Poeresia: Solidão
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Sobre este e-book
Venha cá, não tenha medo.
Coloque para fora o que guarda aí há tanto tempo. Um dia te disseram para esconder isso aí, que era piegas, tosco, não digno de ser revelado.
Ficou armazenado nas mais doces e amargas memórias. Com o tempo, pareceram sem gosto, neutras, desprovidas do sentido que tinham quando você ousou escrever.
Esconderam do mundo suas palavras, os sentimentos mais nobres e os mais polêmicos. Agora, eles maturaram, fermentaram e destilaram: o puro malte, o doce vinho, a aguardente.
Sentimentos há muito de molho que, finalmente, podem retornar com mais força e com mais vigor. O tempo não os deixou sem sentido. Apenas são vistos sob o olhar do tempo.
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Poeresia - Marina Sae
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Poeresia: Solidão
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O texto deste livro obedece às normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Editor-chefe
Mário Bentes
Organização
Marina Saes
Revisão
Bárbara Parente
Diagramação
Viviane Cristina
Capa
Francisco Martins
Project Nine Editorial
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Saes, Marina
Poeresia: solidão / Marina Saes (Org.) (livro eletrônico). - Manaus: Casa Literária, 2018.
110p.
ISBN 978-85-92873-08-0
1.Literatura - Poesia - Brasil. 2. Antologia - Solidão. I. Título.
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECÁRIA
Beatriz do Carmo Alves CRB 11/801
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ALEX OLIVEIRA
DADO
Um dia abri os olhos
E me vi
Nessa vida dura
E tendo de vencer o hoje
E amanhã mais uma
Sem esquecer ninguém
Empenhado no que faço
Pensando sempre em Deus
Antes de dar cada passo
Ainda bem que sorri
E sempre soube me
Reconstruir
Talvez se tivesse esperado
Tivesse sido tarde
Hoje eu não teria mudado
Se eu fosse sempre o mesmo
Que me eram dados
EU
Minha mente anda pelo ar
Voando pelo tempo
Apenas querendo estar
Longe do meu corpo
No espaço aberto
Vivendo tudo de bom
Deixando o que é incerto
Eu não quero me intelectualizar
Somos muito loucos
Não temos a resposta
Pra tudo nessa vida
E pra que isso importa?
O som que
se propaga por aqui
Me dá fuga
Pra onde irá
A mente do poeta
Quando entre nós
Ele não mais estará?
A mente viaja
Ele não mais estará
A mente viaja
Ou para como federal
Em qualquer lugar?
MARÉ
Quando uma alma sofre de dor
A mente pede calma
Essa voz que vem lá de onde for
No meio da madrugada,
Pensamento voa distante
O vento corre pela enseada
Os pensamentos aportam
E partem no mesmo instante
Figura mal curada
É na beira da praia,
Na agua salgada
Onde me refaço,
De uma semana puxada
Dessa maresia,
Daquele cansaço
É