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Sonhos De Tinta
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E-book173 páginas1 hora

Sonhos De Tinta

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Sobre este e-book

Pequenos contos que mostram momentos da vida através das lentes das cores, dos sentimentos, dos sabores. Que são os sonhos? Como podemos descrevê-los? Será que somos capazes de defini-los com algumas palavras? Será que seríamos capazes de olhar nossa alma através das lentes das cores e enxergar a beleza singela dos mais diversos sentimentos? O que veríamos do outro lado? Seríamos capazes de enxergar beleza em tudo ao nosso redor? Seríamos capazes de pintar nosso próprio destino, usando nossos Sonhos de Tinta?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de ago. de 2015
Sonhos De Tinta

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    Pré-visualização do livro

    Sonhos De Tinta - Débora Falcão

    Débora Falcão

    Os personagens e as situações desta obra são reais apenas no universo da ficção; não se referem a pessoas e fatos concretos, e sobre eles não emitem opinião.

    Título original: Sonhos de Tinta

    Produção Editorial: Editora Pessoal do Autor

    Diretor Editorial: Débora Teixeira Falcão de Oliveira

    Projeto gráfico e Diagramação: Débora Falcão e Esdras Freitas

    Edição de Arte: Débora Falcão

    Direção de Arte: Débora Falcão

    Revisão Técnica: Débora Falcão e Esdras Freitas

    Impressão e Acabamento: Clube de Autores

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Falcão

    , Débora, 1981

    Sonhos de Tinta, Débora Falcão

    Recife – PE: Editora Pessoal do Autor, 2015

    ContosI. Título

    B869.8

    Livro revisado conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ratificado em 2008.

    Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução no todo ou em parte do texto sem a autorização expressa da autora.

    Direitos desta edição contratados por:

    Editora Pessoal do Autor

    Recife, Pernambuco, Brasil

    www.facebook.com/LivrosdeDeboraFalcao

    www.facebook.com/ColorindoAsPalavras

    Fones: (81) 99742-7391 / 98712-0720

    Caro leitor, em primeiro lugar, gostaria de agradecer por ter dado a mim a oportunidade de mostrar um mundo colorido, um mundo cheio de matizes e paletas em vários tons, onde os sentimentos se comunicam através dessas cores.

    Espero que você abrace estes contos e sinta-se envolvido por eles, pelas situações, pelas histórias, por um mundo encantado, onde cada momento foi captado pela preciosidade de sua beleza.

    A mensagem deste livro é que cada momento de nossas vidas pode ser eternizado e visualizado através das lentes coloridas da poesia, e que não importa o sentimento: tristeza, medo, amor, paixão, felicidade, alegria, loucura, dor. Ele sempre terá uma cor, uma beleza, um tom que tinge as telas da vida de modo singular.

    A você que ainda não consegue visualizar essas cores, que vê tudo cinza ou preto e branco, e nunca usou lentes coloridas para enxergar a beleza de cada momento, eu dedico este livro. Saiba que cada momento de nossas vidas, por mais triste ou doloroso, sempre tem um modo mais bonito de se ver.

    Deixo a você, leitor, estas páginas, para que elas falem ao seu coração, à sua alma, para que nunca desista de seus sonhos. Sonhos coloridos, sonhos pálidos, sonhos azuis, não importam quais sonhos; o importante é que sejam sempre uma meta a ser perseguida, e que nunca se corte as asas de sua vontade e esperança de voar.

    Ao final de cada conto, deixo a você um espaço especial, para expressar as cores e impressões de sua alma. Um espaço onde será sua vez de escrever, de deitar ao papel as palavras que martelaram seu coração, o que você sentiu ao ler o conto, ou apenas uma frase que marcou e você gostaria de deixar registrado. Um espaço onde você poderá colorir, escrever, desenhar, marcar, personalizar. Transforme este livro num livro especial, um livro que, não importa quem o tenha: ele é diferente de qualquer outro, pois é todo seu, com gotas de seu coração, expressões de seus sentimentos, impressões de sua própria aura.

    Que este livro traga a você grandes impactos e suaves sensações, e que você também possa enxergar todos os seus momentos vividos, sejam tristes ou alegres, seja no amor ou na dor, mas enxergá-los através de lentes coloridas; ressaltar nos cinzas os dourados; realçar nos róseos os vermelhos; encontrar o degradê dos tons pálidos que o levará aos tons fortes e quentes. Mas jamais despreze cor alguma; ainda que cinza, tem sua alma; ainda que pálido, tem seu sentimento.

    Espero deixar em seu coração uma marca, a marca da beleza. E que você possa pintar o seu mundo do seu jeito, com seus belos...

    Salto Quinze................................................................................13

    Rosas e Velas.............................................................................17

    Samira...........................................................................................21

    Rio Solar......................................................................................25

    Carolinas e Caramelos............................................................29

    Ponto de Vista...........................................................................33

    Tulipas Azuis.............................................................................37

    Lilás...............................................................................................41

    Doce..............................................................................................47

    Aroma de Café...........................................................................51

    Pálido Sonho.............................................................................55

    Melancolia..................................................................................59

    Vestida de Chuva.....................................................................63

    Noturno.......................................................................................67

    Eterno Ocaso.............................................................................71

    Veludo e Porcelana.................................................................75

    Voyeur.........................................................................................79

    Chardonay.................................................................................83

    Amélia.........................................................................................89

    Dama e Violino.........................................................................93

    Rainha de Maio........................................................................99

    Céu de Setembro......................................................................105

    Hanami........................................................................................109

    Entre Tules e Cetim.................................................................113

    Canela e Chocolate.................................................................117

    Saudade em Mi Menor...........................................................123

    Anjo de Gelo.............................................................................127

    Aquele Lago..............................................................................131

    Meia Arrastão...........................................................................135

    Lápis de Cor..............................................................................139

    Agradecimentos.....................................................................................      143

    I

    Bocejou mais uma vez. Com o bocejo viu tudo embaçado, e parecia que as luzes ganhavam um colorido diferente, surreal. Seus olhos se encheram de riscos e círculos dourados, vermelhos e, às vezes, verdes e azuis. Naqueles breves segundos podia ver as cores dançarem num reino particular, só seu. Umas passeavam e sobrepunham-se às outras, criando novos matizes e tons naquela brincadeira.

    Sorriu. Adorava ver as cores. Para elas não havia tempo ruim e, se chovia, ficavam ainda mais belas entre as gotículas que as ampliavam ou as escondiam. Era tudo tão perfeito e singular, tão belo!

    Sentiu os pés doerem. Eles a chamaram de volta, e sua visão clareou. Não via mais a beleza das cores e sua brincadeira, suas cirandas e carrosséis. Em seu lugar, o brilho caótico de uma cidade em plena atividade noturna, sua companheira. Suspirou. Bateu os saltos dos sapatos no asfalto escuro e sem graça, e o som produzido era igualmente escuro e sem graça. Uma luz chamou sua atenção, mas não era tão bela quanto o dourado do mundo colorido. Era uma luz baça, amarela, morna, que piscava chamando-a, inquirindo-a, desafiando-a. Seguiu em direção à luz, como uma mariposa que, mesmo sabendo de seu funesto fim, ainda assim precisava dela.

    As cores de seu mundo não eram sorridentes e felizes; eram cores duras, cores cortantes, cores geladas. Elas não brincavam nem serpenteavam, não sorriam nem mesmo cantavam. Apenas assistiam de seus olhos amarelos baços, vermelhos ácidos e, às vezes, verdes adoecidos e azuis pálidos. Sempre buscou as cores magníficas do mundo colorido para cercar-se delas, mas os vermelhos eram sempre apertados, os dourados sempre pesados, e o preto sempre emborrachado. O vermelho não a deixava respirar, o dourado puxava seu pescoço e suas orelhas como se fossem gordos trapezistas, e o preto fazia barulho quando andava. Não eram como as cores do mundo colorido.

    Segurou em suas mãos de unhas descoradas um maço de cores desbotadas e sorriu com lábios tingidos de uma cor berrante. Não importava qual era, ela não cantava, não sorria, não cirandava. Apenas berrava. Olhou em volta. O cansaço sentou-se em seus ombros, e o salto quinze balançou para equilibrar-se. Avolumou-se em seu peito uma força natural e avassaladora, e começou a sentir os efeitos dela. Seus olhos se apertaram e sua boca se abriu. Queria sorrir, mas não tinha mais o controle. A força estava ali novamente, e uma alegria encheu sua mente. Já perdera as contas de quantas vezes aquilo acontecera aquela noite, mas

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