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Por Estradas de Terra em Direção ao Lar
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Por Estradas de Terra em Direção ao Lar
E-book329 páginas3 horas

Por Estradas de Terra em Direção ao Lar

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Sobre este e-book

Mas quando ele vai para casa, tudo isso desaparece.

Sua mãe não se importa muito do filho competir para ser capitão do time de basquete, ou de ter uma namorada incrível, ou mesmo de ganhar honras na escola no ano anterior. Quer dizer, quase ganhou honras. 

Ele está determinado em não se deixar afetar por nada disso, porque o segundo ano o deixa mais um passo próximo de sair de Gem City e de estar por conta própria. 

Ou talvez não. Luke aprende que tomar decisões é complicado quando se importa, e ainda mais quando afeta as pessoas que ama. 

Saudoso dos dias em que uma resposta besta e um sorriso charmoso resolviam seus problemas, Luke precisa decidir em quem pode contar conforme a vida segue em frente.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de fev. de 2021
ISBN9781071587461
Por Estradas de Terra em Direção ao Lar

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    Pré-visualização do livro

    Por Estradas de Terra em Direção ao Lar - Nicole Campbell

    Dedicado a todos os leitores que insistiram que Luke tivesse sua história contada.

    Este é para vocês.

    Shape of You – Ed Sheeran

    Prólogo: Fim do Segundo Ano

    Parecia não ter jeito de Vanessa convencê-lo a fazer ioga. Ela sentou-se na beirada da cama dele, vestindo aquelas malditas calças de ioga, que, aliás, foram, com toda certeza, inventadas por uma mulher para causar a perdição do homem, porque é impossível não ser distraído por uma garota em calça de ioga e uma blusa rosa que não mal cobria o umbigo. Os dois quase não tiveram nenhum tempo a sós há meses, além dos breves momentos no carro, ou a única vez em que ela concordou em ir ao rio com ele. A ansiedade elevada dela enquanto estavam lá o fez não querer saber o que aconteceu entre ela e Roads ali, e ele jurou fazê-la esquecer nem que fosse a última coisa que fizesse. Os olhos azuis dela brilharam vitoriosos quando ele finalmente pegou suas roupas de ginástica.

    – Você quer que eu feche meus olhos? – ela questionou em um tom meio sério quando ele finalmente localizou calças de academia aceitáveis.

    – Se está com medo de não ser capaz de resistir a mim, com certeza – seus olhos voltaram ao estado quase permanente de quando estavam juntos. Às vezes, ele não conseguia se conter. – Desculpa – ele sorriu com vergonha. – Claro, você pode fechar os olhos se quiser – Urgh, por que isso é tão difícil?  Eles se davam bem juntos, mas ele podia ver nos olhos dela, sempre que começavam a cruzar aquele limiar; ela estava pensando nele. De propósito, ele vestiu uma blusa verde macia sem manga, esperando hipnotizá-la com seus braços e convencê-la a sair dessa aventura ridícula de ioga. A única flexibilidade que estou interessado em avaliar é... ele parou no meio do pensamento enquanto ela o olhava com curiosidade, agora que ele estava vestido e perdido em seu próprio mundo. Como ela faz isso? ele se perguntou. Independente disto, ele caminhou até ela e ajoelhou-se em sua frente, inclinando-se para mordiscar seu pescoço. Ela nunca iria admitir o quanto gostava disto, mas ele fez de qualquer maneira para fazê-la respirar daquele jeito. Ele esfregou os polegares ao longo de sua barriga mal exposta e gemeu interiormente. Essa garota...

    – Você está se esforçando por que não se cansa de mim? Ou por que realmente não quer fazer ioga? – ela murmurou enquanto ele continuava em sua jornada para sua clavícula.

    – Obviamente porque não me canso de você – ele respondeu sério. Nunca se cansava dela; como ela não entendia isso? Ansioso, ele parou o que estava fazendo e pressionou sua testa contra a dela. – Abra seus olhos – ela fez o que pediu, e ele apertou os braços ao redor dela. – Você sabe o que eu sinto por você, certo? – ele perguntou quase em um sussurro. Sabia que os dois não estavam em condições de fazer declarações. Ela ainda estava protegendo ferozmente a sua atitude de eu-sou-uma-mulher-empoderada, mas ele só precisava que ela soubesse.

    – Eu acho que sim. Vamos... podemos só deixar por isso mesmo? Por agora?

    – Sim – ele respirou, sentindo como se estivessem pelo menos no mesmo capítulo, se não na mesma página. Eles seguraram o olhar um do outro por alguns batimentos.

    – Eu posso ser persuadida a ficar aqui em vez de ir para a academia agora – ela flertou hesitante. Ah! Graças a Deus.  Um lento sorriso apareceu em seu rosto, e ele estava determinado a fazê-la aproveitar essa decisão.

    – Tem certeza disso? Não quero ouvir sobre como você perdeu a ioga nas próximas três horas.

    – Três horas!?

    – É quando minha mãe chega em casa do trabalho – ele sorriu diabolicamente.

    – Bem, então espero que você tenha algumas ideias sobre como me entreter. Eu meio que fico entediada com facilidade – essa é minha garota.

    – Entediada, você diz? Desafio aceito – ele se gabou, sorrindo ainda mais largo e sentando-se de joelhos. Ele fez leve cócegas em suas laterais, mas capturou qualquer risada que ela pudesse ter soltado com seu próximo beijo. Precisava ter certeza de que ela estava aqui com ele, não em sua própria mente. Subindo na cama com ela, ele abriu um caminho com seus lábios, do queixo aos quadris. Em uma breve pausa, ele avaliou seu comportamento geral e traçou sua palma levemente com os dedos. Ela fez uma pausa com ele, parecendo contemplar o momento. Ele sabia que não escondeu bem sua surpresa quando ela agarrou a bainha de sua camisa e a puxou sobre sua cabeça. Suas mãos deixavam uma sensação boa em seu peito nu e foi o suficiente para ele se livrar de sua incerteza. Ele precisava dela mais perto. Segurando-se acima dela, ele beijou seu lugar favorito sob sua orelha.

    – Oi – ela sussurrou para ele, quebrando o silêncio.

    – Oi – ele disse, sorrindo de volta, inclinando-se para o lado para avaliar sua expressão. Ela não parecia nervosa como ele esperava. Ela parecia... feliz. – De boa?

    – Sim, de boa. Você cheira bem – seu elogio aleatório o fez rir.

    – Você também – ele admitiu, inclinando-se para beijar seu pescoço.

    – Hum, então correndo o risco de quebrar o clima que temos aqui, você tem proteção? – essa não era a próxima pergunta que ele esperava que saísse de sua boca, mas a capacidade dela de chocá-lo era uma de suas coisas favoritas sobre ela.

    – Ah, ok, estamos tendo essa conversa – ele respondeu suave. Esperava sinceramente que não fosse uma pegadinha. – Sim, eu tenho. Mas isso não significa que tenhamos que fazer algo com isso.

    Vanessa suspirou. – Eu sei. Mas você quer... isso? A gente? Você nunca diz nada, então eu não... Eu só quero saber o que está pensando, só isso – seus dedos deslizaram por entre os dele, e seus olhos se encontraram. Jesus, ele pensou.

    – V... claro que eu quero você. Quero você por inteiro. Eu só quero ser... respeitoso com você e sua história – ele explicou hesitante. Beijou a ponta dos dedos de sua mão esquerda.

    – Você é muito mais do que eu pensava que fosse. Antes de tudo.

    – Espero que seja um elogio.

    – O mais alto dos elogios. Não é sempre que eu admito que estava errada – ele esfregou seu braço nu com a mão livre para afastar o arrepio que testemunhou correr por ela.

    – Bem, nesse caso, vá em frente – ele brincou, puxando-a ainda mais perto dele pela cintura.

    – Não estrague tudo – ela o advertiu. – Eu quero estar com você também – ela mal pronunciou as palavras antes que ele a beijasse de novo. Queria beijá-la em todos os lugares, explicar o que ainda não conseguia dizer – o pescoço, os ombros, os pulsos, os cotovelos, as pontas dos dedos – em todos os lugares que ele pudesse alcançar.

    – Só me diga mais uma vez se você tem certeza – ele pediu, precisava ouvi-la dizer isso.

    – Tenho certeza – ela disse com clareza, traçando sua mandíbula com as unhas. Seu cérebro podia parar de funcionar em breve, então essa resposta era exatamente o que ele precisava.

    – Eu também – ele deixou escapar, retomando sua trilha anterior em seu estômago. Finalmente, ele sabia que ela estava ali por completo, com ele. Não havia mais fantasmas de relacionamentos passados aqui neste momento, e ele se permitiu estar presente também, com ela.

    ***

    – Você está bem? – ele perguntou com cautela, brincando com a ponta do rabo de cavalo dela. Ele não sabia se ele mesmo estava bem. Estava completamente cativado por essa garota. Estar com ela só provou seu envolvimento com o que quer que estivessem fazendo aqui.

    – Claro. Estou com você – ela respondeu séria.

    – Essa é a coisa mais legal que você já me disse – isso não foi uma piada.

    – Bem, é verdade. Agora venha aqui – ele sabia que estava brincando com fogo perigoso, mas não havia como voltar atrás agora. Ele retribuiu o beijo com tudo o que tinha, apenas esperando não se queimar.

    Over My Head – The Fray

    Um: Pouco Antes do Primeiro Ano

    Não, não, não, não, não. O choro, não

    Seus amigos tinham acabado de deixá-lo depois de uma noite cheia de diversão, e ele queria fingir que estava bêbado demais para falar com sua mãe. Mas não estava. Ela estava sentada em sua sala escura, nem mesmo tentando disfarçar seus soluços quando ele entrou com cuidado pela porta da frente.

    – Está tudo bem? – ele gostaria de poder reunir mais compaixão, mas tinha um palpite de que o que quer que fosse pelo qual ela estivesse chorando era autoinfligido. Seu cabelo tingido de vermelho, amarrado no topo da cabeça, dava a ele uma visão desobstruída de seus olhos inchados.

    – Eu fui despedida – ela soluçou. Luke deixou sua cabeça pender. Na verdade, ela vinha mantendo um emprego estável de bartender há cerca de seis meses, mas quando começou a voltar para casa alterada pela bebida, ele sabia que era apenas uma questão de tempo. Luke passou a mão pelo rosto, sua animação desaparecendo rapidamente.

    – Bem, mãe, quando se bebe no trabalho, às vezes isso acontece – ele não sabia por que se incomodava em ser um babaca. Isso não a intimidava. Ela apenas o encarou antes de responder.

    – Vou procurar algo novo amanhã.

    – Ótimo.

    – Você já esteve sem teto ou sem comida? – Ah Deus, isso de novo não.

    – Nunca, mãe.

    – Foi o que eu pensei. Então, me poupe da sua decepção.

    – Pode deixar. Alguma ideia do que faremos enquanto você procura um emprego ou treinamento? Para, você sabe, pagar as contas?

    – Sempre nos viramos antes.

    – Então, você quer ligar para o tio Joe, ou eu ligo? – a única razão pela qual eles sobreviveram era graças ao seu tio e o seu coração mole por sua irmã mais velha e problemática.

    – Não precisamos do Joe – ela fungou com indignação como se fosse verdade.

    – Tudo bem, tanto faz. Podemos tirar algo do meu fundo da faculdade, se precisarmos – ele teria que trabalhar todo fim de semana para repor o dinheiro, mas pelo menos eles teriam eletricidade. Sua mãe bufou. Não era um bom sinal vindo dela.

    – O quê? Você tem uma ideia melhor?

    – Sim, usando o dinheiro que realmente existe – ela tomou um gole do que quer que estivesse em seu copo, e ele presumiu que não era água com gás. Uma sensação de frio correu do topo de sua cabeça para os braços.

    – O que diabos isso quer dizer?

    – Isso significa que temos um telhado que não vaza.

    – Fale as coisas por completo.

    – Três anos atrás. Grande tempestade de granizo. Vazamento no telhado.

    – Sim?

    – De onde você acha que veio o dinheiro para a porcaria de telhado novo, filho? – outro gole da bebida.

    A sensação de frio atingiu seu estômago. – Você não tinha o direito de tocar naquele dinheiro. Era da minha avó – sua voz soou tão calma ao sair de sua boca, e não sabia por quê. Toda a sua linha de vida estava se desfazendo a uma velocidade assustadora. Esse dinheiro era a sua salvação.

    – Até você ter dezoito anos, tenho todo o direito de tocar em qualquer dinheiro que seja necessário para fornecer comida e abrigo, garoto.

    – Quanto sobrou? – havia vinte e cinco mil na conta da última vez que ele olhou.

    – Eu não sei, Luke. Uns dois mil? – seu olhar era desafiador agora. Ele já deveria saber que esperar um pedido de desculpas era perda de tempo.

    – Mas que MERDA! – as palavras irromperam de seu peito ao ver seu futuro se desintegrando. Ele pegou o copo de sua mãe e o atirou contra a parede. Não era nem mesmo vidro de verdade, e ele perdeu a quebra satisfatória.

    – Se sente melhor?

    – Vai se fuder – ele virou as costas para a mulher que não deveria acabar com sua vida, e subiu as escadas. Não tinha nada que pudesse fazer. Luke se deixou cair de cara na sua cama e deixou o restante do álcool em seu sangue o adormecer.

    You’re Gonna Go Far, Kid – The Offspring

    Dois

    Ele sabia que havia algo errado quando abriu os olhos. Merda, que horas são? Percebeu que se esqueceu de colocar um alarme na noite anterior antes de desmaiar. Ao encontrar seu telefone caído no chão, ele apertou o botão e grunhiu. Não apenas deveria ter saído de casa há cinco minutos, mas as mensagens também estavam explodindo.

    V: Estaremos de volta à cidade daqui dez minutos, só para te avisar.

    V: Ok... você ainda vai me buscar, certo?

    V: Juro por Deus, se você ainda estiver dormindo, vou te matar.

    V: É melhor que aquela caminhonete idiota esteja parada no estacionamento quando o ônibus chegar.

    V: Eeeee chegamos. E você, não. Vai se fuder, Luke.

    Merda, merda, merda, merda. Ele vestiu um short de basquete do chão e nem se preocupou em colocar nada por cima da camiseta. Por algum milagre, viu suas chaves caídas sobre a cômoda, sem precisar procurá-las, e agarrou um chapéu dos Cavaliers ao sair pela porta. 

    L: Estou literalmente a caminho. Sinto muito. Já estou chegando.

    V: Ah, você sente muito, então tudo bem que eu esteja sentada aqui esperando por você. Kim ficou para me fazer companhia. Obrigada por me fazer parecer uma idiota.

    Luke ligou a ignição de sua caminhonete e saiu da garagem em direção à escola. Foi preciso muito autocontrole para não comentar que Kim poderia simplesmente ter lhe oferecido uma carona para casa, mas ele suspeitava que não era esse o ponto. Senão ela não teria a chance de apontar o fato de que estava esperando por ele se isso acontecesse.

    Luke sabia que ela descobriria que ele esteve bebendo com Troy e Devin na noite passada, e ficaria ainda mais irritada. Teve uma reação tardia ao se lembrar da cena ao chegar em casa na noite anterior, mas a memória retornou com força. Realmente precisava que sua namorada o oferecesse uma folga neste momento maldito.

    L: Você nunca parece uma idiota, porque é tão linda. Vou chegar aí em um minuto.

    V: Você me deve muito mais do que um elogio idiota.

    A adrenalina de acordar tarde havia passado, e uma dor de cabeça de magnitude considerável instalou-se. Vai ser um dia incrível.

    Ele parou no estacionamento da Gem City High e viu sua namorada sentada com Kim no meio-fio, bolsa de lona vermelha e preta ao seu lado. Kim se levantou para ir até o carro e, de antemão, lançou um olhar de simpatia. Luke saltou da caminhonete para cumprimentar Vanessa e carregar sua bolsa.

    – Oi, amor. Deixe-me pegar sua bolsa.

    – Não vem com essa de 'Oi, amor'. E vou carregar minha própria bolsa, obrigada.

    – V, eu sei que está brava e que estou quinze minutos atrasado, mas eu tive a pior noite possível ontem. Posso apenas dizer que sinto muito e seguirmos em frente? – a encarada dela o deixou saber que isso provavelmente não iria acontecer. Ele se inclinou para mais perto dela para, delicadamente, tirar a mochila de sua mão, e ela o deixou. Então, houve algum progresso.

    – Eu senti sua falta – ele murmurou.

    – Você tem cheiro de bar.

    Luke apenas gemeu, sabendo que não havia nada que pudesse fazer, a não ser esperar que ela superasse.

    – Com quem você estava bebendo?

    – Apenas Troy e Devin. Não houve festa.

    – Troy e Devin, e quem mais?

    Ele podia ver a expressão do olhar maluco no rosto de Vanessa. Queria matar Zack Roads por fazê-la pensar que todo cara iria trair. – Ninguém mais, V. Eu juro para você. Vamos. Podemos entrar na caminhonete?

    Ela foi até a caminhonete em silêncio e entrou, batendo a porta com força demais para um acidente. – Apenas me leve para casa.

    – Café da manhã fora? Ok, ótima ideia. – Ele deu a ela o sorriso mais charmoso que pôde reunir nas circunstâncias. Não funcionou.

    Casa. Você vai ter que me encantar mais tarde. Estou cansada, dolorida e irritada, e só vou ficar mais brava se me sentar em uma mesa à sua frente e vê-lo comer comida para ressaca.

    – Tudo bem. Direto para casa – sua cabeça latejava; ele estava tentando não ter um colapso pela perda do dinheiro da faculdade e simplesmente não conseguia manter a discussão no momento.

    ***

    O som da bola batendo no concreto rachado ecoou em sua casa. Estava escuro e suas ações talvez estivessem irritando os vizinhos, mas não importava. Ele driblou e chutou, driblou e chutou, o ar noturno frio do verão pesava sobre seus ombros. A mãe dele não estava em casa e não estava atendendo o celular. Vanessa também não, mas pelo menos ele sabia o porquê disso. Ela talvez não falaria com ele até amanhã à tarde se seus cálculos conectando o tamanho da sua pisada na bola com a duração do tratamento silencioso estivesse aperfeiçoado. Ele driblou e chutou mais um pouco.

    Xingou ao ver a hora, perguntando-se onde diabos sua mãe estava. Suspirou e ligou de novo. Só basta atender.

    – Sim? – seus ombros caíram visivelmente assim que ouviu a voz dela.

    – Ei, eu só queria saber quando você vai voltar para casa – ele ergueu a voz ligeiramente, ouvindo o ruído de fundo na ligação.

    – Estou no Sandy. Caso você tenha esquecido, eu sou a mãe. Eu chego em casa mais tarde.

    Uma réplica sarcástica implorou por liberdade, mas ele mordeu a língua. – Você não precisa de uma carona, não é?

    – Não, Luke. Eu não preciso de carona. Te vejo em casa – a voz dela se achatou consideravelmente com aquela resposta; e ela desligou antes que ele pudesse responder. Ela parecia bem. O suficiente para que ele se permitisse pensar em dormir.

    L: V, sinto muito. Eu juro por tudo que é mais sagrado que vou te compensar. Pode só me responder? Eu quero te ver amanhã.

    V: Você poderia ter me visto hoje. Seu descanso de beleza era obviamente mais importante.

    Bem, ela respondeu, então ele a estava desgastando.

    L: Você está me dizendo que meu descanso de beleza também não é importante para você? Sabe que gosta deste rostinho bonito. Não tente negar. Não pode esperar que eu fique tão bonito quanto você gosta sem dez horas inteiras, você sabe disso.

    V: Muito cedo para piadas.

    L: Aposto dez dólares que você está sorrindo de qualquer maneira.

    Alguns instantes depois, chegou uma foto de Vanessa com uma carranca muito clara no rosto. Ainda estava bonita, o que era bom porque ela franzia muito a testa para ele.

    L: Tudo bem, você venceu. Te devo dez dólares e vou levá-la ao Wendy's para um Frosty amanhã. Para o café da manhã. E o que mais você quiser.

    A próxima foto que chegou era dela sorrindo e dando a ele um sinal de positivo muito idiota.

    V: É melhor você ter sentido minha falta.

    L: Claro que senti sua falta.

    V: Eu também senti sua falta. Te vejo pela manhã.

    L: A menos que você queira que eu dimensione seu cano de drenagem esta noite ;)

    V: Embora eu aprecie o esforço da comédia romântica dos anos 80, acho que gostaria que você ficasse fora do pronto-socorro. <3

    L: <3 Vejo você amanhã.

    O emoji de coração o fez sorrir quando ele pensou sobre isso. Vanessa não era uma pessoa particularmente difícil de se ler, apenas gostava de pensar que era. Ela estava mandando mensagens de texto com coração para ele há alguns meses, e ele estava apenas

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