Retalhos De Uma Vida

De Edival Faustino Dos Santos

Este livro trata da história de um menino que, por ser filho único, os pais deram-lhe todas as regalias, fazendo-o enveredar por caminhos sombrios que levaram seus próprios genitores à morte.Sentindo-se sozinho, apela para o tio, um político renomado que o adota como filho. Mesmo assim, continua com suas falcatruas, decepcionando a família que o acolheu.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 13 de out. de 2015

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EDIVAL FAUSTINO DOS SANTOS

RETALHOS DE UMA VIDA

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"O passado pode nos guiar; o futuro pode nos fazer progredir;

mas é o presente que tem o papel essencial de nos

transformar."

François Gervais

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Agradecimentos:

Profª. Rosa Maria Lima Rosa

Henrique Péricles Faustino da Silva

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SINOPSE

Este livro trata da história de um menino que, por ser filho

único, os pais deram-lhe todas as regalias, fazendo-o enveredar

por caminhos sombrios que levaram seus próprios genitores à

morte.

Sentindo-se sozinho, apela para o tio, um político

renomado que o adota como filho. Mesmo assim, continua com

suas falcatruas, decepcionando a família que o acolheu.

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SUMÁRIO

1ª PARTE - A TRAGÉDIA

15 - Uma surpresa desagradável

19 - O grande susto

24 - Primeiras travessuras

31 - Mais uma de Alexandre

36 - Na sala de aula

45 - Nova experiência

49 - Uma magnífica descoberta

56 - A maldição

63 - Tragédia inesperada

2ª PARTE - O POLÍTICO

70 - Mudança de vida

76 - O novo político

80 - Ambição desenfreada

85 - O casamento

92 - Um novo mandato

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BIOGRAFIA

Edival Faustino dos Santos - nasceu em Rio

Largo/AL, onde fez seus primeiros estudos,

concluindo-os em 1968. Cursou o Ensino Médio

no Colégio Estadual de Alagoas (Antigo Lyceu

Alagoano), em Maceió.

Em 1974, prestou vestibular de Letras – Português/Francês

pela UFAL (Universidade Federal de Alagoas) logrando êxito.

Iniciou suas atividades profissionais em 1974. Lecionou em

várias escolas públicas de sua cidade. Foi professor substituto

da EAFS (Escola Agrotécnica Federal de Satuba), atualmente

IFAL, onde ministrou aulas de Literatura e Redação.

Em 1992, iniciou o curso de Medicina pela ECMAL (Escola

de Ciências Médicas de Alagoas), atualmente UNEAL

(Universidade Estadual de Alagoas), abandonando-o após o

terceiro ano, pois se sentia melhor numa sala de aula.

Em 2002, fez o curso de Especialização em Língua

Portuguesa e Literatura Brasileira pela Academia Alagoana de

Letras.

Trabalhou como professor concursado, as disciplinas:

Língua Portuguesa, Língua Francesa e Redação, de 1980 até

2010, pela SEE (Secretaria do Estado de Educação), quando

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solicitou aposentadoria espontânea, por tempo de serviço.

Lecionou Língua Portuguesa em algumas escolas da rede

municipal de Maceió, professor efetivo, desde 1979.

Atualmente é professor efetivo de Língua Portuguesa

pela rede municipal de ensino do município de Rio Largo.

Sempre se dedicou às Letras, admirando vários escritores

como: Graciliano Ramos, José Lins do Rêgo, Jorge Amado,

Machado de Assis, Monteiro Lobato, Rachel de Queiroz, Além

dos poetas: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles,

Manuel Bandeira, Mário Quintana, Rui Barbosa, Vinícius de

Morais e outros.

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1ª PARTE

A TRAGÉDIA

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Uma surpresa desagradável

Estava na sala de aula, despreocupado, a mexer com os

colegas, como de costume. Parecia esbanjar toda a felicidade

do mundo. Neste momento, a campainha toca e todos se

dirigem ao pátio.

Preparava-se para o lanche do intervalo quando um

garoto lhe traz um recado, solicitando o seu comparecimento à

secretaria, pois alguém o chamava ao telefone. Achou tudo

aquilo muito estranho. Não havia combinado nada com

ninguém, nem marcado nenhum compromisso. Os pais não

seriam porque estes não se encontravam em casa, portanto

não faria a mínima ideia de quem pudesse ser.

Sai apressado para atender e logo se surpreende com

uma trágica notícia. Ficou sem ação, um pouco desnorteado,

pois até lhe faltara o raciocínio.

Recobradas as energias após algum tempo, cheio de

preocupações, dirige-se à sala. Sorrateiramente, pega os

materiais e vai saindo cabisbaixo, meio sorumbático, porém na

esperança de que tudo não passe de uma brincadeira de mau

gosto, inventada por algum vândalo irresponsável para pregar-

lhe um susto.

Os colegas mais íntimos perceberam, em seu semblante,

um ar de desespero e passaram a compartilhar daquela

situação constrangedora.

Com o intuito de ajudá-lo, começaram a fazer-lhe

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perguntas, tentando descobrir a causa. Ignorando, sem dar a

mínima atenção, ele nada responde e retira-se.

Sua estranheza levou os colegas a concluir que lhe teria

acontecido algo muito sério, pois seu comportamento não

condizia com a realidade. Durante todo tempo em que ali

estudava, sempre deu atenção a todos e nunca se apresentara

mal-humorado. Era muito extrovertido, só vivia brincando e

possuía uma criatividade ímpar, provocando risos com suas

piadas hilárias. Nunca estava só. A turma gostava de sentar-se

ao seu lado porque, se alguém estivesse com algum problema,

esquecia de repente. Esporadicamente exagerava com suas

brincadeiras maliciosas, razão pela qual algumas colegas o

chamavam de chato e antipático, entretanto não chegavam a

odiá-lo. Às vezes usava palavras torpes, ferindo profundamente

alguns companheiros, destaque para os que aparentavam não

gostar dele.

Indeciso, entra na coordenadoria, comunica que não está

se sentindo bem e