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A ilha misteriosa
A ilha misteriosa
A ilha misteriosa
E-book222 páginas3 horas

A ilha misteriosa

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Sobre este e-book

Um dos mais aclamados livros de Júlio Verne, A ilha misteriosa foi publicado em 1874.
O livro conta a aventura e a luta pela sobrevivência de um grupo de homens que, após fugirem da guerra em um balão, acabam em uma ilha desconhecida e cheia de mistérios.
O grupo de náufragos tenta organizar a vida na ilha, enquanto lida com piratas e outros perigos e sonha com algum navio que os resgate. Para piorar a situação, a ilha está ameaçada por um vulcão.
Coisas misteriosas acontecem e um benfeitor parece estar ajudando, sem nunca mostrar quem é.
Eles vão conseguir sobreviver? Qual será o destinos dos homens e da ilha misteriosa?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de set. de 2021
ISBN9786586655995
A ilha misteriosa
Autor

Julio Verne

Julio Verne (Nantes, 1828 - Amiens, 1905). Nuestro autor manifestó desde niño su pasión por los viajes y la aventura: se dice que ya a los 11 años intentó embarcarse rumbo a las Indias solo porque quería comprar un collar para su prima. Y lo cierto es que se dedicó a la literatura desde muy pronto. Sus obras, muchas de las cuales se publicaban por entregas en los periódicos, alcanzaron éxito ense­guida y su popularidad le permitió hacer de su pa­sión, su profesión. Sus títulos más famosos son Viaje al centro de la Tierra (1865), Veinte mil leguas de viaje submarino (1869), La vuelta al mundo en ochenta días (1873) y Viajes extraordinarios (1863-1905). Gracias a personajes como el Capitán Nemo y vehículos futuristas como el submarino Nautilus, también ha sido considerado uno de los padres de la ciencia fic­ción. Verne viajó por los mares del Norte, el Medi­terráneo y las islas del Atlántico, lo que le permitió visitar la mayor parte de los lugares que describían sus libros. Hoy es el segundo autor más traducido del mundo y fue condecorado con la Legión de Honor por sus aportaciones a la educación y a la ciencia.

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    A ilha misteriosa - Julio Verne

    Parte I

    Naufragados no Ar

    Capítulo 1

    – Estamos subindo de novo?

    – Não, pelo contrário, estamos descendo!

    – Pior do que isso, Sr. Smith, estamos caindo!

    – Pelo amor de Deus, jogue para fora todo o lastro!

    – O último saco está vazio!

    – E o balão voltou a subir?

    – Não!

    – Estou ouvindo as ondas quebrando!

    – O mar está abaixo de nós!

    – A menos de quinhentos pés!

    Então, uma voz clara e forte berrou:

    – Para fora tudo que temos, e que Deus nos ajude!

    Foram essas as palavras que cortavam o ar acima da imensidão do Pacífico, perto das quatro horas da tarde do dia 23 de março de 1865.

    Sem dúvida, ninguém esqueceu o terrível vento nordeste que nos castigou furiosamente no equinócio daquele ano. Foi um furacão ininterrupto entre o dia 18 e o dia 26 de março. Cobrindo uma área de 1.800 milhas obliquamente ao Equador, ocasionou imensa destruição na América, na Europa e na Ásia. Cidades e florestas arruinadas, costas devastadas pelos tsunamis, navios naufragados, grandes áreas destruídas pela água, milhares de pessoas esmagadas contra a terra ou afogadas no mar; esse foi o legado deixado pelo terrível furacão. Superou até mesmo os desastres de Havana e de Guadalupe, em 1810 e 1825.

    Enquanto as catástrofes aconteciam em terra e mar, uma cena não menos desesperadora se desenrolava pelos ares.

    Um balão, pego pela corrente de ar do furacão, disparou pelos ares a noventa milhas por hora. Abaixo do balão, em meio à névoa e acima do oceano, havia uma cesta com cinco pessoas.

    De onde vinha esse viajante aéreo, feito de brinquedo pela tempestade? Evidentemente não podia ter decolado durante a tempestade, que já durava cinco dias e mostrava seus sintomas desde o dia 18. Devia, então, ter vindo de uma grande distância, talvez percorrido, pelo menos, duas mil milhas por dia. Os passageiros também não tinham noção de que curso haviam tomado, não tendo nada para medi-lo ou calculá-lo. E, naturalmente, também não tinham consciência da violência da tempestade. Eram jogados para todos os lados, com sua visão atrapalhada pela densa névoa e nem sabiam dizer se era dia ou noite. Nenhum som e nenhuma luz penetravam a densidade da névoa. Apenas, em sua rápida descida, haviam percebido o perigo das ondas que os ameaçava abaixo.

    Enquanto isso, o balão, livre dos artigos pesados, subia a mais de 4.500 pés. Os passageiros, ao descobrirem o que estava embaixo, perceberam que os perigos acima eram menos ameaçadores e começaram a jogar tudo para fora do balão, por mais importante que fosse — exceto o fluído que era a alma do balão e os mantinha no ar.

    A noite passou em meio a perigos que teriam sido fatais para almas menos corajosas. Com o nascer do dia, o furacão mostrou sinais de diminuição: as nuvens vazias se elevaram e o vento se tornou o que marinheiros chamariam de uma ‘’leve brisa".

    Perto das onze horas, a visibilidade melhorou e a tempestade parecia ter terminado, quem sabe transformada em correntes elétricas. Contudo, o balão determinadamente descia, parecendo colapsar. Tinha 50 mil pés cúbicos de gás, sendo capaz de navegar no ar bastante tempo. Os tripulantes haviam jogado tudo que tinham pela borda, lutando para manter o balão mais leve e firme, mas, agora, era evidente que o gás estava escapando e não poderiam manter o balão no ar por muito tempo.

    Estavam perdidos!

    Não havia terra alguma à vista, nem mesmo ilhas, nada — apenas o interminável mar revolto. Não havia também navio algum.

    Então, para se salvarem, teriam de cessar o movimento de descida, custasse o que custasse. Mas, apesar de todos os esforços, o balão continuava a descer, ao mesmo tempo que se movia rapidamente com o vento para sudoeste.

    Que terrível a situação desses infelizes homens. Nada adiantava e o balão seguia descendo, cada vez mais rápido. Até que, por volta de uma hora da tarde, estavam a apenas 600 pés do mar. A tripulação havia conseguido adiar a catástrofe em várias horas, mas não mais do que isso. E, a menos que alguma terra aparecesse antes do por do sol, viajantes, balão e cesta iriam desaparecer em meio às ondas.

    Então, a voz de um homem, cujo coração não conhecia o medo, foi ouvida e respondida por duas outras não menos destemidas:

    – Já foi tudo jogado?

    – Não, ainda temos 10 mil francos em ouro.

    Uma pesada bolsa caiu no mar.

    – O balão sobe?

    – Um pouco, mas logo descerá novamente.

    – Não há nada mais que podemos nos livrar?

    – Nada.

    – Sim, há. A cesta!

    – Vamos nos agarrar na rede, então, e nos livrarmos dela.

    A cesta, então, caiu ao ser cortada do balão, que subiu novamente 2 mil pés — era, de fato, a última forma de dar sobrevida ao balão. Os cinco passageiros ficaram agarrados à rede, olhando para o abismo abaixo.

    A estabilidade de um balão é sensível. A diminuição do peso o fez subir depressa, mas ele logo voltou a descer, sendo irreparável o furo por onde escapava o gás. Os homens haviam feito tudo o que podiam e, agora, sua única saída era rezar a Deus.

    Às quatro da tarde, quinhentos pés acima do mar, o latido alto de um cachorro, enrolado à rede, foi ouvido.

    – Top viu alguma coisa! – gritou alguém, seguido de outro grito mais alto – Terra! Terra!

    O balão viajava rapidamente para sudoeste e uma grande porção de terra começou a aparecer naquela direção. Mas ainda estava a trinta milhas e demoraria uma hora para chegarem. Uma hora! Não estaria o balão vazio até lá? Era a questão.

    O grupo não sabia se era uma ilha ou continente, se havia habitantes ou não; não sabia nem mesmo para que parte do mundo haviam sido levados, mas sabia que tinham que alcançar aquela terra, custasse o que custasse. Era evidente que o balão não duraria muito tempo e as cristas das ondas mais altas começaram a roçar na rede, dificultando a situação.

    Meia hora depois, estavam a apenas uma milha da ilha, mas o balão já estava vazio. Eram castigados pelas marolas e, de vez em quando, arrastados pelo balão, quando batia algum vento. Quem sabe poderiam, assim, chegar à ilha? Mas, de repente, num golpe do mar, o balão subiu novamente muitos metros no ar, para terror dos tripulantes. Ao invés de ir diretamente para a ilha, tomou uma espécie de rota paralela. Contudo, alguns minutos depois, se reaproximou da costa e acabou caindo na areia, longe do alcance da arrebentação. Os passageiros se apressaram em se livrar da rede; o balão, livre do peso, logo desapareceu em sua subida impulsionada pelo vento.

    A cesta continha cinco passageiros e um cachorro, mas apenas quatro haviam descido na areia. O quinto havia sido derrubado pela grande onda que atingira o balão e devia ser por isso que o balão subiu uma última vez antes de cair em terra. Mal haviam se livrado da rede, os quatro náufragos puseram-se a pensar no companheiro perdido:

    – Talvez ele esteja tentando nadar para a costa. Vamos salvá-lo! Vamos salvá-lo!

    Capítulo 2

    Não eram aeronautas profissionais e nem amadores. Eram prisioneiros de guerra, cuja audácia havia permitido essa maneira de fuga. Teriam perecido, sido atirados no abismo, não fosse a Providência os preservando para um estranho destino. E, no dia 20 de março, depois de decolarem de Richmond, cercados pelas tropas do General Ulysses Grant, se viram a sete mil milhas da capital da Virginia, principal localidade dos sulistas durante a terrível Guerra de Secessão.

    Em fevereiro de 1865, em uma das tentativas falhadas do General Grant de tomar Richmond, muitos de seus oficiais foram capturados pelo inimigo. Um dos mais importantes era um oficial de Estado-Maior, chamado Cyrus Smith.

    Cyrus Smith era de Massachusetts, engenheiro de profissão e exímio cientista, a quem o governo havia confiado a direção das ferrovias durante a guerra, fato de tão grande importância estratégica.

    Com seus 45 anos, era um autêntico norte-americano — magro e esguio, e alguns cabelos brancos começavam a aparecer em seu cabelo curto e seu bigode farto. Era um homem de ação, mas também de estudo. Movia-se sem esforço, impelido por grande vitalidade, e seu temperamento desafiava todas as dificuldades. Era muito prático e educado.

    Era também a personificação da coragem, tendo lutado em praticamente todas as batalhas da Guerra como voluntário de Illinois, sob o comando do General Grant. Mas, nesses combates, apesar de não se poupar, ele havia tido grande sorte, até o dia em que foi ferido e capturado no cerco a Richmond.

    Outro personagem havia caído nas mãos dos Sulistas junto com Cyrus Smith. Ninguém menos do que Gideon Spillet, repórter do New York Herald, que havia sido incumbido de cobrir os detalhes da guerra junto às tropas do norte. Era um dos principais representantes do jornal e não media esforços para captar e transmitir rapidamente as informações.

    Era homem de grande energia e disposição, tendo estado em quase todo o mundo, resoluto em suas ações e indiferente a qualquer tipo de perigo para realizar seu trabalho.

    Havia também estado em muitas batalhas, com o revólver numa mão e o lápis na outra. Não se cansava com horas seguidas telegrafando e suas mensagens eram sempre curtas, claras e importantes.

    Gideon Spillet era alto, com quarenta anos ou mais, e olhos claros, velozes e observadores. Ao ser capturado, estava escrevendo uma descrição da batalha e suas últimas palavras foram:

    – Tem um Sulista mirando em mim e...

    Cyrus Smith e Gideon Spillet foram levados para Richmond. Rapidamente recuperados, se conheceram e logo se afeiçoaram um ao outro, tendo como único objetivo retornar às fileiras do General Grant.

    Mesmo podendo andar livremente na cidade, Richmond era tão bem guardada que uma fuga era praticamente impossível. Contudo, um dos criados de Cyrus havia conseguido se juntar a ele. Negro e descendente de escravos, havia sido há muito alforriado pelo engenheiro, abolicionista convicto. Agora liberto, não queria por nada no mundo abandonar seu patrão e, por ele, daria sua vida. Era um homem de trinta anos, ágil e vigoroso, inteligente, calmo, um pouco ingênuo, mas prestativo. Seu nome era Nabucodonosor, mas só respondia por Nab.

    Quando Nab soube que seu mestre havia sido capturado, partiu de Massachusetts sem pensar duas vezes. Após chegar aos arredores de Richmond, mesmo com esforço e habilidade, precisou arriscar a própria vida umas vinte vezes para conseguir entrar na cidade fortemente guardada.

    Mas entrar era uma coisa, e sair era outra. Os prisioneiros federais eram vigiados a cada segundo. A ocasião excepcional que permitiria uma fuga não só era difícil de acontecer, como também era muito difícil de se criar. Grant seguia com suas enérgicas operações e os prisioneiros tinham, como único desejo, fugir e se juntarem a ele.

    Enquanto isso, também havia alguns sitiados que pretendiam fugir da cidade para se juntarem ao exército separatista. E, entre eles, havia um certo Jonathan Forster, um violento Sulista.

    Na verdade, os Confederados eram tão incapazes de sair da cidade quanto os prisioneiros, estando essa cercada por Grant. O Governador de Richmond já estava há tempos sem comunicação com o General Lee e era urgente avisá-lo sobre a situação da cidade para que apressasse o exército de resgate. Jonathan Forster, então, o convenceu que atravessaria as linhas inimigas num balão, chegando até o acampamento dos Confederados.

    O Governador autorizou a partida de Jonathan e cinco companheiros, e assim o balão foi feito, com armas e provisões, para voar no dia 18 de março. Com o vento noroeste, eles esperavam alcançar o acampamento em poucas horas, mas não contavam com a virada de tempo: o vento se transformou numa tempestade tão violenta que a partida teve que ser adiada. O balão estava pronto na praça de Richmond, esperando que o vento diminuísse para partir imediatamente, mas ele não diminuía, ao contrário da paciência de Jonathan. Na manhã do dia 20, a tempestade estava mais forte ainda. Era impossível alçar voo.

    Naquele mesmo dia, numa rua de Richmond, Cyrus Smith foi abordado por um marinheiro entre trinta e cinco e quarenta anos, forte e bronzeado, chamado Pencroff. Era um americano que dizia ter viajado por todos os mares do mundo e passado por todo tipo de aventura. Corajoso, nada poderia surpreendê-lo. Os negócios haviam levado Pencroff a Richmond no início daquele ano, junto com um rapaz chamado Harbert Brown, de quinze anos, filho do capitão de Pencroff, um órfão que ele amava como um filho. Não tendo deixado a cidade no início do cerco, acabou preso. E, conhecendo a reputação do engenheiro, não teve cerimônias ao falar com ele:

    – Sr. Smith, já ficou o suficiente em Richmond?

    O engenheiro olhou fixamente para o homem, que acrescentou baixinho:

    – Sr. Smith, você quer mesmo escapar?

    – Como? – perguntou o engenheiro rapidamente, de forma claramente impensada, já que não havia analisado o homem.

    – Você quer escapar?

    – Quem é você? – respondeu ele, com a voz fria.

    Pencroff se apresentou.

    – É suficiente – disse Smith. – E como você pretende escapar?

    – Naquele balão idiota que está ali parado e me parece pronto para nós!

    O marinheiro nem precisou terminar a frase para o engenheiro entender tudo. Smith levou o homem para casa pelo braço. Lá, Pencroff explicou seu plano, que era muito simples. Arriscariam apenas a própria vida. Era o auge da tempestade, sim, mas um bom engenheiro como Cyrus Smith com certeza saberia conduzir o balão, certo?

    Smith ouvia o marinheiro em silêncio, com um brilho nos olhos. Ali estava sua chance e ele não era homem de perder chances. Era arriscado, mas era possível. De noite, apesar dos guardas, poderiam chegar ao balão, entrar na cesta, cortar as cordas e partir. Poderiam ser baleados, é verdade, mas poderiam não ser e ter sucesso, apesar da tempestade. Na verdade, sem a tempestade, não teriam tido a chance.

    – Não estou sozinho – disse Smith, por fim.

    – Quantos você quer levar? – perguntou o marinheiro.

    – Dois. Meu amigo Spillet e meu criado Nab.

    – Então, são três. Comigo e Harbert, cinco. Bem, o balão pode levar seis, não pode?

    – Ótimo, vamos então.

    O repórter, corajoso que era, aceitou de imediato, assim como Nab, que iria aonde seu patrão fosse.

    – Hoje de noite, então – disse Pencroff.

    – Hoje à noite, dez horas – respondeu Smith. – E rezem aos céus para que essa tempestade não abrande antes de nossa fuga.

    Pencroff se despediu do engenheiro e foi encontrar Herbert, que aguardava ansioso para saber a resposta. Eram, portanto, cinco pessoas determinadas a se jogarem no olho da tempestade.

    E a tempestade não se abateu. A noite chegou e, às nove e meia, Cyrus Smith e seus companheiros tomaram caminhos diferentes para a praça. As luzes haviam sido apagadas pela tempestade e reinava a mais profunda escuridão. Não conseguiam ver a si mesmos e nem ao balão, inclinado para o chão pelo vento. Além dos sacos de areia, a cesta era presa por um grosso cabo, que passava por uma argola e se prendia ao chão.

    Smith, Spillet, Harbert e Nab subiram na cesta, enquanto Pencroff tirava os sacos de areia, um por um. Logo depois, subiu também. O cabo agora era tudo o que prendia o balão. Então, um cão saltou para dentro da cesta. Era Top, o cão de Smith, que conseguira romper a corrente e ir atrás do dono. Smith ainda pensou em expulsá-lo, mas Pencroff decidiu manter o animal, se desfazendo de mais dois sacos.

    Soltaram o cabo e o balão partiu num ângulo diagonal, batendo em duas chaminés antes de desaparecer. A tempestade os atingiu com violência assustadora e não conseguiram ver mais nada abaixo. Demoraram cinco dias para ver o mar, castigado pelos ventos furiosos.

    Já vimos como quatro desses cinco homens, que partiram no dia 20 de março, foram jogados quatro dias depois em uma praia deserta, a 6 mil milhas de seu país. E por quem faltava, aquele que seus companheiros se apressavam para resgatar, era seu líder, Cyrus Smith.

    No dia 05 de abril, Richmond caiu nas mãos do General Grant. O General Lee recuou para o oeste e a causa da União triunfou.

    Capítulo 3

    O engenheiro

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