A Menina Que Não Tinha Medo

De Michele Silveira

Há um encontro enigmático entre a desigualdade social e a força de uma menina solitária, o peso de não conseguir mudar sua própria vida e daqueles que sofrem, o desejo de ver uma criança ser feliz e livre sem medo, o receio da fome se tornar uma companheira constante e a busca por um sentido existencial. Ao mesmo tempo em que há resignação, há esperança. No fim de tudo, compreende-se que todos veem o que parece ser, tem dias em que somos um poço de desespero e solidão, mas tomamos doses diária de ânimo e esperança para sobreviver a nós mesmos e ao mundo.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 11 de jul. de 2022
• ISBN: 9786525418568

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Dedicatória

Aos meus irmãos e minha mãe por serem a razão da minha existência.

Tive vontade de sorrir mais vezes, mas fui minha maior crítica por tantos anos que já não sabia como fazê-lo.

Ela

(17/03/2019)

Abra teus olhos

Se tu fores esperto

Ao ler este verso

Poderá encontrá-la

Jamais se permita

Por um instante hesitar

Uma palavra não dita

Poderá dificultar

Dificultar entendê-la

E se for um não

É que é difícil tê-la

Por causa do coração

É que para o amor

É preciso tempo

Traga uma flor

Esperar não é tormento

É conhecer a beleza

Que há no tempo

É saber que na natureza

Amar é como sentir o vento.

Um para-riso

(11/02/2020)

O que é a beleza

Se há a maldade?

De que vale a riqueza

Se não há igualdade?

De que vale um paraíso

Sem amor?

Se não escuto um riso

O paraíso é um horror

Se uma pessoa

Não pode sonhar

Canta o pássaro à toa

Nesse triste belo lugar

Mas se no paraíso

Existe liberdade

E escuto 1 milhão de risos

Há esperança para a humanidade.

Dias assim

Aparência de um ser esgotado

Tanto tempo lutando com o medo

Coração cheio de mágoas do passado

Melancolia por guardar segredo

A escuridão prevalece nesse mundo

Tanta dor e sofrimento no olhar

Lágrimas de um mar profundo

É preciso na felicidade acreditar?

Pessoas que têm tudo, mas não têm nada

Pessoas que não têm nada, mas têm tudo

Felicidade que não pode ser paga

Felicidade nas coisas simples do mundo

No mundo há tanta miséria e pobreza

Crianças com frio dormindo no chão

Oh mundo, cadê tua riqueza

Nunca olhará para tanta humilhação?

Não era para a desigualdade existir

Mas ela se enraíza no planeta Terra

Quando uma solução irá surgir

Para o altruísmo prevalecer na terra?

A cor cinza do céu simboliza tristeza

O amor de todos está esfriando

No coração das pessoas só há dureza

E violência cada vez mais aumentando.

Homenagem às mulheres

Por muitos anos a lutar

Está a mulher nessa sociedade

Busca seus direitos alcançar

Pra superar as desigualdades

Belas, talentosas e vencedoras

Superaram séculos de preconceito

Fortes, decididas e trabalhadoras

Defendem sua liberdade