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Crítica À Representatividade Das Coisas
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Crítica À Representatividade Das Coisas
E-book130 páginas1 hora

Crítica À Representatividade Das Coisas

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Sobre este e-book

O estudo da representatividade das coisas é pertinente à reflexão filosófica contemporânea em face de que atualmente as Artes têm explorado sobejamente este liame entre a existência independente e a dependente do observador, de modo que novos problemas surgem neste aspecto, fomentados pela maior facilidade dos meios de difusão de informações. Pretendemos demonstrar que existem falhas nas vertentes esboçadas por Schopenhauer e por Merleau-Ponty nas suas explicações sobre a realidade e o observador, e que elas ainda não foram superadas, nem sequer respondem de modo satisfatório à dificuldades apresentadas originalmente. Pretendemos também elaborar um enfoque eclético sobre as correntes defendidas por ambos e superar as dicotomias percebidas. Uma das grandes preocupações da Filosofia atual é ser útil àqueles que a cultivam, de modo que entendemos que a discussão que doravante se fará nestas páginas tem a sua relevância assegurada haja vista o interesse que ela desperta até entre aqueles que a fazem de forma leiga. O assunto que se há de tratar propõe uma reflexão sobre a realidade das coisas em face do observador, analisando as interações que existem, as que devem existir e as que são dispensáveis para que se possa afirmar ou negar esta mesma realidade e independência. Tal questão foi objeto de especulações pelas correntes do Empirismo, do Idealismo e da Fenomenologia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de set. de 2009
Crítica À Representatividade Das Coisas

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    Crítica À Representatividade Das Coisas - Fábio Gardenal Inácio

    FÁBIO GARDENAL INÁCIO

    CRÍTICA À REPRESENTATIVIDADE DAS COISAS EM

    SCHOPENHAUER E MERLEAU-PONTY

    ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE A REALIDADE DAS COISAS E

    O OBSERVADOR

    Fábio Gardenal Inácio

    2

    INÁCIO, Fábio G.

    Crítica à representatividade das coisas em Schopenhauer e Merleau-Ponty: análise da interação entre a realidade das coisas e o observador /

    Fábio Gardenal Inácio. – Birigui, SP : [s.n], 2009. 98p.

    Trabalho dissertativo autônomo.

    Bibliografia.

    1. Filosofia – Teses. 2. Fenomenologia. 3. Realidade. 4.

    Representatividade. 5. Epistemologia. 6. Subjetividade CDD 120

    CDU 116

    © 2009. Todos os DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos, Internet, e-books ou outros para qualquer finalidade. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados ou de compartilhamento de arquivos utilizando programas de Internet ou mídias físicas ou ainda sistemas de armazenamento de arquivos na Internet. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19/02/1998 (Lei dos Direitos Autorais).

    Setembro de 2009.

    FÁBIO GARDENAL INÁCIO

    Licenciatura Plena em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais/SP. Bacharel em Direito e Especialista em Direito Processual pelo Centro Universitário Toledo de Araçatuba/SP. Extensão Universitária em Direito Público pela Escola Superior da Advocacia da OAB, cursada na Seccional de Araçatuba/SP. Especialista em Estudos Teológicos e Especialista em Teologia Bíblica pelo Centro de Pós-graduação Andrew Jumper (CPAJ), da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Fundamental em Teologia pelo Instituto Teológico Quadrangular. Oficial de Justiça do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo CRÍTICA À REPRESENTATIVIDADE DAS COISAS EM

    SCHOPENHAUER E MERLEAU-PONTY

    ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE A REALIDADE DAS COISAS E

    O OBSERVADOR

    DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho a Deus primeiramente, por me propiciar concluir meus intentos, aos meus pais, Joaquim Inácio Rodrigues e Dulcinira Gardenal Inácio por nunca medirem esforços para me garantir uma educação sólida e adequada e à eterna Cibelle Ledesma Salla, por sua paciência, incentivo e amor ao longo de todos estes anos. É por causa deles que me empenho em ser cada dia melhor do que fui no dia anterior e mais prestativo àqueles com os quais mantenho contato.

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço à todos que incentivaram a elaboração e conclusão deste trabalho, especialmente meus colegas do curso de Licenciatura Plena em Filosofia do Centro Universitário Claretiano de Batatais/SP, notadamente ao Dorival Costa, ao Luís Cláudio Tonchis, ao Marcos Moretti, ao Jesus Aguiar, ao Francisco Carlos Baggio, à Rosenir Batista Vale, ao Edson Rodrigues de Lima (o carioca de Mato Grosso), ao Tiago Augusto Soares Pereira e aos professores, notadamente ao Prof. Adriano Volpini, ao Prof.

    Luís Fernando Crespo, à Profª. Ana Maria Fátima Cardoso Zia. Espero estar à altura de realizar um trabalho digno de sua apreciação e consideração.

    RESUMO

    Este trabalho visa indicar uma problemática conceitual verificada quando comparamos a filosofia de Arthur Schopenhauer e de Maurice Merleau-Ponty sobre a representação das coisas e o papel do observador em sua interpretação. Ambos tinham teses sobre como o mundo se apresentava ao observador e como este poderia entendê-lo e interagir com ele, bem como com os demais observadores, implicando isso numa teoria sobre o conhecimento que repensava a forma clássica como fora anteriormente estabelecida por René Descartes, defensor do racionalismo, e por John Locke, defensor do empirismo, além de expor os problemas de ambas e das sutis diferenciações nelas operadas pelos seguidores de ambos.

    LISTA DE ILUSTRAÇÕES

    Quadro Mona Lisa...............................................................................35

    Quadro Retrato da Sra. Matisse (1905)...............................................35

    Quadro Detalhe do Retrato da Sra. Matisse (1912).............................35

    Quadro Mulher com chapéu................................................................36

    Quadro Guernica..................................................................................37

    Quadro Persistência da Memória.........................................................38

    Quadro Mulher e cachorro diante da Lua............................................39

    Cena A do Documentário What the bleep we know?! .........................49

    Cena B do Documentário What the bleep we know?! .........................49

    Figura Mesas........................................................................................52

    Figura Cubos cinzas.............................................................................53

    Figura comparando os cubos cinzas........................................................53

    Figura Fachada (1) de István Orosz.....................................................54

    Figura Fachada (2) de István Orosz.....................................................54

    SUMÁRIO

    DEDICATÓRIA...........................................................................................................5

    AGRADECIMENTOS.................................................................................................7

    RESUMO.....................................................................................................................9

    LISTA DE ILUSTRAÇÕES.......................................................................................11

    INTRODUÇÃO.........................................................................................................15

    CAPÍTULO 1 NOÇÕES GERAIS SOBRE TEORIA DO CONHECIMENTO.......20

    1.1 O EMPIRISMO EM JOHN LOCKE E EM DAVID HUME.........................20

    1.2 O IDEALISMO EM RENÉ DESCARTES E EM IMMANUEL KANT......22

    1.3 FENOMENOLOGIA EM EDMUND HUSSERL .......................................30

    1.4 CONCLUSÃO PRELIMINAR......................................................................31

    CAPÍTULO 2 REPRESENTATIVIDADE NAS ARTES..........................................34

    2.1 SUBJETIVIDADE NA PINTURA................................................................34

    2.2 IDEALISMO NO CINEMA..........................................................................40

    CAPÍTULO 3 REPRESENTATIVIDADE NAS CIÊNCIAS E NA FILOSOFIA CIENTÍFICA........................................................................................45

    3.1 INSIGHTS DA NEUROCIÊNCIA................................................................45

    3.2 INSIGHTS DA ÓPTICA...............................................................................51

    3.3 FILOSOFIA CIENTÍFICA............................................................................55

    CAPÍTULO 4 REPRESENTATIVIDADE EM SCHOPENHAUER E

    MERLEAU-PONTY .................................................................................................61

    4.1 SCHOPENHAUER........................................................................................61

    4.1.1 O mundo como vontade e como representação.....................................63

    4.1.1.1 Pessimismo em Schopenhauer19 .................................................64

    4.1.1.2 Reconhecimento e crítica ao kantismo.........................................66

    4.1.1.3 A representação............................................................................68

    4.1.1.4 A vontade.....................................................................................70

    4.2 MERLEAU-PONTY......................................................................................75

    4.2.1 Relação entre a razão e a percepção.....................................................77

    4.2.2 O fenômeno e a coisa-em-si.................................................................79

    4.2.3 Corpo como transição do Idealismo e do Empirismo..........................80

    4.2.4 Arte como expressão do Ser Bruto e do Espírito Selvagem.................86

    CONCLUSÃO...........................................................................................................89

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................96

    INTRODUÇÃO

    O estudo da representatividade das coisas é pertinente à reflexão filosófica contemporânea em face de que atualmente as Artes têm explorado sobejamente este liame entre a existência independente e a dependente do observador, de modo que novos problemas surgem neste aspecto, fomentados pela maior facilidade dos meios de difusão de informações.

    Não é raro que pessoas assistam a filmes como A Cela (The Cell, 2000), Identidade (Identity, 2003), a trilogia Matrix (The Matrix, 1999; " The Matrix Reloaded", 2003; " The Matrix Revolutions", 2003) ou leiam livros populares de Filosofia, como O

    mundo de Sofia (Cia. das Letras, 25ª ed., 1995), e mesmo em locais corriqueiros e informais teçam suas considerações sobre a realidade das coisas e o papel do observador, com as mais diversas conclusões a respeito. Deste modo é imperativo que a reflexão filosófica se espraie novamente sobre o assunto com o intuito de uniformizar o conceito que se tem sobre este aspecto, ou ao menos considerar a possibilidade de incorporar novos enfoques neste debate.

    Pretendemos demonstrar que existem falhas nas vertentes esboçadas por Schopenhauer e por Merleau-Ponty nas suas explicações sobre a realidade e o observador, e que elas ainda não foram superadas, nem sequer respondem de modo satisfatório às dificuldades apresentadas originalmente. Pretendemos também elaborar um enfoque eclético sobre as correntes defendidas por ambos e superar as dicotomias percebidas.

    Nosso enfoque se dará precipuamente sobre estes dois autores, mesmo sendo de nosso conhecimento que a corrente da qual Merleau-Ponty é afiliado iniciou-se com Husserl e não com ele mesmo e que Schopenhauer também poderia ser acompanhado de estudos em Kant ou Fichte. Fazemos esta opção porque buscamos a identidade e a etnologia de ambos e não os sucessivos desdobramentos de cada uma de suas correntes. Quando necessário outros autores serão citados, mas não serão o foco de nossos esforços.

    Este trabalho pretende ser um Monografia Filosófica. Uma das grandes preocupações da Filosofia atual é ser útil àqueles que a cultivam, de modo que entendemos que a discussão que doravante se Fábio Gardenal Inácio

    16

    fará nestas páginas tem a sua relevância assegurada haja vista o interesse que ela desperta até entre aqueles que a fazem de forma leiga.

    O assunto que se há de tratar propõe uma reflexão sobre a realidade das coisas em face do observador, analisando as interações que existem, as que devem existir e as que são dispensáveis para que se possa afirmar ou negar esta mesma realidade e independência. Tal questão foi objeto de especulações pelas correntes do Empirismo, do Idealismo e da Fenomenologia, esta mais recentemente.

    Atualmente, já conhecedores dos exageros destas três correntes, pensamos poder contribuir validamente para o debate propondo uma abordagem eclética, por mais estranho que isso possa parecer, ao mesmo tempo em que tentamos solucionar alguns problemas sutis de cada uma das vertentes, amparados também por enfoques retirados da Psicologia e das Artes, sendo que estas seriam usadas apenas como exemplos de expressão das vertentes estudadas e de nossa proposta eclética, tanto quanto for possível.

    Basicamente o problema que buscamos resolver se resume às seguintes questões: As coisas existem por si ou dependem da representação que o observador faz delas? A representação pode criar novas coisas a partir da observação? A representação modifica uma coisa observada? Se existe mais de um observador a mesma coisa se torna tão distinta em si quantos forem eles? Se a coisa só existe em uma relação com o observador, haveria algo de comum para mais de um observador acerca da mesma coisa e que possa ser a coisa em si, independentemente dos adereços interpretativos que cada um lhe

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