O Conto Dos Nobres E Dos Selvagens
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O Conto Dos Nobres E Dos Selvagens - Fábio Andrews Rocha Marques
Capítulo 1 – O encontro que mudou tudo
Capítulo 1? Mas o capítulo anterior não foi o primeiro? Algum estagiário deve ter errado esse título... Ah, você já está aí, leitor? Você não quer que eu conte o resto daquela história chata, quer? Que tal falarmos dos fatos interessantes sobre mim? Eu tenho uma bexiga muito pequen- O quê? Querem que eu continue a história? Mas que droga! Está bem...
Muito tempo se passou até que Mimi, a princesa que se tornou selvagem, completou 10 anos. Ela viajou por diversos lugares e aprendeu muitas coisas sobre como ser uma selvagem: montar máquinas pequenas com lixo, vestimenta desarrumada, dançar la cucaracha
de trás para frente...
Mimi: al ahcaracuc, aL ahcaracuc. aY on edeup ranimac!
Tudo bem, algumas dessas coisas foram inúteis. Mas existiram coisas que ela aprendeu que não eram costumes dos selvagens...
Mimi: Leia de novo! Leia de novo!
Fada Tune: Tudo bem, tudo bem. Mas você sabe o quanto as fadas demoram para ler livros. *limpa a garganta* Era uma vez... A SEGUINTE NARRAÇÃO DE HISTÓRIA FOI CORTADA PARA REDUZIR O CUSTO DO LIVRO O conto dos nobres e dos selvagens
... e a princesa descobriu que era sua irmã gêmea malvada que havia escondido seu cristal no calabouço. E todos viveram felizes para sempre. Fim.
Mimi: Uau! Eu adorei!
Gweneth: Outro conto de fadas? Deve ser o décimo que você escuta nessa semana!
Mimi: Mas mamãe Gweneth, eu adoro contos de fadas! Castelos, personagens mascotes desnecessários para continuação do enredo principal, princesas... Eu queria conhecer uma princesa de verdade...
Gweneth: Princesas? Mas princesas de verdade não existem, minha filha. É tudo de faz de conta, como a fada do dente ou o buraco na camada de ozônio.
Mimi: Mas a fada Tune leu um livro para mim sobre as princesas de verdade. Existem pessoas chamadas nobres que vivem na cidade de...
Gweneth: Não me diga... A fada Tune quem leu isso? Ela ainda se lembra do nosso acordo?
Fada Tune (com medo): Tudo menos a atendente telefônica...
Gweneth: Queridinha, os nobres de verdade não são como os livros mostram. Livros não sabem de nada! Mas a mamãe sabe mais. Eu te digo como os nobres são... Inclusive, eu vou cantar! Lááááá...
E essa cantoria da Gweneth será interrompida. Vamos dar um pause
nessa cena. Vocês devem estar se perguntando: E o que aconteceu com a outra princesa? A irmã da Mimi que ficou em Nobletown? A princesinha de nome não criativo chamada Princess?
Bem, Princess viveu sua vida inteira sem saber que sua irmã estava com os selvagens. Ela morava na minha cidade, Nobletown. Neste momento, ela estava apresentando um trabalho bem importante na sua escola.
Princess: O título do meu trabalho é: As grandes princesas do mundo
. Essa daqui é a princesa Nélia Armstrogonoff, que foi a primeira princesa na lua, apesar de muitos dizerem que a lua era inalcançável. Ela descobriu que a lua é feita de queijo e é por isso que toda vez que a lua muda de fase nós recebemos muito queijo aqui em Nobletown.
Aluno intolerante à lactose: O quê? Então é por isso que temos tanto queijo? Vamos mandar um macaco para a lua! Assim ele pode comer todo o queijo!
Princess: Quem come queijo é rato, não macaco.
Aluno intolerante à lactose: Oh, ratos...
Aluno rato: Ei! Eu achei isso ofensivo!
Princess: A segunda princesa é Alberta Einstênia, que apesar de ser chamada de louca, descobriu que se você fica sentado por muito tempo em uma chapa quente, seu bumbum fica todo torrado.
Aluno burro: Ah, então era isso que acontecia!
Princess: E isso conclui meu trabalho sobre as grandes princesas do mundo. Como vocês podem ver, existiram muitas princesas importantes que não tiveram medo de descobrir, de inovar, de criar...
Aluna qualquer: Mas nenhuma dessas era nobre, certo? Os nobres gostam de tudo do jeitinho que deve ser.
Princess: M-Mas talvez exista uma forma dos nobres descobrirem coisas importantes como elas. Quem sabe se encontrarmos outras pessoas que nos expliquem como inventar, nós possamos criar coisas novas por conta própria!
Aluna qualquer: Assim como o aluno que inventou o copo auto-limpável?
Aluno inventor: Hora de beber água... *o copo liga automaticamente e o aluno engole água + detergente* Pelo menos eu fico com o intestino limpo...
Do outro canto da sala, uma professora japonesa, de óculos e cabelo preto curtinho, expressou sua opinião:
Professora: E-Eu achei a apresentação da Princess-chan muito boa. Foi bastante criativo e interessante.
Aluna qualquer: Mas professora Nakamura, você é japonesa. Você conseguiu entender toda a apresentação?
Professora Nakamura: Bem, quase... Boa parte... Não muito... Tudo bem, eu peguei o dicionário de português para italiano ao invés do português para japonês. Lua é luna, certo?
Princess (falando consigo mesma): Seja boazinha, Princess. Seja boazinha. Não vou ficar estressada com os outros.
Aluno qualquer: A PRINCESS É MALUCA! EU SEI FALAR EM LETRAS MAIÚSCULAS!
Princess: Professora, eu quero ir para casa. Agora!
Princess não gostou do que os alunos disseram sobre seu trabalho e decidiu voltar para casa imediatamente. A professora levou Princess de volta para seu castelo. De carruagem porque ela gosta do cheiro de carruagem nova.
Rainha Queen: Filhinha, o que houve na escola?
Princess: Quem é você?
Rainha Queen: Ah, é mesmo. Meu nome no primeiro capítulo foi Mãe da Princess
. Deve ter sido algum estagiário que estava digitando. Então, o que houve?
Princess (chorando): Nélia Armstrogonoff foi para a lua, mas o aluno rato achou ofensivo... *funga* E depois Alberta Einstênia descobriu que seu bumbum fica todo torrado... *funga*
Rainha Queen: O...Kay. Isso não faz muito sentido.
Rei King (pai da Princess): Professora Nakamura, o que houve?
Professora Nakamura: Princess mostrou um trabalho na escola sobre as grandes princesas do mundo e os alunos zombaram do trabalho dela porque acreditam que os nobres não são capazes de inventar ou descobrir grandes coisas.
Rainha Queen: Oh, filhinha... Isso não é... Na verdade, é verdade sim. Você não deveria estar pensando nessas coisas. Já pensou no seu pedido? Os nobres têm uma tradição de conceder um único grande pedido para qualquer princesa nobre.
Princess: Bem que eu queria pedir para encontrar algum inventor. Já pensou se os nobres conversassem com pessoas que sabem inventar muito bem? Como aqueles selvagens do livro de história.
Rei King: O quê? Filha, você não sabe como os selvagens são de verdade? Eles não são boas pessoas como nós! Papai vai cantar uma música para descrever isso.
E não foi bem assim que a história de Mimi parou? Vamos ouvir as duas músicas ao mesmo tempo para que todos os leitores fiquem mais malucos do que já são?
Gweneth: Os nobres são engomados, esnobes e descarados.
Rei King: Os selvagens são feios, sujos e mal-educados.
Gweneth: Eles só fazem trabalhar. Não tem tempo nem para respirar... Ar.
Rei King: Os selvagens nunca trabalham, eles ficam em casa e sujam o assoalho... O quê? nada rima com trabalham
!
Gweneth: Eles não gostam de surpresas, são mesmo bem caretas.
Rei King: Eles acham que tudo é diversão. Papai vai chupar esse limão.
Gweneth: Eles têm nariz empinado.
Rei King: E... E eles têm dentes afiados.
Gweneth: Eles têm medo de tudo e não sabem festejar.
Rei King: E o papai aqui, não sabe nem rimar.
Gweneth: Assim são os nobres.
Rei King: Assim são selvagens.
Gweneth: Nunca mudarão.
Rei King: Nunca, nem pensar.
Mimi: Mas como você sabe?
Princess: Podem ser legais.
Gweneth: Sempre foram assim.
Rei King: Ninguém volta atrás.
Gweneth: Assim são os nobres.
Rei King: Assim são selvagens.
Gweneth: Nunca mudarão.
Rei King: Nunca, nem pensar.
Gweneth: Agora me escute.
Rei King: PAPAI NÃO SABE RIMAAAAAAAAAAAAAR!
Gweneth e Rei King: Essa foi a música dos nobres e dos selvagens
, disponível no CD pão e mortadela cai bem com feijão
por apenas 9,99. Compre já!
Muito bem, apesar do número músical DENTRO DE UM LIVRO QUE NÃO DÁ PARA OUVIR NADA, acho que já deu para você, leitor, ter uma ideia do que estava acontecendo. Os nobres e os selvagens não se dão muito bem. Mas tudo isso iria mudar naquele dia,pois a mamãe Gweneth tinha um plano que iria envolver Nobletown:
Gweneth: Como todos vocês sabem, existe uma tradição dos selvagens em construir uma torre gigante que nos leve até o céu. Para isso, nós empilhamos uma enorme quantidade de lixo e juntamos tudo até formar uma torre.
Melody (tomando sorvete): Oh, oh! Pode ser uma torre de sorvete? Eu adoro sorvete!
Ah, eu esqueci de mencionar essa tal de Melody
. Ela é uma garotinha que vive tomando sorvete, mas que nunca engorda. Também é muito burra. Qual a importância dela na história? Bem, você se lembra que a mamãe Gweneth viu a Mimi pela primeira vez e disse Queridinha, eu não sou sua mãe. Na verdade, eu já tenho uma pirralha que dá trabalho. Então, xô! *empurra o carrinho para longe*
? Pois bem, ela é a filha verdadeira de Gweneth. E como ela tem a mesma idade que Mimi, Gweneth disse à ela que Mimi era sua irmã. Eu não me lembro se ela era importante ou não, mas é bom vocês ficarem de olho nela.
Gweneth: Não, Melody, não pode ser uma torre de sorvete. Tem de ser de lixo mesmo porque dura mais...Muito mais. Enfim, precisamos de uma cidade com muito lixo e espaço para construir essa torre. *abre um mapa em uma mesa qualquer*
Melody: Que tal nessa cidade aqui? *deixa o sorvete que estava tomando cair em cima do mapa*
Gweneth: MEU MAPA! Eu ainda estava pagando as prestações!
Melody: Vamos para Nobletown
? Tem uma bola de sorvete em cima dela no mapa, então deve ser uma cidade deliciosa!
Fada Tune: Nobletown? Mimi com 10 anos? Péssima ideia! Péssima ideia!
Gweneth: Nobletown... Onde foi que eu ouvi esse nome mesmo? Enfim, aquela cidade está cheia de nobres chatos.
Mimi: Nobres? Ah, mamãe Gweneth, os nobres podem ser chatos, mas também jogam muito lixo fora! Seria muito bom para contruírmos a torre para o céu como manda a tradição.
Gweneth: É... Tem razão... Tudo bem, eu já decidi! Os selvagens irão para Nobletown!
E foi assim que os selvagens entraram em Nobletown. Assim que chegaram, Mimi disse que iria sair para procurar lixo para a torre.
Gweneth: Tudo bem, mas leve a sua fada e sua irmã. Se precisar comprar algo, use a fada como cartão de crédito.
Mimi: Tudo bem.
Enquanto isso, Princess estava olhando pela janela de seu castelo, imaginando se algum dia encontraria um selvagem...
Princess: Os nobres poderiam aprender tanto com os selvagens... Ah, será que algum dia eu encontrarei um selvagem?
Viu? Eu disse. Foi aí que Princess viu uma estranha menina na frente de seu castelo. Uma menina que vestia roupas esquisitas, meias erradas... Já sabem de quem estou falando, certo? Princess não perdeu um segundo e foi ver quem era.
Princess: O-Oi... Quem é você?
Mimi: Eu? Eu sou Mimi, filha da melhor selvagem do mundo! Você é uma princesa de verdade? Você tem uma