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Por que você fala com as borboletas?
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Por que você fala com as borboletas?
E-book188 páginas2 horas

Por que você fala com as borboletas?

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Sobre este e-book

******** JAMAIS SE ABANDONE ********** pior do que se sentir abandonada é se abandonar... Um romance impactante, que não poderia deixá-lo indiferente, uma lição de vida, uma promessa de esperança e de resiliência para todas as pessoas que vivem em uma relação tóxica e uma homenagem à amizade. Quer você seja lagarta ou já borboleta, eu o convido a partilhar a transformação de Charlie "(...) Eu poderia continuar por muito tempo, é claro, você pergunta: se tenho a consciência de tudo isso, por que eu fico? Porque o amo, acho, porque somos uma família, porque construímos muito juntos, porque creio precisar dele, porque me sinto perdida sem ele, porque não sei fazer nada, porque aonde irei e para fazer o quê? Porque não sei como nem por onde começar… e porque tenho medo, medo do que ele poderia fazer, porque me agarro às boas lembranças, porque acredito e tenho esperanças de que haja outros e porque espero que um dia ele mude… (...)"

IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jun. de 2022
ISBN9781667434094
Por que você fala com as borboletas?

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    Por que você fala com as borboletas? - Magali Dubreuil Bourguet

    Por que você fala com as borboletas?

    Em aplicação à lei de 11 de março de 1957,

    é proibida a reprodução integral ou parcial da presente obra, em qualquer meio, sem a autorização do escritor, do editor

    ou do Centro francês de exploração do direito de cópia, 20, Rue des Grands-Augustins, 75006 Paris.

    DA MESMA AUTORA

    Porque para morrer é preciso estar vivo

    (publicado em 2019)

    Empreste-me suas asas

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    No três eu salto

    (publicado em 2021)

    Leggera come una Piuma

    (publicado em 2021)

    Você pode encomendar esses livros em todas as livrarias independentes

    Fnac e Cultura

    Você pode também encontrar a autora nas diversas redes sociais, assim como no canal Youtube

    MAGALI DUBREUIL-BOURGUET

    (Mag.B.)

    Por que você fala com as borboletas?

    Romance

    ISBN 9791034364497

    Dedico esse romance a todas as Charlie da Terra,

    a todas essas mulheres maravilhosas que se ignoram,

    a todas as mulheres a quem falta confiança, às dependentes afetivas, às frágeis, às mulheres destruídas, às mulheres infantis,

    às mulheres fortes, mas nem tanto, às mulheres fáceis

    mas nem tanto, às mulheres corajosas e mais do que isso,

    às que tremem e mais do que isso, às que choram,

    às que sentem dor, às mamães, às filhas, às irmãs, às amigas,

    às celibatárias a quem falta amor, às celibatárias que recusam o amor, às mulheres felizes mas nem tanto, às mulheres casadas à força ou por escolha, às mulheres divertidas, às mulheres irritadas, às mulheres artistas, empreendedoras, livres ou nem tanto, trabalhadoras, estudantes, aposentadas ou ambas ao mesmo tempo.

    Dedico este livro a você, a mulher única e múltipla ao mesmo tempo.

    E dedico este romance também, evidentemente, a todos os homens

    bondosos e amantes, que corrigem sem destruir,

    que amam sem possuir, que zelam sem tirar a liberdade, aos maridos,

    aos pais, aos irmãos, aos filhos e aos amigos que usam

    sua masculinidade com um grande amo.

    Mag. B.

    Prefácio

    Esta história poderia ser a minha, a sua, a de nossas mães,

    de nossas irmãs, de nossas filhas ou de nossas amigas.

    É uma história como milhares de outras e cujo fim infelizmente nem sempre é feliz. Os números nos provam isso a cada dia.

    Eu o escrevi, esperando com muita humildade, que talvez

    alguns ou algumas de vocês se reconheçam ou reconheçam

    uma mulher que eles conhecem na pessoa corajosa e resiliente

    de Charlie, talvez até podendo mergulhar aí seus próprios recursos.

    Como digo neste romance, não basta ser tocado para se sentir abusado, não basta ser despido realmente para se

    sentir nu, não basta ser espancado para se sentir violentado, Não basta ser agredido para se sentir em perigo.

    Magali Dubreuil-Bourguet.

    O outro não tem sobre nós senão o poder que lhe concedemos.

    Citação oriental.

    Um dia como os outros

    Charlie

    — Aonde você vai assim?

    — À casa de Sandrine.

    — Tem certeza? Não, porque...

    — Por que o quê?

    — Não, nada, diz ele rindo, é só que as pessoas poderiam pensar em outra

    coisa!

    — Como assim, outra coisa? Não entendo, seja mais claro.

    — Você se viu? Escute, não sei, esta calça branca aí não é um pouco transparente?

    — Não é não, enfim, não acho, mas foi você que me deu

    no ano passado.

    — Ah, é? Eu fiz isso? Tem certeza? Não, não, você deve estar confundindo, eu não teria comprado isso.

    — Foi sim, eu juro, não se lembra? Foi durante nossas

    férias em Biscarrosse.

    — Ah, não, não, conhecendo você, você deve ter comprado sozinha sem me falar, mais uma vez.

    — Mas...

    — Não, mas estou pouco me lixando, é por você que digo isso, você sabe... É a imagem que você passa, só isso. Agora, você faz o que quiser.

    E aí está... Mais uma vez, quando estou pronta para sair, na soleira da porta, não sei mais o que fazer. Devo mesmo assim atravessar esta porta? Será que se o fizer, corro o risco de viver um mau bocado quando voltar? Será que volto ao banheiro para me trocar? Continuo a ter tanta vontade de sair ou

    mais uma vez vou desmarcar? E se, e se eu apelar para meu amor-próprio, para meu instinto que, no entanto, me dizia que esta calça me caía bem? Sim, mas sei que vou passar a tarde a espreitar os olhares, os espelhos e a circundar os muros, pois não me sentiria bem...

    Mais uma vez ele venceu, vou trocar de roupa. Uma vez diante do closet, é horrível, mas não tenho mais inspiração, a cada

    roupa são tantas as questões que me fazem andar em círculos... O tempo

    passa, mando uma mensagem de texto para Sandrine:

    Desculpe-me, minha querida, mas tive um contratempo, não virei para o lanche. Adiamos?

    É isso, quanto mais as coisas vão bem, mais tenho a impressão de não ter mais espírito crítico, ou então de justamente não ter mais do que isso, mas aí não chego a saber. Tudo é muito confuso, quem diz a verdade, quem mente? Será que não sou mais capaz de discernimento?

    Ah, Sandrine acaba de me escrever:

    Fantástico! Qual é o problema hoje? Você perdeu as chaves do carro? O seu collant rasgou? Lili e Mattéo saem da escola mais cedo?

    Ligo para você amanhã de manhã.

    Ainda na frente do closet, pego minha boa e velha

    roupa de treino cinza, vai servir, visto que não vou sair.

    — Ah sim, como tal você está no modo mendiga.

    — Não, eu diria em modo esporte.

    — Sim, enfim, sem os músculos então, lança ele de novo rindo. O que foi? Não mereço que você se faça bela para mim? Ah!

    Para sua amiga Sandrine, você dá o seu melhor e para mim... Bah, você dá a velha roupa de treino toda podre.

    — Estava pensando em fazer faxina então, já que tenho a tarde livre.

    — Genial, tem razão, ótima ideia, minha querida, se pudesse começar

    pelo banheiro, porque deixei lá meus trajes de futebol e então ele está realmente nojento...

    De qualquer maneira, não estou mesmo certa de realmente ter tido vontade

    de ir ver Sandrine. Quanto mais as coisas estão bem, menos gosto de dirigir, pegar o carro torna-se uma espécie de estresse para mim, as compras também, as lojas, as noitadas. De fato estou bem em minha casa, acho, mas

    mesmo assim é estranho, porque acabo por fugir de tudo o que eu gostava antes.

    Antes de quê? Antes... Também não sei mais, de fato. Não sei quando comecei a mudar.

    Sandrine é minha melhor amiga, é minha irmã de coração, eu a conheço desde o colégio. Fizemos tudo juntas, os primeiros excessos, as asneiras, nossos primeiros cigarros, nossos primeiros beijos,

    nossas primeiras idas rápidas às boates, nossas primeiras dores de amor e nossos primeiros casamentos. Digo nossos porque ela está em seu segundo casamento. Ela é meu raio de sol, eu a admiro tanto em tudo o que faz! Ela é independente,segura de si, engajada, mulher de negócios, liberada e sexy. E é com certeza exatamente por todas essas razões que Marc, meu marido, não gosta dela.

    Antes, nós ambas podíamos rir, horas a fio, por tudo e por qualquer coisa: loucas, ousávamos tudo, descaradas,

    audaciosas e ambiciosas.

    Ela não mudou com relação a mim: permite que eu lembre

    que também fui tudo isso. Eu poderia dizer que ela é como meu fio de Ariadne, só ela sabe realmente quem sou e quem fui. Então,

    de cada vez que esqueço demais, vou vê-la para me lembrar, me agarro a ela como ao cordão umbilical que me levaria de volta a mim, a esse eu que não quero largar, por medo de cair no abismo...

    Sim, este abismo que se desgasta cada dia um pouco mais, me afastando

    de tudo o que constitui ou constituía minha identidade, meus valores e minhas certezas.

    Sinto-me um pouco perdida, é verdade; no entanto, tenho um trabalho, dois belos filhos, uma bela casa, modesta mas bela, e um marido.

    Todas as amigas me invejam:

    Sim, mas você tem tudo! Veja, tem um marido muito lindo e gentil, seus filhos são super bonitos, você tem uma bela casinha, um trabalho. Sim, tudo isso é verdade, do que eu deveria me queixar?

    Trabalho como garçonete: de início eu deveria estar no comércio internacional, mas já estava grávida no momento de fazer as provas, então preferi me consagrar a Mattéo enquanto ele era bebê.

    Depois encontrei um trabalho como recepcionista em um grande hotel cuja clientela era constituída principalmente por estrangeiros, mas os

    horários eram pouquíssimo adaptados a uma vida de família. Depois... Marc

    não gostava muito de minhas colegas de trabalho.

    Depois veio Lili, então encontrei este trabalho de garçonete de meio-período, e ao menos não trabalho nem nos fins de semana nem à noite, o que me deixa tempo para eles.

    Quando vejo o estado do banheiro, só tenho vontade de gritar alto, de abrir a janela e de jogar tudo fora e

    de que seus shorts sejam triturados por Winnie, nossa labradora. Evidentemente, não farei nada disso. Oh, mas não, não tenho medo dele, ou talvez sim, um pouco.

    Pego suas roupas ainda ensopadas de suor, as travas da chuteira cheias de terra que ponho diretamente na ducha. No momento em que me inclino para limpá-las, eis que ele se aproxima de repente por trás. Ele adora os efeitos surpresa... Eu também gostava muito disso... Antes.

    Antes, quando ele era mais delicado, vinha me beijar no pescoço

    enquanto eu cozinhava, mas estes últimos anos ele está muito menos terno. E... Em lugar de chegar quando estou medianamente

    ocupada, ele tem o dom de aparecer durante uma tarefa ingrata.

    Cola-se atrás de mim, me pega pelos cabelos, torce minha cabeça para trás, até tenho dificuldades para engolir, tanto minha garganta se acha estirada.

    — Você é minha, minha querida. Quer que eu a possua de joelhos

    como uma cadela que você é?

    — Escute, está me machucando, Marc.

    — E daí...? Isso me agrada, você poderia fazer um esforço, diz ele

    antes de sair do banheiro.

    Ele deve ter razão, afinal eu poderia fazer um esforço: senão ele poderia acabar por me enganar ou, pior, por me deixar.

    — A propósito, o que é feito de sua amiga Carine? Você sabe, a

    pequena bomba atômica!

    — Ela se mudou, eu lhe disse no outro dia, foi viver em

    Auvergne.

    — Não, não, você não me disse nada. É pena, eu gostava muito daquela lá. Não muito esperta, mas perdida como ela é, ninguém lhe pede do seu tempo, ah, ah, ah !

    — Não é esperta, não é esperta, mesmo assim é responsável

    pelo controle de qualidade de sua loja.

    — Sim, em cosmética, uma coisa de menina... Não muito técnica.

    — Não se engane, as normas de higiene, os protocolos, são muito exigentes e...

    — Sim, bom, quem se importa, na verdade? A que horas você trabalha amanhã?

    — Às 8 horas, começo na cozinha.

    — OK. Eu poderia levá-la, e a que horas você acaba?

    — Bem, você sabe, depende do serviço.

    — Você pega o ônibus para voltar.

    — Não deveríamos ter vendido meu carro, está vendo? Ainda assim era mais prático.

    — Prático para quem? Para você? Mas você não precisa disso, para quê? O ônibus passa em baixo de nossa casa e a deixa na frente do restaurante.

    Quando posso, eu a levo e venho buscá-la.

    - Sim, enfim, você esquece a vez em que tive de voltar a pé, uma hora de caminhada, depois de cinco horas de serviço? Eu não precisava disso.

    - De quem foi a culpa? Você me disse que acabava às 15h e quando cheguei, ainda estava servindo, esperei uma meia hora, não sou seu motorista. E depois, um

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