Cinderela: uma biografia autorizada
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Cinderela - Paula Mastroberti
Apresentação
Você acredita em fadas? Eu acredito. Vou dizer a você por quê. Porque elas são a voz da humanidade e, há muitos séculos, cochicham as histórias de todo o mundo em nossos ouvidos. Único problema: como elas cochicham muito baixinho, nem sempre entendemos as histórias exatamente do mesmo jeito.
Veja o caso do conto que estou apresentando: dizem que uma fada contou Cinderela primeiro aos chineses, há muitos séculos atrás; os chineses entenderam o nome da heroína de acordo com a sua língua, é claro, e a batizaram de Yeh Hsien. Ocorreu a mesma coisa em vários lugares no mundo inteiro. Pra você ter uma ideia, os egípcios dizem que a fada-madrinha é, na verdade, um hipopótamo!
E até essa história chegar a Charles Perrault ou aos irmãos Grimm, as fadas tiveram que voar muito por aí. Perrault insistia em dizer que os sapatos de Cinde-rela eram de cristal. Os irmãos Grimm teimavam que eram de ouro. Um disse que o Rei organizou apenas um baile. O outro discutiu: não senhor, foram três!
Pois é, tudo depende de como entendemos o que as fadas cochicham em nossas orelhas...
Na minha, elas cochicharam da maneira que eu vou contar. Não sei se é a verdadeira história de Cinderela. Mas me garantiram que foi autorizada pela própria. E você, o que acha? Se souber de outra versão, me conte imediatamente!
Paula Mastroberti
www.mastroberti.art.br
Sei exatamente o que vocês estão pensando:
Ah, não! De novo, não!!!
.
Fui advertido por meus amigos, até: "Mas
não há outra história sobre a qual você
queira escrever? Todo mundo já fez o
diabo com a vida dessa garota, até teorias
psicológicas inventaram em cima dela!…
O tal Complexo… você já deve ter ouvido
falar…". Adaptações, peças de teatro, filmes e
desenhos animados… eu sei .
Contudo, ora, alguém tem que pôr um ponto
final nessa especulação toda!
Sim, senhores, especulação, essa é a palavra
que melhor define tudo o que tem sido dito a respeito dessa personagem mítica, cuja vida foi já tão devassada em inúmeras biografias não autorizadas.
Disse a ela das minhas intenções. Propus-me, como amigo íntimo e confidente de anos, revelar, tintim por tintim, como, de enteada pobre e maltratada, chegou a rainha rica e amada. (E, diga-se de passagem, por um príncipe e tanto!)
É, pois, com seu consentimento e, segundo mesmo suas próprias palavras, para acabar com o diz-que-diz-que dessa gente que parece não ter o que fazer a não ser inventar sobre a vida dos outros
que, a partir de agora, lhes contarei, na esperança de que tenham paciência de ler, pela milésima e definitiva vez, a história de Cinderela.
Cinderela aos doze anos, com seus pais
A Princesa folheia sua antiga coleção de revistas, agora parte do acervo da Casa de Cultura Real
1
(De como Cinderela,
aristocrata rica, ficou
pobre.)
Conheci Cinderela menina ainda, quando morava na mesma rua onde estabeleci meu negócio. Bons tempos aqueles, quando os ricos tinham não só muito dinheiro, mas muita, muita classe. Ela pertencia a uma dessas famílias aristocráticas, nas quais o bom gosto, o savoir-vivre*, a apreciação das artes e a cultura em geral eram tão ou mais importantes do que comer, dormir e respirar. Oh, vida romântica e sublime…
Era uma menina quieta, a minha amiga, e eu apreciava seus modos e maneiras de brincar, sempre sozinha, porque era filha única e mimada. Eu, já nessa época, era respeitado, um jovem talento que prometia, e eles, o casal e a menina, ao passarem em frente ao meu estabelecimento, sempre me cumprimentavam polidamente. Que maravilha, ver uma família tão nobre fazendo seu passeio, seu porte tão altivo, seu andar tão elegante… Eles deslizavam pela calçada e ninguém diria que a tragédia um dia se abateria sobre eles.
Pois uma doença misteriosa na época, e para a qual ainda não havia remédio, entregou a mãe de Cinderela aos braços da morte, deixando órfã e viúvo mergulhados em profunda tristeza. Homem habituado às felicidades e aos prazeres que a vida sempre lhe tinha oferecido, o pai de Cinderela não suportou o duro golpe: desatinou-se, entregando-se a uma