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Uma Estranha Sensação
Uma Estranha Sensação
Uma Estranha Sensação
E-book159 páginas2 horas

Uma Estranha Sensação

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Sobre este e-book

Edwin e Rosely são casados há alguns anos. Ele é um jornalista recém contratado no Jornal O Pássaro, onde lá é responsável por ter que pesquisar o desaparecimento curioso de uma mulher. Mas,cada peça que encontra deste quebra cabeça, é apenas um pedaço do seu tormento que passa a perseguí-lo. Rosely é professora em uma escola infantil e muito apaixonada por seu trabalho,ela tenta ajudar Edwin com todas as suas forças, mas será que ela está emocionalmente preparada para encarar ao seu lado o que essas informações o têm causado? Uma obra de:Felipe L. Andrade Editora Lynce Ajude-nos, compartilhe! <3
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de set. de 2016
Uma Estranha Sensação

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    Pré-visualização do livro

    Uma Estranha Sensação - Felipe L. Andrade

    Uma Estranha

    Sensação

    Felipe L. Andrade

    2

    Vento na Cachoeira................................................................9

    Um Brilho no

    Olhar...................................................................97

    A Verdade Vem Aos Pedaços.................................................125

    1972.....................................................................................137

    O

    Amanhecer..........................................................................155

    Estrada Para a

    Morte...............................................................165

    Ventos do

    Amanhã..................................................................221

    3

    4

    Para meus pais. Especialmente para minha mãe

    (Vandira Lima de Andrade).

    Mãe, espero que entenda que o meu amor pela escrita é muito

    grande.

    Dedico também, para

    Juliane.

    Muito obrigado por não deixarem de acreditar que esta obra

    seria pos ível.

    5

    6

    "Seu único interesse consistia – e ainda consiste – em

    ser uma companhia melancólica, maligna em seu

    silêncio." Andrew Pyper – O Demonologista

    "Ás vezes o medo lhe oprimia o peito da

    mesma forma como o caçador mata uma

    raposa." Thomas Harris – O Silêncio dos

    Inocentes

    "Entre os gritos e o autêntico medo que

    sentia, ia acabar enlouquecendo

    completamente." Stephen King – A Dança

    da Morte

    7

    8

    O Vento Na Cachoeira

    "Uma pessoa é muito nobre e cheia de ética quando

    está num lugar seguro"

    – Pit

    Agarmen,

    A Noite Devorou o

    Mundo

    9

    10

    - Amor você trouxe todas as coisas do carro? – Falou

    Rosely para Edwin. Ela estava na cozinha olhando para os

    armários e gavetas, ele estava entrando pela porta da sala

    com algumas caixas nos braços. Acabavam de sair da cidade

    para curtir o final de semana fora. O inverno estava apenas

    começando, era meados de junho e Rosely queria apreciar

    um pouco de ar fresco do interior. Edwin estava vestido

    numa grande jaqueta de couro preta – daquelas que são

    cheias de bolsos – e uma calça jeans justa que Rosely

    adorava vê-lo usar.

    - Sim amor, peguei tudo que estava lá… – respondeu ele

    colocando as últimas duas caixas, que havia carregado, no

    canto da cozinha. Rosely, ao se virar foi surpreendida com

    um longo beijo e envolvida num abraço.

    A casa que Edwin e Rosely alugaram ficava entre algumas

    árvores adentrando um pequeno e velho bosque no Vale.

    Rosely estava cansada de ficar na cidade com os vizinhos

    emendando o feriado com música alta dia e noite. Queria

    aproveitar os dias em casa para conhecer um lugar novo com

    Edwin. E ele queria aproveitar para se afastar do jornal nem

    que fosse por dois dias, queria experimentar algo novo.

    11

    Olharam os anúncios de casas, pacotes de viagens e

    cruzeiros, mas as condições financeiras só dariam para fazer

    algo mais simples.

    Foi quando vira o anúncio da pequena casa no Vale Ypro

    para ser alugada. Ela não era grande. Média na verdade.

    Tinha uma sala ampla devido à lareira, uma pequena

    cozinha, e um aconchegante quarto suíte no andar de cima,

    seguido de um corredor com corrimão que dava para as

    escadas para o andar de baixo. Do lado de fora da casa, além

    da mata e da trilha, havia ali, também, uma placa que

    indicava ter uma cachoeira ali próxima estava coberta por

    alguns galhos.

    - Será que vamos conseguir colocar todas essas coisas no

    lugar ainda hoje? – Rose perguntou enquanto era abraçada.

    - Relaxa amor, eu vou te ajudar a colocar tudo no lugar,

    vou limpar a sala, você pode ir arrumando a cozinha e

    depois vemos um filme enquanto jantamos e amanhã cedo

    nós arrumamos tudo sem pressa. – Respondeu ele dando

    alguns beijos nela e olhando-a nos olhos.

    Começaram a desfazer as caixas, não havia tanta coisa,

    mas caixa faz volume até vazia, quando terminaram de

    12

    arrumar tudo, a casa estava cheirando a desinfetante floral o

    piso de madeira brilhando, as caixas organizadas num canto

    longe da lareira e a cozinha impecável como Rose tanto

    gostava. Edwin tomava banho enquanto Rose foi procurar

    uma roupa limpa e sem cheiro de limpeza para usar antes de

    jantarem. Quando desceu, Edwin viu a mulher usando um

    vestido cheio de flores que deixavam a mostra suas brancas

    coxas grossas em curtas pernas, e o cabelo solto deixando

    mais atraente o sorriso no rosto. A comida cheirava muito

    bem, do quarto enquanto colocava a roupa, sentiu o cheiro

    de queijo com molho de tomate, mas apenas agora

    conseguia identificar o que era.

    - Fiz uma lasanha pra nós, amor.

    - Que ótimo meu bem, eu coloquei um vinho na geladeira

    - disse ele enquanto era envolvido no abraço que ela lhe

    dera, tocou os lábios dela com um beijo e pegou o vinho.

    Sentaram no chão da sala de frente para a televisão e

    assistiram por quase toda a noite, até não aguentarem mais.

    O silêncio na casa nem se comparava à cidade. Só se ouvia o

    movimento das árvores e apenas quando o vento tinha

    maior intensidade e movia alguns galhos. Na cidade além

    das buzinas havia o som incessante de alguns que faziam

    13

    festa a noite toda, e mesmo com a presença da polícia não se

    resolvia o problema por muito tempo. Trabalhar a semana

    inteira, acordando e saindo cedo todos os dias e quando chega

    em casa o som alto até amanhecer o dia durante todo o final

    de semana... Era o que Edwin pensava quando chegava na

    sexta-feira e ouvia o vizinho com o som ligado carregando a

    churrasqueira para a garagem e a mulher dele ajustando

    luzes estroboscópicas.

    Pouco antes de entrar para o jornal O Pássaro, Edwin

    estava

    disponível para o mercado de trabalho’ como costumava

    dizer, não conseguia emprego e gastava horas do dia lendo

    tudo que via pela frente. Acordava todas as manhãs e saia

    para ir às agências de emprego, com a economia subindo e

    descendo feito tirolesa as coisas iam devagar. Quem estava

    empregado não sabia até quando ficaria lá, e quem não

    estava empregado não tinha a menor ideia de quando

    estaria empregado. E Edwin fazia parte desses que não

    sabiam de quando o emprego bateria na porta. Numa noite

    acalorada de encontro com Edwin e Rosely, Danilo pediu ao

    amigo que fosse ao editorial pela manhã para conversar

    sobre uma oportunidade e não deu mais detalhes.

    14

    Danilo era mestre em jornalismo e estava se preparando

    para o programa de doutorado e precisava sair da cidade,

    pois iria começar a trabalhar em outro jornal, mas ouviu

    boatos de outro amigo de carreira que o jornal tinha uma

    vaga de jornalista em aberto – além da sua. Se não fosse

    como jornalista era certeza que alguma outra vaga tinha

    disponível, mas para se encaixar nessas vagas era somente

    por indicação. Edwin quando chegou ao editorial a vaga

    estava reservada justamente a ele, que começou a trabalhar

    no dia seguinte.

    O sol aquecia com fervor a casa quando Edwin e Rosely

    acordaram, já passava das 10h30, era quase metade do dia

    quando se deram conta de era ainda estavam deitados,

    deslizaram o corpo ainda sonolentos um foi para o banheiro

    e o outro para a cozinha preparar o café da manhã. Estavam

    aliviados por não terem ouvido nada além de cantos de

    passarinhos ao longe e o mesmo barulho do vento feito

    durante a noite nos galhos das árvores. Edwin abriu todas

    as janelas da casa para ventilar e o sol entrar. Dobraram os

    cobertores usados para se aquecerem do frio da madrugada.

    15

    Edwin não gostava de muitas coisas saudáveis, no entanto

    que em seu prato o café começou com dois lanches feitos

    com hambúrguer, fritas e bacon acompanhados de um

    grande copo de refrigerante. Rosely preferia algo mais

    natural e comia pão de forma integral com queijo prato com

    café.

    Quando terminaram o café ainda eram 11h20, não

    estavam acostumados ao ar livre então não sabiam muito

    que fazer. Rose pegou uma mochila em suas coisas e colocou

    água, suco, algumas frutas, fez alguns lanches de queijo com

    fatias de presunto, e junto com Edwin resolveram caminhar

    pela mata. Ao saírem viram uma pequena trilha, Edwin

    afastou os galhos e pode ler o que estava escrito na placa.

    16

    CACHOEIRA LIVRE-MAR

    SIGA A TRILHA

    - Essa trilha parece que não tem fim Rose. - Disse Edwin

    ofegante segurando a garrafa de água.

    - Querido nós só estamos andando há quinze minutos.

    - Nossa, parece que estamos andando há duas horas -

    disse ele em tom de humor.

    - Você é um bobo, sabia?

    - Mais boba é você por estar comigo. - Respondeu

    agarrando e beijando-a na boca, fazendo ela soltar um grito

    de susto achando que iria cair da trilha. Os dois riram e

    seguiram a trilha por aproximadamente duas horas e meia

    até chegarem à cachoeira. Saíram detrás das pedras para o

    alto da cachoeira que era coberta por uma névoa que se

    formavam como se fossem pequenos algodões de nuvens.

    Sem sinal de celular para serem importunados com

    ligações, o casal tirava fotos em todas as poses possíveis.

    Rose estava perplexa com tamanha beleza diante de seus

    olhos castanhos, Edwin estava feliz ao ver que sua esposa

    estava tão contente em estar ao seu lado. Ficaram por toda à

    tarde no alto da cachoeira, comeram das frutas e serviram-

    17

    se dos lanches tirados da mochila. No cair da tarde tornaram

    a descer para a casa antes que ficasse escuro se perdessem

    no meio da mata sem sinal de telefone nem para pedir

    socorro.

    Ao chegar em casa, Edwin teve que lavar a bermuda já

    que na volta para a casa escorregou na trilha quando se

    assustou com um ganho achando que era uma cobra e caiu

    no barro enquanto Rose ria que não aguentou e com o xixi

    que segurava molhou a calcinha. Aquela cena tinha sido a

    comprovação de que os dois sabiam viver na cidade e

    suportar o barulho, a vida selvagem não era para eles. Mas o

    merecido descanso do feriado prolongado de quatro dias

    estava sendo muito aproveitado, ainda que fosse apenas o

    segundo dia. É o paraíso com lamas esse lugar pensava

    Edwin enquanto tentava limpar-se depois de cair enquanto

    ria da esposa com o short molhado.

    ***

    18

    A noite começava a tomar seu rumo, a lareira começava

    com algumas faíscas feitas por Edwin enquanto tentava

    entender como se fazia para ascender uma lareira.

    Abraçados com garrafas de cervejas na mão, viam filmes aos

    trôpegos com o sono. A calma vinda da floresta os relaxava

    de tal forma que não sentiam vontade alguma de fazer outra

    coisa além de amor, ver filmes e comer – tirando à manhã ao

    irem para a cachoeira.

    Edwin durante a entrevista para o jornal ficou

    incomodado com o modo como era entrevistado. "Édivin"

    dizia Carol durante um longo tempo, durante uma das

    perguntas, "é Éduin" explicou ele corrigindo para que isso se

    tornasse menos incomodo para ele e ela acertasse na

    pronuncia de seu nome. Meu nome nem é esses esquisitices

    todas, tem muitos outros nomes que são estrambólicos com

    dois P’s, Y, H e W entre as letras, pensava ele enquanto olhava

    os lábios e as mãos dela gesticularem se desculpando por ter

    errado na pronuncia de seu nome.

    O barulho da chuva começou a aumentar e Edwin acordou

    assustado quando um brilho do raio explodiu no céu,

    levantou assustado e correu para fechar todas as janelas.

    19

    Estava prestes a descer a escada quando se assustou com

    Rose em pé na ponta da escada sendo iluminada pelo brilho

    do raio que explodiu fazendo-a gritar em sobressalto.

    Percebendo que o assustou, envolveu seu amor em um

    abraço e beijos. Edwin e Rose costumavam resolver todas as

    questões de um relacionamento conversando, achavam

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