as coisas estão realmente fluindo na sua vida. Nossa Luz é isto: leveza, fluidez, harmonia, prosperidade… É, inclusive, a não existência da preocupação se já estamos sendo Luz. Viver nossa Luz é brilhar nossos talentos, qualidades, valores e melhores sentimentos no mundo, sabendo que temos nossas Sombras e que elas, como parte de nós, são fundamentais também.

    Por outro lado, ficar preso na nossa Sombra significa abrir mão de uma parte nossa saudável e iluminada, para ficar apenas no ciclo da culpa, da vitimização, do medo, do ódio, e por aí vai… Viver apenas as nossas sombras, para mim, tem muito a ver com o pingue-pongue. A bolinha fica para um lado e para o outro – passado e futuro – sem viver o meio – o presente.

    Todos nós, de certa forma e em algum grau, buscamos esconder nosso lado Sombra justamente porque não queremos ser vistos como imperfeitos pelas outras pessoas (e nem por nós mesmos). Ainda é muito difícil para o ser humano admitir aquilo que ainda não aceita e não compreende como algo que o faz evoluir. Além disso, nem sempre é fácil reconhecer quando estamos tentando esconder nossas sombras. Afinal, fazemos isso por tanto tempo que vira um hábito, algo totalmente comum na nossa rotina. É preciso muita consciência, muito orai e vigiai para ter essa percepção.

    A melhor forma de reconhecer se você está vivendo mais na sua Luz ou na sua Sombra, pelo que venho experimentando, é observar seus pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos.

    Os sentimentos e as emoções, ao meu ver, são a forma com que nossa Alma se comunica conosco. São nossas emoções que nos preparam para agir, que nos permitem nos conectar com outras pessoas, além de funcionar como catalizador da nossa motivação. Se alguns desses sentimentos estão trazendo coisas positivas, agradáveis, funcionais e saudáveis para a sua vida, ao mesmo tempo que você tem consciência de outros que a limitam e bloqueiam, e se trabalha em relação a estes, ótimo, você já está, a meu ver, nessa jornada de integração de Luz e Sombra. Entretanto, se você está apenas presa em um deles, negando a sua outra parte, existe bastante trabalho a ser feito.

    E se você me perguntasse como podemos equilibrar Luz e Sombra em nossa vida, eu lhe perguntaria de volta: de onde vem a necessidade de equilíbrio? Será que vem da necessidade de perfeição? Apenas você poderá responder isso. Na minha vida, pelo menos, sei que vinha muito de uma necessidade de ser perfeita. Eu tinha a ideia de que, quando encontrasse meu equilíbrio, finalmente estaria bem. É claro que essa era uma ideia inconsciente, ou seja, eu não fazia ideia de que acreditava nisso. No entanto, era nisso mesmo que eu acreditava. E quando isso ficou claro, comecei a abrir mão do equilíbrio, a me permitir viver mais minha intensidade (#LuaEmPeixes, né, mores?) e a perceber que gosto mesmo é de Harmonia, não de equilíbrio.

    Pare para observar se o equilíbrio realmente lhe faz bem. Aliás, a constante necessidade de equilíbrio me deixava obcecada, estressada e ansiosa, além de preocupada demais. Afinal, os pensamentos eram: isso é muito difícil de alcançar e a qualquer momento eu o perco de novo. Então, vi que a harmonia, sim, me preenchia. Com harmonia, sei que um papel da minha vida, momentaneamente, tem mais prioridade que outro, sim, e daí? Sei que algumas pessoas estão mais presentes hoje do que outras, e tudo bem. Com harmonia, eu como a minha pizza, independentemente de ser domingo ou

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