Vamos diminuir preconceitos e discriminações?
De Favini
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Vamos diminuir preconceitos e discriminações? - Favini
Dedicatória
Este livro é dedicado à bisnetinha Luísa; ao bisnetinho Marcelinho; à neta Giulia; aos netos Possídio, Guilherme e Maurício; aos genros Ivan, Joelson e Júlio; às filhas Andreia, Patrícia e Sandra; e à companheira Rita Eis.
De modo muito especial, à mãe Júlia e ao pai João, que, infelizmente, já se foram. Igualmente, à Noninha, minha avó Luzia que veio da Itália e ajudou a cuidar de mim quando criança.
E também a vocês, leitoras e leitores.
Prólogo
Algumas pequenas máculas ainda existem em nossa sociedade e não se deve fugir disso, sendo o preconceito contra pessoas negras o mais escancarado, sem falar do machismo, reinante em muitos segmentos, e das dificuldades de quem tem deficiência física, dos trabalhadores braçais, dos roceiros, das pessoas com nanismo. Nada exagerado, é claro. Todavia, são observações oportunas, podemos chamar assim. Mesmo porque prudência nunca é demais.
A sugestão é partirmos para uma sociedade menos desigual e com mais consideração e amor fraternal.
E se diminuírem as discriminações e os preconceitos, para uma convivência saudável e mais gostosa, dependerá só de nós, então, vamos nessa?!
Tapando o sol
com peneira
Sabemos que não se muda o passado e embora seja chover no molhado
a afirmação de que sempre é tempo, não se pode olvidar que o que ficou para trás deixou, sim, muitas feridas sociais as quais ainda doem muito no presente. Apesar disso, todos nós podemos fazer alguma coisa positiva a partir de agora, e isso só depende de aceitarmos a verdade.
Mas aceitar é que são elas, pois quem sofreu ou sofre na pele e no coração sabe dizer, com muito mais propriedade, o que é, de fato, sofrer qualquer tipo de discriminação ou de preconceito, ou, quando não, tudo junto.
Quando o assunto cai para essas bandas
, de pronto, pensa-se nas pessoas pretas. Mas ele é muito mais abrangente, muito mesmo. Pode-se afirmar que existe uma relação independentemente da ordem: LGBTQIA+, mulheres, ateus, roceiros, pessoas com nanismo, cadeirantes, carecas, estrangeiros, obesos, regionalistas, pedintes e entre outras.
Alguém poderá até pensar: Eu sou mulher e não vejo por esse lado. Aliás, nunca fui discriminada.
É discriminada, sim, e tem muito a ver com o ambiente em questão. Vejamos alguns exemplos.
Apenas 7% dos municípios brasileiros são governados por mulheres e, segundo a PNAD Contínua de 2019, a população brasileira é composta por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres. Ora, na Câmara dos Deputados apenas 77 cadeiras são ocupadas por mulheres de um total de 513 e, no Senado, o belo sexo é representado por 12 de um total de 81 vagas (dados da Agência Brasil). Ou seja, o percentual de cadeiras ocupadas por mulheres na política não passa de 15%. E por aí vai…
Pessoas com nanismo, por exemplo, têm dificuldades até para comprar ingressos em teatros, o que para solucionar bastaria apenas uma janela mais baixa, com o atendente sentado à altura. Não custa praticamente nada resolver esse imbróglio.
Ainda, lugares que comportam pessoas obesas é uma coisa que não se vê em lugar nenhum, assim como para cadeirantes. Sabemos que não custa tanto dar uma moldada
aqui e outra ali.
Também não cabe na cabeça de nenhuma pessoa sóbria a discriminação com pessoas idosas. A elas o mundo todo deve muito; merecem especial respeito. Mas tem gente que as despreza, isso quando não ironiza.
É muito triste também a falta de respeito para com algumas profissões, como trabalhadoras e trabalhadores da limpeza. Sem essas pessoas, é fácil imaginar o caos que seria. Nas cidades, muitas pessoas também desprezam os trabalhadores da roça, como se não soubessem que quase tudo que vêm à nossa mesa é produto dessa gente valorosa e trabalhadora.
É de dar pena também, que haja quem faça gozação com carecas e baixotes.
Por sorte, ainda é tempo. Não custa refletirmos um pouco e modificarmos muito.
Preconceito e discriminação
Na prática, quando alguém