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O Ladrão De Vidas
O Ladrão De Vidas
O Ladrão De Vidas
E-book539 páginas3 horas

O Ladrão De Vidas

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Sobre este e-book

John Ryder e os Dois Mundos: O Ladrão de Vidas, é o primeiro livro de uma saga repleta de lutas, magia, aventura, suspense e muita ação com uma pitada de romance. O Ladrão de Vidas narra a primeira semana em que John descobre ser de outro mundo, e para chegar em segurança no castelo do maior mago da atualidade, ele terá que contar com a ajuda de seus novos amigos, dominar a magia, despertar seus poderes mutantes e impedir que um ritual de magia negra aconteça. Ritual cujo o propósito é trazer de volta aquele que todos teme, aquele que matou os pais de John e muitos inocentes, o maior mutante das trevas de todos os tempos. Book Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=BAvNfohBecI
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de nov. de 2013
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    Pré-visualização do livro

    O Ladrão De Vidas - James Fernando

    JOHN RYDER E OS DOIS MUNDOS

    LIVRO UM

    O

    LADRÃO DE VIDAS

    Dois Mundos no Caminho para

    A Terceira Guerra Mágica

    James Fernando

    1ª edição

    2013

    Copyright ©, 2013 by James Fernando

    EDA/FBN – Nº de Registro: 603.961

    Clube de Autores - 2013

    Todos os direitos reservados ao autor.

    Nesta obra, qualquer semelhança com nomes, datas e

    acontecimentos reais é mera coincidência.

    1ª impressão

    Título

    John Ryder e os Dois Mundos: O Ladrão de Vidas

    Adaptação de capa

    James Fernando

    Revisão

    Poliana Fonseca

    Fernando, James

    John Ryder e os Dois Mundos: O Ladrão de Vidas

    Clube de Autores – 2013

    1. Magia, Super Poderes, Universo Alternativo, Artes

    Marciais.

    2. Violência, Drogas e Sangue.

    3. Ficção, Romance, Aventura, Ação, Fantasia, Saga e

    Mistério.

    2013

    2

    A minha família, por me apoiarem.

    E à todos aqueles que gostarem dessa obra.

    3

    4

    LIVRO 1

    O LADRÃO DE VIDAS

    1ª edição

    2013

    5

    6

    Sumário

    Prólogo .......................................................................................... 9

    Capítulo 1: O Órfão ................................................................... 11

    Capítulo 2: Rebelião ................................................................. 32

    Capítulo 3: Prisão de Alma ..................................................... 51

    Capítulo 4: Vibração Negra .................................................... 63

    Capítulo 5: A Vidente ............................................................... 74

    Capítulo 6: A Muralha de Areia ............................................. 82

    Capítulo 7: Poseidon ................................................................ 91

    Capítulo 8: As Duas Primas .................................................. 102

    Capítulo 9: Gold Platinum ...................................................... 111

    Capítulo 10: Tempo Proibido ............................................... 123

    Capítulo 11: Magi Cry............................................................. 136

    Capítulo 12: Air-Fly 6000 ...................................................... 144

    Capítulo 13: A Morada ........................................................... 154

    Capítulo 14: Aristoldo Gregory ............................................ 163

    7

    Capítulo 15: Treino na Floresta ........................................... 176

    Capítulo 16: As Chamas de Apollo ..................................... 190

    Capítulo 17: O Ladrão de Vidas ........................................... 202

    Capítulo 18: A Queda ............................................................. 211

    Capítulo 19: Os Cinco Corações .......................................... 220

    Capítulo 20: A Lança Dourada ............................................. 231

    Trecho de A Profecia do Príncipe ........................................ 247

    8

    Prólogo

    Um livro de ouro foi criado, e sete poderes foram selados nas

    sete páginas de prata do livro. Durante a Primeira Guerra

    Mágica, todos contra os vikings, o livro foi usado. Sete

    escolhidos foram os portadores das páginas e seus poderes. Mas

    a sétima página foi usada pelo Rei Viking. O Rei Viking,

    consumado pelo poder das trevas da sétima página, massacrou o

    mundo. Mas pereceu, e a Guerra Mágica foi vencida. A sétima

    página foi recuperada e selada no livro junto com as outras seis

    páginas. Mas nem tudo foi paz, depois de mais de 500 anos, um

    novo ser surgiu, trazendo uma nova e massacrante guerra.

    Conhecido como o Imperador das Trevas, seu proposito foi um

    pouco mais ousado, dominação sob o medo. Depois de sua

    derrota, a guerra ficou conhecida como, a Segunda Guerra

    Mágica. Não se passou nem 15 anos desde a derrota do

    Imperador das Trevas, uma guerra se aproxima mais rápido do

    que tudo. A força total das trevas quer vingança, e seu poder

    esta mais forte do que nunca, e o mundo esta caminhando na

    direção da Terceira Guerra Mágica, e desta vez, a guerra vai

    envolver os Dois Mundos. E tudo vai depender da escolha de

    uma única pessoa... John Ryder.

    Ele com a lança dourada na mão, olhou para Gabrielle que

    estava sendo segurada por dois capangas. John estava diante

    do trono, seu rosto estava todo sujo de terra, carvão e

    manchado de sangue.

    John não conseguia ficar de pé sozinho, dois capangas o

    segurava pelos braços o forçando a ficar de pé. A dor era

    9

    imensa. Insuportável. Ele estava indefeso. Ele nunca pensou que

    iria voltar naquele lugar, não depois de tudo o que já havia

    passado. Seus olhos mal conseguiam ficar abertos, seu corpo

    estava todo dolorido, sua perna direita quebrada, sua visão

    estava embaçada.

    De Gabrielle, ele olhou para John, ele estava de pé na frente do

    trono, a lança em sua mão direita. Ele ergueu a mão e a

    inclinou para trás do ombro, olhando diretamente para John,

    ele lançou a lança dourada. A lança foi em direção ao coração

    de John.

    - NAAAÃOOO...!!! – gritou Gabrielle desesperada vendo a

    lança a apenas 5 metros de distância indo em direção a John.

    Ela se debatia tentando se livrar dos capangas, ela iria salvar o

    seu amigo, nem que ela entrasse na frente e fosse atingida. Ela

    tinha que fazer algo. Gritava desesperada, ela mordeu a mão de

    um dos capangas, chutou a canela do outro, os dois a soltaram,

    ela começou a correr em direção a John. E o tempo estava se

    esgotando, John tinha apenas mais três segundos.

    10

    CAPÍTULO 1

    O Órfão

    Um desejo ardente de que tudo aquilo não passasse de um

    pesadelo. Mais uma vez seu braço havia sido queimado. A dor

    era insuportável, agoniante, mas ele não podia ceder. Não

    quando a verdade por trás daquela queimadura era, por assim

    dizer, obscura.

    Já de frente para o portão (um portão de grade em ferro maciço

    redondo com chapa de aço), ele olhou para o prédio. Um prédio

    de um andar; bege e com uma placa de aço, que dizia Orfanato

    Esperança. Fechou os olhos por um segundo, respirou fundo e

    entrou. Ele estava torcendo para que ninguém o abordasse, não

    queria de jeito nenhum explicar onde ele havia se queimado, não

    quando ele corria o risco de ser preso, mesmo tendo 14 anos.

    Ele nunca quis aquilo, tudo o que ele queria era ter uma vida

    normal, mesmo sendo órfão. Mas parecia que os problemas o

    perseguem. Quando ele tinha sete anos, se viu, de algum jeito;

    mesmo estando a metros de distância, culpado de explodir um

    carro; um Toyota Corolla 2005 prata. Quando tinha oito anos,

    causou pânico na rua da escola. Nove anos, ele destruiu quatro

    viaturas de policia que o perseguia. O único problema? Ele não

    se lembra de nada disso, só se lembra de ser acusado. Talvez

    seja por isso que a Sra. Mercy o odeia, o trate tão mal; ele tenta

    se convencer disso, mesmo sabendo que ela o trata mal desde

    que ela passou a trabalhar ali, no orfanato, desde quando ele

    tinha quatro anos. E lá estava ela, saindo da cozinha, ele já

    11

    estava fechando a porta da frente do orfanato. Já era por volta

    das oito da noite quando ele chegou no orfanato. Sra. Mercy o

    fitava com aqueles olhos marrom-terra; Sra. Mercy era uma

    mulher acima do peso, devia pesar em torno de 102 quilos, era

    bem desengonçada. Seu rosto gordo, porém, quadrado, e seu

    nariz de bruxa faziam John ter pesadelos a noite quando era

    mais novo. Ela usava uma camisa de algodão e poliéster azul

    céu, com uma estampa na frente que diziam Obedece ou morre! ,

    era algo obviamente, explicito, para os órfãos, obedecer ou

    sofrer as consequências. Com seu salto alto vermelho de fitas

    entrelaçadas em seus pés, ela caminhou para perto dele.

    - Sete horas! – Sra. Mercy disse o encarando com aqueles olhos

    sedentos por sangue, sua voz estava alta, quase gritando; sua voz

    era estridente e insuportável. – Este é o horário para estar de

    volta. Já passam das oito. Parece que você gosta de limpar a

    cozinha toda sozinho! Você tem uma hora para se arrumar e

    comer, deu onze horas, quero ver a cozinha limpa e brilhando...!

    Com o braço esquerdo virado de um jeito para que ela não visse

    a queimadura, e de um jeito normal, sem chamar a atenção. Ele

    conteve sua frustração, sua dor, olhou para ela e disse:

    - Sim senhora...

    - Sim senhora... – ela repetiu em uma gozação irritante.

    John respirou fundo e subiu a escada para o andar de cima. O

    chão do prédio era feito de madeira envernizada; tinha uma cor

    marrom quase vinho. Ao chegar no topo da escada, olhou pela

    janela, e lá estava, no outro lado da rua, a mesma limusine preta

    que ele viu de manhã. Provavelmente era alguém importante

    visitando a vizinhança. Mas ele não tinha tempo para isso, ele

    tinha que se tratar, amenizar a dor escaldante, mesmo sabendo

    que na manhã seguinte iria passar, sempre passa. Ele andou pelo

    12

    corredor, que só tinha três portas, seguindo em frete, no fim do

    corredor, havia a porta que dava para o escritório da diretora. Do

    lado direito do corredor havia a porta do quarto dos meninos, e

    do lado esquerdo a porta do quarto das meninas. Ele correu ate o

    quarto dos meninos.

    O quarto era enorme, grande o suficiente para acomodar as doze

    camas, seis em cada lado do quarto. Uma janela enorme de

    frente para a porta sem cortinas, a cama de John era a da ponta,

    logo ao lado da janela. O teto era alto, sem gesso, nem madeira,

    só havia as telhas vermelhas para proteger o quarto da chuva e

    do sol, coisa que não fazia muito bem, em dias de chuvas, o

    chão era colorido pelos baldes e bacias. Havia alguns órfãos

    deitados em suas camas, outros estudando, todos os onze

    meninos estavam no quarto, agora eram doze contando com

    John.

    John não era muito popular com os órfãos também, na verdade,

    era impopular com todo mundo; mesmo as garotas. Mesmo elas

    perdendo o folego ao ver ele, pois ele era bonito, muito bonito.

    Com seus olhos azuis claros, que dão a impressão de estar vendo

    um mar, mas ao mesmo tempo uma constelação na noite azul

    mais linda, e salpicados no centro com um verde claro que

    intensificam os seus olhos, dando uma impressão final de se

    estar olhando para olhos divinos, majestosos. Seus cabelos em

    um preto sedoso com leves e quase despercebidos tons de mel,

    porém curto, em um estilo moicano, mas natural, desarrumado.

    Ele não se importava com sua aparência, nunca quis se arrumar,

    mas mesmo assim, sem pentear o cabelo, usando as roupas

    usadas que doavam para o orfanato, ele chamava a atenção das

    meninas (e de alguns meninos). Ate mesmo os mais velhos, os

    adultos o olhavam, ate mesmo desejando que seus filhos fossem

    bonitos como ele, tivessem uma presença chamativa e magnifica

    13

    como ele. Mas mesmo assim ele ainda era impopular, os

    meninos o odiavam por causa de sua aparência; as meninas o

    odiavam porque ele não se interessava nelas. John nunca sentiu

    vontade de beijar ninguém, nem sair com ninguém, e nunca teve

    pensamentos impróprios com ninguém. Pois no fundo ele sabia,

    mesmo que se recusasse a aceitar, ele sabia que não pertencia

    aquele lugar, ele era diferente, e sabia que ninguém ate o

    momento era a pessoa certa. Ao entrar no quarto, muitos o

    olharam. Um jovem de mesma idade, 14 anos, se levantou da

    cama ao lado da dele ao ver ele entrar e correu ao seu encontro.

    Era um jovem de olhos pretos como a noite, cabelos loiros,

    bonito, tão bonito quanto John, talvez não tanto, talvez mais, era

    difícil dizer. Era da mesma altura, um pouco mais de 1,63.

    Dentes perfeitos, assim como John, pele clara, uma enorme

    semelhança com John. Ate poderiam dizer que ambos são

    irmãos de sangue.

    - Aí John, onde você esteve? – perguntou ele em um tom

    preocupado.

    Os dois eram melhores amigos, eram como irmãos; talvez pelo

    fato dos dois serem impopulares e terem o mesmo dom para

    atrair problemas.

    John hesitou, mesmo Kyle sendo seu melhor amigo, ele jamais

    disse o seu segredo para ele. Não queria que o amigo o olhasse

    com desprezo, nojo, que ele deixasse de ser seu amigo. Não, ele

    não podia arriscar, Kyle não saberia de seu segredo, pois sabia

    que ele também poderia acabar na mesma enrascada. Então ele

    fez a mesma coisa que vem fazendo desde quando Kyle foi para

    o orfanato quando tinham nove anos, desde cinco anos atrás, ele

    mentiu.

    - Dando uma volta por aí...

    14

    Kyle o olhou desconfiado, e John sabia que Kyle suspeitava que

    ele estava mentindo, afinal, John nunca foi bom em mentir, seu

    rosto o entregavam na hora. Por isso ele se esforçava ao máximo

    para encobertar esta única mentira para seu brother.

    - Desculpe, mas eu preciso ir ao banheiro... – disse John

    rapidamente antes que Kyle começasse o interrogatório, e é

    claro, ele já não estava mais aguentando disfarçar a dor.

    Ele entrou no banheiro do quarto e trancou a porta. Era um

    banheiro simples, apenas para higiene pessoal. No andar de

    baixo há os vestiários para o banho. Olhou para a queimadura,

    estava horrível, estava em carne viva. A tratou o mais rápido

    que pode com os primeiros socorros, e depois foi tomar banho.

    Depois de ter tomado banho, John desceu. Esquentou um prato

    de comida que Kyle havia guardado para ele, o que John

    agradeceu profundamente. John, para o lado de comida, é outra

    pessoa. A timidez some, a insegurança, tudo de negativo some.

    Pois seu apetite é nada mais e nada menos do que... monstruoso.

    Kyle o acompanhou ate a cozinha. O silêncio foi terrível, pois

    John sabia que Kyle ainda queria saber aonde ele esteve o dia

    todo, todos os sábados e domingos, durante cinco anos. E ele

    odiava mentir para o seu melhor amigo, doía no fundo de sua

    alma mentir descaradamente para a única pessoa que ele se

    importa e se importa com ele. E ele ter vestido uma jaqueta de

    moletom cinza de manga comprida não ajudou nada em sua

    mentira, pois estava fazendo quase 40 graus naquela noite, mas

    ele tinha que esconder seu braço esquerdo enfaixado com

    ataduras. Enquanto John lavava a louça, Kyle pegou um prato de

    porcelana, abriu a geladeira e pegou uma fatia de pudim de leite

    condensado, se sentou a mesa e com lentas colheradas de pudim

    a boca, ele encarava John com um olhar frio, cheio de suspeitas.

    15

    Sentindo aquele olhar de Eu sei que você esta mentindo. Eu

    quero saber a verdade, sob a suas costas, se sentiu pressionado,

    ele queria contar, tinha que contar pra alguém o que aconteceu

    nos últimos cinco anos, principalmente o que aconteceu algumas

    horas antes de retornar para o orfanato. Mas se ele contasse para

    alguém, ate os mínimos detalhes, ele podia não ir preso, mas

    certamente iria para o hospício. Iriam dizer que ele estava louco,

    que apenas imaginou o que aconteceu, ele queria que isso fosse

    ate verdade, queria ser louco, ter imaginado, mas não. Aquilo foi

    real, tão real que seu braço estava ali para provar, a marca da

    queimadura, queimado ate a carne viva, mas se ele esperasse

    para contar ate o dia seguinte, ninguém iria acreditar, pois não

    iria ter prova alguma do que aconteceu, pois seu braço estaria

    curado.

    Quando se deitou em sua cama, ficou pensando se tinha feito o

    certo, se ter contado toda a verdade para Kyle foi o correto a

    fazer. Se sim, e agora? Tudo o que ele sabe é que, Kyle apenas

    foi se deitar em silêncio, não disse nenhuma palavra, apenas

    deixou o prato para John lavar e subiu para o quarto. Mas ele

    não podia culpar seu melhor amigo, afinal, ele vem mentindo

    por cinco anos, e quem em sã consciência iria acreditar no que

    aconteceu? Ele ficou nesses pensamentos ate adormecer. John

    sonhou, sonhou com aquela manhã de sábado, reprisou em seu

    sonho tudo o que havia acontecido naquele dia, detalhe por

    detalhe, ele sonhou que abriu os olhos:

    Com o fim do verão e o inicio das aulas, o sol já batia forte

    sobre São Paulo às 8 horas da manhã, uma breve onda de calor

    vinda do Egito estava deixando as pessoas bem mais

    temperamentais, e tudo indicava que a tendência era de que iria

    aumentar ate a noite.

    16

    Ao abrir os olhos, ele viu o teto de telhas vermelhas do orfanato,

    sonolento e sem animo algum, ele teve que se forçar a sair da

    cama, a Sra. Mercy iria entrar no dormitório a qualquer

    momento, e ter que lidar com a frustração dela logo pela manhã

    não era algo que John desejaria nem para o seu pior inimigo.

    Depois de fazer sua higiene pessoal, ele voltou para o quarto e

    começou a arrumar sua cama. Os outros órfãos estavam em pé

    diante das camas, alguns já haviam terminado de arrumar sua

    própria cama, outros estavam mais atrasados que John, para

    John só faltava dobrar o cobertor. Kyle já havia terminado.

    - Ande logo com isso! – disse a Sra. Mercy ao entrar no

    dormitório.

    A Sra. Mercy segurava um chicote na mão esquerda e com leves

    batidas na mão direita demostrava ser do tipo que odiava

    crianças.

    - Seu inútil...! – ela disse olhando fixamente para John que

    estava de costas para ela. – Você não presta pra nada mesmo!

    Ao perceber que todos estavam olhando pra ele, John virou-se

    lentamente deixando o cobertor velho que segurava em cima da

    cama, apesar de já estar acostumado a ser tratado mal pela Sra.

    Mercy, não podia deixar de sentir frustração.

    - Nem pra arrumar uma cama o mais rápido possível você

    presta...! – disse ela.

    - Ela devia ser olhar no espelho... – sussurrou Kyle ao lado de

    John.

    John se segurou para não soltar um riso. A Sra. Mercy não

    ouviu, ela apenas continuou com a ditadura. Ela disse como

    alguém que comeu e não gostou:

    - John Ryder... mas que diabos de nome é esse, John

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