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Esdras
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E-book93 páginas1 hora

Esdras

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Sobre este e-book

Este nosso comentário é sobre o livro de Esdras, no qual lemos: “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças.” (Esdras 7.10). Isto comprova que era o Senhor que estava operando em Esdras o querer e o efetuar. Ele havia sido preparado como bom guerreiro de Deus, e agora entraria definitivamente no bom combate da fé, lutando contra o erro e contra tudo o que se opõe ao conhecimento verdadeiro de Deus, quando se dispôs a se dirigir de Babilônia para Judá, para ensinar ao povo do Senhor a guardar a Sua Palavra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de dez. de 2015
Esdras

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    Esdras - Silvio Dutra

    Esdras 1

    Avançando em Meio a Dificuldades

    A expressão que encontramos logo no primeiro versículo do livro de Esdras, bem resume o motivo e o princípio pelos quais não somente a Igreja de Cristo, como cada cristão desta Igreja, individualmente, deveriam nortear todos os seus ministérios e todos os seus projetos de vida, de maneira que se possa dizer deles, quanto a tudo o que tiverem feito neste mundo, que o fizeram para que se cumprisse a palavra do Senhor.

    Para que nos situemos no tempo, convém saber que a narrativa do livro de Ester pertence a um período anterior (478 a.C.) à vinda de Esdras (458 a.C.) e de Neemias (444 a.C), para Judá.

    O livro de Esdras é iniciado com o decreto do rei Ciro, determinando o retorno dos judeus à Palestina, para a reconstrução do templo de Jerusalém, que havia sido destruído por Nabucodonosor, rei de Babilônia, cerca de 586 a.C.

    Há mais de duzentos anos antes do nascimento de Ciro, Deus havia falado através do profeta Isaías (Is 44.28; 45.1) que ele (Ciro), libertaria os judeus do cativeiro em Babilônia, e faria com que retornassem à sua terra na Palestina, para reconstruírem o templo que havia sido destruído pelos babilônios, obra esta que Ciro assumiu, pelo exame das profecias dirigidas a ele, como sendo algo da própria esfera da sua responsabilidade, conforme a determinação que havia recebido de Deus (v. 2).

    Em 605 a.C. foi levado o primeiro grupo de judeus para o cativeiro em Babilônia. Cumpridos os setenta anos previstos para o cativeiro, conforme  a profecia de Jeremias 29.10, prazo este, que havia sido estabelecido por Deus em Sua soberania, em cerca de 537 a.C., Babilônia caiu sob o poder do rei Ciro da Pérsia, que decretou neste mesmo ano o retorno dos judeus à Palestina.

    Nabucodonosor efetuou a primeira leva de cativos no primeiro ano do seu reinado, que correspondeu ao quarto do rei Jeoaquim de Judá, e tendo reinado por 45 anos foi sucedido no trono por seu filho Evil-Merodaque, o qual reinou por 23 anos.

    Babilônia caiu sob o poder da Pérsia no terceiro ano de Belsazar, neto de Nabucodonosor, somando assim os setenta anos de cativeiro, que haviam sido profetizados por Jeremias.

    Os judeus chegaram à Palestina sob o governo de Zorobabel, e logo se dedicaram à obra de reconstrução do templo.

    Sofreram uma forte oposição dos samaritanos, porque haviam sido rejeitados por eles, quanto à participação na reedificação do templo, ficando a obra paralisada por cerca de 16 anos. Esta foi reiniciada em 520 a C., através das exortações dos profetas Ageu e Zacarias, sendo o templo concluído 4 anos depois, em 516 a.C.

    A reconstrução de Jerusalém e da vida religiosa do povo de Deus, seria realizada depois do cativeiro, tanto pelos judeus que concluíram a construção do templo em 516 a.C., quanto por Esdras e Neemias, depois deles.

    Tal reconstrução da vida religiosa dos israelitas, exigiu determinação e abnegação, para que pudesse ser levada a bom termo.

    Esta mesma determinação e abnegação será exigida de todos aqueles que estiverem empenhados em trabalhar em prol da reforma da Igreja, que será uma necessidade sempre presente, enquanto estivermos neste mundo.

    Ninguém deve se iludir pensando que a Reforma empreendida no século XVI não necessitou de novas reformas que se lhe seguiram, à medida que o zelo pela verdade revelada que havia nos reformistas foi se extinguindo depois deles.

    Não haveria necessidade de qualquer reforma, caso o povo de Deus fosse sempre fiel e obediente à Sua vontade, se andasse sempre em conformidade com a Sua Palavra.

    Mas como não é este o caso, nós vemos Deus se levantando e intervindo com Seu braço forte, levantando homens santos, que se consagram inteiramente a Ele e ao Seu serviço, que amam a Sua vontade e Palavra, acima de todas as coisas, que têm o forte desejo de Lhe dar honra e glória, fazendo com que o Seu povo volte a caminhar na verdade.

    Em nossa época, necessitamos de homens e mulheres com este perfil; chamados pelo Senhor para a defesa do Evangelho, consoante a pregação, ensino e prática da sã doutrina bíblica.

    Aqueles que tal como Davi se predispuserem a derrubar o gigante da carnalidade, do erro e do secularismo que têm afrontado a Igreja de Cristo, serão cumulados de grandes honras pelo Rei dos reis, e reinarão com Ele pelos séculos dos séculos.

    Serão grandemente honrados aqueles que tirarem a Igreja do Senhor do cativeiro em que ela se encontra, e que restaurarem o culto e o serviço devidos a Deus, consoante o que está determinado na Sua Palavra, apesar de terem que enfrentar duras oposições, conforme as que vemos nestes três livros históricos de Esdras, Neemias e Ester. Isto traz grande honra e glória ao Senhor Jesus, por demonstrar a força da sua graça, para vencer todo tipo de resistência da carne.

    Os servos do Senhor podem estar certos de que tudo o que fizerem será lembrado por Ele para o próprio bem deles, e terão a grande alegria de verem o fruto do seu trabalho, livrando o povo de Deus das trevas espirituais da ignorância, para o conhecimento e prática da verdade que liberta.

    Assim como Israel não poderia se consagrar a Deus do modo devido, adorando-O em santidade de vida, atendendo aos serviços do Seu templo, senão na liberdade da sua própria terra, recebida como herança do Senhor, longe da idolatria das nações dominadoras, por isso o Senhor lhes havia também livrado do cativeiro no Egito, nos dias de Moisés, para a conquista de Canaã, de igual modo, a Igreja de Cristo não pode adorá-lo senão na liberdade que convém aos filhos de Deus, vivendo na graça do evangelho, e sem misturar suas práticas de adoração e serviço às práticas do mundo.

    É neste território celestial e sagrado, a saber, nas regiões celestiais, que Deus governa sobre o Seu povo e pode ser adorado por eles, na beleza da Sua santidade.

    É a presença do Senhor no meio do Seu povo o principal objetivo da própria vida e ministério, além da razão da sua adoração.

    Como isto não pode ocorrer senão dentro dos parâmetros estabelecidos na Palavra da verdade, porque toda adoração deve ser em espírito e em verdade, então se faz mister que a Igreja se santifique, isto é, que ela se separe de todo mundanismo, carnalidade e erro doutrinário, para se consagrar inteiramente ao Senhor.

    Nenhuma ligação efetiva pode ser estabelecida com Ele fora desta condição de santidade.

    O Israel de Deus deve então sair de Babilônia para servi-lO.

    É na santidade de Seu povo que a virtude e o poder de Deus se manifestam entre eles. Isto dá vida e vigor à Igreja para o desempenho do seu serviço em amor.

    Quando o Senhor se move na direção de prover livramento ao Seu povo para que possam se consagrar inteiramente

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