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Atos De Pilatos
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E-book67 páginas1 hora

Atos De Pilatos

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Sobre este e-book

Há, na literatura apócrifa, um ciclo chamado de Pilatos, com vários textos que falam da descida de Cristo ao Inferno, da Ressurreição e dos fatos ocorridos na vida de Pilatos, Herodes e Tibério depois da Crucificação. Todos foram escritos durante os séculos I e II, mas podem ter sofrido acréscimo e mutilações. Este conjunto de informações fazem parte do que convencionou chamar de Atos de Pilatos, importante personagem dos relatos do Novo Testamento. Para uns Pilatos foi na contramão dos costumes romanos em se interessar tanto por Jesus que desejou muito não o condenar como os fariseus e publicanos desejavam, chegando mesmo a se colocar em posição política conflituosa ao oferecer a escolha de soltura de Barrabás, árduo inimigo do império, agitador e revolucionário político ou de Jesus, o filho do carpinteiro que curava e ensinava. Para outros, desde sempre, Pilatos é apenas mais um dos vilões do Novo Testamento. Foi o quinto Procurador/Imperador da Judeia de 26 a 36 d. C. designado pelo Imperador romano Tibério (Lucas 13:1). Exerceu por um longo período que abrangeu a vida de João Batista e Jesus, teve muitas desavenças com os judeus. Em duas ocasiões ofendeu-os gravemente, interferindo em seus costumes e usos religiosos. Certa vez, introduziu insígnias militares na Cidade Santa com imagem de Tibério, embora sabedor que a imagem esculpida constituía uma ofensa aos judeus. Em outra ocasião, apropriou-se do dinheiro do Templo para financiar obras públicas como um aqueduto para Jerusalém. Essas medidas quase terminaram com uma grande revolta popular. Declarou quatro vezes em público a inocência de Cristo Jesus e, por fim, “lavou as mãos”. Lógico, como textos apócrifos não são de todo reconhecidos e nem mesmo podem ter a mesma autoria e datação, todavia, cabe ao digno leitor fazer sua leitura, seus estudos e definir o que possa tirar de utilidade e aprendizado.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de jun. de 2022
Atos De Pilatos

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    Atos De Pilatos - Cigana Publicações

    CIGANA PUBLICAÇÕES

    ATOS DE PILATOS

    Narrações Sobre Nosso Senhor Jesus Cristo

    Compostas no Tempo de Pôncio Pilatos

    (Mt 27:2,11; 26:57;58:62-66; Mc15:1-15; Lc 3:1; 13:1; 23:1-2,52; Jo 18:28; 19:22; At 4:27; 13;28)

    APRESENTAÇÃO

    Desenho de uma pessoa Descrição gerada automaticamente com confiança média

    Há, na literatura apócrifa, um ciclo chamado de Pilatos, com vários textos que falam da descida de Cristo ao Inferno, da Ressurreição e dos fatos ocorridos na vida de Pilatos, Herodes e Tibério depois da Crucificação. Todos foram escritos durante os séculos I e II, mas podem ter sofrido acréscimo e mutilações.

    Este conjunto de informações fazem parte do que convencionou chamar de Atos de Pilatos, importante personagem dos relatos do Novo Testamento.

    Para uns Pilatos foi na contramão dos costumes romanos em se interessar tanto por Jesus que desejou muito não o condenar como os fariseus e  publicanos desejavam, chegando mesmo a se colocar em posição política conflituosa ao oferecer a escolha de soltura de Barrabás, árduo inimigo do império, agitador e revolucionário político ou de Jesus, o filho do carpinteiro que curava e ensinava.

    Para outros, desde sempre, Pilatos é apenas mais um dos vilões do Novo Testamento.

    Foi o quinto Procurador/Imperador da Judeia de 26 a 36 d. C. designado pelo Imperador romano Tibério (Lucas 13:1). Exerceu por um longo período que abrangeu a vida de João Batista e Jesus, teve muitas desavenças com os judeus. Em duas ocasiões ofendeu-os gravemente, interferindo em seus costumes e usos religiosos. Certa vez, introduziu insígnias militares na Cidade Santa com imagem de Tibério, embora sabedor que a imagem esculpida constituía uma ofensa aos judeus. Em outra ocasião, apropriou-se do dinheiro do Templo para financiar obras públicas como um aqueduto para Jerusalém. Essas medidas quase terminaram com uma grande revolta popular. Declarou quatro vezes em público a inocência de Cristo Jesus e, por fim, lavou as mãos.¹

    Lógico, como textos apócrifos não são de todo reconhecidos e nem mesmo podem ter a mesma autoria e datação, todavia, cabe ao digno leitor fazer sua leitura, seus estudos e definir o que possa tirar de utilidade e aprendizado.

    ATOS DE PILATOS (OU EVANGELHO DE NICODEMOS - LIVRO 1)

    Dois textos apócrifos constituem o Evangelho de Nicodemos: Atos de Pilatos - livro 1 e Descida de Cristo ao Inferno - livro 2. Um é sequência do outro e o completa, embora escritos em épocas diferentes, apenas o livro 1 possui maiores elementos de integridade e verossimilhança por isso foi escolhido para ser colocado neste trabalho.

    Justino, em 150, menciona em seus escritos um texto chamado Atos de Pôncio Pilatos, narrando os acontecimentos posteriores à Crucificação.

    Nicodemos narra os episódios da Crucificação e da Ressurreição, mas nada acrescenta aos Evangelhos canônicos.

    Curioso é observar que ele cita o local da Crucificação como sendo o horto onde Cristo foi aprisionado, o Getsêmani, situado ao pé do Monte das Oliveiras.

    Prólogo

    Eu, Ananias, protetor, de hierarquia pretoriana, perito em leis, vim através das divinas Escrituras tomar conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo e me aproximei dele pela fé, e permiti-me receber o santo batismo; agora sinto-me bem, depois de seguir "a pista das narrações relativas a Nosso Senhor Jesus Cristo, que foram feitas naquela época, e que os judeus deixaram guardadas com Pôncio Pilatos; encontrei-as como estavam, escritas em hebraico, e com o beneplácito divino traduzi-as para o grego, para conhecimento de todos os que invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, durante o reinado de Flávio Teodósio, nosso senhor, no ano 17, e sexto de Flávio Valentino, na nona indicação.

    Todos, pois, quantos leiam e traduzam isto para outros livros, lembrem-se e peçam por mim para que o Senhor seja piedoso para comigo e me perdoe os pecados que cometi contra ele.

    Paz aos leitores, aos ouvintes e aos seus servidores. Amém.

    No ano décimo quinto do governo de Tibério César, imperador dos romanos; no ano décimo nono do governo de Herodes, rei da Galileia; no oitavo dia das calendas de abril, correspondente ao dia 25 de março;

    durante o consulado de Rufo e Rubelião; no quarto ano da olimpíada 202; sendo, nessa época, José Caifás o sumo sacerdote dos judeus. Tudo o que Nicodemos narrou com base no tormento da cruz e da paixão do Senhor, transmitiu-o aos príncipes dos sacerdotes e aos demais judeus depois de havê-lo redigido ele mesmo em hebraico.

    Capítulo 1

    1 Depois de se haverem reunido em conselho os príncipes dos sacerdotes e os escribas, Anás e Caifás e Semes e Dothaim e Gamaliel, Judas, Levi e Neftali, Alexandre e Jairo e os restantes dentre os judeus apresentaram-se diante de Pilatos acusando Jesus de muitos feitos, dizendo: Sabemos que ele é filho de José o carpinteiro e que nasceu de Maria, e chama-se a si mesmo Filho de Deus e rei; além disso profana o sábado e ainda pretende abolir a lei de nossos pais, Disselhes Pilatos: E o que ele faz e o que pretende abolir? Os judeus disseram: Temos uma lei que proíbe a cura no Sábado; pois bem, este, servindo-se das más artes, curou durante o Sábado coxos, machucados, cegos, paralíticos, surdos e endemoninhados, Disselhes Pilatos: Se realiza honestamente suas curas, não faz mal algum. Os judeus replicaram: "Se realizasse suas curas honestamente, não seria mal maior; mas para fazê-las usa a virtude de Belzebu, príncipe dos demônios, expulsa a estes

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