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Entre o Amor e o Poder: Qual seria a melhor decisão?
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E-book121 páginas1 hora

Entre o Amor e o Poder: Qual seria a melhor decisão?

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Sobre este e-book

Sheila era uma mulher que ele poderia usar para sua satisfação pessoal. No entanto, ele a via agora como um ser humano, de corpo, alma e aspirações. Amá-la era um compromisso perigoso. Sheila tinha sentimentos e isso não poderia ser desprezado em momento algum. Todas as artimanhas usadas contra ela, todos os pensamentos egoístas e passionais fizeram Diogo se envergonhar de si mesmo.Estava ali alguém que ele poderia amar pela vida toda: frágil e carinhosa, ciente de suas frustrações e disposta a encarar uma nova experiência. Como não sentir ternura e sentimento de proteção por alguém tão suave? Como não desejar abraçar e amar aquele corpo jovem e perfeito com o máximo de paixão, recebendo e dando na mesma medida?Mas entre os dois estava Marilena, que poderia decidir o destino profissional de Diogo. Entre o amor e o poder, que decisão ele tomaria?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526055705
Entre o Amor e o Poder: Qual seria a melhor decisão?

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    Entre o Amor e o Poder - L P Baçan

    Capítulo 1

         Diogo Marques tivera um trabalho enorme para planejar e executar uma série de coincidências que o fizeram se encontrar com a garota dos seus sonhos repetidas vezes durante a última semana. Estava sentado agora diante do televisor, em seu apartamento, mas não assistia ao noticiário. Havia planejado aquele final de semana com muito cuidado. Fora realmente difícil convencer Sheila Figueiredo a aceitar o convite.

         Já sabia muito sobre ela. Era uma garota moderna, com ideias pouco comuns e um temperamento alegre e cativante. O noticiário no televisor comentava as últimas novidades no setor da construção civil, coisa que interessava diretamente a Diogo, em virtude de seu cargo numa importante firme que atuava nessa área.

         Tudo aquilo, porém, parecia distante e, acima disso, havia apenas o som agradável e reconfortante da voz de Sheila. Tudo, finalmente, se resolvera naquela tarde, durante o almoço. Haviam se encontrado após o expediente da manhã e almoçavam num bom restaurante em Santa Felicidade, bairro gastronômico de Curitiba. Diogo chegara a supor que ainda era cedo para tentar uma aproximação mais íntima, mas não podia resistir por mais tempo àquele fascínio que a presença de Sheila lhe trazia.

         Olhá-la era se submeter a uma constante e severa vigilância para esconder aquele terrível e delicioso desejo de abraçá-la e cobri-la de beijos. Estar com ela era um permanente exercício de descobertas e revelações. Um dia, os cabelos louros e longos da garota inspiravam a Diogo pensamentos selvagens. Noutros, a firmeza incrível daqueles seios proporcionais o empurravam a uma ousadia sonhadora, povoada de sonhos eróticos e luxúria.

         Nos últimos tempos, bastava perder um pouco a concentração e a imagem dela lhe surgia, como um problema de consciência constantemente martelando seus pensamentos. Se fechasse os olhos e pensasse nela, lá estava aquele corpo, escultural e perfeito, promissor e sedutor, como um convite aberto a uma audaciosa conquista.

         Sheila não acreditava, porém, em sexo à primeira vista. Admitia a atração física, mas discordava de qualquer aproximação onde não houvesse um nível razoável de sentimentos. Por esse motivo, Diogo se esmerou em sua técnica de conquista. Flores foram mandadas ao menor pretexto. Toda noite Diogo telefonava para ela apenas para lhe desejar boa-noite. Durante os almoços juntos, ele caprichava na arte de ser um perfeito cavalheiro, galanteador e gentil ao extremo. E, finalmente, naquela tarde, desfechara o golpe final.

         Numa noite qualquer, havia descoberto entre suas coisas, no apartamento, um anel de brilhante que lhe fora desenvolvido por uma namorada zangada. Diogo o havia guardado e praticamente esquecera até aquela noite. Ao achá-lo, pensou inicialmente nos sofridos dois mil reais que gastara na época. As coisas haviam mudado muito, sua vida era calma e tranquila quanto às finanças. Mas, naquela época, no entanto, os dois mil reais eram uma pequena fortuna e significaram uma porção de horas e serviços extras. Doeu-lhe saber que, ao fim de tudo, não valera a pena o sacrifício. No entanto, o anel em suas mãos lhe trouxera uma ideia formidável.

         Assim, ao se encontrar com Sheila para o almoço, naquele meio dia de sexta-feira, ele trazia consigo o anel e uma porção de palavras certas para o momento certo.

         — O que é isso? — indagou ela, quando recebeu a caixinha.

         — Você não acreditará se eu disser — respondeu ele.

         — Por que não tenta? — insistiu ela, ainda sem abrir a caixa.

    — Abra primeiro! — pediu ele.

         — Você é um maroto, Di! — exclamou ela, soltando a delicada fita que envolvia o papel especial para presentes.

         Diogo sorriu ao se lembrar de que a sua antiga namorada tivera uma reação mais ou menos parecida. Ali, diante de Sheila, no entanto, ele se sentiu mais emocionado. Afinal, ela havia se tornado um pensamento quase obsessivo em sua mente. Tê-la em seus braços, senti-la vencida e lânguida era um sonho que Diogo ansiava realizar.

         Sheila abriu a caixinha. Seus olhos brilharam na mesma intensidade da pedra. Um arco-íris surpreso repentinamente ocupou a imensidão azul daqueles olhos provocadores.

         — Di, que coisa mais delicada! — exclamou ela, olhando alternadamente para ele e para o anel.

         — Há poucos instantes, quando eu vinha ao seu encontro, passei diante de uma joalheira. Nem sei por que parei. Olhei as joias que estavam na vitrine e, ao ver esse anel, eu me lembrei de suas mãos. Havia uma correspondência enorme entre o anel e suas mãos. Ambos são delicados e preciosos. Foi um impulso a que não pude resistir.

         — Di, você é um amor!

         — Deixe-me ver se eu estava com a razão — pediu ele num sussurro, tomando o anel e a mão direita da garota.

         Um arrepio incomum percorreu seu peito, como se lhe faltasse o ar e, ao mesmo tempo, houvesse engolido uma colherada de sorvete. O calor e a maciez da mão dela o excitaram ao extremo. Diogo estremeceu, ao fazer o dedo da jovem penetrar o circulo do anel. Foi um ato de ternura e desejo ao mesmo tempo. Diogo vibrou um tipo de emoção até então desconhecida para ele, retendo a mão de Sheila entre as suas.

         — Sim, eu tinha razão — sussurrou ele, com emoção. — Ele foi feito para você, Sheila.

         — Di, você é tão espontâneo e eu nem sei ainda se posso aceitar isso de você.

         — Por favor, aceite! Eu me sinto como um artista que conseguiu unir duas coisas numa só. Não vejo mérito nenhum nas mãos que trabalham o metal desse anel, nem nas que lapidaram essa pedra. Sinto-me superior ao joalheiro que uniu essas duas coisas frias numa peça artística.

         — Você está exagerando, Di — sorriu ela, entre incrédula e lisonjeada.

         — Falo sério, Sheila. Aceite, ele é seu. Diga-me que gostou dele e que vai ficar com ele.

         — Di, você é um homem incrivelmente sensível e bom.

         — Diga-me que o aceita.

         — Está bem, tolinho! Eu adorei o presente e vou ficar com ele. É maravilhoso!

         Diogo suspirou aliviado e se recostou em sua cadeira, pensando na estratégia que viria a seguir. O fim de semana lhe acenava com um terrível vazio, preenchido apenas com os pensamentos torturantes e imagens lúbricas de Sheila nos ambientes mais selvagens.

         Ele percebia claramente que a conseguira emocionar. O momento era ideal para concretizar tudo aquilo que mais almejava. Para sua felicidade, porém, foi Sheila quem tomou a iniciativa. Nada poderia ser mais glorioso e emocionante do que aquilo. Diogo se sentiu recompensado por todas aquelas noites em que o corpo desnudo de Sheila povoara seus sonhos com uma regularidade comprometedora. Do mesmo modo, ele se sentia excitado em saber que, em algum ponto daquele corpo sedutor e ardente havia algo que se casava admiravelmente com tudo aquilo que havia dentro dele.

         — O que vai fazer neste fim de semana, Di? — indagou ela, após olhá-lo longamente.

         Sheila parecia haver medido todos os prós e os contras e chegado a uma conclusão favorável àquilo que ele desejava com todas as suas forças.

         — Ainda não sei. Talvez fique em casa, lendo, como faço sempre — mentiu ele, com um tom de voz levemente melancólico e sofrido. — Isso se algum amigo não me convidar para jogar um futebol.

         — É, esses fins de semana são problemáticos para nós que vivemos no meio da agitação — respondeu ela, levemente sonhadora e seguramente insinuante.

         Diogo sentiu alguma coisa no ar. Foi uma suspeita, mas aquele tom de voz revelava um convite e pedia por um compromisso.

         — O que você pretende fazer? — indagou ele, apenas para saber que passo tomar a seguir.

         — Também não sei.

         — O que costuma fazer sempre?

         — Jogar cartas com minha amiga de apartamento, arrumar coisas, ir ao cinema, ler, ir ao shopping às vezes.

         — Por que nós não unimos nossa... — ia dizendo ele, mas se interrompeu propositadamente.

         Aquilo provocou exatamente a reação que ele esperava provocar. Sheila o olhou interessada e esperançosa, quase suplicando para que ele continuasse. Foi um instante supremo de prazer para ele. Sabê-la ansiosa por ele, com desejos de recompensá-lo da melhor maneira conhecida entre um homem e uma mulher.

         Diogo insistiu no silêncio. Aquilo era importante. Sheila precisava ver naquilo um momento de timidez da parte dele. Ele sabia que as mulheres tinham um fraco por homens tímidos e esse era o caso da garota a sua frente.

         — Por favor, continue! — incentivou ela.

         —

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